A comparação é um dos defeitos mais notáveis da presença do orgulho nas relações.
Desde as primeira percepções infantis, o ato de comparar é uma necessidade para a aquisição da consciência. As referências paternas e maternas e depois as sociais, são âncoras de desenvolvimento da personalidade. Nesse particular o afeto tem papel preponderante, porque conforme a qualidade dos sentimentos atribuídos a tudo aquilo que compõe as nossas experiências, teremos uma percepção, uma representação psicológica do mundo.
Quando o espírito já nasce com acentuada percentagem moral de orgulho e ainda encontra um ambiente que estimule as ilusões mundanas, os fatos tomam o colorido desse sentimento, com fortes conotações de interesse pessoal.
Nos relacionamentos as comparações são muito utilizadas pelo orgulhoso com a finalidade de exacerbar seu conceito pessoal e rebaixar a importância dos demais. As comparações orgulhosas impedem relacionamentos gratificantes e duradouros, porque estabelecem uma competição íntima com os outros o campo das suposições e da imaginação fértil alcança níveis enfermiços nesse particular. Vive-se mais o que se imagina que o que se sente. O homem aprende a cuidar da sua máscara com maior devoção que de sua realidade íntima.
O estresse é o resultado do escoamento energético que alimenta as criações e o mecanismo de defesa do orgulho.
A mídia desenvolve influente papel estimulando padrões.
O orgulho vai solidificando uma imagem irreal de si mesmo, mas que agrada aos interesses pessoais dentro das perspectivas de suas comparações. Já não se trata mais de referências para crescimento e sim da formação de uma identidade psicológica fragilizada, acessível a assimilar tudo que faça a pessoa sentir-se valorizada, importante, forte, capaz...
A ausência de contato com a vida interior profunda vai fortalecendo essa segunda natureza que passa a regular mecanismos importantes da vida psíquica e mental. O orgulho tem essa característica de fazer a criatura acreditar no que não é.
A excessiva preocupação com a opinião a seu respeito é uma neurose nesse tipo de situação.
As referências elogiosas a quem quer que seja são recebidas com desdém ou inveja, utilizando-se da encantada conjunção gramatical – mas – que se transformou em senha elegante para depreciar o próximo em frases inteligentes.
A necessidade de diminuir o valor dos esforços alheios é um vício de proporções extraordinárias, elaborando sempre uma versão dos êxitos alheios sob o prisma da sorte e das facilidades como explicações para ser tão bem sucedido. O orgulho não nos permite alegrar com o sucesso alheio e suplica galardões para os sucessos pessoais, sempre dimensionados como algo para além das suas reais expressões. Em muitas dessas comparações que fazemos no intuito de tirar o brio das ações alheias, no fundo gostaríamos de ser aquela pessoa, de possuir algo que ela tem ou ser algo que ela é.
Esse sentimento de excessivo valor pessoal retira quase por completo as possibilidades da empatia e da alteridade, criando um nível acentuado de indiferença. Essa condição impede a alegria e a autenticidade nas relações deixando-nos muitas vezes carcomidos de inveja, raiva ou outras emoções perante as vitórias do próximo.
Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux
4 comentários:
Olá,Denise!
Se puder passe lá, no Brincando Com a Rima,estamos em festa,seu pedaço de bolo,está reservado!
Um dia cheio de alegrias,para você!
Mari
Denise,
Pelo trabalho que vens desenvolvendo no blog,
fazendo através do conteúdo de suas postagens,
algo que proporcionem a pensar e refletir sobre o conteúdo, deixei pra você um presente em meu blog que enfatiza isso. O selo - ESTE BLOG TRANSFORMA PESSOAS" ,resgate-o. Parabéns!!!
Com Carinho Anderson Tomio
oi
tem selinho pra vc la no blog
bjus
Olá amiga!
Saudades.......
Parabéns pelo seu trabalho,que tem nos ensinado muitas lições divinas de amor e sabedoria dentro da nossa doutrina!
Beijossssssssss
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