“Mas,
porque vos digo a verdade, não me credes.” — Jesus. (JOÃO 8:45)
O
mundo sempre distingue ruidosamente os expositores de fantasias.
É
comum observar-se, quase em toda parte, a vitória dos homens palavrosos, que
prometem milagres e maravilhas. Esses merecem das criaturas grande crédito.
Basta encobrirem a enfermidade, a fraqueza, a ignorância ou o defeito dos
homens, para receberem acatamento. Não acontece o mesmo aos cultivadores da
verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses
últimos, a sociedade reservou a fogueira, o veneno, a cruz, a punição
implacável.
Tentando
fugir à angustiosa situação espiritual que lhe é própria, inventou
o homem a
“buena-dicha”, impondo, contudo, aos adivinhadores o disfarce dourado das
realidades negras e duras. O charlatão mais hábil na fabricação de mentiras
brilhantes será o senhor da clientela mais numerosa e luzida.
No intercâmbio
com a esfera invisível, urge que os novos discípulos se precatem contra os
perigos desse jaez.
A
técnica do elogio, a disposição de parecer melhor, o prurido de caminhar
à frente dos outros, a
presunção de converter consciências alheias, são grandes fantasias. É
necessário não crer nisso. Mais razoável é compreender que o serviço de
iluminação é difícil, a principiar do esforço de regeneração de nós mesmos. Nem
sempre os amigos da verdade são aceitos. Geralmente são considerados fanáticos
ou mistificadores, mas... apesar de tudo, para a nossa felicidade, faz-se
preciso atender à verdade enquanto é tempo.
Fonte: CAMINHO,
VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
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