Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos,
ódios que se prologam, os dardos reagentes disparados desatrelam as células dos
seus automatismos, que degeneram, dando origem a tumores de vários tipos,
especialmente cancerígenos em razão da carga mortífera de energia que as
agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos
sentimentos convergem como forças destruidoras para chamar a atenção nas
pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a
respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a
toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando
negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo
físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias
emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais
se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de
perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias (mente/corpo,
períspirito/emoções, pensamento/matéria) é ininterrupto, atendendo aos
imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
Ideias não digeridas ressurgem em processos
enfermiços como mecanismos autopurificadores; angústias cultivadas ressumam
como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade
de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões,
hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã –
geradora de ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem
o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as
mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos
temperamentos fortes são fontes de constantes atritos com o organismo,
resultando em cânceres de mamas, da próstata, taquicardias, disfunções
coronarianas, cardíacas, enfartos brutais.
Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas,
desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos,
psicoses de perseguição.
O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental
expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de
equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A conscientização da responsabilidade imprime-lhe
destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso
carnal, com os olhos fitos na imortalidade de que procede, em que se encontra e
para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a
mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas
vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos
idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças
às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que
se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixa, em face do
princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas
oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente
lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao fato, sintetizando magistralmente
a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: “e então dará a cada um
segundo as suas obras.” (Mateus 16:27) Assim, portanto, como se semeie, da mesma
forma se colherá.
AUTODESCOBRIMENTO: UMA
BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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