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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JUSTIFICANDO DESACERTOS II


Quando indivíduos agem desonestamente, em benefício próprio ou de outrem, espoliando instituições e pessoas humildes, lesando o patrimônio público e privado, ficamos surpresos e perplexos e declaramos: a lei divina os fará resgatar individual ou coletivamente. Também nessa frase está implícita a vã utilização do nome de Deus.
                Somos incapazes de tomar decisões sozinhos, o que nos leva a transferir nossas responsabilidades a um parceiro afetivo ou a outros familiares. Manipulamos as pessoas, fazemos complôs ou tramas secretas, superprotegemos filhos, mimando-os, e vivemos dependurados em relacionamentos passionais.
                Em decorrência disso, podemos sofrer sérios desarranjos emocionais ou psicológicas, bem como lançar mão das mais diversas viciações como forma de compensar a pressão do desequilíbrio interno. No entanto, quando isso ocorre, tratamos o problema como se não tivéssemos absolutamente nada a ver com ele. Alegamos: é a lei divina agindo, são cobranças do passado delituoso, atraindo obsessores e outros espíritos infelizes.
                Escolhemos nos consorciar precipitadamente ou agimos impensadamente quando firmamos um vínculo conjugal. No amor romântico, formamos idéias, imagens e devaneios, servindo-nos de descrições fantasiosas e sonhadoras, e, quando elegemos alguém como par, dizemos: encontrei a minha alma gêmea.
                Depois de algum tempo de relacionamento diário, quando cessa a fase do doce encanto e aparecem as arestas e os desencontros, logo invalidamos a primeira afirmativa: não era não minha metade eterna, mas um débito do passado.
                Quando declaramos que o parceiro afetivo é alma gêmea, pressupomos ser uma indicação da vontade de Deus, mas, quando afirmamos que a relação conjugal é débito do passado, julgamos ser uma imposição da vontade de Deus.
                Assim, tudo fica fora do nosso âmbito da ação e continuamos desconsiderando nossa capacidade de agir e decidir, não admitindo nenhuma responsabilidade sobre nossas escolhas. A responsabilidade por pensar, optar e determinar não é um processo automático.
                Não somos marionetes movidas por meio de cordéis e manuseadas ocultamente por forças misteriosas e fora de nosso alcance. Estamos sempre escolhendo onde, como e com quem viver.
                Precisamos lembrar que livre-arbítrio significa capacidade de pensar e agir. Vontade é sinônimo de arbítrio – um poder de ação essencial em nossa vida.
                Somos insensatos se não assumimos responsabilidade pela própria vida. Aceitar nossos erros é sinal de amadurecimento interior; negá-los, ou justificá-los ilusoriamente como vontade de Deus, é infantilidade espiritual.
                Frases e expressões podem preceder concepções e idéias que nos permitem entender ou destorcer a realidade.
                             
Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed                    

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2 comentários:

Valéria disse...

Oi Denise!
Arranjar um bode espiatório para nossos erros é sempre muito cõmodo, mas exercer o livre-arbítrio significa assumir as responsabilidades também.
Beijos!

Blog Luz por Roberta Maia disse...

Olá Denise!!!

"...Frases e expressões podem preceder concepções e idéias que nos permitem entender ou destorcer a realidade."

Muita Verdade!

Tenha Um Belo Dia!!!
Paz e Luz!!