“E
voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos e disse a Pedro: Então,
nem uma hora pudeste velar comigo?” — (MATEUS 26:40)
Jesus
veio à Terra acordar os homens para a vida maior.
É
interessante lembrar, todavia, que, em sentindo a necessidade de alguém para
acompanhá-lo no supremo testemunho, não convidou seguidores tímidos ou
beneficiados da véspera e, sim, os discípulos conscientes das próprias
obrigações. Entretanto, esses mesmos dormiram, intensificando a solidão do
Divino Enviado.
É
indispensável rememoremos o texto evangélico para considerar que o Mestre
continua em esforço incessante e prossegue convocando cooperadores devotados à
colaboração necessária. Claro que não confia tarefas de importância fundamental
a Espíritos inexperientes ou ignorantes; mas, é imperioso reconhecer o reduzido
número daqueles que não adormecem no mundo, enquanto Jesus aguarda resultados
da incumbência que lhes foi cometida.
Olvidando
o mandato de que são portadores, inquietam-se pela execução dos próprios
desejos, a observarem em grande conta os dias rápidos que o corpo físico lhes
oferece. Esquecem-se de que a vida é a eternidade e que a existência terrestre
não passa simbolicamente de “uma hora”. Em vista disso, ao despertarem na
realidade espiritual, os obreiros distraídos choram sob o látego da consciência
e anseiam pelo reencontro da paz do Salvador, mas ecoam-lhes ao ouvido as
palavras endereçadas a Pedro: Então, nem por uma hora pudeste velar comigo?
E,
em verdade, se ainda não podemos permanecer com o Cristo, ao menos uma hora,
como pretendermos a divina união para a eternidade?
Fonte: CAMINHO,
VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
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