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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

EXPIAÇÕES E PROVAÇÕES COMO INSTRUMENTO DE EVOLUÇÃO II

       
Expiação = tornar puro e sagrado. Trazer a pureza para fora, a pureza do Ser Essencial.
            Enquanto não buscarmos o Essencial, estaremos sofrendo, porque ficamos mergulhados nas sombras do ego, na ignorância, onde nos falta luz.
            O objetivo da expiação é nos convidar, através da dor, a retornar ao amor essencial. Ela é acompanhada de uma energia que compromete a liberdade.
            A expiação imobiliza a pessoa num determinado estado. Esta imobilização tem algumas propostas, dentre as quais podemos destacar, a preservação da própria criatura.
            Quanto aos inimigos desencarnados da pessoa em expiação, que sofreram a ação de sua crueldade no passado, independentemente do comportamento que ela esteja desempenhando nessa situação, vendo-a dessa forma, se sentem saciados, por verem seu sofrimento. Eles afrouxam os laços que os une. Por isso a expiação preserva a pessoa de seus perseguidores.
            Em segundo lugar, ela tem a função, pela dor que provoca na pessoa, que ela deseje o contrário.
            Isso é o que significa a reeducação pela dor. Ela reorganiza a criatura, porque afasta um pouco os que estão vinculados a ela, numa faixa inferior de conduta, e permite que a criatura venha a anelar estados mais plenos e satisfatórios, cumprindo um papel de servir de exemplo para os que estão ao seu lado, permitindo a reflexão sobre natureza da vida. Atende a todas as necessidades dos filhos de Deus, por isso Ele criou os mecanismos que permitem a dor.
            Por último, surge a necessidade da reparação, que acontecerá numa próxima oportunidade de vida, depois que a pessoa tiver se reeducado pela dor, porque durante o período de expiação, a sua liberdade de ação fica comprometida, impedindo-a de praticar os atos de amor necessários à reparação de suas faltas.
            A expiação tem finalidade reeducativa. Muitos, durante esse período, não se reeducam e precisam retomar os mecanismos expiatórios, tantas vezes quantas forem necessárias, até aprenderem a valorizar o amor, o bem, o bom e o belo. Após se reeducarem, novamente são conduzidos pela vida, aos mecanismos provacionais, onde estarão reparando, com atos de amor, o desamor praticado no passado.
            Por isso é que auto perdão é dar-se oportunidade de reparar, com amor, o desamor praticado.
            É claro que há exceções a esta regra e existem muitas pessoas que, mesmo passando por expiações, tem o ensejo de praticar o amor, iniciando desde já, a reparação pelo amor. Elas fazem com que as suas encarnações se tornem um misto de expiação e provas.

(continua)

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                           

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EXPIAÇÕES E PROVAÇÕES COMO INSTRUMENTO DE EVOLUÇÃO I

            “Como luz nos resfolhos da consciência adormecida o que deve ou não fazer, cabe-lhe aplicar com correção os impulsos que o propelem ao avanço de acordo com o que deve ou não realizar, de forma a conseguir harmonia (ausência de culpa). Toda vez que se equivoca ou propositadamente erra, repete a experiência até corrigi-la (provação) e, se insiste teimosamente no desacerto, expunge-o em mecanismos de dor sem alternativa ou escolha (expiação).”
            A vida se constitui num educandário de amor. Evoluir pelo amor, será sempre a primeira opção que Deus nos facultará. Nesse mecanismo estaremos passando por provas onde erraremos ou acertaremos. Ao errar, seremos convidados a repetir a lição. Quando acertamos, interiorizamos a experiência e ascendemos. O problema é que, devido a utilização inadequada de nosso livre-arbítrio, queremos permanecer no erro e nos rebelamos contra as próprias Leis Divinas. O livre-arbítrio se torna motivo de “escândalos”. Nessas situações a dor surge, criando, para nós, as expiações.
            Muitas pessoas acreditam que as expiações, pelo fato de serem dolorosas, são punições que Deus aplica às suas criaturas. Na verdade Deus não pune nenhum de nós. Ele quer que todos os seus filhos evoluam. Por isso, o amor é a primeira opção de evolução. Deus sempre nos convocará, primeiro, á educação pelo amor. Se nos rebelarmos e não quisermos nos educar pelo amor, seremos convidados a nos reeducar através da dor, em mecanismos expiatórios.
            Após o arrependimento, surge a necessidade da expiação. O arrependimento é o instante do reconhecimento dos erros praticados. A criatura reconhece que não agiu bem. Ao reconhecer que não agiu bem, arrepende-se e passa a buscar um modo de reparar as suas ações.
            A expiação é uma responsabilização por aquilo que ela fez, para reparar posteriormente as ações. A expiação não significa um sofrimento. É apenas um reconhecimento e um retorno ao caminho correto da vida, à Essência do amor. Ela sempre é dolorosa, o grau de sofrimento vai depender do espírito que está a expiar.
            Por isso é que a expiação não tem a ver com a concepção, imposta durante muito tempo, pelas religiões cristãs, devido à deturpação das palavras de Jesus. Desta forma, a expiação foi correlacionada ao pecado e à culpa, passando a significar autoflagício, no qual a pessoa buscava expiar em suas culpas, aplicando-se penitências, submetendo-se a um sofrimento pretensamente purificador dos pecados.


(continua)

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                           

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

EXAME DO SOFRIMENTO II


A cada momento se está construindo, corrigindo ou destruindo o corpo, de acordo com a direção aplicada à psique.
                Não raro, os efeitos se fazem demorados; porém, nunca deixam de produzir-se. Tais são os casos dos ditadores, dos exploradores dos seres e dos povos, dos viciados de variado tipo que parecem progredir, quanto mais se fazem impiedosos, promíscuos e venais... No entanto, nunca escapam das malhas das tragédias que os enredam e consomem. A sua história, de torpezas e venalidades, culminam em dolorosos embates com a consciência de culpa, que os alija do mundo ou que os leva a ser expulsos por aqueles que antes desprezavam, pisoteando-os selvagemente.
                Graças a essa psique – responsável pelos carmas – a hereditariedade encontra-se submetida à Lei da compensação, unindo os homens conforme as suas simpatias e antipatias, afinidades e desarmonias, que os vinculam em grupos reencarnados com características semelhantes, impressas nos genes e cromossomos pela necessidade da evolução.
                No fundo, cada um é herdeiro de si mesmo, embora carregando implementos condicionadores, que procedem dos genitores e ancestrais através das leis genéticas.
                Desse modo, cada ser traz impressa nas tecelagens sutis da alma, que as transfere para os arquipélagos celulares do organismo, as doenças que lhe são necessárias para o reequilíbrio emocional, as limitações e facilidades morais para a recomposição espiritual, os condicionamentos, as tendências e aptidões para a reabilitação da consciência, reparando a ordem que foi perturbada pelo seu descaso, abuso ou prepotência.
                Manifestam-se, portanto, os efeitos como enfermidades cármicas, coletivas ou individuais, que periodicamente assaltam, exigindo refazimento do equilíbrio, restauração da harmonia.
                Essa tarefa deverá começar na sublimação dos sentimentos, na qualificação superior das emoções, na elevação moral dos pensamentos, até tornar-se um condicionamento correto que exteriorize ações equilibradas em consonância com a ética do bem, do dever e do progresso.
                Da mesma forma que o impulso destrutivo e perturbador procede de dentro do ser para fora, o de natureza edificante, restauradora, vem da mesma nascente, orientada corretamente.
                O esforço de transformação da natureza inferior para melhor (emoções enobrecidas) alonga-se em um trabalho paciente, modelador do novo ser, que enfrentará os seus carmas consciente de si mesmo, responsavelmente, sem as reações destrutivas, mas com as ações renovadoras.
                É o caso das enfermidades irreversíveis, que se modificam e desaparecem às vezes, quando, quem as padece, enfrenta o infortúnio e coopera para sua superação.
                Porque ainda não sabe identificar (ou não quer) o seu estágio de evolução, para bem compreender as necessidades e saber canalizar as energias, o indivíduo demora-se infrutiferamente nas faixas primárias do sofrimento, quando lhe cumpre ascender, empreendendo o esforço libertário que o leva à saúde integral, à felicidade.
                Os princípios que regem o macrocosmo são os mesmos para o microcosmo, e o homem é a manifestação da vida, sintetizando as glórias e as imperfeições do processo da evolução, que lhe cumpre desenvolver para atingir o ápice da destinação a que está submetido.
                                       
Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis          

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SELOS GANHOS


Selinho que ganhei da amiga Suely do blog http://perolasganhas.blogspot.com/   em comemoração à primavera. Bem vinda a primavera, linda estação, época das flores.



Selinho que ganhei da amiga Marlene do blog http://aosolhosdaalma.blogspot.com/  em comemoração aos 200 seguidores. Parabéns, Marlene.


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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

EXAME DO SOFRIMENTO I

                                                                                         
                A sensibilidade à dor depende do grau de evolução do ser, do seu nível de consciência.
                À medida que progride, que sai do mecanicismo dos fenômenos e adquire responsabilidade como decorrência da conscientização da sua realidade, ele se torna mais perceptivo ao sofrimento, embora, simultaneamente, mais resistente.
                Os desgastes biológicos decorrentes da entropia, naturais no processo da vida, que exigem a consumpção da energia, não o atormentam, quando ocorrem nas faixas primárias (das sensações), passando a afligi-lo, apesar da grande resignação de que se faz portador, na área moral, portanto, na dos sentimentos profundos (das emoções).
                Emergindo dos automatismos (da inconsciência) adquire mais amplas percepções e lucidez (consciência), despertando para as aspirações elevadas da altivez emocional e da abnegação pelo serviço do bem, com natural renúncia ao egoísmo, em favor do próximo (individual) como do grupo social no qual se movimenta.
                Mantendo a sua individualidade intacta, percebe a necessidade de integrar-se harmonicamente na Unidade Universal, pelo que trabalha com afã, descobrindo que os seus acertos e equívocos produzem ressonância na Consciência Cósmica, da qual procede e para cuja harmonia ruma de retorno.
                A consciência lúcida equipa-o de instrumentos que o auxiliam na superação da amargura, do desespero, da infelicidade, face à compreensão dos objetivos espirituais da sua existência, por enquanto nas faixas mais ásperas do mecanismo evolutivo.
                O sofrimento tem raízes em acontecimentos infelizes anteriores, cuja intensidade se vincula à gravidade daqueles. Por isso é inevitável. Gerada a causa, estão disparados os efeitos que alcançarão o infrator, convidando-o à reparação, que ocorre quando são detidos os fatores da perturbação.
                Os acontecimentos decorrentes das ações degeneradoras também compreendem os sentimentos acrisolados, as emoções cultivadas e os pensamentos habituais, que se expressam em forma de impulsos contínuos definidores da personalidade.
                A vida mental e emocional é a desencadeadora dos fenômenos ativos, consubstanciados nessas ocorrências.
                É importante preservar-se a fonte gerando experiências salutares, porquanto o corpo físico, tornando-se automático às influências, executa as pressões originais de que se faz objeto.
                Quando o arqueiro libera a flecha, já não pode deter-lhe o destino. Assim também ocorre com as idéias emocionalmente comprometidas, ante a vontade fraca que as direciona e liberta...
                O corpo é veículo dúctil ao pensamento, sujeito aos sentimentos e vítima das emoções. De acordo com a qualidade deles passa a ter a sua organização condicionada, e o sofrimento é-lhe sempre conseqüência das expressões errôneas.
                Os sentimentos, as emoções e os pensamentos constituem a psique do ser, onde o espírito encontra o seu centro de manifestação até o momento da sua consciência plena.
                Desse modo, a organização molecular do corpo somático é maleável à psique, que aciona e conduz.
                Por isso, cada indivíduo é responsável pela aparelhagem orgânica de que se serve, tornando-se co-criador com Deus, na elaboração dos equipamentos internos e externos para a sua evolução através do veículo carnal.

(continua)
               
Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis           

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domingo, 25 de setembro de 2011

SEGUNDO A APARÊNCIA

                Personalidade é a roupa que o espírito veste temporariamente. Corpos são passageiros, o importante é a essência divina que habita em todos nós.
                No âmago reside a alma imortal, que atravessa vidas sucessivas, vivendo, ora acentuadamente masculina, ora acentuadamente feminina, em corpos físicos adaptados para cumprir seu aprendizado terreno.
                Na romagem multimilenária do tempo, o espírito em evolução se demorou no hermafroditismo das plantas.
                Segundo a botânica, as plantas são andróginas, isto é, possuem androceu ou estame (órgão masculino composto pelo filete que sustenta a antera, na qual se encontram os grãos de pólen) e gineceu (órgão feminino constituído por um ou mais pistilos, que compreende o ovário, o estilete e o estigma).
                Em virtude disso, as diversas experiências físicas através dos milênios sedimentaram no organismo humano determinada porcentagem de gens masculinos e femininos. Da mesma forma, essas mesmas experiências contribuíram para que as individualidades em trânsito adquirissem traços psicológicos bissexuais.
                O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro.
                Transcorreu longo tempo a evolução da alma humana para que o instinto sexual se aperfeiçoasse e aparecesse diferenciado sob a ação das leis da genética. Lembramo-nos, porém, que apenas as características morfológicas dos órgãos sexuais são determinadas pelos gens, e não as disposições psíquicas da individualidade milenar, que possui características peculiares.
                Jung denomina anima ao conteúdo feminino inconsciente no psiquismo do homem, e animus à masculinidade inconsciente no psiquismo da mulher.
                A separação de Adão em elemento masculino e feminino é um processo de alienação do homem de seu estado original. O mito do jardim do Éden igualmente nos dá a noção de bissexualidade. Na criação de Eva, desmembrada de Adão, está subentendido que o homem original era, em princípio, hermafrodita, pois de outra forma não seria possível criar uma mulher a partir dele.
                Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça. A aparência é a roupagem carnal e a justiça é a visão nítida de quem vê a alma com olhos transcendentais.
                Somos sementes em germinação. Assim como a semente contém todos os elementos vitais para a formação de uma árvore, também nós possuímos em germe todos os componentes de que necessitamos para crescer e desenvolver espiritualmente.
Ao longo do tempo, a semente imanente que existe em nós se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente, nos transforma num ser em plenitude.
Talvez não acreditemos que possuímos os dons masculinos e femininos. Isso é compreensível devido ao nosso grau evolutivo. Num futuro, no entanto, descobriremos os valores potencializados que existem dentro de nós. Os atributos do anjo também nos pertencem.

Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed                    
                                                                                                             
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sábado, 24 de setembro de 2011

AS DUAS JÓIAS

                Um rabino muito religioso vivia feliz com sua família – uma esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por causa de seu trabalho, teve que se ausentar de casa por vários dias. Justamente quando estava fora, um grave acidente de carro matou os dois meninos.
                Sozinha, a mãe sofreu em silêncio. Mas sendo uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com dignidade e bravura. Entretanto, como dar ao esposo a triste notícia? Embora também sendo um homem de fé, ele já tinha sido internado por problemas cardíacos no passado, e a mulher temia que o conhecimento da tragédia acarretasse também a sua morte.
                Restava apenas rezar para que Deus lhe aconselhasse a melhor maneira de agir. Na véspera da chegada do marido, orou muito – e recebeu a graça de uma resposta.
                No dia seguinte, o rabino retornou ao lar, abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. A mulher disse para que não se preocupasse com isso, tomasse seu banho, descansasse.
                Horas depois, os dois sentaram-se para almoçar. Ela lhe pediu detalhes sobre a viagem, ele contou tudo o que tinha vivido, falou sobre a misericórdia de Deus – mas tornou a perguntar pelos meninos.
                A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:
                - Deixe os filhos, depois nos preocuparemos com eles. Primeiro, quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
                O marido, já preocupado, perguntou:
                - O que aconteceu? Notei você abatida! Fale tudo o que lhe passa pela alma e tenho certeza que resolveremos juntos qualquer problema com a ajuda de Deus.
                - Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
                - Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!
                - é que nunca havia visto jóias assim! Não consigo aceitar a idéia de perdê-las para sempre!
                E o rabino respondeu com firmeza:
                - Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei a superar a falta delas. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
                - Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade, isso já foi feito.
“As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou a nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram...”
                O rabino compreendeu na mesma hora. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas – mas tinha entendido a mensagem, e a partir daquele dia lutaram para superar juntos a perda.


Camila Galvão Piva


Coluna de Paulo Coelho
Revista Bem Estar de 16/01/2011 – encarte do jornal Diário da Região de São José do Rio Preto

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONCLUSÕES NATURAIS


O paciente jamais desespera.
O inquieto reclama agora ou depois.

O corajoso suporta as dificuldades, superando-as.
O temerário afronta os perigos sem ponderá-los.

O iluminado brilha.
O teórico fala excessivamente.

O irmão estuda processo de amparar.
O adversário observa os recursos de ferir.

O homem comum ajuda, conforme as inclinações.
O cristão auxilia sempre.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DEPRESSÃO III


Quem se detém na marcha, assinalando dificuldades, ou se recusa à tenacidade do trabalho, perde-se pelo caminho da evolução.
            Aplicar o tempo no pessimismo, nas conjecturas deprimentes, é maneira de ampliar o quadro de angústia, malbaratando a oportunidade de libertar-se da injunção penosa em que transita.
            Todos os indivíduos experimentam dificuldades e lutas, sofrem tristezas e desencantos, negando-se alguns a permanecer nesse estado de aflição injustificável.
            Quando ocorre a aceitação passiva da dificuldade e a submissão aos fenômenos internos afligentes, o enfermo necessita de assistência médica, não apenas de natureza psiquiátrica, mas também de auxílio psicológico, a fim de sair da prostração, de arrebentar as algemas constritoras da emoção enfermiça.
            A depressão pode ser superada, caso o paciente opte pela luta e a ela entregue-se com afinco.
            A concentração mental nos ideais do bem lentamente preenche o vazio existencial, estimulando os neurônios às sinapses, restabelecendo o ritmo e a produção dos neuropeptídios responsáveis pela alegria e dinâmica da existência.
            Nesse ínterim, a oração deve ser transformada em hábito de reflexão, utilizando-a com freqüência, de modo que possa sintonizar com as fontes do bem, de onde procedem as energias saudáveis, renovadoras.
            Qualquer atividade, mesmo que constituindo um grande esforço, levando à transpiração, constitui também eficiente procedimento terapêutico, ao lado dos exercícios físicos, tais a ginástica, a natação, as caminhadas.
            Indispensável se torna que o enfermo realize a parte que lhe diz respeito, desse modo cooperando para o próprio restabelecimento.
            Na raiz do transtorno depressivo, existe sempre uma psicogênese de natureza espiritual de caráter obsessivo, resultante da infeliz conduta anterior da atual vítima, razão pela qual as psicoterapias do amor, da prece, da caridade, da paciência e da resignação tornam-se indispensáveis.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DEPRESSÃO II


            O mergulho na depressão, no entanto, não tem como finalidade essencial vivenciar-se apenas a dor, o sofrimento, mas proporcionar-se o encontro do ser com ele mesmo.
            Depressão significa puxar para baixo, obrigando o espírito a refugiar-se nas reflexões internas, a refazer observações, a percorrer novos caminhos.
            Convidado o ser humano para as conquistas externas, quase todas as suas aspirações cingem-se ao ter, ao adquirir, ao aparecer. É nesse momento que ocorre o fenômeno da melancolia, em razão do vazio que as conquistas externas proporcionam ao ser interior, que não se sente preenchido de objetivos reais, sendo conduzido à meditação profunda, de cujo abismo poderá sair renovado e feliz.
            Todo aquele que atravessa essa fase natural da existência física,mantendo-se lúcido e resolvido a esquadrinhar o abismo das reflexões melancólicas, consegue superar as sombras densas e alcança a claridade do dia de paz e de alegria de viver.
            Lamentavelmente, o enfermo entrega-se à lamúria e ao autoabandono, passando a cultivar a autocompaixão e a revolta em relação aos demais que tem em conta de saudáveis, considerando-os imerecidamente privilegiados.
            Permitindo-se a autocomiseração, pensa apenas em fugir, desistindo da luta, em razão dos conflitos que o assenhoreiam e do desencanto que o domina.
            A vida impõe esforços que devem ser aplicados a benefício das conquistas desafiadoras, que aguardam aqueles que as desejam alcançar.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

DEPRESSÃO I


            No momento, quando as conquistas libertadoras da inteligência alcançam elevados índices de superior tecnologia e de grandiosa compreensão científica em torno da vida e das suas complexidades, assim como do macro e do microcosmo, os desvarios da emoção fazem-se assinalar por angústias devastadoras nas existências vazias de significado.
            Paradoxalmente, nunca houve tanto conforto, assim como tantas concessões ao prazer, ao poder, ao trabalho e ao repouso, à alimentação bem balanceada, aos relacionamentos sexuais, às comunicações e recreação, apresentando-se, simultaneamente, aflições incontáveis, desaires graves, transtornos de comportamento, alienações mentais que se expressam de maneira sutil ou vigorosa, ceifando a alegria e o encantamento das criaturas humanas.
            Qual moléstia invisível, uma onda volumosa de desespero, silencioso em uns momentos e noutros gritante, toma conta da sociedade terrestre, dizimando as belas florações da esperança e atirando as pessoas desavisadas aos fundos poços do desinteresse pela vida e pelas lutas renovadoras.
            A aquisição de tudo quanto parece constituir meta, vitória existencial, subitamente cede lugar ao tédio, à perda da vontade, ao desânimo, com indiscutíveis prejuízos para a sociedade.
            A princípio, apresenta-se em forma de tristeza pertinaz que se faz acompanhar por um séquito de ferrenhos adversários da paz, exaltando as emoções ou amortecendo-as, anulando os interesses pela permanência dos objetivos essenciais, dando lugar à melancolia que se instala, perniciosa, convertendo-se em grave depressão.
            O ser humano deve alcançar os patamares superiores do conhecimento e do amor, vivenciando a sabedoria, numa síntese harmônica de conquistas da inteligência e do sentimento.
            Nada obstante, as aspirações exageradas e a movimentação contínua resultam em ansiedade, desgastando as energias nervosas, dando lugar ao desfalecimento das forças, fragilizando o indivíduo.
            De certo modo, as ocorrências psicossociais, tais como a desintegração da família, a perda das tradições, a solidão no grupo social volumoso, contribuem para o aumento dos distúrbios da emoção e de transtornos psíquicos mais severos. Embora esses fatores também ocorram nas famílias ajustadas, nos grupos harmônicos, nas sociedades equilibradas, mais se manifestam quando esses valores são desprezados.
            Inegavelmente, o ser humano encontra-se enfermo, às vezes em transitório estado de bem-estar que cede lugar a sucessivos desequilíbrios, quando surgem ocorrências predisponentes ou preponderantes para o surgimento das distonias.
            Sem desconsiderarmos as causas endógenas, que são propiciadas pelo espírito desde o momento da sua reencarnação, aquelas exógenas como as perdas, o medo, as acima referidas facultam abrir-se o leque imenso da psicopatologia depressiva nefasta.
            As estatísticas alarmantes dos suicídios encontram a sua gênese, quase sempre, na depressão, desencadeada por circunstâncias aleatórias.
            Sem objetivos bem delineados e sem segurança íntima que proporcionam o equilíbrio real, o ser humano desfalece e deixa-se arrastar pela virose perversa e destrutiva.
            A depressão é doença do espírito, e no espírito deve ser tratada.

(continua)

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE, RESPONSABILIDADE


Tanto no moral, como no físico, tudo se encadeia e liga no universo. Na ordem dos fatos, desde o mais simples ao mais complexo, tudo é regulado por uma lei; cada efeito se prende a uma causa e cada causa engendra um efeito que lhe é idêntico. Daí, no domínio moral, o princípio de justiça, a sanção do bem e do mal, a lei distributiva, que dá a cada um segundo as suas obras. Assim como as nuvens formadas pela vaporização solar se resolvem fatalmente em chuva, assim também as conseqüências dos atos praticados recaem inevitavelmente sobre seus autores. Cada um desses atos, cada uma das volições do nosso pensamento, segundo a força que os impulsiona, executa sua evolução e volta com os seus efeitos, bons ou maus, para a fonte que os produziu. O mal, do mesmo modo que o bem, torna ao seu ponto de partida em razão da afinidade de sua substância. Há faltas que produzem seus efeitos mesmo no curso da vida terrena. Outras, mais graves, só fazem sentir suas conseqüências na vida espiritual e, muitas vezes até, nas encarnações ulteriores.
A pena de talião nada tem de absoluto, mas não é menos verdade que as paixões e malefícios do ser humano produzem resultados., sempre idênticos, aos quais ele não pode subtrair-se. O orgulhoso prepara para si um futuro de humilhações, o egoísta cria o vácuo ou a indiferença, e duras privações esperam os sensuais. É a punição inevitável, o remédio eficaz que deve curar o mal em sua origem. Tal lei cumprir-se-á por si própria, sem haver necessidade de alguém constituir-se algoz dos seus semelhantes.
                O arrependimento, em ardente apelo à misericórdia divina, pondo-nos em comunicação com as potências superiores, devem emprestar-nos a força necessária para percorrermos a via dolorosa, o caminho de provas delineado pelo nosso passado; porém, nada, a não ser a expiação, apagará as nossas faltas. Só o sofrimento, esse grande educador, poderá reabilitar-nos.
                A lei de justiça não é mais que o funcionamento da ordem moral universal, as penas e os castigos representam a reação da natureza ultrajada e violentada em seus princípios eternos. As forças do universo são solidárias, repercutem e vibram unissonamente. Toda potência moral reage sobre aquele que a infringir e proporcionalmente ao seu modo de ação. Deus não fere a pessoa alguma; apenas deixa ao tempo o cuidado de fazer dimanar os efeitos de suas causas. O homem é, portanto, o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. Às vezes, o resultado de seus atos faz-se esperar. Vemos neste mundo criminosos calcarem sua consciência, zombarem das leis, viverem e morrerem cercados de respeito, ao mesmo tempo que as pessoas honestas são perseguidas pela adversidade e pela calúnia! Daí, a necessidade das vidas futuras, em cujo percurso o princípio de justiça encontra a sua aplicação e onde o estado moral do ser encontra o seu equilíbrio. Sem esse complemento necessário, não haveria motivo para a existência atual, e quase todos os nossos atos ficariam sem punição.
                As gerações  são solidárias através dos tempos; vapores de suas paixões envolvem-nas e seguem-nas até ficarem completamente purificadas. Essa consideração faz-nos sentir mais intensamente ainda a necessidade de melhorar o meio social, esclarecendo os nossos semelhantes sobre a causa dos males comuns e criando em torno de nós, por esforços coletivos, uma atmosfera mais sã e pura. Enfim, o homem deve aprender a medir o alcance de seus atos, a extensão de sua responsabilidade, a sacudir essa indiferença que fecunda as misérias sociais e envenena moralmente este planeta, onde talvez tenha de renascer muitas vezes. É necessário que um influxo renovador se estenda sobre os povos e produza essas convicções onde se originam as vontades firmes e inabaláveis. É preciso também todos saberem que o império do mal não é eterno, que a justiça não é uma palavra vã, pois ela governa os mundos e, sob o seu nível poderoso, todas as almas se curvam na vida futura, todas as resistências e rebeliões se anulam.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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domingo, 18 de setembro de 2011

VÍCIO DE PRESTÍGIO

                O perfil moral do homem guarda uma feição comum que é a necessidade de valorização e reconhecimento pessoal, o que seria muito natural não fosse nossa paixão no egoísmo. Essa necessidade tem constituído uma tormenta social: considerando que todos querem ser prestigiados, quem ficará para prestigiar?
                Pouquíssimos são os que se encontram sensibilizados para a arte da alteridade dispostos a destacar conquistas e valores nos outros. Esse é o choque do egoísmo: cada um querendo que o outro pense nele sem se preocupar com os demais, oferecendo motivações para o descaso e o egocentrismo.
                O vício de prestígio consome a criatura em disputas inglórias e imaginárias por apreço e consideração. O mundo mental desses viciados desgasta-se em busca da aprovação de todos, e quando alguém não lhe rende as homenagens e tributos esperados, é considerado um opositor ou indiferente. Seu principal malefício é essa espera de aceitação e consideração incondicionais, como se todas as pessoas tivessem a obrigação de enaltecê-lo.
                Como é portador de muita suscetibilidade, pequenas desatenções e discordâncias são recebidas pelo viciado com revolta e mágoa suficientes para instalar um pânico de revolta intima.
                Existe a dependência psíquica de evidência e reconhecimento individual, sendo este indivíduo escravo da alto imagem exacerbada que faz de si mesmo.
                As causas desse vício podemos verificar na infância, quando a criança é levada a níveis abusivos de repressão no lar, dependendo de aprovação para tudo, tornando-se insegura, sem autoconfiança, crescendo como um adulto frustrado; outro tanto, de forma mais intensa ainda, verificamos as raízes desse mal nas pregressas existências, quando a alma acostumou-se aos faustosos títulos sociais e às honras individualistas que sempre lhe alimentaram o ego insaciável, na sedimentação da cultura do melhor em tudo.
                A educação na sociedade moderna destina-se ao aplauso, ao êxito, e raramente educa-se para saber perder ou lidar bem com derrotas e críticas. Treina-se para a passarela do sucesso e a necessidade de aprovação e reconhecimento social, sem se preparar para o auto-amor. O vício de prestígio é um sintoma claro de que não nos plenificamos conosco próprios, de ausência de auto-realização, de amor a si próprio. Se nos amássemos, não teríamos tanta dependência de opiniões e atitudes alheias.
                O que impulsiona esse vício, mais que a necessidade de ser aceito, é o medo da rejeição: um dos sentimentos mais camuflados e comuns da humanidade, que pode ser estimulado pelas causas acima citadas.
                Esse cenário moral é um convite imperioso para que trabalhemos pela formação de um perímetro de relações sinceras, onde se possa forjar o caráter objetivando a aquisição dos hábitos altruístas e o desprendimento dessa neurótica necessidade de tributos personalísticos.
                Formas do vício e prestígio moral apresenta-se:
- aversão a crítica
- mendicância de reverência
- gosto pela pompa
- imposição de pontos de vista
- melindre nas discordâncias
- mágoa alimentada
- importância conferida ao nosso nome
- apego a tarefas
- vício do elogio.
                A vitrine da fama não foi feita para os discípulos do Cristo, e nossa maior conquista é o poder de negar a si mesmo. O trabalhador em busca de reconhecimento pessoal efetivamente não serve à causa de Jesus.
                Comecemos a falar menos de nós e estejamos mais atentos em prestigias o outro.

Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux       

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sábado, 17 de setembro de 2011

DIFERENÇA ENTRE DOR E SOFRIMENTO


            A dor é um mecanismo natural que é deflagrado como uma preservação para manutenção da vida e do tropismo do amor. Ela surge quando alguma coisa saiu do equilíbrio. A dor física surge quando algum órgão está alterado. Da mesma forma, a dor moral, de caráter emocional, surge quando nos desequilibramos, vivenciando questões puramente egóicas. Ela nos convida ao equilíbrio, nos  conduzindo de retorno ao amor essencial, de que nos afastamos. Caso não existisse, continuaríamos mergulhados nas negatividades do ego, ou em suas máscaras.
            A dor existe devido à condição evolutiva que o Ser Humano se encontra, na qual as coisas são percebidas, pelo contraste.
            A dor funciona como mestra severa, justa, que faz com que o aluno aprenda o conteúdo de uma forma precisa e eficiente, nem sempre agradável.
            A dor é igual para todos. Temos três formas de lidar com a dor: duas posturas egóicas extremistas de polaridades passiva ou reativa que produzem sofrimento, e uma essencial, equilibrada, proativa, que nos liberta do sofrimento. O sofrimento é um mecanismo patológico que a pessoa se impõem. Ela se apega à dor e fica envolvida com ela, porque não quer pagar o preço para superar a situação. Na polaridade passiva a pessoa se acomoda à dor, gerando uma falsa resignação. A pessoa se acostuma ao sofrimento. Então ela se desculpa, justifica a própria dor dizendo que está sofrendo. É uma estado de acomodação na própria dor, gerador de autopiedade. Enquanto ela está envolvida em sua trajetória de sofrimento, não faz nada para mudar. Na polaridade reativa, ela se rebela contra a dor, apegando-se mais ainda ao sofrimento, pois, com a revolta, ao invés de se resolver, o sofrimento se amplia. Comumente transitamos entre esses dos movimentos, ora em um, ora em outro.
            Exemplo desses movimentos – Mateus, cap. 18, VV. 8 e 9, onde Jesus se refere a processos expiacionais que ocorrem com muitas pessoas que, utilizando mal determinados órgãos em uma reencarnação, são convidados a ficarem sem esses órgãos, momentaneamente, para refletirem sobre o bom uso dos instrumentos que Deus nos oferece para a nossa evolução, como determina a Lei de Causa e Efeito.
            O objetivo da dor é convidar a pessoa a se reorganizar.
            Quando praticamos o mal, entramos na esfera do desamor. A dor surge como instrumento da vida para que, ao sofrê-la em nós mesmos, aprendamos a valorizar o bem, o bom e o belo. Por isso, quando aceitamos a presença da dor como uma corretora de nossas ações e as corrigimos, buscando transmutar as suas causas, nos dirigimos novamente ao caminho do amor e, com isso, nos libertamos do sofrimento.
            “Ninguém colhe em seara alheia, que não haja semeado, no que diz respeito aos valores morais. Cada um é herdeiro de si mesmo.
            Numa existência dá prosseguimento ao que deixou interrompido na outra, corrige o que fez errado ou inicia uma experiência nova.
            O que não realiza por amor, a dor o convocará a executar.
            Jesus jamais se reportou à busca do sofrimento como recurso de salvação. Esse acontece por efeito da conduta humana, não por escolha de cada um.”

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                    

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BLOGAGEM COLETIVA - FASES DA VIDA



MORTE
                Fechado as fases da vida, nada mais natural do que falar sobre a morte. Embora seja um assunto que a maioria das pessoas foge, não o tem bem resolvido dentro de si, ou sentem medo.
                Ninguém melhor do que o espírito Emmanuel para falar sobre esse assunto. Então escolhi o texto abaixo.

À Frente da Morte

                Não olvides que, além da morte, continua vivendo e lutando o espírito amado que partiu.
                Tuas lágrimas são gotas de fel em sua taça de esperança.
                Tuas aflições são espinhos a se lhe implantarem no coração.
                Tua mágoa destrutiva é como neve de angústia a congelar-lhe os sonhos.
                Tua tristeza inerte é sombra a escurecer-lhe a nova senda.
                Por mais que a separação te lacere a alma sensível, levanta-te e segue para a frente, honrando-lhe a confiança com a fiel execução das tarefas que o mundo te reservou.
                Não vale a deserção do sofrimento, porque a fuga é sempre a dilatação do labirinto em que nos arroja a invigilância, compelindo-nos a despender longo tempo na recuperação do rumo certo.
                Recorda que a lei de renovação atinge a todos e ajuda quem te antecedeu na grande viagem, com o valor de tua renúncia e com a fortaleza de tua fé, sem esmorecer no trabalho – nosso invariável caminho para o triunfo.
                Converte a dor em lição e a saudade em consolo, porque, de outros domínios vibratórios, as afeições inesquecíveis te acompanham os passos, regozijando-se com as tuas vitórias solitárias, portas adentro de teu mundo interior.
                Todas as provas objetivam o aperfeiçoamento do aprendiz e, por enquanto, não passamos de meros aprendizes na Terra, amealhando conhecimento e virtude, em gradativa e laboriosa ascensão para a vida eterna.
                Deus, a Suprema Sabedoria e a Suprema Bondade, não criaria a inteligência e o amor, a beleza e a vida, para arremessá-los às trevas.
                Repara em torno dos próprios passos.
                A cada noite no mundo segue-se o esplendor do alvorecer.
                O inverno áspero é sucedido pela primavera estuante de renascimento e floração.
                A lagarta, que hoje se arrasta no solo, amanhã librará em pleno espaço com asas multicolores de borboleta.
                Nada perece.
                Tudo se transforma na direção do infinito bem.
                Compreendendo, assim, a verdade, entesourando-lhe as bênçãos, aprendamos a encontrar na morte o grande portal da vida e estaremos incorporando, em nosso próprio espírito, a luz inextinguível da gloriosa imortalidade.

Do livro: Escrínio de Luz – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel

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