O
gozo é satisfação que irrompe imediata, genericamente como resposta da sensação
atendida.
O
que, no entanto, num momento constitui prazer, noutro se transforma em
incontido desagrado.
O
gozo, logo passa, deixando marcas de cansaço ou expressões de novas ansiedades.
Estabelecido
pelos cânones do capricho carnal, exterioriza a situação pessoal de cada
criatura, que se faz caracterizar pelo tipo de emulação que lhe proporciona o
estado de prazer.
O
gozo não harmoniza o homem com a Cida, antes atormenta-o, ora porque não e
torna um estado permanente, sendo desgastante, portanto, vezes outras pelas
implicações frustradoras que dele decorrem.
O
gozo pode ser considerado qual labareda voluptuosa que, ao atingir o máximo de
voracidade, inicia, também, a diminuição da chama, que logo se apagará por
falta de combustível...
O
gozo exige coisas, pessoas, circunstâncias a fim de colimar o apogeu da
sensação.
É
claro que nos não referimos ao gozo decorrente das satisfações intelectuais e
morais, às alegrias nascidas no dever cumprido, aos júbilos do sentimento puro.
A
felicidade é o estado íntimo, em que a emoção libera os ideais de beleza e de
harmonia, convidando a criatura ao crescimento, à libertação.
Apoiando-se,
às vezes, em determinadas condições que facultam alcançar-lhe a meta, não
depende, necessariamente, delas.
Mais
de ordem metafísica, as suas expressões partem do íntimo do ser e dominam todas
as fibras exteriores, favorecendo-o com plenitude e vida.
Alimenta-se
dos ideais de enobrecimento e não se desarticula quando defronta dificuldades,
porquanto, fundamentalmente solidária ao bem, faz o homem esquecer-se de si
mesmo, a fim de que trabalhe em favor de todos, com os quais comparte as suas
manifestações.
Supera
circunstâncias e eleva-se acima das penosas conjunturas, encontrando alento nos
momentos ásperos por alimentar-se de aspirações superiores.
Pode
ser comparada à linfa cristalina, que dessedenta e refresca, não produzindo
outra satisfação que se não vincule à paz, à harmonia.
Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
imagem: google
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