Auteridade = singularidade alheia, o distinto, aquilo que é outro, a diferença que marca a personalidade de nosso próximo. Demonstra a importância da diversidade humana.
O trato humano com a diferença tem sido motivo para variados graus de conflitos e adversidades. Inclusive entre os seareiros da causa espírita observa-se o desafio que constitui estabelecer uma relação harmoniosa e fraterna, quando se trata de alguém que não pensa igual ou que foge aos convencionais padrões de ação e pensamento, perante as tarefas promovidas nos círculos doutrinários.
As dificuldades em manter a fraternidade com as diferenças e os diferentes tem ocasionado um lamentável fenômeno comportamental na sociedade: a indiferença. A indiferença é a negação da diferença; o outro não faz diferença nenhuma, é um bloqueio deliberado ou inconsciente ao distinto, àquilo que não é o eu. Não havendo disposição ou mesmo possibilidade de compatibilidade entre aptidões ou no terreno do entendimento, adota-se a exclusão afetiva como suposta solução para os embates do relacionamento. Leves agastamentos e decepções arrefecem as expectativas e as frágeis amizades levando muito facilmente as criaturas à mágoa e mesmo ao revanchismo.
Conviver é um desafio. A humanidade terrena, atualmente, começa a se preocupar em delinear nos seus projetos educacionais a habilidade de aprender a conviver como um dos quatro magistrais pilares para todos os conteúdos das escolas do mundo. Muito relevante essa medida, tomando por base que este será o milênio do homem interior, em contraposição aos últimos mil anos que fundamentaram a era do homem exterior, o homem das conquistas para fora, sendo agora o momento das conquistas e vitórias íntimas: a era do amor falado, sentido e aplicado.
A indiferença provoca uma quase total ausência de solidariedade nas relações entre os homens. O egoísmo é o responsável por essa calamidade da vida humana, levando ao esfriamento da sensibilidade ante tanto desrespeito e violência.
Compreender as etapas da alteridade nos mecanismos afetivos é fundamental para procedermos uma auto-avaliação de nossa posição íntima.
Delineemos essas etapas do crescimento moral e espiritual em três: desejo de melhora, interiorização e transformação. Em cada uma dessas vivências dilata-se a consciência para uma concepção mais apurada daqueles que jornadeiam conosco no carreiro das experiências de cada instante. Em cada uma, a singularidade daquele que é o outro toma uma conotação de conformidade com a maturidade afetiva e moral de cada um.
(continua)
Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux
4 comentários:
E como convivemos com a indiferença em nosso dia a dia, algo que com o tempo aprenderemos a lidar.
A Fraternidade é uma coisa a ser trabalhada para que todos um dia possam compartilhar juntos, alguns já praticam, outros um dia chegarão lá, cada um de acordo com seu entendimento.
Boa semana pra ti, bjs
oi...
eu gosto muito do espiritismo
mas n conheço muita coisa
tenho vontade de seguir
mas onde moro não tem centro espírita
adorei seu blog
tem muita coisa interessante...
estou te seguindo
beijos
e segue...
http://rgqueen.blogspot.com/
Oi Denise, muito legal voce colocar este texto aqui...muito importante aprendermos a aceitar e respeitar as diferenças, seja em que âmbito for entre as pessoas.
Acho que isso tem que ser muito trabalhado ainda para que enfim a fraternidade e o amor incondicional se instalem de vez em nossas vidas, trazendo mais harmonia em nossas convivências.
Boa semana amiga...beijos...
Valéria
Um belo texto. Este é, de fato, o milênio da interiorização, do renascimento.
Tenha um bom fim de semana.
beijos.
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