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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 31 de março de 2011

MIMO RECEBIDO PELO BLOG CASA DECORADA


AS MÁSCARAS DO EGO VI

Perfeccionismo

Procura fazer tudo perfeito. Exige essa perfeição de si mesmo e das outras pessoas também. Quando algo sai errado, como é comum acontecer, pois ainda estamos muito distantes da perfeição, o perfeccionista não aceita o erro. Culpa-se e pune-se por isso, quando é ele mesmo a errar, ou culpa e pune a outrem, quando outra pessoa praticou um ato errado.
Observando-se as aparências, poderemos achar que ter perfeccionismo é algo bom, pois a pessoa está sempre procurando fazer as coisas perfeitas. Mas isso é muito diferente da virtude da busca do aperfeiçoamento constante que provém do Ser Essencial, pois quem está nesse caminho, aceita que ainda não é perfeito e, portanto, admite o erro, analisando-o como um processo de aprendizado e crescimento.
A pessoa que está em busca de aperfeiçoamento constante, torna-se alguém flexível, aceitando os erros, seus e dos outros, como experiências geradoras de aprendizado.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

quarta-feira, 30 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO V

Vitimização

Apresenta um sentimentos de autopiedade muito grande. Coloca-se como coitada, necessitando do auxílio dos outros. Quase sempre está associada com os mártires.
A autopiedade surge como um movimento de compensação ao profundo sentimento de culpa e autopunição que a caracteriza.
Analisando-se profundamente, percebe-se que a pessoa que assim age, acha-se indigna do amor, devendo ser punida pelos seus erros e, ao mesmo tempo, coloca-se como coitadinha para conseguir migalhas de atenção para si.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

terça-feira, 29 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO IV

Martírio

É aquele que faz o papel do bom moço. Está sempre disposto a “sacrificar-se para ajudar” os outros, mesmo que para isso tenha que passar por cima de suas necessidades. Não é capaz de dizer não. Por isso, todo mártir está, quase sempre, envolvido com uma ou mais “vítimas” para serem socorridas, atendidas por ele.
Quem observa apenas a aparência, acha que ele é uma pessoa carismática, muito boa, sempre disposta a ajudar os outros. Mas, analisando a situação sem máscaras, percebe-se que o mártir bonzinho é apenas um indivíduo buscando compensar os sentimentos negativos que detêm e, por se sentir inferior aos demais devido a esses sentimentos, procura disfarçá-los fazendo tudo para os outros, para com isso ser aceito e querido por eles.
Para sermos realmente bons, é necessário aceitar e transmutar as negatividades do ego, e não simplesmente escondê-las atrás de uma máscara.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

segunda-feira, 28 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO III

Fanatismo

O indivíduo fanático caracteriza-se pelo excesso de devotamento a uma causa ou idéia. Quem observa apenas o exterior, acha que é uma pessoa muito devotada à sua causa ou ideal. Mas é apenas aparência, pois se percebe, em uma análise profunda, que esse devotamento é apenas uma compensação inconsciente, resultado da insegurança interior sobre a veracidade daquilo em que se pensa acreditar.


Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

domingo, 27 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO II

Puritanismo

O  indivíduo puritano exige de si mesmo e dos demais, uma pureza que está distante de internalizar. Tende a dar ênfase muito grande às questões sexuais. Coloca essas manifestações naturais do ser humano como algo pecaminoso, impuro. Por isso exige de si e dos outros uma conduta impoluta. Está sempre pronto a acusar os outros.
Analisando a questão com profundidade, percebe-se que esse fenômeno é pura compensação por desejos sexuais reprimidos e vontade de levar uma vida promíscua, originados nas profundezas do ego, que a própria pessoa, consciente ou inconscientemente, se recusa a aceitar.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

sábado, 26 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO I

Compensação

Mecanismo de defesa pelo qual se procura compensar um comportamento negativo, substituindo-o por um comportamento aparentemente positivo. O indivíduo busca, consciente ou inconscientemente, camuflar, reprimir os seus defeitos e fraquezas pessoais, que podem ser reais ou imaginários. Caracteriza-se pelo exagero pelo excesso das manifestações aparentemente positivas.
A compensação tenta desviar a atenção dos outros desses defeitos, sejam físicos ou morais, através da exacerbação de uma característica socialmente aceita e, muitas vezes, até exigida pelas pessoas como um comportamento verdadeiramente adequado.
Mas, como esse comportamento é baseado na repressão das negatividades do ego não-trabalhadas, o que surge é apenas uma máscara que parece, mas não é, o valor essencial que se deseja.


Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

sexta-feira, 25 de março de 2011

AS MÁSCARAS DO EGO

            No processo de estruturação da psique humana, o indivíduo realiza, consciente ou inconsciente, um movimento de repressão, bloqueando as negatividades do ego, devido ao fato desses sentimentos gerarem uma aversão muito grande, tanto por parte dele próprio, quanto de outras pessoas.
            Essa é uma atitude pouco inteligente emocionalmente, pois o indivíduo mascara os seus sentimentos, originando as máscaras do ego, caracterizadas pela tentativa do ego parecer aquilo que não é. Há um movimento criado pelo ego para se defender, gerando a energia do pseudo-amor, portanto, para parecer que é amor, característica própria do Ser Essencial.
            Esse fato retarda o processo do auto-encontro, isto é, do encontro do indivíduo consigo mesmo, em Essência.
            Na maioria das vezes, o indivíduo utiliza os mecanismos de defesa de forma inconsciente ou involuntária, numa tentativa de se proteger, tentativa que redunda numa falsa proteção. Outras vezes, utiliza-os de forma bastante consciente, sabendo que está fugindo de alguma coisa.
            Podemos encontrar várias modalidades de mecanismos de defesa do ego, nos quais as negatividades egóicas são mascaradas. Vamos analisar os mecanismos mais comuns, buscando perceber as negatividades do ego por trás delas.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

quinta-feira, 24 de março de 2011

APRENDENDO A NOS AMAR

Em verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus.

Esses elos de amor se prendem uns aos outros pelo sentimento de afeto desenvolvido e conquistado nas múltiplas experiências acumuladas no decorrer do tempo em que nossas almas estagiaram e aprenderam a conviver e melhorar.

Muitos de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse inerte em nosso mundo íntimo, e passamos a viver na espera de alguém ou de alguma coisa que possa desperta-lo do dia para a noite.

Vale considerar que, quanto mais soubermos amar, mais teremos para dar; quanto maior o discernimento no amor, maior será a nossa habilidade para amar; quanto mais compartilha-lo com os outros, mais ampliaremos nossa visão e compreensão a respeito dele.

Iniciamos a conquista do amor pleno pelos primeiros degraus da escada da evolução. No começo, nossas qualidades e valores íntimos se encontravam em estado embrionário e, ao longo das encarnações sucessivas, estruturaram-se entre as experiências do sentimento e as do raciocínio. Quando congelamos a concepção sobre o amor, passamos a enxerga-lo de forma romântica e simplista.

O amor a Deus e aos outros como a si mesmo é noção que se vai desenvolvendo pelas bênçãos do tempo. As belezas do Universo nos são reveladas à proporção que amamos; só assim nos tornamos capazes de percebe-las cada vez mais e em todos os lugares.

Apenas damos ou recebemos aquilo que temos. Quem ainda não aprendeu a amar a si próprio não pode amar aos outros. Não peçamos amor antes de dá-lo a nós mesmos, pois o amor que tenho é o que dou e o que recebo.

À medida que aprendemos a nos amar, adquirimos uma lucidez que nos proporciona identificar nos conflitos um alerta de que estamos indo na direção contrária à nossa maneira de sentir e de pensar. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos desvinculamos de coisas que não nos são saudáveis, a saber: pessoas, obrigações, crenças e tudo que possa nos invadir a individualidade em os prostrar ou rebaixar. Muitos chamarão essa atitude de egoísmo, no entanto deveremos reconhece-la como o ato de amar a si mesmo.

Quando nos colocarmos a serviço do amor verdadeiro, a auto-estima nascerá em nossa vida como valiosa aliada nas dificuldades existenciais.

Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER

Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed


quarta-feira, 23 de março de 2011

CRISES EXISTENCIAIS

  
            Em face dos avanços científicos e tecnológicos apressados e das ambições individuais quanto coletivas, na busca insana de mais acumular e desfrutar, surgiu quase que de golpe a insatisfação pelo que se tem, pelo já conseguido, dando lugar ao vazio existencial, responsável por conflitos íntimos preocupantes.
            As moles humanas, desnorteadas, em face das falsas necessidades de acumular e de desfrutar, ao lado das ânsias desmedidas pelo prazer, fogem para as depressões coletivas ou para a violência, esperando encontrar nas ações agressivas o gozo que vem perdendo o sentido de gratificação.
            Eis, então, os dislates de toda ordem, a sofreguidão para chamar a atenção, para a auto-realização exterior, em face da frustração por não a haver conseguido internamente.           Surgem as crises de comportamento, resultantes dos conflitos da emoção.
            Embora a crise seja o portal de acesso a novas realizações, a revisão de valores que já se encontram superados e permanecem em vigência dificultando o acesso ao crescimento e à realização, na conjuntura conflitiva, torna-se tormento pessoal.          
            Durante a sua vigência, porque instalada em turbulência mental, com dificuldade de raciocínio e de discernimento, produz desequilíbrios variados.
            Inicialmente, apresenta-se como falta de motivação para o prosseguimento dos objetivos que se vinha perseguindo e que perderam o significado psicológico, porque a saturação, que se fez inevitável, necessita de estímulos fortes para romper a sua couraça constritora.
            A insatisfação, disso decorrente, perturba o humor e a alegria de viver, cede lugar ao tédio, à indiferença em relação a tudo quanto antes constituía enriquecimento interior e júbilo existencial.
            Há, em todo processo de evolução, uma forma de descontinuidade, que se encarrega de gerar o seu prosseguimento. O método utilizado durante um período em que revelou resultados saudáveis, torna-se inaceitável em outra conjuntura, exigindo reestruturação e mudança, conforme os padrões do conhecimento, dos processos ora vigentes.
            Essa descontinuidade é fator estimulante para novas buscas e mais compatíveis realizações que acompanham a evolução do pensamento e das técnicas em uso.
            A maquinaria humana, em face da sensibilidade emocional e dos extratos jacentes no inconsciente profundo, como no subconsciente atual, é sujeita a alterações contínuas, mantendo a sua individualidade e a sua personalidade, sem permanecer em condição de robô que atende a comandos repetitivos, sem reflexão, nem aptidão que lhe faculte a escolha.
            O ser humano tem preferências, seleciona o que lhe compraz, elege aquilo que realmente lhe convém, dentro dos parâmetros dos interesses motivadores da existência.
            Assim sendo, quando defrontado com o repetido ou o desafiador, não estando em equilíbrio emocional, desliza para fugas psicológicas, transferindo os conflitos de direção e disfarçando-os sob outras manifestações. No fundo permanecem as raízes da insatisfação, que reflorescerão murchas e desfiguradas em outras apresentações conflitivas.
            Os desafios fazem parte do crescimento emocional e intelectual do indivíduo, no entanto, paulatino, e não golpeante, contínuo, volumoso.
            A atualidade permite através das comunicações virtuais e daquelas que são veiculadas pela mídia, volumosa carga de informações, especialmente degradantes e perversas que sobrecarregam o pensamento e a emoção, exigindo-lhes uma de duas condutas para melhor suportá-las: o receio dos relacionamentos, da vida, da luta ou o bloqueio dos sentimentos, a indiferença para aceitar novas informações perturbadoras e aflitivas.
            Os temperamentos tímidos refugiam-se no medo e procuram soluções que não existem, evitando novos contatos, acontecimentos desgastantes, realizações geradoras de preocupações.
            Os mais audazes, necessitando de viver mais pelo hábito do que pela satisfação decorrente da existência, bloqueiam os medos e os conflitos, navegando nesse mar encapelado, na fragilidade da embarcação da auto-confiança e da auto-indiferença pelos dramas existentes e pelos sofrimentos a sua volta.
            Uns e outros, surpreendidos, no entanto, pelo impositivo do progresso, obrigados à convivência social, que lhes é fundamental à vida, impulsionados ao crescimento, que é lei universal, entram em crise existencial, experimentando aflições que se lhes apresentam sobre-humanas, maiores do que a sua capacidade de as solucionar.
            Não habituado à interiorização, à reflexão mental, procuram caminhos exteriores que não existem.
            A psique humana tem quase a mesma idade do universo.
            Desde a Criação que o psiquismo passou a formar-se sob o comando da Mente Divina.
            Avançando mediante os processos naturais, através das expressões do Cosmo, alcançou o estágio de humanidade preservando todas as experiências ancestrais, que são os alicerces das suas conquistas contemporâneas. Nada obstante, muitos substratos constituem-lhe resistências para a assimilação de novos impulsos de reflexão e de transcendência, permanecendo mais no cotidiano das questões simples do que nos grandes vôos do pensamento ampliado.
            A crise existencial é uma forma de ruptura com o passado, com alguns desses substratos, propiciando novos investimentos da inteligência e da emoção, a fim de surgirem outros patamares de apoio para as conquistas mais complexas da harmonia, que pressupõe equilíbrio, estabilidade, realização pessoal.
            O ser humano possui profundidade que deve ser penetrada, superando a superficialidade do dia-a-dia, na busca das qualidades autênticas que o fazem diferente dos demais animais, não reagindo, não agredindo, não se destruindo, não se desequilibrando, graças ao discernimento que o leva aos atos compatíveis com os níveis alcançados de sabedoria.
            Dessa forma, torna-se um elo que une e que reúne todos os seres na grande família universal, por enquanto, terrestre, avançando para Deus, que é a Meta mais elevada e que será alcançada a pouco e pouco.
            As conquistas da inteligência através da ciência e da tecnologia, cujos avanços invejáveis perturbam, no momento, servem para facilitar o processo de harmonização interior e de administração de todas as conquistas, sem permitir-se o indivíduo submergir no volume das suas informações difíceis de ser entendidas em um momento único. Portanto, cada passo emocional e mental deve ser dado com precisão e reflexão, superando uma fase a fim de conquistar outro, solucionando um problema para logo enfrentar o seguinte, fruindo o prazer de realizar o que lhe é importante, agradável ou não, indispensável, porém, para a conquista da saúde real.
            Se se entender crise emocional como um crisol psicológico, logo se avançará para novos enfrentamentos e diferentes realizações que são essenciais no transcurso da existência.
            Surgindo a crise existencial, é imperioso que sejam examinados os fatores indicativos e aqueles responsáveis pela sua origem, de modo a descobrir-se a solução no próprio acontecimento, mediante o desejo de resolver-se o impasse antes de permitir-lhe o agravamento, que sempre dá lugar à instalação de conflito angustiante.
            O ser humano é constituído psicologicamente de resistências que lhe facultam enfrentar constantes desafios emocionais, graças aos quais a vida ruma na direção da auto-realização.
            Crise existencial, portanto, é ocorrência normal, predispondo a avanços significativos na história do ser humano.
            Ao invés do abatimento e do desconforto, do abandono dos objetivos, cabe ao indivíduo em crise, reconhecer que lhe é reservado o dever de enfrentar o acontecimento, somente ele, partindo, então, para experiências mais enriquecedoras, portanto, mais carregadas de desafios.

 Do livro: ENCONTRO COM A PAZ E A SAÚDE
Divaldo P. Franco/Esp. Joanna de Ângelis

segunda-feira, 21 de março de 2011

HISTÓRIA - A CHINESA E SUA SOGRA

            Uma chinesa casou-se com o primogênito de uma família chinesa. Na China, os primogênitos tem por obrigação cuidarem de seus pais até o fim de suas vidas.
            A chinesa mudou-se para a casa de sua sogra. O primeiro mês de casamento foi de brigas diárias.
            A chinesa, desesperada, procurou o médico da família, dizendo-lhe que não suportava sua sogra e que alguém tinha que sair da casa. E que de preferência fosse a sogra. Queria um veneno para matá-la.
            O médico disse-lhe que se a matasse agora, todas as suspeitas recairiam sobre ela, sendo que todos sabiam de suas desavenças. Que ele iria dar-lhe um veneno que mataria sua sogra aos poucos, que demoraria 6 meses para que fizesse efeito e a velha morresse. Nesse período ela teria que fazer tudo pela sogra, para que ninguém suspeitasse dela.
            Ela levou o veneno para casa. Fazia as comidas que sua sogra gostava e punha o veneno. Sua sogra comia, que se lambuzava. Levava a sogra para passear para que todos vissem como ela tratava bem a sogra.
            A sogra, sentindo a mudança da nora, por seu lado passou a tratá-la bem, fazendo-lhe agrados.
            Seu marido, ao ver que as coisas haviam mudado e que nora e sogra estavam se dando bem, pensou que aquela era a mulher que ele deveria ter casado. E passou a tratar muito bem sua mulher. E passaram a ser uma família harmônica. A chinesa engravidou e tudo ia as mil maravilhas.
            Passado 4 meses a chinesa já não queria que sua sogra morresse.
            Procurou novamente o médico e disse-lhe que lhe desse o antídoto daquele veneno, pois gostava muito da sogra e que não queria mais que ela morresse.
            O médico sossegou-a dizendo-lhe que aquilo não era veneno e sim uma vitamina.

domingo, 20 de março de 2011

YVONNE PEREIRA

Yvonne do Amaral Pereira nasceu na antiga Vila de Santa Tereza de Valença, no Rio de Janeiro em 24 de dezembro de 1900 e desencarnou no Rio de Janeiro em 09 de março de 1984. Filha de Manoel José Pereira Filho e Elizabeth do Amaral Pereira.
Aos 29 dias de nascida, depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou como morta (catalepsia ou morte aparente). O fenômeno foi fruto dos complexos que carregava no espírito, já que, na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Durante 6 horas permaneceu nesse estado. Seus pais já tinham preparado o velório, quando a criança acorda aos prantos. O funeral foi cancelado e a vida seguiu seu curso normal.
Seu lar sempre foi pobre e modesto, conheceu dificuldades inerentes ao seu estado social, o que, segundo ela, a beneficiou muito, pois bem cedo se alheou das vaidades mundanas e compreendeu as necessidades do próximo.
Aos 4 anos já se comunicava áudio-visualmente com os espíritos, aos quais considerava pessoas normais encarnadas. Duas entidades eram particularmente caras: o espírito Charles, seu orientador durante toda a sua vida e atividade mediúnica. O espírito Roberto de Canalejas, que foi médico espanhol em meados do século XIX.
Aos 8 anos repetiu-se o fenômeno de catalepsia, associado a desprendimento parcial. Aconteceu à noite e a visão que teve a marcou pelo resto da vida. Em espírito foi parar ante uma imagem do “Senhor dos Passos”, na igreja que freqüentava.
Nessa mesma época teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12 anos, o pai deu-lhe de presente “O Evangelho segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”, que a acompanharam pelo resto da vida, sendo a sua leitura repetida, um bálsamo nas horas difíceis.
            Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos comunicantes. Sua mediunidade era bastante diversificada. Foi médium psicografa e receitista (Homeopatia) assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Charles, Roberto de Canalejas, Bittencourt Sampaio.
            Yvonne tinha predileção pelo desdobramento, incorporação e receituário. Foi uma médium independente, que não se submetia aos entraves burocráticos que alguns centros exercem sobre seus trabalhadores.
            Yvonne do Amaral Pereira escreveu muitos artigos publicados em jornais populares. A sua obra mediúnica é composta por 20 livros.

sábado, 19 de março de 2011

SOLICITAÇÃO FRATERNA


            Ajude com a sua oração a todos os irmãos:
            que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;
que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda a parte; que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;
que contemplam mui castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão;
que somente cooperam na torre de marfim do personalismo, sem lhe descerem os degraus para colaborar com os outros;
que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;
que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;
que desistem de continuar aprendendo na luta humana;
que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;
que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;
que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;
que fazem o culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.

São doentes graves que necessitam do Amparo Silencioso.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

sexta-feira, 18 de março de 2011

AUTO ENCONTRO V

      Agora vamos estudar as atitudes do filho mais velho na Parábola do Filho Pródigo. Em sua conduta há uma aparência de bondade e servidão ao pai.
Percebemos claramente sua rebeldia quando não quis entrar em casa, por ter o pai recebido festivamente o seu irmão mais novo. Não o reconhece como irmão e refere-se a ele com desprezo.
Ora, se a fazenda era do pai, ele não tinha nada a ver com a perda. Na realidade, esta aparência de dedicação com relação aos bens do pai, esconde apenas a cobiça, o ciúme, a inveja e o despeito. Ele permanecia com o pai por obrigação, como um servo, e não por escolha como um filho.
Ao se colocar como servo, ele fica aguardando remuneração; os interesses dele são diversos do Pai, quer servir a dois senhores, a Deus e a si mesmo, fato impossível de ser praticado. Daí o fato dele, por se considerar servo, não querer entrar na casa, pois já não se sentia confortável nela, por ter os seus interesses contrariados.
Os filhos têm interesse em comum com o pai e por isso ficam “para sempre na casa.” O pai, ao contrário, sentia-se junto ao filho, pois o Ser Essencial sempre está presente, mesmo quando nos distanciamos dele e Deus sempre nos ama e, por isso, está conosco, independentemente de estarmos em comunhão com Ele, ou não.
A mensagem de Jesus nessa parábola é sobre como são nocivas as máscaras, pois nos fazem distanciar mais intensamente da nossa própria essência e conseqüentemente de Deus.
A pessoa que usa as máscaras se acha cumpridora das obrigações, acredita-se melhor do que é, mas na realidade, somente cultiva a aparência de bondade, pois as máscaras provêm do pseudo-amor: parecem amor, mas não é.
Ele usa o irmão mais velho para personificar as máscaras do ego, porque elas são fruto de uma elaboração mental que exige mais experiência, enquanto o irmão mais novo inexperiente e, por isso, mais ignorante, lança-se ao cultivo dos prazeres egóicos, sem máscaras, enquanto o mais velho fica cultivando a aparente dedicação junto ao pai.
O cultivo das máscaras é pior para o indivíduo, do que vivenciar as negatividades. Ao se identificar com estas, sofre imediatamente as conseqüências do desamor praticado e, por isso, retorna, mais cedo ou mais tarde, ao amor.
Quando, ao contrário, se cultiva o pseudo-amor – no  qual o processo de retorno ao essencial se faz mais demorado, porque cultivá-lo é mais fácil e bem visto socialmente – gera a “zona de conforto psicológica.”
A máscara é muito confortável, devido à facilidade com que aparentamos aquilo que ainda não somos. É por isso que o processo de retorno ao Essencial fica difícil, pois é necessário primeiro, fazer cair a máscara, reconhecer as negatividades ocultas por ela – processo que é muito doloroso, porque fere o orgulho – para, somente aí, com exercícios gradativos de humildade, retornar ao amor verdadeiro.
Devido a esse grande empecilho para a evolução humana é que, no evangelho, Jesus se refere às máscaras colocando-as de forma clara, por serem extremamente nocivas à criatura.
Analisemos agora os vários tipos de máscaras do ego que lançamos mão, com objetivo consciente ou inconsciente, de ocultar as negatividades que possuímos.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho


quinta-feira, 17 de março de 2011

AUTO ENCONTRO IV


Escolhemos, impulsionados pelo sofrimento, tomar consciência de nós mesmos e buscar a nossa essência divina.
“Quanto mais a pessoa se autopenetra, mais descobre e mais possibilidade tem de conhecer-se. Essa conquista leva ao infinito, porque vai até o deus interno que abre as portas do entendimento do Criador.
Possuis o Cristo interno, poderoso, que é teu, mas o manténs manietado, sem ensejar-lhe ação.
Deixa-o espraiar-se através de ti. Ele é harmonia, e tu estás desequilibrado; é amor, e tu és carência; é claridade, e tu és sombra; é vida, e tu te debates nos grilhões da morte.”
O Filho Pródigo, depois de gozar os prazeres egóicos e sofrer-lhes as conseqüências, toma consciência dos seus atos, reconhece humildemente o seu erro e, mesmo se considerando indigno de ser recebido como filho, decide reerguer-se da indignidade em que estava vivendo, para buscar a casa do pai em busca do auto-encontro.
Para sua surpresa, é recebido, amorosa e compassivamente, pelo pai. É a mesma destinação que Deus nos reserva. Compreende que o erro é fruto da ignorância, precisando apenas ser corrigido e não punido.
Compaixão – dicionário = dó, pena, piedade, comiseração.
Na Psicologia Transpessoal significa empatia que temos para com as dificuldades e os erros, nossos ou dos outros. É um sentimentos de compreensão, gerando aceitação da pessoa que erra.
Quando temos dó por nós mesmos, nos sentimos coitados por termos errado e criamos a máscara da autopiedade ou tratamos os outros como coitados.
Jesus disse que o Filho Pródigo levantou-se, isto é, tomou uma atitude proativa, pois poderia ter ficado caído, se lamentando pelas suas atitudes equivocadas, num processo de autopiedade. Ele praticou um ato de compaixão por si mesmo, não de piedade, ao se levantar e ir ao encontro de sua destinação: o bem, o amor, a felicidade.
“Assevera o evangelho que raramente Jesus sorria. Normalmente era vidto a chorar e quase nunca a sorrir Ele que se apresentava como o ser mais perfeito que Deus ofereceu ao Homem para servir-lhe de modelo e guia, como esclareceram os espíritos à Allan Kardec. Parece paradoxal que chorasse... Trata-se de uma contradição aparente. Suas lágrimas não eram de sofrimento, mas de compaixão, esse sentimento superior e elevado de co-participação que direcionava às criaturas, que preferiam permanecer na ignorância a aproveitarem suas lições libertadoras. Era uma forma de expressar ternura pelos enfermos voluntários, que nEle teriam a terapêutica eficaz para se livrarem dos males que o amarguravam, e, no entanto, relegavam a plano secundário, aturdidos pela busca do quase nada imediato e fugaz.
Portanto, após termos errado fragorosamente, é fundamental reconhecermos, humildemente, os erros praticados, decidindo superá-los, para retornarmos conscientemente ao amor, realizando o bem, o bom e o belo que nos cabe por destinação.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho

quarta-feira, 16 de março de 2011

AUTO ENCONTRO III

O ego é uma energia densa formada de ignorância que envolve a nossa Essência Divina. Origina-se da simplicidade e da ignorância, da ausência do saber que caracteriza o Ser em seu princípio. É herança do primarismo animal, a ser direcionado.
O ego vai se constituindo lentamente, no processo de evolução do Ser que começa no átomo, passando pelo mineral, vegetal e animal, até chegar no reino hominal.
Quando o princípio inteligente inicia o seu estágio no reino hominal, traz como herança, toda uma carga de energias instintivas relacionadas à sua sobrevivência, que culminarão na formação do ego do Ser Humano.
O ego, em si mesmo, não é negativo. É ignorância a ser gradativamente transformada no que somos, através do processo do auto-encontro. Esse é o caminho pelo qual chegamos à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximarmo-nos de Deus.
Essa simplicidade e ignorância significa sem nenhum qualificativo, pronto para se lançar às experiências.
Até esse momento as experiências são apenas instintivas. A partir daí, ela vai alargando as suas possibilidades, como fruto de seu livre-arbítrio. Tem uma destinação, a perfectibilidade.
O grande problema em relação ao ego é que as vezes escolhemos cultivar as suas negatividades ou as suas máscaras.
Quando o indivíduo busca cultivar as negatividades do ego, faz isso motivado pela busca do prazer, devido ao primarismo animal que ainda o caracteriza.
Esse prazer egóico assume variadas formas de manifestação. Existem pessoas que buscam o prazer ligado às questões biológicas instintivas. Assumem atitudes puramente fisiológicas: comem, fazem sexo, dormem, drogam-se, se divertem, trabalham apenas para auferir recursos para manter essas atividades, não por prazer de serem úteis. Comportam-se quase como animais.
Outras nutrem paixões e o ego se manifesta através do orgulho, egoísmo, vaidade, vingança, inveja, etc. O prazer que sentem se manifesta na bajulação que adora receber, ou no sofrimento pelo qual um desafeto passa, etc.
O prazer está ligado aos sofrimentos que são impingidos aos outros, ou à submissão que impõem a outrem.
O cultivo das negatividades exaurem o Ser, desvitalizam e danificam o perispírito e o corpo físico. Cedo ou tarde, cansados do sofrimento gerado por essa procura desenfreada de prazer a qualquer custo, lembramo-nos do Ser Essencial que somos, da felicidade que nos espera e não mais desejamos os prazeres efêmeros.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho

terça-feira, 15 de março de 2011

AUTO ENCONTRO II


            A parábola do Filho Pródigo nos convida a refletir sobre nosso auto-encontro:
·         Filho pródigo = negatividades do ego
·         Filho mais velho = máscaras do ego
·         Pai = tem duas conotações: Ser Essencial e Deus.
Em nosso processo de desenvolvimento, ora nos identificamos com as negatividades do ego, ora com as máscaras do ego.
O objetivo da vida é nos identificarmos com a nossa própria Essência Divina, desidentificando-nos do ego.
Quando nos ajustamos com as negatividades do ego, agimos como o filho pródigo, esquecemos temporariamente de nossa condição divina e afastamo-nos da nossa própria Essência e de Deus.
Neste movimento, queremos gozar os prazeres da vida. Utilizar a oportunidade da reencarnação para usufruir prazeres egóicos os mais diversos, que nos aprisionam em energias grosseiras.
Quanto mais cultivamos a energia egóica, mais geramos sofrimento para nós mesmos.
Após experimentar o sofrimento proporcionado pelo distanciamento do amor a que nos colocamos voluntariamente devido à nossa ignorância, uma hora, vamos nos tornar conscientes de que a vida é muito mais do que os prazeres grosseiros ligados ao ego. Lembramos, então, que nossa destinação é o amor e a felicidade, momento no qual o Ser cai em si e busca o auto-encontro.
Quando nos identificamos com as máscaras do ego, agimos como o filho mais velho que só tem dedicação aparentemente. Com o retorno do irmão, ele o renega e as negatividades como o egoísmo, o orgulho, etc, se revelam, pois estavam ocultos pela sua aparente bondade (pseudo-amor). Ele permaneceu com o pai por obrigação, não por escolha.


Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho

sábado, 12 de março de 2011

AUTO ENCONTRO I

            Possuímos duas estruturas em nosso psiquismo: o ego e o Ser Essencial (self).
            O Ser Essencial é a essência Divina amorosa que todo ser humano é, imagem e semelhança do Criador, e o ego é fruto da imperfeição e ignorância que ainda existem em nós formada pelo desamor e pelo pseudo-amor.
Ser Essencial – é o centro da consciência, onde estão fixadas as características positivas e os valores reais do indivíduo. É o self, o nosso lado luz, amoroso, bom e belo, é a Essência Divina que somos. É o estado no qual encontramos todas as potencialidades de forma latente que vão emergir e se desenvolver, a partir do momento em que o indivíduo se identifica consigo mesmo, cujo ponto culminante é o estado de iluminação.
            Nele originam-se todos os sentimentos nobres que nos caracterizam, derivados da energia de amor que o  compõe.
            É um campo de energia eletromagnética que pode estar expandido ou inibido, dependendo das camadas exteriores que compõem o ego. É o espírito propriamente dito.
Ego – camada de ignorância que envolve o Ser Essencial, onde ficam registradas todas as experiências equivocadas, nas quais não colocamos em prática o amor essencial. É composto de duas partes:
- Negatividades do Ego – onde ficam registrados todos os sentimentos que representam a ausência do valor essencial.
            Esses sentimentos negativos apenas representam o movimento egóico de não-valor e por isso transitórios. Existem enquanto não nos dispomos a cultivar os sentimentos reais.
- Máscaras do ego – é a parte disfarçada, onde o ego lança mão dos seus instrumentos de defesa e fuga.
            As máscaras originam-se na energia de pseudo-amor, onde o indivíduo mascara as negatividades do ego com sentimentos aparentemente positivos.
            Observando superficialmente os sentimentos mascarados, tem-se a impressão de que eles são reais, mas se os analisarmos profundamente perceberemos que eles são falsos, pois continuam sendo um não-valor que se origina na energia do pseudo-amor para encobrir sentimentos oriundos na ausência do amor.
            As máscaras podem impedir o contato mais profundo com o Ser Essencial, pois, ao parecer que cultiva os valores essenciais, o indivíduo cristaliza esses sentimentos falsos.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho

sexta-feira, 11 de março de 2011

REPROGRAMAÇÃO

Nasceste no lar de que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras no melhor lugar que Deus poderia te proporcionar, de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades; nem mais nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraíste com tuas próprias afinidades.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, são as fontes de atração e de repulsão na tua jornada vivencial.
Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos.
 Reprograma tua meta. Busca o bem e viverás melhor.

Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER

Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed


quinta-feira, 10 de março de 2011

CRISES E TURBULÊNCIAS

            O vocábulo crise provém do sânscrito, kri ou kir, significando desembaraçar ou purificar, dando origem às palavras acrisolar, crisol...
            Desse modo, uma crise pode ser considerada como um crisol (substância química) que depura das gangas o ouro e outros metais preciosos, quando levados às caldeiras nas quais são derretidos.
            Por outro lado, deriva-se do grego krísis, que se pode interpretar como uma mudança, um conflito que tem lugar em uma fase qualquer da vida, em razão de acontecimentos internos que não foram superados diante de outros que surgem com energias novas.
            Todo processo de evolução, nos mais variados aspectos, experimenta periodicamente crises resultantes de avaliações que examinam os métodos comportamentais utilizados, abrindo espaço para novos investimentos, para experimentos outros ainda não tentados.
            A crise é uma necessidade sociológica e psicológica, facultando melhor aproveitamento das oportunidades existentes, ensejando a coragem para serem realizadas mudanças de paradigmas assim como de condutas, sempre objetivando resultados mais saudáveis e práticos.
            Da mesma forma como a crise se apresenta em caráter de falta, de luta, de transformação, também propicia novos rumos, conceituações compatíveis com as épocas e suas estruturas éticas, morais, sociais.
            O mundo contemporâneo encontra-se em crise de valores, mas também em convulsão interna, na adaptação das  placas tectônicas, nos fenômenos sísmicos disso conseqüentes, nas erupções vulcânicas, tempestades, ciclones – que sempre ocorreram na acomodação do planeta ao equilíbrio cósmico – assim como a sociedade que o habita, resultado das convulsões experimentadas pelas criaturas.
            O homem, cuja palavra se deriva de húmus – terra fértil – do mesmo modo encontra-se em turbulência, como resultado da crise de valores em que se apóia, descobrindo que tudo a sua volta sofre os efeitos desse distúrbio, talvez necessário, no momento, a fim de surgirem novos conceitos e comportamentos.
            Em toda parte no Universo existe um sentido de cooperação e não de competição, enquanto as criaturas humanas combatem-se, dominadas pelos interesses escusos em que se apóiam.
            A sociedade é um todo, que deveria ser harmônico, mas os preconceitos nascidos no egoísmo e na prepotência, dividiram-na em grupos étnicos, sociais, raciais, culturais, comportamentais, religiosos, de onde se destacaram inumeráveis subgrupos sempre divisórios no que deveria ser unidade.
            Os preconceitos são frutos espúrios da crise moral que atormenta o indivíduo insatisfeito com a própria conduta, exigindo privilégios para sim em face da insegurança psicológica no trato relacional com o seu próximo.
            Esse comportamento tem levado a humanidade à autodestuição, porque os grupos antagônicos reagem, uns contra os outros, tornando as crises existenciais verdadeiras guerras, que empurram para o fundo poço do desespero, do aniquilamento.
            Torna-se inevitável uma reação de lógica e de compreensão: ou todos se unem em benefício do ideal comum, ou todos são arrastados pela caudal da loucura.
            Nessa luta cotidiana é impossível a sobrevivência do vitorioso, caso ocorresse o surgimento de algum, indivíduo, grupo, nação ou continente, porque logo tombaria, vitimado em si mesmo, sobre os despojos do vencido.
            Toda a cooperação, pois, torna-se necessária e urgente, a fim de que a grande crise que domina os quadrantes do planeta e todas as criaturas sencientes, especialmente humanas, possa viger nas consciências e nos pensamentos dos geradores de crises.
            O próprio planeta sofre a devastação em diversas áreas, como efeito da crise de respeito pela vida, pela natureza, pela mãe Terra, sendo indispensável que haja uma renovação de conceito em torno da sua preservação imediata, antes que o caos se estabeleça por definitivo.
            É certo que a natureza possui recursos próprios de auto-renovação, de auto-reconstrução, necessitando, porém, de tempo e de condições propiciatórias para o cometimento que o ser humano não lhe faculta.
            Então padece o efeito das chuvas ácidas, do envenenamento por metais pesados que extinguem o ozônio, intoxicam o oxigênio, alterando o clima em face do degelo dos pólos, das neves eternas, com a conseqüente aridez de terras antes férteis, desaparecimento de lagos e mares, aumento do volume de águas dos oceanos, desaparecimento paulatino de água potável, ameaças de todo lado...
            Somente uma crise de  consciência humana e sociológica poderá despertar aqueles que destroem o habitat, facultando-lhes a compreensão da responsabilidade e do respeito pelas imposições naturais do equilíbrio cósmico.
            A inconsciência em torno da vida, o abuso dos recursos naturais, os exageros industriais e a prepotência de algumas nações respondem pelo estado em que se encontra a Terra, ameaçada e sem meios de superar a injunção, caso não sejam tomadas medidas salvadoras urgentes em favor da vida.
            Tudo por efeito da crise moral que assalta o homem e a mulher dos últimos tempos, já lúcidos a respeito dos mecanismos planetários, mas indiferentes aos seus efeitos, como se não lhes interessasse o futuro, no qual, pensam, por certo, não estarão.
            Engodo que se origina no conceito materialista em torno da morte como fim da vida, olvidando-se a lei do progresso e de causa e efeito, vigentes em toda parte, mediante as quais o retorno ao caminho da evolução é inevitável, através da reencarnação, quando colherão a aspereza daquilo que estabeleceram durante a vilegiatura carnal anterior, quando depredaram, agrediram, destruíram as dádivas do amor de Deus em a natureza.
            Na raiz dessas crises, porém, encontra-se a ambição econômica dos seres humanos imediatistas, que tudo investem em favor do poder e do ter, na desenfreada pretensão de reunir bens materiais e consumistas, que o tempo se encarrega de demonstrar quão inúteis são em realidade. Pensando apenas em si e não no grupo, esses estúrdios entesouram de qualquer maneira, atormentados pela sede de afirmação da personalidade no grupo social, pela ânsia do destaque, em face do auto desamor de que são portadores e da falta de confiança pessoal. Necessitam do aval da sociedade, para convencer-se de valores que sabem não possuir.
            Então surgem os desastres mediante as grandes crises individuais, coletivas e planetárias, que tomam conta destes conflitivos dias.

Do livro: ENCONTRO COM A PAZ E A SAÚDE
Divaldo P. Franco/Esp. Joanna de Ângelis