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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 10 de maio de 2011

INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL


                Boa convivência não é somente polidez social. Consignemos como pilares dessa arte de relacionar o auto-amor, o autoconhecimento, o afeto e a ética.
                Estudemos alguns ângulos do amor a si mesmo por se tratar de pilar mestre das relações saudáveis, duradouras e gratificantes; sem conviver bem consigo, amando-se, não haverá harmonia nas interações humanas com o outro.
                A vida que nos circunda é rica de elementos indutores do mundo íntimo; nenhum deles, portem, é tão expressivo quanto o contato interpessoal. Respostas emocionais são acionadas a partir da convivência, desenvolvendo um novo mundo de sentidos para quem dela faz parte.
                Renova-se a criatura a cada novo contato, cada episódio da interação humana é um convite ao crescimento, ao estabelecimento de novos valores na intimidade. Mesmo os desacordos e desencontros constituem escolas oportunas de reflexão e reavaliação da vida pessoal.
                A vivência mental das relações tem sido uma tônica dos dias atuais, face ao contínuo mascarar do mundo íntimo que o homem moderno tem se imposto na garantia da satisfação de seus fins em sociedade. Nem sempre podendo externar o que sente a quem deveria, então passa a formular para si mesmo o que gostaria de expressar a outrem ante as pressões internas das discordâncias, dos agastamentos, das traições, dos gestos impensados e de tantos lances dos conflitos do relacionamento.
                A questão em análise é fundamental para o entendimento dos laços que construímos com as pessoas da nossa rotina diária.
                O problema não é como convivemos com o outro, mas sim como convivemos com o que sentimos e pensamos em relação ao outros.
                Por isso a boa convivência consigo mesmo é o princípio seguro de equilíbrio para uma interação proveitosa. Tal princípio consagra a necessidade de revermos os males da convivência, prioritariamente, em nós mesmos, antes de quaisquer cobranças ou transferências de responsabilidade. É o imperativo de estabelecermos acordos conosco a partir de um balanço e avaliação sobre tudo que envolva os atos que nos vinculam a esse ou aquele coração. Ainda que alguém divida conosco a rotina dos dias ou as circunstâncias passageiras e seja necessitado de corretivo, precisamos habituar a sondar as nossas disposições íntimas antes de qualquer investimento no outro; estar consciencialmente ajustado para somente depois partir de forma elevada em direção às necessidades do crescimento alheio, pois do contrário perderemos a autoridade e o controle necessários para ser agente de educação e alerta para o próximo.
                Consideremos ainda que muita vez após nossos auto-exames poderemos perceber claramente a necessidade de mudança, tão somente, em nossos atos de decisões. O descuido nesse setor da conduta nos leva a detectar obstáculos somente na órbita dos que partilham-nos as vivências, enceguecendo-nos para as descobertas extraordinárias que poderíamos fazer sobre nós próprios, quando dispomos ao mergulho no estudo das nossas reações uns frente aos outros.
                Essa postura é a bússola das relações indicando-nos a hora de calar, o momento de agir, o instante de corrigir, a ocasião de discordar e o ensejo de tolerar. Leis que conduzem-na ao patamar da caridade.
                Essa interiorização recebe o nome de inteligência intrapessoal, competência pelo qual dominamos amplo espectro de habilidades como a empatia, a assertividade e a auto-revelação.
                A socialização estabelece o encontro das singularidades humanas, objetivando sobretudo essa viagem à intimidade da individualidade. Quanto mais rápido penetramos nesse caminho educativo, mais identificaremos as rações das refregas do relacionamento, conquistando paz e alegria nas relações, visão e equilíbrio para conosco.
                Face ao exposto, conclui-se sobre a indeclinável necessidade de avaliações permanentes no trabalho da autodescoberta, estudando os reflexos perturbantes das relações que edificamos, a fim de aquilatarmos com exatidão a origem de nossas reações.
                Destacando o mal no outro, ativamos fios magnéticos de atração que nos ligam a essa energia que passamos a consumir e digerir no campo mental, detonando a crise íntima que poderá ser sustentada por adversários espirituais astutos. Dessa forma, mantemo-nos aferrados á sombra de nós  mesmos, e sempre deflagramos maus sentimento com os quais enveredamos pelos desencontros e aborrecimentos da convivência, porque sempre estaremos propensos a focar o negativo, as imperfeições.
                A opressão dos conflitos é mantenedora da fuga de si mesmo, e o auto-amor somente ocorrerá quando dispormo-nos ao auto-encontro, à redefinição da auto-imagem que oculta mazelas, à retirada da máscara: voltar o espelho da mente para si, interiorização.
                Estar bem consigo é pilar essencial da boa convivência. Fazendo assim, partimos em direção ao próximo com o melhor de nós, aptos a vitalizar as relações com o alimento do bem e do amor, convertendo-nos em fulcros irradiadores de paz e contentamento que serão fortes atrativos de enobrecimento e cooperação onde estivermos, transmitindo esperança e educação para os que se encontrem no raio de nossas ações.
                Urge fazermos o aprendizado do auto-amor, dialogarmos com a intimidade, indagar de nossos sentimentos a razão de sua existência, procurar os acordos íntimos. Se não aprendermos a gostar de nós, a nos aceitarmos, não conseguiremos a fluência do amor ao próximo.
                Uma convivência pacífica com as imperfeições, a caridade conosco, será fonte de apaziguamento e elevadas emoções.
                Nesse aprendizado espera-nos a grande lição de trabalharmos pelo desenvolvimento de nossos potenciais Divinos; ao invés de ficarmos lutando contra mazelas, faremos o serviço de laborar a favor de novos valores, prestigiando o positivo. Sem querer exterminar o passado, haveremos de aprender a transformá-lo.
                Esse será o iluminado labor de conquistar a nossa sombra, amando-a, sem recriminações e culpas, sintonizando a mente no ser de luz e paz que existe embrionário em cada um de nós.

Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux


4 comentários:

Teresa Cristina disse...

OIee Denise....parece fácil né??
Mas não é, fazer uma instrospecção de td o que somos e temos a melhoramos em nós, pq se nd vai bem dentro da gente parece q td ao redor tbém não caminha bem...é preciso olhar com alegria e otimismo pq as soluções ñ se encontram fora de nós e sim dentro de nós....é preciso coragem, persistência, paciência, sem cobrança, sem culpas....pq é todo um processo de auto aceitação e o mais importante é um processo diário.
Bjss♥....é um post pra refletir e realizar!!

Marlene disse...

BOM DIA AMIGA QUERIDA ,LINDO ESTE TEXTO ,OBRIGADA
POR COMPARTILHAR PALAVRAS TÃO ESPECIAIS,COM
OS AMIGOS,ENCINAMENTOS MARAVILHOSOS ATRAVEZ DE SUAS POSTS,UM GRANDE ABRAÇO COM CARINHO MARLENE

EU VENCI O CÂNCER! disse...

ei tem selinho para vc no meu blog esta do lado direito a primeira postagem bjos

orvalho do ceu disse...

Olá,
Estive viajando por 20 dias e estou com as visitas em "dívida"... mas vou, aos poucos, recuperando o contato e apreciando o seu Blog que tanto gosto de fazer...
Espero que tudo esteja na perfeita paz!!!
O meu apreço fraterno
Deus seja a sua Força!!!
Fraternalmente,
Roselia (Orvalho do Céu)