G)Casal e envelhecimento
A conjugalidade avança com o tempo para experimentar novos horizontes em
termo de união afetivo-sexual. Portanto, com a queda da vitalidade e dos
hormônios, própria do envelhecimento, o casal vai aprendendo a transmutar a
libido mediante uma comunhão sexual cada vez mais de natureza psíquica.
A freqüente intimidade sexual no casal jovem, em franca comunhão
fisiopsíquica vai, com o amadurecimento dos anos, cedendo gradualmente nesse
padrão quantitativo, até culminar na terceira e quarta idades. Instala-se,
então, uma interação qualitativa cada vez menos física e mais psicoespiritual,
quando o casal consegue manter um crescente amor vitalizando o matrimônio.
A sublimação da energia sexual fica a serviço da integração emocional,
intelectual e espiritual, que assume caráter de relevância na convivência do
casal idoso.
H)Casal e viuvez
Num relacionamento saudável, a perda da companhia física, seja num casal
jovem ou idoso, é sempre dolorosa, mesmo quando se tem consciência de que
estamos de passagem, reencarnados.
O tempo do luto psicológico tem que ser observado por quem ficou no
corpo, cabendo a essa pessoa respeitar o período de elaboração da perda,
evitando novas aproximações afetivas prematuras para uma nova conjugalidade,
que são usadas para negar um sofrimento legítimo.
Perigoso também, tratar a ausência do outro como dor interminável,
apegando-se ao sofrimento da perda de forma lamentável, retardando a
restauração da emocionalidade que permitirá, em momento próprio, a
possibilidade de outro relacionamento saudável.
Na atualidade, com inigualável profundidade, a doutrina espírita se
apresenta com força científica e filosófica para consolar espiritualmente dores
dessa magnitude, assinalando, com fatos, a sobrevivência e comunicação do
espírito, e dando feição de concretude à imortalidade do amor, assim como
facultando o exercício do indispensável desapego.
Naturalmente
que outras tantas circunstâncias, anômalas ou não, podem surgir no fluir do
tempo de convivência conjugal, que vão interferir e aferir a maturidade do
casal. Entre elas, a morte de um filho, separação do casal, relacionamento
extraconjugal, nascimento de filho com necessidades especiais, doença grave em
um dos cônjuges, colapso financeiro por desemprego, etc.
Pelo
exposto, é preciso um exercício de humildade da parte do casal em BC ajuda,
quando necessário, para esses eventos freqüentes na vida conjugal. Seja por
intermédio de amigos, de parentes conselheiros, profissionais especializados,
religiosos, ou outros, conforme a situação assim o requeira, como agentes
facilitadores e cúmplices na ultrapassagem desses períodos delicados e por
vezes difíceis, acumulando experiência e adquirindo novas competências.
O
espiritismo, em todas as vicissitudes e ciclos de vida, será matéria-prima
essencial para ajudar os parceiros na superação de si mesmos, visando a
inadiável evolução intelectual e moral que a todos se impõe mediada pelo casamento
e pela família.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
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