A criança tem necessidade de ser amada, protegida, nutrida, orientada, a fim de desenvolver os sentimentos da afetividade, da harmonia, da saúde, do discernimento. Esquecida, momentaneamente, desses valores, que o véu da carne abafa, deve receber de fora – dos pais, da família, da sociedade – os estímulos que lhe propiciem o despertamento desses tesouros para os multiplicar através dos investimentos da evolução.
Quando se sente atendida nessas necessidades, logra com facilidade alcançar os objetivos da reencarnação, devolvendo aos grupos familial e social todas as conquistas ampliadas e felicitadoras.
Ao experimentar carência, desenvolve quadros patológicos que assumem gravidade a partir da juventude, quando não se tornam pesadas cruzes da fase infantil, exigindo terapias psicossomáticas, espirituais, de natureza moral, a fim de libertar-se da opressão e do desespero que a estiola.
Desamada, a criança, o seu inconsciente chama a atenção através de distúrbios do sono – pesadelos, inquietação noturna, choro, insônia – agressividade e rebeldia, medos e mau desenvolvimento psicofísico.
O amor é alimento para a vida, que atua nos fulcros do ser e harmoniza os equipamentos eletrônicos do perispírito, responsáveis pela interação espírito-matéria. A sua vibração acalma e dá segurança, ao mesmo tempo reabastece de forças e vitalidade insubstituíveis.
Quando o indivíduo se identifica desamado – hoje ou no passado – faz, inconscientemente, um quadro regressivo e descobre que não foi necessariamente nutrido, passado a experimentar um sentimento de reação através da anorexia nervosa ou inapetência, que pode tornar-se um perigo para a sua saúde. O seu curso pode ser acidental, passageiro ou de largo tempo, gerando graves danos orgânicos.
De outra forma, pode apresentar reação totalmente contrária e faz uma patologia de voracidade alimentar, a bulimia, em que a insatisfação leva a comer até a exaustão, propiciando perturbações digestivas e nervosas muito complexas.
Ainda ocorrem, nesse capítulo, os casos de vômitos nervosos, em que o alimento é expelido por automáticas contrações do estômago e pelos distúrbios gástricos, levando o paciente ao enfraquecimento, à desnutrição.
Indigestão, dispepsia nervosa, diarréia, prisão de ventre, fazem parte dessa patogênese decorrente da ausência do amor no capítulo da reencarnação do espírito.
A necessidade de cada um digerir os próprios problemas é indiscutível e inadiável, devendo fazer parte da agenda diária de todo aquele que desperta para a consciência de si, não se permitindo agasalhar conflitos, mesmo que sob hábeis camuflagens do inconsciente.
Mediante uma auto-análise honesta, na qual se dispensem o elogio, a condenação e a justificação, o indivíduo deve permitir-se a identificação do erro, do problema, e sem consciência de culpa digerir o acontecimento, buscando os meios para reparação e a libertação do sentimento perturbador.
Não são poucos os males orgânicos que defluem das emoções e sentimentos nas áreas da afetividade e do comportamento, que podem ser evitados e solucionados graças a uma atitude de boa vontade para consigo mesmo e para com os outros, permitindo-lhes o direito de serem como são e não conforme gostariam que fossem.
A cuidadosa auto-análise, sem caráter exigente nem condenatório, abrirá possibilidades inúmeras para o equilíbrio e ajudará a desenvolver a tolerância em relação aos outros, produzindo harmonia interior.
Surgem, então, os ensejos de recuperação pelo trabalho e bem orientada canalização das energias, que se transformam em dínamos geradores de força, que propiciem saúde, bem-estar e harmonia.
Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
4 comentários:
Olá Denise, Adorei o texto. Abraços, Sueli
Denise,
Saudades! Texto perfeito; concordo plenamente com tudo o que foi exposto. Bjkas com muito carinho!
Olá, Denise Boa noite... Tem um presentinho pra vc, um banner no meu blog, n esqueça de pegar...
bjs Dalila
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Divaldo Pereira Franco e Joanna de Ângelis são tudo de bom! Amo ♥
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