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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 3 de março de 2011

MORTE I

Fisiologia da Morte
            A fatalidade biológica estabelece que tudo quanto nasce morre.
            O processo de desenvolvimento celular, nas suas contínuas transformações, alcança um momento, no qual cessa, dando início a outra ordem de fenômenos transformadores.
            No arquipélagos constituído por aproximadamente setenta trilhões de células que constituem o corpo humano adulto, as suas transformações apresentam-se incessantes, de forma que a complexa máquina orgânica prossiga em trabalho harmônico.
            A cada segundo morrem trinta milhões de hemácias que são substituídas por outras. Da mesma maneira, em cada quinze minutos, uma parte expressiva do corpo cede lugar a outra substituta, graças à qual, a vida prossegue inalterada.
            A memória das células, por meio de admirável automatismo, repete as experiências das anteriores, de maneira que os fenômenos que produzem continuem no mesmo ritmo, até o momento quando, perdendo-a, por fatores diversos, abre espaço à multiplicação desordenada que dá origem aos tumores...
            Preservar o corpo aos agentes destrutivos tem sido a luta da inteligência, hoje através da ciência e da tecnologia, de maneira a mantê-lo saudável e operacionável, facultando prazer e felicidade.
            Se quando ocorrem insucesso e sofrimentos na existência, a busca da morte tem sido algo perturbador, como solução enganosa, em luta feroz contra o instinto de conservação, sob outro aspecto, persiste um desejo predominante em a natureza humana para dribrá-la, prolongando a vida e tornando-a eterna no corpo físico...
            É de todo inevitável a desorganização dos tecidos fisiológicos em face da transitoriedade de que se constituem. Após o nascimento do corpo, a fatalidade biológica responsável pelas transformações leva-o ao amadurecimento, à velhice e à morte das suas formas.
            Neste mundo relativo, toda organização tende à desagregação imposta através da lei de entropia responsável pela quantidade de desordem de qualquer sistema.
            Dessa maneira, toda forma organizada marcha para o caos.
            É necessário que haja a morte orgânica, a fim de que ocorram alterações, aperfeiçoamentos. Tem sido por meio do processo nascer, viver, morrer, que as formas aprimoraram-se através dos milhões de anos, em sucessivas experiências, agasalhando o princípio espiritual que as vem modelando, na busca de melhor estrutura e mais perfeita harmonia.
            A consumpção é apenas aparente, porquanto as moléculas que o constituem voltam a reunir-se formando outras expressões materiais.
            O importante é a maneira como a existência física é vivida em profundidade, mediante a conscientização de cada momento, exornando-a de beleza e de alegria.
            O temor da morte, por um lado, é resultado de atavismos arcaicos, dos pavores das forças ignotas da natureza, quando o homem primitivo lhes sofria o terrível guante, dos medos das eternas punições, sem misericórdia nem compaixão, das fantasias perversas que foram inculcadas através dos milênios na mente humana. Por outro, é também o receio do enfrentamento da consciência que se desvela, por ocasião do renascimento espiritual além das cinzas e do pó orgânicos, desnudando o ser. Ainda pode resultar da cultura materialista que a considera como o apagar da memória, da inteligência, o destruir da razão, dessa maneira, o retorno ao nada...
            O quimismo cerebral, por mais se estabeleçam teorias em torno da sua responsabilidade na construção do pensamento, da consciência, da razão, não consegue oferecer a visão real em torno da lógica do existir, dos raciocínios abstratos, como resultado de conexões neuroniais, facultando elucubrações e concepções audaciosas.
            Transtornos depressivos graves também ocorrem como efeito do pavor da morte, induzindo os pacientes a fugirem das reflexões saudáveis para mergulhar, embora sem o desejar, naquilo que receiam.
            A única atitude lógica diante da morte é a fixação na vida e nas suas concessões, experienciando cada momento de forma adequada, mesmo quando tudo aparentemente conspira contra essa atitude.

Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS  

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis

4 comentários:

EU VENCI O CÂNCER! disse...

EI DOCE ANJO!!!
Cuida deste dia!
Ele é a vida, a própria essência da vida.
Em seu breve curso
Estão todas as verdades e realidades da tua existência:
A bênção do crescimento... A glória da ação... O esplendor da realização.
Pois o dia de ontem não é senão um sonho.
E o amanhã somente uma visão.
Mas o dia de hoje bem vivido, transforma os dias de ontem num sonho de ventura;
E os dias de amanhã numa visão da esperança.
Cuida bem, pois, do dia de hoje!
Eis a saudação da alvorada.BJOS

Anônimo disse...

Oi linda, vim retribuis a visitinha. Apesar de não ser espírita, mas evangélica, gostei de seu blog. Parabéns.

Marlene disse...

lido texto profundo e sabio,parabens pelo conteudo desta post,adorei tenha um ótimo fim de semana
um grande abraço marlene

Régia Guerra Costa disse...

Denise, muito interessante o texto. Adoro o seu blog, estou sempre por aqui.
Deus te abençoe, um beijo.