Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...
Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias.
Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino.
Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo.
Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos bons para os outros.
Decisão é necessidade permanente.
Nossa vontade não pode ser multipartida.
Idéia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.
Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.
Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura.
Progresso é fruto de escolha.
Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção.
Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...
Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável.
Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre.
Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.
O objetivo da perfeição é inevitável benção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução. [Decisão, E - Cap. XXIV - Item 15]
Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...
Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Da obra: Opinião Espírita
Fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blog/show?id=2920723%3ABlogPost%3A2039772
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sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
A TIMIDEZ DOS BONS E A OUSADIA DOS MAUS
No contexto social em que vivemos, ante os dissabores
que a sociedade tem colhido, coo decorrência dos desajustes no âmago dos
relacionamentos humanos, sugere o Espírito da Verdade, a Allan Kardec, àqueles
que já despertaram para os reais valores da vida, que assumam a preponderância,
isto é, que deixem a zona de conforto em que vivem, neutralizando a timidez e
aguçando a ousadia.
Ser ousado, aguerrido, atrevido mesmo, não significa
insuflar a violência, mas ter a coragem e o arrojo de defender, com bravura e
interesse, aquilo que é nobre, digno e ético.
Não se pode deixar o mal prosperar nos espaços
deixados pela timidez que domina os homens de bem. A criatura humana, além de
ser boa ainda é indispensável que seja justa. Calar quando se deve falar,
esconder quando se deve apresentar, omitir quando se deve participar,
obviamente são práticas que em nada contribuem para a construção de uma
sociedade mais justa, fraterna e humana.
Os maus são ousados, pois que não temem ela
reputação, pela probidade, nem se preocupam com a indignação ou opinião das
pessoas, são maus e pronto. Fazem barulho, assustam, destroem, e, no momento da
perversidade, anestesiados pelo desequilíbrio, a consciência de nada os acusam,
por isso são atrevidos e atuam nos espaços onde os bons deveriam estar,
ostentando a bandeira da decência, da honestidade e da fraternidade.
Os bons precisam estar presentes em todos os
segmentos sociais; na escola do filho, na associação de bairro, no grêmio estudantil,
na associação filantrópica e assistencial, na política, na organização
trabalhista, na organização patronal, nas decisões que interessam a comunidade
em que vive... enfim, tem que participar, pois se não se apresentarem para a
ocupação dos espaços que são seus, sem dúvida, virão os maus e, sem cerimonia,
ocuparão as cadeiras vazias e farão o estrago que já é do conhecimento geral.
Então, não basta criticar, reclamar, gritar por um
mundo mais decente, ordeiro e próspero, imperioso se torna a participação para
que tais conquistas cheguem mais depressa e sem tento sofrimento.
Para tanto não será preciso ser expoentes da cultura,
da força, da intelectualidade, da fortuna, da virtude, do desprendimento, da
caridade, mas sim será preciso, e muito, é de boa vontade e uma hercúlea dose
de esforços. Isso, obviamente, está ao alcance de todos... basta querer.
Sem nenhuma violência, quando os maus perceberem que
os espaços estão sendo preenchidos pela ousadia e coragem dos bons, baterão em
retirada, por falta de opção e oportunidade, dai em diante será erguido, com
segurança, o edifício da paz e da serenidade que tanto desejamos.
Observemos, então, qual o espaço que nos pertence, na
ordem do progresso e ocupemos a nossa cadeira... para servir, obviamente.
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – nov/2015
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
HÁ UM SÉCULO
Cap.
XXV – Item 2
I
Allan Kardec, o
Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava
exausto, acabrunhado.
Fazia frio.
Muito embora a consolidação
da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o
dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado
nas mãos.
A pressão
aumentava...
Missivas sarcásticas
avolumavam-se à mesa.
Quando mais
desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby
–, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
II
O professor abriu o
embrulho, encontrando uma carta singela.
E leu:
“Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão,
remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo,
prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes
razões para isso.
Sou encadernador
desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos
casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria
normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de
modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Meu desespero foi
indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em
Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas
aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a
fatalidade...
A prova da separação
vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.
Faltava ao trabalho e
meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas
vezes o Sena e acabei planeando o suicídio.
“Seria fácil, não sei
nadar” – pensava.
Sucediam-se noites de
insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o
desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.
Olhei em torno,
contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um
objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.
Surpreendido,
distingui um livro que o orvalho umedecera.
Tomei o volume nas
mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
“Esta obra salvou-me
a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. – A. Laurent.”
Estupefato, li a obra
O Livro dos Espíritos, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse
que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o
que lhe aprouver.”
Ainda constavam da
mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador
desempacotou, então, um exemplar de O Livro dos Espíritos ricamente
encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página
do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a
observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra
firme:
“Salvou-me também.
Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.”
III
Após a leitura da
carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Conchegando o livro
ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na
pauta de radiosa esperança.
Era preciso
continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as
pedradas...
Diante de seu
espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec
levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via
pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da
Grande Revelação respirou a longos haustos e, antes de retomar a caneta para o
serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...
Hilário Silva
Fonte:
O Espírito da Verdade
Francisco
Cândido Xavier - Waldo Vieira
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
ALÉM-TÚMULO
“E,
se não há ressurreição de mortos, também o Cristo não ressuscitou.”
Paulo (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS 15:13)
Teólogos
eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram
o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é
própria.
Muitos
deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se
fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva.
Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num
sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.
Hoje,
no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as
possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição
é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Como
qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o
inferno ilimitado no tempo? como acreditar permaneçam adormecidos milhões de
criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus
se afirma em atividade incessante?
Os
argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a
simplicidade da lógica humana.
Comentando
o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer
que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro,
definem-se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos Mestres ressuscitou em
trabalho edificante. Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair
em ociosidade incompreensível?
Somos
almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos
a continuação do
esforço e da vida.
Fonte: CAMINHO,
VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
AMADURECIMENTO PSICOLÓGICO II
Na
tua ânsia de crescimento experimenta a tua realidade íntima em confronto com a
externa.
Não
te permitas perturbar pelos indivíduos reagentes, que se encontram de mal com
eles próprios e vomitam mau humor contra os demais. Permanece cortês, para que
não seja o teu estado bilioso a dizer como te comportares.
Por
tua vez, não te transformes em personalidade reatora, aquela que está sempre
reagindo, quando poderia e deveria agir.
A
tua ação e reação traduzem como és interiormente, bem como sentes e vês em
realidade o que se passa em teu íntimo.
Assim,
não desperdices energias mascarando-te, antes aplica-as em contínuo trabalho de
autoaprimoramento, de crescimento interior até exteriorizares as conquistas em
simpatia, cordialidade e amor.
Qualquer
pretensão de modificar o mundo e fazê-lo girar como te aprouver é alucinação.
Porém, se te dedicares à transformação íntima, que reflita em alteração de
outros comportamentos para melhor, lograrás alcançar a verdadeira meta do
amadurecimento psicológico.
Com
esse aprofundamento no eu espiritual, a saúde plena será tua amiga na grande
proposta que te leva em busca da realização pessoal e humana.
Jesus
nunca se amesquinhou diante dos falsamente poderosos ou de classe e economia
mais expressivas. Tampouco se tornou prepotente diante dos fracos e sofredores.
A linha de equilíbrio entre o Seu interior e o exterior, demonstrou a Sua
superioridade moral, espiritual e intelectual, que O torna Modelo sob todos os
aspectos para todos nós, exemplo de perfeita maturidade psicológica, porque
plenificadora.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
JESUS E O SEU NATAL
Os
adeptos do Cristianismo, infelizmente, em sua maioria, são sectários. Este mal,
porém, é dos homens, não é da doutrina. O Cristianismo é ainda falsamente
interpretado e compreendido. Quando chegar a ser entendido e sentido tal
como deve ser, todos — do Oriente como do Ocidente, do Norte como do Sul —
confraternizarão em torno daquela cruz erguida há dois mil anos no topo do Calvário.
Jesus é
uma realidade e, ao mesmo tempo, um símbolo. Ele é a verdade, é a justiça, é o
amor.
Onde
predominarem estes elementos, ele aí estará, embora não hajam invocado seu
nome. De outra sorte, onde medra e impera a hipocrisia, a iniqüidade e o egoísmo
sob suas multiformes modalidades, ele em tal meio não se encontrará, ainda que
solicitado, louvado e endeusado pela boca dos homens.
Jesus não
é, como se imagina comumente, criador de determinada escola, nem fundador de
certa religião. Ele é o revelador da Lei, o expoente máximo, neste mundo, da
Vontade divina. Sua missão não teve início em Belém e finalidade no Gólgota.
Ele vem, desde que o mundo é mundo, inspirando a Humanidade, orientando e
apascentando este rebanho, no desempenho do mandato que o Pai lhe confiara.
Jesus é a luz do mundo. Assim como o Sol não ilumina só um hemisfério, mas
distribui à Terra toda seus benefícios, assim o Pastor divino apascenta com igual
carinho todas as ovelhas do seu redil.
Sobre as
Índias, a China e o Japão; como sobre a Europa e a América, paira o Espírito de
Jesus velando pela obra da redenção humana. Não importa que o desconheçam
quanto à denominação.
Ele
inspirará, por intermédio deste ou daquele, a revelação divina, o Evangelho do
amor. Assim tem feito, assim continuará fazendo até à consumação dos séculos.
Aqui lhe darão este nome; ali, nome diverso, tomando muitas vezes o instrui
mento, de que ele se serve, como sendo o próprio autor das doutrinas
ministradas. Que importa? E' ele, sempre ele, o Mediador, o Ungido de Deus para
intérprete de sua Lei e distribuidor de sua Graça.
Já o
grande Paulo dizia: "Onde há o Espírito do Cristo, aí há liberdade."
Jesus jamais constrangiu alguém a crer deste ou daquele modo. Tocava o íntimo
do homem, procurando despertar o que ali havia de bom. Salvava pela educação,
porque educar é despertar os poderes latentes do espírito, dirigindo-os à
conquista desse ideal de perfeição que antevemos através do belo, do justo e do
verdadeiro, e pelo qual tanto anseia nossa alma ainda cativa e obscura.
Jesus
nasceu em Belém há cerca de vinte séculos. Mas esse nascimento, como tudo o
mais que com ele se relaciona, reveste-se de perpetuidade. O natal do Mestre é
um fato que se repete todos os dias: foi de ontem, é de hoje, será de amanhã.
Os que ainda não sentiram em seu íntimo a influência do espírito do Cristo
ignoram, em verdade, que ele nasceu. Só sabemos das coisas de Jesus por
experiência própria. Só após ele haver nascido em nosso coração é que chegaremos
a entendê-lo, já em seus ensinos, já no que respeita à sua missão neste orbe.
Nasceu em
Belém de Judá o Redentor do mundo, há perto de vinte séculos. Tal o
acontecimento de maior
relevância nos fastos da História humana. Tão importante que chegou a abalar as
milícias celestiais cujo alvoroço se expandiu nesta álacre mensagem: Gloria a
Deus nas maiores alturas e paz na Terra aos homens a quem ele quer bem! Nascer
é iniciar, é dar começo a uma existência em determinado meio. Eis o fato
histórico considerado em seu aspecto genérico. Particularizemos, agora, o
advento do Messias. Que influência está exercendo em nós o seu nascimento? Que
relação existe entre o natal de Jesus e a nossa vida no momento atual?
Que veio
Jesus fazer à Terra, na parte que nos toca? Eis a questão que nos interessa de
perto e que vem determinar o grau de importância daquele natal. Se o nascimento
do Redentor não é ainda uma realidade em nós mesmos, influindo positivamente em
nosso caráter, que importância pode ter no que nos diz respeito?
As minas
do Transvaal são as mais ricas do mundo; é um fato indiscutível, considerado em
sua generalidade. Mas em que isso nos interessa? Que proveito tiramos? Se,
porém, nos associarmos às empresas que exploram os filões de ouro e os
diamantes, então o caso muda de figura, tornando-se para nós de importância
capital. O Brasil é um país opulento pela uberdade de seu solo, pela sua flora,
seus minérios e suas múltiplas fontes de riqueza. Não obstante, há muita gente
pobre e até miserável no Brasil.
Para que
as suas decantadas riquezas sejam uma realidade para cada brasileiro, é preciso
que este se habilite, granjeando sua independência financeira pelo trabalho,
pela inteligência, pela perseverança e pela economia. Caso contrário, todas as
vantagens e prerrogativas de nossa terra serão como se não existissem.
Precisamente
o mesmo fenómeno se dá com relação ao natal de Jesus. Nenhum proveito nos vem
do fato histórico de seu nascimento. Todo o valor desse magno sucesso está nas suas
as relações conosco. Se existe essa relação, se aquele fato representa uma
força viva atuando em nosso Espírito, então Jesus nasceu para nós e a nós se
dirige a angélica mensagem: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na Terra aos
homens a quem ele quer bem!
Se permanecermos
alheios ao natal de Belém, quanto à sua eficiência em nossas almas, tudo o que
fizermos para comemorar tão auspiciosa data histórica será vão e vazio, visto
como Jesus nasceu para nos salvar do pecado, para nos remir da servidão, dos
vícios e das paixões. Se nos conservamos na iniquidade do século e nos afazemos
à escravidão, aquele natalício ainda não se realizou: nada temos, portanto, que
comemorar.
Ao
contrário das hospedarias de Belém, tratemos de arranjar lugar em nossos
corações, para recebermos condignamente o divino hóspede que há dois mil anos
bate às nossas portas.
Fonte: Em Torno do Mestre - Vinícius
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
AMADURECIMENTO PSICOLÓGICO I
O
relacionamento interpessoal revela o comportamento dos indivíduos em função de
si e dos outros. Nos primeiros tentames oculta a realidade, na grande preocupação
da aparência. À medida que estreita os vínculos, a postura de guarda cede lugar
ao relaxamento emocional e, pouco a pouco, a máscara cai.
Esse
fenômeno é resultado da aproximação que o tempo proporciona à relação.
Nas
pessoas realizadas, saudáveis, a conduta permanece sem surpresas, porque há uma
interação da sua vivência interior com a exterior, verdadeiro amadurecimento
psicológico. Após o autoconhecimento, que propicia a autoaceitação, explora-se
o exterior, abrindo-se a experiências, a vivências novas e enriquecedoras. A
linha do equilíbrio demarca a personalidade, sem excentricidades nem bruscas
mudanças como ocorre entre a exaltação e a depressão.
Quem
assim age, encontra-se plenificado, irradiando esse estado de conquista como
pessoa humana.
No
comportamento alterado, em que o júbilo e a tristeza, a confiança e a suspeita,
o amor e a animosidade confundem-se, a falta do autodescobrimento, a
imaturidade programam estados de instabilidade, de desdita, conduzindo a
enfermidades emocionais que são somatizadas, reaparecendo na área orgânica com
caráter destruidor.
Tais
reflexos, no relacionamento, geram desequilíbrios que se agravam, na razão
direta que se fazem desastrosos, empurrando suas vítimas para estados
obsessivos-compulsivos ou depressivos.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
PERSEVERANÇA COM ALEGRIA II
Ouves
a vozeria que fala de júbilos e te entristeces por não estares entre eles, os
enganados algaraviantes.
Talvez,
eles não estejam felizes, senão excitados.
Deténs-te
a examinar os que exibem paz e te afliges, face aos conflitos que espocam no
teu mundo íntimo.
Quiçá,
não estejam em harmonia, senão anestesiados pelos vapores da ilusão, aqueles
que se exibem.
Mantém
a tua confiança no ideal que abraças e não meças as vitórias do teu espírito
com a fita métrica dos triunfos terrestres transitórios.
O
cristão verdadeiro, e o espírita, em particular, triunfam sobre si mesmos,
vencem-se, interiormente, e galgam os degraus do êxito ao lobrigar as paisagens
mergulhadas no sol da imortalidade em triunfo.
Jesus,
na entrada triunfal em Jerusalém, não era um vencedor nem um vencido. Era
alguém incompreendido pela massa.
Colocado,
porém, na cruz, a massa acreditava que Ele havia perdido a batalha, no entanto,
era o vencedor em triunfo sobre os enganos que a massa lhe oferecera e Ele
desdenhara.
Não
te esqueças: dor e prova, renúncia e abnegação constituem as marcas do Cristo
Jesus a se insculpirem na tua alma, quais estrelas luminescentes no velário da
noite, falando de sol e de belezas imortais.
Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016
PERSEVERANÇA COM ALEGRIA I
Não
te detenhas nunca ante o desafio do bem.
Jamais
percas a confiança em Deus.
Nunca
te entristeçam as provações, nem te aturdam os testemunhos.
O
filete de água que procede de uma fonte poderosa destina-se ao mar. Suplanta
obstáculos, contorna acidentes geográficos, porém logra o seu fanal.
Vida
física é oportunidade abençoada, instrumentalidade para o progresso. Também é
masmorra transitória de que te libertarás um dia se te promoveres às alturas do
bem.
Não
examines as questiúnculas, nem os problemas do caminho, senão para os
solucionar.
Quem
se abate sob um céu nublado não merece a noite salpicada de estrelas.
Fadado
ao infinito, o espírito nasce e renasce no corpo para progredir, adquirindo
experiências e modelando santificação.
Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
MEDITA
Não vale revidar
A ofensa recebida.
Ressentir-se é tomar
As sombras do agressor.
Vingar-se propriamente,
É corar em si mesmo.
Se alguém te insulta ou
fere
Perdoa, esquece e
passa.
Ninguém apaga um mal,
Criando um mal maior.
Ora, serve e caminha.
Deus tudo sabe e vê.
Emmanuel
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sábado, 17 de dezembro de 2016
A ALMA DOS ANIMAIS
Pergunta - Os insetos também tem alma? Se
tiver, então é errado mata-los?
Resposta - Segundo o Espírito de Verdade, todos
os seres orgânicos tem alma. Isso significa que até mesmo uma bactéria ou um
protozoário tem alma. Uma plante tem alma, um grilo tem alma, rato também,
assim como uma aranha, uma mosca ou uma barata.
No
entanto, nosso instinto de sobrevivência ainda nos induz a alguns
comportamentos instintivos, como o de nos defendermos de insetos que poderiam
transmitir a sensação de ameaça, ligados diretamente à nossa condição
evolutiva, ainda primitiva, e a nosso instinto de sobrevivência. Dizer se é
certo ou errado é relativo. É como falar de consumo de carne. Para alguns é
inconcebível, mas para outros é questão de sobrevivência. Somente vamos poder
dizer se é certo ou errado quando nos livrarmos de nossos instintos de
sobrevivência. Mas quando esses instintos não forem mais necessários, significa
que já atingimos um grau evolutivo mais alto, e que não haverá mais ameaças
como as que nossos instintos reagem. Afinal, o nosso aprendizado nesse mundo
físico, justamente, é o de tentar controlar esses instintos puramente físicos.
Eles tem origem em nosso corpo físico e não em nosso espírito.
Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
O PERDÃO SUPERA O DESTINO
Nos somos os senhores do nosso próprio destino. A
vida sempre nos oferece momento de plantar e momento de colher. O plantio é
livre mas a colheita é obrigatória.
É muito triste vermos pais e mães sofrerem por ver
seus filhos com dinheiro, automóvel, moto, conforto e luxo, enfim, drogando-se,
matando-se, sem saber o que fazer com este bem maior que é a vida humana. Este
é o momento de refletir e de analisar como estamos vivendo.
Todo momento é hora de mudar nossas vidas pois somos
senhores de nossos próprios destinos. Não se paralise culpando-se pelas
escolhas do passado, pense nas escolhas
do hoje. Não existe certo e errado, existem consequências.
A vida é assim, causa e efeito. Jogue uma bola de
borracha na parece. Quanto mais força aplicar mais força ela voltará para você.
Sábio é o ser humano que administra seus impulsos tendo consciência plena do
que faz e das decisões que toma.
Disse Joanna De Ângelis: “O mal que nos faz mal não é
o mal que os outros nos fazem, mas o mal que nós fazemos aos outros. O bem que
nos faz bem não é o bem que nos fazem mas, principalmente, o bem que nós
fazemos aos outros”.
Seu destino está em suas mãos.
Do livro: Terapêutica
do Perdão – Aloísio Silva
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
VOCÊ PODE
Espírito: ANDRÉ LUIZ.
Carregando nos próprios ombros as aflições que fustigam a
Terra, o Senhor acreditou nas promessas de fidelidade que você lhe fez,
enviando-lhe a caminho aqueles irmãos necessitados de mais amor.
Chegam eles de todas as procedências...
É a esposa fatigada esperando carinho, é o companheiro
abatido implorando, em silêncio, esperança e consolo.
De outras vezes, é o filho, desorientado suplicando
compreensão ou o parente, na hora difícil, aguardando braços fraternos.
Agora, é o amigo transviado, esmolando compaixão e
ternura, depois, talvez, será o vizinho atormentado em problemas esfogueantes,
pedindo bondade e cooperação.
Isso acontece, porquanto você pode compartilhar com Ele a
tarefa do auxílio.
Não desdenhe, desse modo, apoiar o bem.
Acendamos a luz, onde as trevas se adensem; articulemos
tolerância, ao pé da agressividade; envolvamos as farpas da cólera em algodão
de brandura; conduzamos a paz por fonte viva sobre a discórdia, toda vez que a
discórdia se faça incêndio destruidor...
Eis que Ele, o Mestre, se revele por sua palavra e por
suas mãos. Não impeça a divina presença, através de seu passo, no amparo às
humanas dores.
E, nessa estrada bendita, depois da luta, cotidiana,
sentirá você no imo da própria alma, o sol da alegria perfeita repetindo, de
coração erguido à verdadeira felicidade.
- Obrigado Jesus, porque na força de Tua bênção, consegui
esquecer-me,
procurando servir.
Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
A LÍNGUA
ANDRÉ LUIZ
Não
obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes
no destino das criaturas.
Ponderada
– favorece o juízo.
Leviana
– descortina a imprudência.
Alegre
– espalha otimismo.
Triste
– semeia desânimo.
Generosa
– abre caminho à elevação.
Maledicente
– cava despenhadeiros.
Gentil
– provoca o reconhecimento.
Atrevida
– atrai o ressentimento.
Serena
– produz calma.
Fervorosa
– impõe confiança.
Descrente
– invoca a frieza.
Bondosa
– auxilia sempre.
Descaridosa
– fere sem perceber.
Sábia –
ensina.
Ignorante
– complica.
Nobre –
cria o respeito.
Sarcástica
– improvisa o desprezo.
Educada
– auxilia a todos.
Inconsciente
– geral desequilíbrio.
Por
isso mesmo, exortava Jesus:
- “Não
procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
A
língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
Conduzamo-la,
na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força
que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da
perturbação e da morte.
Da Obra
“UApostilas da
VidaU” -Espírito:
André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier.
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016
A FORÇA DO PERDÃO
O que é o perdão? Como praticá-lo? Porque?
O amor já era uma força revelada por outras tradições
religiosas, inclusive, no seio do próprio judaísmo, embora com uma diferença
fundamental, pois, enquanto estas estimulavam o amor unicamente entre seus
pares, produzindo sectarismo, tais como visto no seio do bramanismo e do
judaísmo, Jesus ensinou sobre o amor universal, independentemente do sangue e
de castas.
O
perdão é uma força revelada com primazia por Jesus. Antes do Mestre, a lei que
regia as relação humanas era a do talião, a qual institucionalizara a vingança
contida na máxima “olho por olho, dente por dente”.
Na
lição ministrada a Pedro, Jesus ensinou a necessidade irrestrita do perdão,
representada na operação matemática: 70 x 7. Na divina Oração Dominical
apresenta-o como a única relação condicional do Pai para com os filhos:
“perdoai nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Não
foi por acaso que Jesus se valeu de suas últimas forças físicas para exaltar a
força do perdão, ao rogar ao ai nos perdoasse a ignorância.
Como
o amor, o perdão é uma força da alma. Fruto do desenvolvimento das
potencialidades do espírito, ele transforma o simples ser inteligente em uma
Criatura Divina, a qual já se reconhece e ao próximo, como idênticos em
capacidades, pois tem a mesma origem e destinação: Deus.
O
perdão é o antídoto mais eficiente contra o orgulho, pois, ao reconhecer-se
ainda falível, o espírito assume sua igualdade perante o semelhante: ninguém é,
de fato, superior, senão o Pai.
Na
sua origem o termo pecare significava apenas “errar o alvo”. Este é o real
sentido desta palavra e, não, aquele equivocadamente apresentado pela ortodoxia
da igreja, qual seja, o erro que implica
numa condenação eterna danação da alma falida. Por isso Jesus sentenciou: “quem
estiver sem pecado, que atire a primeira pedra”. Não é por outro motivo, aliás,
que o próprio Mestre nos ensina: “O Pai não quer a morte do pecadro, mas, sim,
a misericórdia!”
Uma
análise corajosa desta força nos mostra que, se necessitamos perdoar nosso
irmão 490 vezes pela mesma falta, algo está errado também conosco. Igualmente,
se, intolerantes, cobramos de nosso irmão certo comportamento moral e ele não
corresponde, pode ser porque não tivera ainda oportunidades de aprendizado em
existências anteriores e, assim, estamos cobrando de quem não tem para dar. Por
isso, sabendo sermos todos espíritos em evolução moral, devemos agir diante do
pecador com a mesma misericórdia que o Pai sempre dedica para conosco.
Portanto,
o perdão é uma força desenvolvida em benefício, não do outro, mas, sim, do
próprio espírito que perdoa, pois este se liberta dos grilhões que nos
aprisionam no mundo e nos impedem de atendermos ao pleno cumprimento da Lei de
Amor. Foi por amor que Jesus, valendo-se de suas últimas forças, humilhado pelo
madeiro da ignomínia, rogou ao Pai nos perdoasse, exemplificando, assim, no seu
momento extremo, o que antes já lecionara: “perdoai, porque também tendes
necessidade de perdão”.
Paulo Cezar Fernandes
Fonte: Jornal Tribuna
do Espiritismo – jan/2016
imagem; google
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
QUANDO NASCEU JESUS?
Mais um vídeo de nosso canal no youtube. Fala sobre o nascimento de Jesus. Reflexão do papel de Jesus em nossas vidas. Texto do espírito Vinícius, lindíssimo. Prestigiem o canal, inscrevam-se.
sábado, 10 de dezembro de 2016
TERNURA
Cap.
XIV – Item 3
Mãezinha querida.
Lembro-me de ti
quando acordei para recordar.
Debruçada no meu
berço, cantavas baixinho e derramavas no meu rosto pequeninas gotas de luz, que
mais tarde, vim a saber serem lágrimas.
Conchegaste-me no
colo, como se me transportasses a brandos ninhos, desde então nunca mais me
deixaste.
Quando os outros iam
à festa, velavas comigo, ensinando-me a pronunciar o bendito nome de Deus...
Noutras ocasiões, trabalhavas de agulhas nos dedos, contando histórias de
bondade e alegria para que eu dormisse sonhando...
Se eu fugia,
quebrando o pente, ou se voltava da escola com a roupa em frangalhos, enquanto
muita gente falava em castigos, afagavas minhas mãos entre as tuas ou beijavas
os meus cabelos em desalinho.
Depois cresci,
vendo-te ao meu lado, à feição de um anjo entre quatro paredes... Cresci para o
mundo, mas nunca deixei de ser, em teus braços, a criança pela qual entregaste
a vida.
E, até agora, dia a
dia, esperas, paciente e doce, o momento em que me volto para teus olhos,
sorrindo pra mim e abençoando-me sempre, ainda mesmo quando os meus problemas
te retalhem o peito por lâminas de aflição!...
Hoje ouvi a música
dos milhões de vozes que te engrandecem...
Quis apanhar as
constelações do Céu e misturá-las ao perfume das flores que desabrocham no
chão, para tecer-te uma coroa de reconhecimento e carinho, mas, como não
pudesse, venho trazer-te as pétalas de amor que colhi em minhalma.
Recebe-as Mãezinha!...
Não são pérolas, nem brilhantes da Terra... São as lágrimas de ternura que Deus
me deu para que te oferte o meu coração, transformado num poema de estrelas.
Meimei
Fonte:
O Espírito da Verdade
Francisco
Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
OS VIVOS DO ALÉM
“E
eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias.” —
(LUCAS 9:30)
Várias
escolas religiosas, defendendo talvez determinados interesses do
sacerdócio, asseguram
que o Evangelho não apresenta bases ao movimento de intercâmbio entre os homens
e os espíritos desencarnados que os precederam na jornada do Mais Além...
Entretanto,
nesta passagem de Lucas, vemos o Mestre dos Mestres confabulando com duas
entidades egressas da esfera invisível de que o sepulcro é a porta de acesso.
Aliás,
em diversas circunstâncias encontramos o Cristo em contacto com almas perturbadas
ou perversas, aliviando os padecimentos de infortunados perseguidos. Todavia, a
mentalidade dogmática encontrou aí a manifestação de Satanás, inimigo eterno e
insaciável.
Aqui,
porém, trata-se de sublime acontecimento no labor. Não vemos qualquer
demonstração diabólica e, sim, dois espíritos gloriosos em conversação íntima
com o Salvador. E não podemos situar o fenômeno em associação de generalidades,
porquanto os “amigos do outro mundo”, que falaram com Jesus sobre o monte,
foram devidamente identificados. Não se registrou o fato, declarando-se, por
exemplo, que se tratava da visita de um anjo, mas de Moisés e do companheiro,
dando-se a entender claramente que os “mortos” voltam de sua nova vida.
Fonte: CAMINHO,
VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
COMPREENSÃO II
O
mundo está repleto de pessoas surdas que conversam; de convivências mudas que
se expressam.
Fala-se
muito sobre nada e dialoga-se em demasia sobre coisa nenhuma, resolvendo-se uma
larga fatia de problemas, que permanecem.
Quando
alguém se te acerque e fale, procura ouvi-lo e registrar-lhe a palavra. Talvez
não tenhas a forma ideal para dar-lhe, em disponhas do que ele espera de ti.
Muitas vezes, ele não aguarda muito e somente fala por falar.
Concede-lhe
atenção e o estimularás, facultando-lhe sentir-se alguém que desperta
interesse.
Se
ele resolve confiar em ti e se desvela, respeita-lhe a problemática e ajuda-o,
caso tenhas como fazê-lo.
Por
tua vez, vence o medo de te revelares. Certamente, não abdicarás da prudência
nem do equilíbrio; no entanto, é saudável dialogar, descerrar painéis escondidos pelo ego ou mascarados para
refletirem imagens irreais.
Na
tua condição de criatura humana frágil, a convivência honesta com outras
pessoas contribuirá eficazmente para a tua harmonização íntima.
Assim,
torna-te compreensivo, paciente, um terapeuta fraternal.
Não
cries estereótipos, nem fixes pessoas a imagens que resultam de momentos.
Todos
estamos em contínuas transformações, e nem sempre se é hoje o que ontem
aparentava-se. Novas experiências e lições vieram juntar-se à pessoa de antes,
qual ocorre contigo. É o inexorável imperativo do progresso em ação.
Compreendendo
o teu próximo e relacionando-te com ele, serás mais bondoso para contigo;
percebendo-lhe a fragilidade, serás mais atencioso para com os teus limites e
buscarás crescer, amando e amando-te mais.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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