As enfermidades podem ser consideradas como processos
de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase
que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias
grosseiras que constituem o ser nas suas
fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do indivíduo,
pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de
mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse
autodescobrimento faculta uma tranquila avaliação do que ele é, e de como está,
oferecendo os meios para torna-lo melhor, alcançando assim o destino que o
aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em
conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que
merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com
sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem
perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do si, que rompe as
camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando
das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse momento,
passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o
faz pelos mecanismos atávicos da Lei de Evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa,
considerando-se, ademais, que este último é o resultado daquele, por meio das
tecelagens intrincadas e delicadas do períspirito (seu modelador biológico),
que o elabora mediante a ação do ser espiritual na reencarnação.
Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre
construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organogenéticos
responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como
sobre os núcleos celulares dos quais procedem os órgãos e a preservação das
formas.
Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus
equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas.
Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades
específicas nas paisagens da sua evolução.
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente
sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e
mantendo-as em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O
oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a
sua destinação.
AUTODESCOBRIMENTO: UMA
BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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