O processo de industrialização, a explosão do consumo
e a globalização em contato com os valores morais judaico-cristão provocaram o
surgimento de comportamentos duplos, triplos ou mais diversos, fazendo com que
o ser humano perdesse sua própria identidade.
A necessidade de agradar tudo e todos em um mundo
onde a concorrência chega dentro de casa, faz com que percamos nossa própria
identidade e nos comportemos como as pessoas gostariam que fôssemos.
Nos refletimos em nosso comportamento a imagem dos
outros.
Em casa, com os nossos pais, somos uma personalidade,
com os filhos somos outra. Na igreja, falamos baixinho. No futebol, com amigos,
falamos palavrões. Com o patrão somos dóceis. Com a esposa ou marido, somos
grosseiros. E nessa grande quantidade de máscaras perdemos nossa própria
identidade, não sabemos mais o que somos.
Espiritualmente somos seres unos. Este comportamento
multifacetário nos adoece, provocando estresses, culpa e males orgânicos com
conseqüências complexas. O que fazer? O primeiro passo é aprender a dizer não.
O segundo é demonstrar, sem violência, a nossa autenticidade.
Ser você mesmo lhe reduz muitas dores e sofrimentos.
Permite que as pessoas te conheçam de verdade e saibam com quem estão lidando.
Por outro lado, estimula os que estão ao seu redor à autenticidade pois,
sabendo o que você é, são encorajadas a dizerem o que elas são.
Permanecerão aqueles que tentarão enganar-lhe com
falsa imagem, com máscaras, atores que se perderam em seus próprios
personagens, mas isto faz parte da pequenez do ser humano. O importante é
experimentar o prazer de ser você mesmo.
Do livro: Terapêutica
do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google
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