Cap.
X – Item 16
A luz da alegria deve
ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias
diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em
redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de
incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever
básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de
entendimento nos ouvidos alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos
perdão.
Se outros erraram,
perdoemos.
O mal que desejarmos
para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão
justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a
espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as
próprias imperfeições demonstra incoerência.
Quem perdoa
desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível
na consciência.
O erro, por isso, não
pede aversão, mas, entendimento.
O erro nosso requer a
bondade alheia; erro de outrem reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa
quem a censure, mas necessita de quem a estime.
E ante o erro,
debalde se multiplicam justificações e razões.
Antes de tudo, é
preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a consequência inevitável de toda
fuga ao dever.
Quanto mais
conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o
Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da
grande prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba, pois, refletir
o mundo em torno, recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os
aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar
atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e
construtivos da vida.
André Luiz
Fonte:
O Espírito da Verdade
Francisco
Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google
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