Entre
os flagelos íntimos que vergastam o ser humano, produzindo inomináveis
aflições, a consciência de culpa ganha destaque.
Insidiosamente
instala-se e, qual ácido destruidor, corrói as engrenagens da emoção,
facultando a irrupção de conflitos que enlouquecem.
Decorrente
da insegurança psicológica no julgamento das próprias ações, abre um abismo
entre o que se faz e o que se não deveria haver feito, supliciando, com crueza,
aquele que lhe sofre a pertinaz perseguição.
Considerando
a própria fragilidade, o indivíduo permite-se comportamentos incorretos que lhe
agradam às sensações para, logo cessadas, entregar-se ao arrependimento
autopunitivo, com o qual pretende corrigir a insensatez. De imediato,
assoma-lhe a consciência de culpa, que o perturba.
Perversamente,
ela pune o infrator perante si mesmo, porém não altera o rumo da ação
desencadeada, nem corrige aquele a quem fere. Ao contrário, não obstante cobradora
inclemente, desenvolve mecanismos inconscientes de novos anseios, repetidas
práticas e sempre mais rigorosa punição...
Atavismo
de comportamentos religiosos, morais e sociais hipócritas, que não hesitavam em
fazer um tipo de recomendação com diferente ação, deve ser eliminada com rigor
e imediatamente.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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