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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

REENCARNAÇÃO II


                As leis inflexíveis da natureza, ou, antes, os efeitos resultantes do passado, decidem da reencarnação. O espírito inferior, ignorante dessas leis, pouco cuidadoso de seu futuro, sofre maquinalmente a sua sorte e vem tomar o seu lugar na Terra sob o impulso de uma força que nem mesmo procura conhecer. O espírito adiantado inspira-se nos exemplos que o cercam na vida fluídica, recolhe os avisos de seus guias espirituais, pesa as condições boas ou más de sua reaparição neste mundo, prevê os obstáculos, as dificuldades da jornada, traça o seu programa e toma fortes resoluções com o propósito de executá-las. Só volta à carne quando está seguro do apoio dos invisíveis, que o devem auxiliar em sua nova tarefa. Neste caso, o espírito não mais sofre exclusivamente o peso da fatalidade. Sua escolha pode exercer-se em certos limites, de modo a acelerar sua marcha.
                Por isso, o espírito esclarecido dá preferência a uma existência laboriosa, a uma vida de luta e abnegação. Sabe que, graças a ela, seu avançamento será rápido. A Terra é o verdadeiro purgatório. É preciso renascer e sofrer para despojar-se dos últimos vestígios da animalidade, para apagar as faltas e os crimes do passado. Daí as enfermidades cruéis, as longas e dolorosas moléstias, o idiotismo, a perda da razão.
                O abuso das altas faculdades, o orgulho e o egoísmo expiam-se pelo renascimento em organismos incompletos, em corpos disformes e sofredores. O espírito aceita essa imolação passageira, porque, a seus olhos, ela é o preço da reabilitação, o único meio de adquirir a modéstia, a humildade; concordam em privar-se momentaneamente dos talentos, dos conhecimentos que fizeram sua glória, e desce a um corpo impotente, dotado de órgãos defeituosos, para tornar-se um objeto de compaixão e de zombaria.
                Nesses sepulcros de carne um espírito vela, sofre, e, em sua tessitura íntima, tem consciência de sua miséria, de sua abjeção. Tememos, por nossos excessos, merecer-lhes a sorte. Mas, esses dons da inteligência, que ela abandona para humilhar-se, a alma os achará depois da morte, porque são propriedade sua, e jamais perderá o que adquiriu por seus esforços. Reencontrá-los-á e, com eles, as qualidades, as virtudes novas colhidas no sacrifício, e que farão sua coroa de luz no seio dos espaços.
                Assim, tudo se apaga, tudo se resgata, os pensamentos, os desejos criminosos têm sua repercussão na vida fluídica, mas as falta consumadas na carne precisam ser expiadas da carne. Todas as nossas existências são correlatas; o bem e o mal refletem-se através dos tempos. Se embusteiros e perversos parecem muitas vezes terminar suas vidas na abundância e na paz, fiquemos certos de que a hora da justiça soará e que recairão sobre eles os sofrimentos de que foram a causa.
                Não é nas discussões estéreis, nas rivalidades, na cobiça das honras e bens de fortuna que encontrarás a sabedoria, o contentamento de ti próprio; mas, sim, no trabalho, na prática da caridade, na meditação, no estudo concentrado em face da natureza, esse livro admirável que tem a assinatura de Deus.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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2 comentários:

Marlene disse...

DENISE MINHA QUERIDA AMIGA QUE BELISSIMO TEXTO NOS PRESENTEIAS NESTE DIA,PARABENS PELA BELA ESCOLHA
VIM DEIXAR UM ABRAÇO COM MUITO CARINHO MARLENE

Adelaide Araçai disse...

Adorei esse texto, veio a calhar, com assutos de recentes conversas que tive, e falava justamente isso...como demoramos a perceber que não somos castigados por Deus, somos convocados a aprender, cada um com suas lições especificas.

Muita Luz e Paz
Abraços