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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 16 de junho de 2011

O EXERCÍCIO DO AMOR AO PRÓXIMO III



Outra forma de vinculação pelo desamor é através da indiferença, caracterizada pela passividade. É um movimento de não nos importarmos com o que possa acontecer com as outras pessoas. O que importa, para o indivíduo que atua assim, é o seu bem-estar e atender às suas necessidades, mesmo que seja em detrimento do bem-estar, ou do atendimento, às necessidades dos outros.
Esse movimento produz um falso bem-estar, porque ninguém pode estar bem, sendo indiferente ao bem-estar dos outros, ou gerando-lhes mal-estar.
Todos nós já estagiamos durante séculos nesse movimento egóico. Após longo período tendo essa atitude de indiferença ou crueldade, para com o próximo, muitos de nós entrou num processo de culpa.
Essa culpa gera uma ansiedade de consciência, fato que irá levar o indivíduo a sair de um extremo e ir ao outro.
A ansiedade de consciência gera uma pseudoconsciência que nos leva á obrigação de amar o próximo, que gera grandes distorções na prática do alo-amor.
“A manifestação do amor ao próximo é transferência da sua sombra, da sua imagem (fracassada) que logo se transforma em decepção e amargura”.
Nesta fase do desenvolvimento humano, acontece a identificação com a face mascarada do ego, caracterizada pelo pseudo-amor, gerando o sentimentalismo.
Na conexão com o pseudo-amor, a pessoa tem uma postura sentimentalista diante das necessidades do próximo.
Esse movimento é caracterizado pelo sentimento de dó, que a faz enxergar o próximo como um coitado, fato que a leva a querer resolver o problema do outro. O que a motiva, é um sentimento de culpa, uma ansiedade de consciência, gerado pelas várias reencarnações, nas quais estagiou na crueldade e na indiferença. 
Após terem vivido múltiplas existências cultivando o desamor, saem desse extremo e vão para o pólo oposto do pseudo-amor, pois este é muito mais fácil de ser cultivado do que o amor real.
Pessoas assim sentem-se inquietas, culpadas por problemas sociais e por dificuldades que acontecem a outrem e julgam-se na obrigação de resolver esses problemas. Num sentido muito profundo, que nem elas mesmas se dão conta, fazem isso para barganharem com Deus a salvação.
Esse movimento tem relação com o mecanismo do martírio, onde o indivíduo, por não aceitar os seus conflitos, foge de si mesmo, obrigando-se a praticar ações em favor do próximo, acreditando que estão fazendo a caridade e liberando-se da consciência de culpa.
Por maior que seja a sua intenção positiva, esse movimento é uma atitude equivocada, que resulta em servilismo que não gera um sentimento de plenificação pelo bem que se faz, sendo “transferência de sua sombra”. Jamais conseguiremos nos sentir bem, pelo bem que fazemos, motivados pelo sentimento de culpa e obrigação egóica.
Essa prática, por ser um instrumento de fuga das negatividades do ego, gera muitos conflitos em quem a pratica, pois a pessoa não se alimenta com o bem que faz. Para atuar, muitas vezes ela passa por cima de suas necessidades básicas, buscando esquecer ou anestesiar a própria consciência pelo “bem” que está fazendo.
Com o passar do tempo, tal prática resultará em maiores conflitos que acabem por aturdi-la, levando-a a desistir de praticar o bem, por não encontrar ressonância nos seus anseios.
Outras vezes, continua na prática da filantropia com amargura, colocando-se como incompreendida em seus ideais. Essa prática não é muito fácil de se detectada, devido aos mecanismos inconscientes que a originam, mas é muito mais comum do que se imagina, especialmente em setores religiosos e filantrópicos.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                              

4 comentários:

She disse...

Adoro passar aqui, sinto uma paz... ;)
Bjbj querida!
She

chica disse...

Linda mensagem e esse um exercício que só faz bem!beijos,chica

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Minha amiga vim te agradecer por estar seguindo o blog de Mensagem Espírita, mas ao chegar aqui me deparei com mensagens edificantes, que muito nos ajudam a um conhecimento maior, como esta em que você fala da dó, de um amor que não é o verdadeiro amor universal, apesar que no evangelho segundo o espiritismo, tem uma passagem que diz que a dó é um sentimento positivo pois ele incentiva a pratica da caridade, ele faz surgir a bondade, e caminhando lentamente aos poucos através de várias reencarnações o ser consegue finalmente chegar ao Amor Universal, aquele em que ama-se a todos de tal forma que respeitamos o livre arbítrio de cada um, respeitamos o estágio de cada um,mesmo porque não sabemos realmente em que estágio estamos, se nos tornamos conscientes em algumas coisas em outras ainda falta-nos muito. Desculpe a intromissão mas é que percebi o teu entendimento e esta postagem dá vazão para uma vasta reflexão, mas com certeza aquele que ajuda tentando fugir de si mesmo, tentando barganhar com o Pai, realmente não fica bem consigo mesmo,
seu coração já sente amor, mas ele mesmo não se ama pois não se perdoa, mas tudo tem sua hora, cada caso é um caso, somos todos universos diferentes, parabéns querida perdoa falei demais, difícil encontrar com quem trocar idéia, beijos Luconi

Lucinha disse...

Denise,

Nessa blogagem coletiva, pelo que li até o momento, muitas de nós passamos pela mesma situação.
Como você mesma comentou lá no meu post. Ser mãe não deveria ser sinônimo de anulação, mas muitas vezes, é. Paramos nossa vida por causa deles.
Na verdade, acho que essa blogagem, nos faz muito bem, pois podemos falar com o coração.
Beijos