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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 31 de maio de 2016

NEM TODOS CONSOLADOS I

                “Bem-aventurados os que choram” -, disse Jesus.
                Nem todos, porém.
                A ira indômita, quando não logra atingir o alvo contra o qual investe, explode em choro convulsivo.
                A inveja inditosa, irradiando a vibração deletérica, não se detém, e irrompe em lágrimas abundantes.
                O ciúme irrefreado, açoitando o coração invigilante, derrama lágrimas ardentes.
                O ódio, que se volta virulento contra os que lhe tombam nas ciladas, ferve em lágrimas comburentes.
                As paixões inferiores, preferindo as situações perniciosas, extrapolam os estados íntimos, exteriorizando-se em choro de revolta e azedume com que diminuem a insânia das causas donde se originam...
                Há lágrimas que não traduzem humildade nem esperança.
                Choros que fomentam vinganças ultrizes e engendram males de largo curso.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

segunda-feira, 30 de maio de 2016

AVISO

                Está sendo procurado.
                Homem considerado Galileu.
                Trinta e três anos.
                Pele clara e expressão triste.
                Cabelos longos e barba maltratada. Marcas sanguinolentas nas mãos e nos pés.
                Caminha habitualmente acompanhado de mendigos e vagabundos, doentes e mutilados, cegos e infelizes.
                Onde aparece, frequentemente, é visto entre grande séquito de mulheres, sendo algumas de má vida, com crianças esfarrapadas.
                Quase sempre está seguido por doze pescadores e marginais.
                Demonstra respeito para com as autoridades, determinando se dê a César o que é de César, mas espalha ensinamentos contrários à Lei antiga, como sejam:
                - o perdão das ofensas;
                - o amor aos inimigos;
                - a oração em favor daqueles que nos perseguem ou caluniam;
                - a distribuição indiscriminada de dádivas com os necessitados;
                - o amparo aos enfermos, sejam eles quais forem;
                - e chega ao cúmulo de recomendar que uma pessoa espancada numa face ofereça a outra ao agressor.
                Ainda não se sabe se é um mágico, mas testemunhas idôneas afirmam que ele multiplicou cinco pães e dois peixes em alimentação para mais de cinco mil pessoas, tendo sobrado doze cestos.
                Considerado impostor por haver trazido pessoas mortas à vida, foi preso e espancado.
                Sentenciado à morte, com absoluta aprovação do próprio povo, que o condenou, de preferência à Barrabás, malfeitor conhecido, recebeu insultos e pedradas, sem reclamar, quando conduzia a cruz às costas.
                Não se defendeu, quando questionado pela Justiça, complicando-se-lhe a situação, porque seus próprios seguidores o abandonaram nas horas difíceis.
                Sob afrontas e zombarias, foi crucificado entre dois ladrões.
                Não teve parentes que lhe demonstrassem solidariedade, a não ser sua Mãe, uma frágil mulher que chorava aos pés da cruz.
                Depois de morto, não se encontrou lugar para sepultá-lo, senão lodoso recanto de um túmulo por favor de um amigo.
                Após o terceiro dia do sepultamento, desapareceu do sepulcro e já foi visto por diversas pessoas que o identificaram pelas chagas sangrentas dos pés e das mãos.
                Esse é o homem que está sendo cuidadosamente procurado.
                Seu nome é Jesus de Nazaré.
                Se puderes encontrá-lo, deves segui-lo para sempre.


Fonte: Coração e vida – Chico Xavier/Maria Dolores.
imagem: google

sábado, 28 de maio de 2016

ANIMAIS E ENERGIAS

Pergunta - Minha cachorrinha tinha 8 anos e nunca ficou doente, de repente teve um ataque cardíaco e morreu. Apesar de sermos espíritas, sofremos muito. Como deve estar do “outro lado”? há possibilidade de nos vermos de novo?
Resposta - Podemos dizer que ela recebeu um presente por ter a oportunidade de desencarnar rápido e sem sofrimento. São tantos os que desencarnam em sofrimento.
     Quando o tempo previsto para permanecerem neste mundo termina, retornam ao mundo espiritual. E continuam suas experiências em outras localidades deste ou de outros mundos físicos.
         Não se constranja por se entristecer ao se separar de um ente querido. Isso acontece com quase todos em situações semelhantes.
    Enquanto seu animal estiver na dimensão espiritual, há a possibilidade de um reencontro, pois temos acesso àquela dimensão também ao desdobrarmos durante o sono. Há a possibilidade de os visitarmos para obter notícias. Ainda que não os vejamos no mundo espiritual, é possível que retornem para nós em um novo corpo para continuarem o aprendizado, a menos que sua jornada ao nosso lado já tenha findado. Neste caso eles continuarão o aprendizado com outras pessoas em outras localidades.
                                                                                         

Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A REENCARNAÇÃO DA MÃE DE CHICO XAVIER

O ano era 1997, numa terça-feira à noite. Quando chegamos para visitá-lo, ele contou-nos o seguinte caso:
-Hoje minha mãe (D. Maria João de Deus) me apareceu e disse-me:
-Meu filho, após tantos anos de estudo no mundo espiritual estou-me formando assistente social. Venho me despedir e dizer que não mais vou aparecer a você.
-Mas a senhora vai me abandonar?
-Não meu filho. Imagine você que seu pai precisa renascer e disse que só reencarna se eu vier como esposa dele. Fui falar com a Cidália, sua segunda mãe, que criou vocês com tanto carinho e jamais fez diferença entre os meus filhos e os dela.
 Ela contou-me que também precisa voltar à Terra. Então eu lhe disse:
-Cidália (Madrasta), você foi tão boa para meus filhos, fez tantos sacrifícios por eles, suportou tantas humilhações. Nunca me esqueci quando você disse ao João Cândido que só se casaria com ele se ele fosse buscar meus filhos que estavam espalhados por várias casas para que você os criasse.
Desde minha decisão de voltar ao corpo, tenho refletido muito sobre tudo isso e venho perguntar-lhe se você aceitaria nascer como nossa primeira filha?
 Abraçamo-nos e choramos muito. Quando me despedi dela, perguntei-lhe:
-Cidália há alguma coisa que eu possa fazer por você quando for sua mãe?
 Ela me disse:
 -Dona Maria, eu sempre tive muita inclinação para a música e não pude me aproximar de um instrumento. Sempre amei o piano.
-Pois bem, minha filha. Vou imprimir no meu coração um desejo para que minha primeira filha venha com inclinação para a música. Jesus há de nos proporcionar a alegria de possuir um piano.
A essa altura da narrativa o Chico estava banhado em lágrimas e nós também. Mas continuou a falar de Dona Maria:
 -Seu pai vai reencarnar em 1997. Vou ficar junto dele por aproximadamente três anos e renascerei nos primeiros meses do ano 2000.
 -Mas a senhora já sofreu tanto e vai renascer para ser esposa e mãe novamente?
-São os sacrifícios do amor. Até um dia meu filho.
 Neste momento, concluiu o Chico, também ela começou a chorar.

Extraído do livro MOMENTOS COM CHICO XAVIER, de Adelino Silveira, ed. GEP

imagem: google 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

ACÚSTICA PSICOLÓGICA

(J. Herculano Pires)
No sentido orgânico, biofisiológico, os Espíritos não tem sexo, pois não possuem o corpo material e não se reproduzem. Mas o sexo vegetal, animal e humano é simples manifestação de polaridade. Há, portanto, um problema espiritual de polaridade, semelhante ao das correntes de energias que conhecemos, determinando a condição íntima do Espírito e sua posição masculina ou feminina. Por isso, nos planos inferiores da espiritualidade, nas regiões de transição do plano físico para o metafísico, as regiões infernais das religiões clássicas ou as regiões umbralinas da concepção espírita, o corpo espiritual das entidades reproduz as condições sexuais que tiveram na vida terrena. Os íncubos e súcubus da Idade Media são exemplos dessas formas grosseiras de Espíritos inferiores.
As manifestações desses seres inferiores confundem muitos estudiosos e médiuns-videntes que não aceitam a tese espírita de que os Espíritos não tem sexo. Simples falta de melhor discernimento doutrinário. Mas, como ensina Emmanuel em sua mensagem, as lesões afetivas que produzimos nos outros
repercutem em nós “criando lesões consequentes e análogas em nosso campo espiritual”. É um fenômeno de acústica psicológica, semelhante aos da acústica física e fisiológica das teorias de Helmholtz.
Os problemas sexuais, portanto, fazem parte da lei geral de ação e reação que determina as nossas provas e expiações. Essa a razão por que as vítimas de desequilíbrios nesse campo não devem ser encaradas e tratadas com a repulsa brutal e hipócrita do passado. Os que assim procedem, faltando com a caridade, podem estar preparando para si mesmos situações semelhantes no futuro.
Mas isso não justifica a aceitação em termos de normalidade, como hoje se pretende, pois então estaríamos endossando e estimulando o desequilíbrio e sua propagação, ao invés de ajudar as suas vitimas a se reequilibrarem. Emmanuel recomenda a aceitação caridosa do doente, mas recomenda que lhe apliquemos a terapêutica, de “amor e esclarecimento, ao invés de
menosprezo ou condenação”. Porque foi assim que Jesus procedeu com os desequilibrados do seu tempo, desde o endemoninhado geraseno até a mulher adultera.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

quarta-feira, 25 de maio de 2016

CONFLITOS PSICOLÓGICOS

(Emmanuel)
Tão fácil julgar os conflitos sentimentais que surjam nos outros!
Habitualmente, a opinião pública na Terra quase que até agora, em assuntos de sexo, se restringia a entender e aprovar os que se davam ao casamento e a estranhar ou reprovar os que se mantinham em celibato.
A evolução, no entanto, descortinou as ciências psicológicas da atualidade e as ciências psicológicas empreenderam o estudo das complexidades da alma, quase a lhe operarem o desnudamento.
E os problemas do sexo vão sobrando em escala crescente.
Casados e solteiros, jovens e adultos, quando em lutas emocionais apresentam distúrbios afetivos e impulsos ambivalentes, insatisfação e carência de ordem sentimental, dificuldades através de condições inversivas e fenômenos diversos da bissexualidade.
Sempre valiosa a contribuição da psicologia em socorro de quantos se identificam no mundo em situação paranormal, nos domínios do afeto, particularmente quando ensina aos pacientes a conquista da auto-aceitação. Entretanto, sem os princípios reencarnacionistas, definindo a posição de cada Espírito segundo as leis de causa e efeito, qualquer tipo de assistência as vítimas de desajustes psicológicos resultará incompleto.
Nesse sentido é preciso recordar que todas as lesões afetivas que tenhamos imposto a alguém repercutem sobre nós, criando lesões consequentes e análogas em nosso campo espiritual.
Esse terá traumatizado almas queridas com os assaltos da ingratidão e se corporificou de novo no plano terrestre suportando os chamados desequilíbrios congênitos; aquele provavelmente haverá precipitado corações sensíveis em despenhadeiros do sentimento e renasceu carregando frustrações sexuais irreversíveis para todo o curso da própria existência; outro perseguiu criaturas irmãs do sexo oposto, mergulhando-as em desespero e delinquência e terá voltado a Terra em condições inversivas; outros terão solicitado a própria internação em celas morfológicas de formação contraria aos seus impulsos mais íntimos, de modo a se isolarem transitoriamente para o desempenho de tarefas determinadas e nem sempre toleram as provas e empeços da própria escolha; e outros muitos ainda, que impuseram suicídios e crimes, traições e deserções a pessoas que lhes hipotecavam integral confiança, retornam a experiência física sofrendo tribulações complexas que variam conforme o grau da culpa com que dilapidaram a harmonia de si mesmos.
Diante dos nossos irmãos de Humanidade em problemas sexuais, saibamos administrar-lhes amor e esclarecimento ao invés de menosprezo ou condenação.
Normalidade física não quer dizer no mundo que os nossos débitos das existências passadas fiquem extintos. Em razão disso, muitas vezes, é possível que amanhã estejamos rogando amparo justamente aqueles aos quais hoje estendamos auxílio.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

terça-feira, 24 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS IV

                Não obstante exista a predominância de um formato na dinâmica da relação, é igualmente verdadeiro que esses três padrões não se estabelecem de forma estanque e rígida nas relações amorosas. Isto por carrearem matizes revelando a sua mistura no dia a dia, dependendo do contexto em que a interação acontece.
                De idêntico modo, é possível perceber a evolução de um tipo de encaixe relacional para outro, dependendo da forma como o casal se empenha para o crescimento da vida afetiva conjugal, bem como da cota de amor investida na convivência.
                Para que essa evolução se dê, faz-se necessário um reconhecimento da parte de ambos, da qual modelo dentre os três apresentados está norteando a relação. Somente assim, num exame mais detido de como a relação vem se estabelecendo e da cota que cada um oferece para isso, com suas dificuldades e virtudes, é que pode haver crescimento e superação.
                Na relação a dois nos revelamos como somos, e é necessário um exame permanente para que se tenha a clareza de como cada um contribui para que a relação seja menos ou mais satisfatória. O diálogo profundo, o revelar-se um ao outro, com sua características próprias e o desejo de mudança são ingredientes indispensáveis para que a relação ganhe em saúde e torne-se duradoura.
Se amar o próximo é a recomendação inolvidável do Mestre, é justo que se reconheça que o próximo mais perto é o que dorme ao nosso lado, na mesma cama.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS III

TERCEIRA: UNIÃO OU ABERTURA
                Este padrão é exercido por meio da solidariedade e da cooperação entre os membros da relação.
                Eles privilegiam a troca, o apoio mútuo; são sinérgicos, visto haver muita afetividade assegurando a interação, de tal modo que a cumplicidade é a marca do relacionamento.
                As dificuldades são geridas a dois, num suporte recíproco, existindo uma tendência de um compensar o outro nos pontos de fragilidade, pois o fundamental é “não deixar a peteca cair”. À semelhança do que ocorre no jogo de frescobol, quando ambos cuidam de reparar a “má jogada” do parceiro a fim de não permitir que a bola caia, este modelo de acasalamento revela um esforço de ambos para compensar as dificuldades do par em benefício de seus próprios membros. E também dos filhos, quando presentes na paisagem doméstica.
                Não é demais para um nem vergonhoso para o outro ajudar e ser ajudado, já que não disputam a vitória individual, porém, sim, operam a competência conjugal.
                Este casal não desperdiça tempo e energia na luta inglória da afirmação de um sobre o outro, em interminável peleja/competição. Ao contrário, seus membros aperfeiçoam a troca fecunda, favorecendo o crescimento de cada um, e multiplicam o acervo de experiências a ser exportado para a vida fora do lar. Além disso, tornam-se bons exemplos para os filhos, que testemunham e aprendem com a dança da harmonia matrimonial.

(continua)

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sábado, 21 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS II

   
SEGUNDA: LUTA E FUGA
                Aqui se configura uma relação competitiva, na qual os parceiros disputam a hegemonia do comando no relacionamento.
                Desse modo, disputam quem é mais bonito; quem tem melhor remuneração financeira; quem está mais sarado fisicamente; quem é melhor médium, etc, chegando até ao debate sobre quem é mais amado pelos filhos, parentes, amigos. Brigam por pontos de vistas, princípios de vida, valores culturais, competências profissionais ou outros motivos, gastando farta quantidade de energia na busca de se sobreporem um ao outro, em interminável guerra.
                Às vezes, essa disputa é tácita; em outras, e declarada. Algumas ocorrências se setorizam, quando os parceiros mandam em certas áreas; outras vezes, se generalizam para todos os campos da relação.
                O casal pode manter esse jeito de funcionamento a vida inteira, com o ônus decorrente desse modelo de padrão interativo. Contudo, pode também transformar a relação conjugal em “cãojugal”, quando o relacionamento se ressente pelo aporte excessivo de tempo e energia que é gasto no confronto desnecessário.
                Vivem a dinâmica do jogo de pingue-pongue, em que alguém vai vencendo à custa da fragilidade do outro, que passa a ser explorado em suas deficiências.
                No casamento, este jogo pode ser perverso, caso a dupla chegue à exaustão. Esquece-se de que se alguém vence na conjugalidade, o acasalamento perde e o matrimônio tende a morrer. Aquele que perde se retira pela separação formalizada, ou vai saindo aos poucos, utilizando-se de expedientes inconsciente, tais como doenças graves, viagens a trabalho, interesse por outra pessoa, carga de trabalho extra.
                Há também a possibilidade de um redirecionamento do curso da relação, quando o casal abre espaços, progressivamente, à união de esforços no rumo da cumplicidade, evoluindo, portanto, para uma conjugação mais solidária, de melhor qualidade e mudando o padrão de transação emocional.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sexta-feira, 20 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS I

                Tomando como referência as modalidades emocionais de interação grupal, podemos pensar como isto se estabelece na conjugalidade.
                Nas interações conjugais há padrões que obedecem à natureza daqueles que se relacionam. Às vezes, elas se cristalizam num só padrão; em outras oportunidades se modificam, assumindo outros desempenhos.
                Apenas para efeito didático, situamos três posições básicas como formas de encaixe: dependência; luta e fuga; união ou abertura.

PRIMEIRA: DEPENDÊNCIA
                O casal apresenta um dos parceiros dominando e o outro, dominado.
                Este formato pode seguir uma vida inteira sem modificações sensíveis, atendendo às disposições de ambos, que se ajustam nessa modalidade sem queixas e sofrimentos.
                Doutras vezes, surge o conflito como decorrência da inconformação de um ou de ambos ao padrão transacional da relação. Alguém desiste de puxar a mala, o peso em que o outro passa a se configurar, ou então dá-se a insurreição do oprimido, que não suporta mais ser dominado e busca sua liberdade de expressão, de movimentação, de gosto, etc. nas duas situações nasce o conflito, devido à desestabilização da homeostase, do equilíbrio matrimonial.
                Surge a possibilidade da mudança de encaixe, saindo do modelo dominador/dominado para a inversão de papéis, ou para outra forma mais rica de entrelaçamento afetivo.
                Igualmente, pode advir a separação, caso o casal não consiga articular uma mudança mais ecológica para atender às necessidades conjugais.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quinta-feira, 19 de maio de 2016

CASAMENTO E CELEBRAÇÃO DO COTIDIANO

                Invariavelmente, o par da relação afetiva deixa só para momentos magnos os cuidados que deveria oferecer no continuum do relacionamento, esquecido de que qualquer intercâmbio sentimental assenta-se na tecedura do cotidiano. E, no caso da conjugalidade, essa necessidade assume caráter solene, em razão da especificidade desse tipo de vinculação amorosa, que implica muito tempo de convivência, aliada a uma grande proximidade física e emocional. Resulta que, se o casal não cuidar da interação, será inevitável o envenenamento, redundando na futura morte da união conjugal.
                Portanto, não são os momentos pontuais que fazem a concretude de uma relação: aniversário, dia dos namorados, dia da mulher, aniversário de bodas. Estes são arremates para a consolidação do dia a dia.
                O cotidiano tratado como celebração, como evento momentoso, empresta ao relacionamento a argamassa fixadora para uma relação crescente, evolutiva.
                Logo, é importante a comemoração das datas convencionais; porém, isto tem efeito paradoxal quando não existe a sacralização dos dias laicos.
                Não tem ressonâncias a dádiva, o presente, ofertado no aniversário de casamento, se o dia a dia não é observado como uma dádiva.
                A energia monetária colocada numa jóia, num automóvel, como demonstração de amor, é insuficiente para convencer e suprir a ausência dessa afetividade, quando ela não  é alocada nos dias comuns.
                Por isso, além das circunstâncias de datas singulares, deve-se também comparecer com um toque especial nos dias rotineiros, para que a vida seja brilhante.
                Mais do que surpresas em dias festivos convencionais, devemos estabelecer a surpresa do reencontro nos dias profanos.
                Aqui não se trata de proposta de relações idealizadas entre cônjuges vivendo o paraíso dos sonhos romanescos. Ao contrário, fala-se de uma convivência feita de desafios, lutas, ajuste de diferenças, circunstâncias próprias de um par amoroso. Eis, então, o desafio de tornar sagrados todos esses momentos ditos negativos, adotando uma forma criativa de lidar com eles, facultando que o relacionamento seja grande, amoroso, profundo, sagrado.
                É nos embalos e embates diários que construímos o monumento do acasalamento.
                Quando embalamos o relacionamento valendo-nos da canção do cuidar com atos pequenos – porque são pequenas grandes coisas que fundamentalmente afetam as relações – a pessoa amada se impregna de respeito, ternura, autoestima, e assim, fica estimulada a devolver ao outro o tratamento recebido numa reciprocidade automática, garantindo, desse modo, a circulação da energia amorosa capaz de impedir que os embates se transformem em combates, duelos desnecessários à conjugalidade.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quarta-feira, 18 de maio de 2016

REUNIÕES SOCIAIS

A reunião social numa instituição ou no lar, deve sempre revestir‐se do espírito de comunhão fraterna.

Sempre que o espinho da maledicência repontar nas flores do entendimento amigo, procure isolá‐lo em algodão de bondade, sem desrespeitar os ausentes e sem ferir aos que falam.

As referências nobres sobre pessoas, acontecimentos, circunstâncias e cousas são sempre indícios de lealdade e elegância moral.

Ignore, em qualquer agrupamento, quaisquer frases depreciativas que sejam dirigidas a você, direta ou indiretamente.

Evite chistes e anedotas que ultrapassem as fronteiras da respeitabilidade.

Ante uma pessoa que nos esteja fazendo o favor de discorrer sobre assuntos edificantes, não cochiche nem boceje, que semelhantes atitudes expressam ausência de gabarito para os temas em foco.

Nunca desaponte os demais, retirando‐se do recinto em que determinados companheiros estão com a responsabilidade da palavra ou com o encargo de executar esse ou aquele número artístico.

As manifestações de oratória, ensinamento, edificação ou arte exigem acatamento e silêncio.

Jamais rir ou fazer rir, fora de propósito, nas reuniões de caráter sério.

Aproveitar‐se, cada um de nós, dos entendimentos sociais para construir e auxiliar, doando aos outros o melhor de nós para que o melhor dos outros venha ao nosso encontro.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: google

terça-feira, 17 de maio de 2016

NOVAS ENFERMIDADES, VÍCIOS ANTIGOS...


Atualmente vive-se o surgimento de novas doenças em uma velocidade espantosa. Zika vírus, chikungunya e outros males preocupam a sociedade. Alguns estudos apontam que o zika vírus tem relação com a microcefalia, o que deixa muitos pais atônitos com a possibilidade de que seus rebentos venham nascer portadores do mal acima citado.
Recentemente um colega, grávido de trigêmeos, lotou as prateleiras de sua casa com repelentes para evitar que a esposa corresse o perigo de ser picada pelo mosquito aedes aegypt, transmissor do zika. Pernas pra que te quero e repelente no corpo, disse ele. Fato é que as novidades, sejam em qualquer campo, causam curiosidade e, a priori, assustam, principalmente as novidades que dizem respeito à saúde do corpo, algo que todos prezam tanto.
Estima-se que o ser humano acumula atualmente um novo elemento patogênico por ano. E muitos fatores colaboram para isso. O homem mudou seu estilo de vida, hoje interage muito mais com os animais em seus ambientes, além das viagens internacionais, a globalização e, também, a criação de animais exóticos, tudo isso e mais outros fatores geram condições para que se desenvolvam novos elementos patogênicos.

Novas doenças, chance de o homem exercitar sua inteligência

Cada nova doença representa para o homem de ciência desafio ao seu intelecto e oportunidade de progresso, pois deve ele – o homem de ciência – entregar-se de corpo e alma ao estudo e pesquisa para oferecer à sociedade uma resposta. E essa entrega o leva a novas descobertas, ou ao menos abre caminho para que outros desbravem os horizontes da cura para os males do corpo.
Portanto, o trabalho duro em torno da cura de uma determinada doença afia a inteligência daqueles que se debruçam em estudá-la e os leva ao progresso. Como evoluiria o homem sem os desafios naturais que o convidam a pular sempre mais alto? São nas aparentes adversidades que Deus vai dando oportunidade para o crescimento de seus filhos.
Quando o tempo passa e olhamos para trás constatamos as conquistas advindas daquele embate contra esta ou aquela patologia e entendemos o salto que foi dado pelo ser humano a mostrar que mais uma etapa foi vencida.

Enfermidade educativa

Segundo o Espiritismo a Terra pertence à categoria de mundos de provas e expiações. Habitantes de planetas deste nível já tiveram algum progresso, basta observar os avanços, principalmente nas questões pertinentes à ciência e tecnologia, entretanto o comportamento moral ainda atrasado demonstra uma inferioridade que deve, naturalmente, ser vencida.
Uma das formas de vencer a inferioridade moral, claro que não a única, é a provação por meio da enfermidade. A enfermidade não raro atua como um freio e, também, como um meio para educar o indivíduo.
Um fumante inveterado recebe o alerta médico de que é preciso parar com o vício, entretanto, faz ouvidos moucos. Então, pela lei de causa e efeito colhe um problema em seus pulmões; problema este que o educará mostrando que é necessário domar aquela inclinação ao tabaco. Seja este homem um teimoso e prossiga com seu vício os apertos orgânicos serão ainda maiores a imputar-lhe dores e sofrimento, não com o objetivo de puni-lo, mas com o único intuito de fazê-lo compreender que o corpo físico é sagrado templo do espírito imortal para suas vivências terrenas, logo, não pode ser massacrado pelo fumo.
Este homem lesará seu corpo espiritual e, por consequência da lesão no perispírito seu corpo físico, em posterior existência (quando não na mesma), apresentará alguns problemas decorrentes de seu vício de outrora. Aprenderá, por meio dos dissabores que orientam, a tratar-se com o devido respeito.
Perceba, porém, que este é apenas um dos infinitos exemplos que podem ser citados para a ilustração de como a enfermidade tem o caráter de educar, mas não o de punir.
Entretanto, para crescer pela dor e pelas enfermidades não basta apenas estar portador delas, algo mais se faz necessário.  É preciso ter resignação e aceitar a condição temporária do estar portador desta ou daquela doença. Eis a grande questão. A condição de enfermo é apenas temporária, jamais definitiva. Não somos zika, estamos com zika, não somos HIV positivo, estamos com HIV positivo. Tudo passa, e com as enfermidades não é diferente.
Jesus disse: A verdade liberta. Pois sim, conhecendo a verdade, ou seja, que estamos num mundo de provas e expiações saberemos que as aflições virão, mas é possível vencê-las.
Em O livro dos Espíritos Allan Kardec indaga aos mentores se podemos vencer as provações da existência. A resposta é clara. Dizem os sábios espirituais que podemos vencer qualquer desafio, mas é imperioso o esforço. E informam que poucos empenham-se para vencer os desafios. Uma mensagem repleta de otimista a dizer-nos:
Vão em frente, cresçam, prossigam, depende de vocês!
E nascemos para vencer e não para perder.
E as indagações, como não poderia deixar de ser na busca pela verdade, sucedem-se: Por que o homem está submetido a antigas e novas formas de doença? Por que alguns adoecem com mais facilidade do que outros?
Perguntas interessantes, mas que só terão resposta satisfatória quando analisadas sob o prisma da imortalidade da alma.
Submetido está a antigas e novas doenças porque vive num mundo de provas e expiações, em que por conta de seu pouco desenvolvimento moral ainda encontra-se subordinado a aprendizados, digamos, dolorosos.
Melhore o homem moralmente e suas existências ficarão mais leves, sem a pesada e densa equação da dor para resolver.
Quando o foco está apenas na existência atual, de fato as novas patologias chocam, pois demonstram estar reinando num mundo onde Deus deveria existir e, portanto, fazer-se soberano, haja vista seus atributos.
Mas quando mudamos o foco e enxergamos a imortalidade da alma e as existências sucessivas a coisa muda de figura, e tudo faz sentido porque tem uma explicação palatável.
Basta, como ensinam os Espíritos, o homem fazer uma reflexão profunda das razões pelas quais determinada patologia o visita. Se ele for sincero e não encontrar razões nesta existência fatalmente a causa estará no passado.
E se hoje ele passa por isso é porque Deus sabe que tem condições de resgatar esse débito e sair vencedor de sua jornada.

Oportunidade de exercitar o amor.

Um outro ponto interessante a anotar é o de que as enfermidades, sejam elas novas ou antigas, servem para despertar no homem o amor pelo seu semelhante. Ao praticar a lei de amor e caridade o ser humano faz de tudo para suavizar as dores do próximo, não caminhando por ele, mas socorrendo-lhe diante da dolorosa provação da enfermidade física.
São os casos das famílias saudáveis fisicamente mas que recebem em seu seio um indivíduo com graves problemas de saúde. Quando situações assim ocorrem vale lembrar que a prova é para toda a família e não apenas para um único indivíduo.
Ensinam os Espíritos que numa sociedade que pratica a lei de amor o forte ampara o fraco, portanto, o familiar com saúde debilitada é no momento alguém que se encontra fragilizado a requerer nossa atenção e cuidados.
Recordo-me de uma família composta por 3 filhos, marido e esposa, total de 5 pessoas. A mãe com os meninos ainda adolescentes teve trombose cerebral e ficou inválida na cama. Os papeis inverteram-se, ao invés dela cuidar dos filhos os filhos tiveram de, ainda jovens, abraçar a tarefa. Complicado é verdade. Mas, não obstante suas limitações todos encararam o dever e o cumpriram com zelo. Mais interessante: não viam a mãe como um fardo, mas, sim, como alguém necessitada ainda mais de amor.
O que está por trás disso?
Não sabemos no momento, contudo é fato que o impossível é Deus errar, logo, há alguma causa razoável para esta provação e que neste instante escapa-nos a ciência.
A provação teve pouco mais de 27 anos de duração. Após o desencarne da mãe todos sentiram-se liberados para tocarem suas vidas de maneira, digamos, um pouco mais livre.
A realidade é que tudo passa nesta vida e cabe-nos enfrentar toda e qualquer situação com coragem e certeza de que Deus não nos abandona jamais. Este, aliás, um grande alento saber que estamos sendo cuidados pela inteligência suprema. Não há nada mais competente do que isso.
Portanto, em face de qualquer enfermidade, seja nova ou antiga, utilizemos do exercício da serenidade, este bem tão precioso que nos proporcionará passar por qualquer desafio existencial de forma mais leve.
Sem serenidade não se atravessa a rua, com serenidade damos a volta ao mundo.
As doenças são novas, porém os vícios são antigos...

Wellington Balbo – Salvador BA.


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segunda-feira, 16 de maio de 2016

A TOMADA ELÉTRICA

Cap. VIII – Item 7
De volta à reencarnação, em breve tempo, sou trazido ao vosso recinto de oração e fraternidade por benfeitores e amigos para que algo vos fale de minha história – amargo escarmento aos levianos do ouvido e aos imprudentes da língua.
Sem ornato verbal de qualquer natureza, em minha confissão dolorosa, passo diretamente ao meu caso triste, à maneira de um louco que retorna ao juízo, depois de haver naufragado na vileza de um pântano.
Há alguns anos, em minha derradeira romagem na Terra, era eu simples comerciário de hábitos simples.
Com pouco mais de trinta anos, desposei Marina, muito mais jovem que eu, e, exaltando a nossa felicidade, construímos nosso paraíso doméstico, numa casa pequena de movimentado bairro do Rio de Janeiro.
Nossa vida modesta era um cântico de ventura, entretecido de esperanças e preces; todavia, porque fosse, de ordinário, desconfiado e inquieto, amava minha esposa com doentia paixão.
Marina era muito moça, quase menina...
Estimava as cores festivas, o cinema, a vida social, a gargalhada franca e, por guardar temperamento infantil, a curto espaço teve o nome enlaçado à maledicência que fustiga a felicidade, como a sombra persegue a luz.
Em torno de nós, fez-se o “disse-me-disse”.
Se tomávamos um bonde, éramos logo objeto de olhares assustadiços, enquanto se cochichava, lembrando-se-nos o nome...
Se passávamos numa praça, éramos, quase sempre seguidos de assovios discretos...
Começaram para mim os recados escusos, os telefonemas inesperados, as cartas anônimas e os conselhos de família, reunindo várias acusações.
– “Marina desertara dos compromissos ao lar.”
– “Marina era ingrata e infiel.”
– “Marina respirava numa poça de lama.”
– “Marina tornara-se irregular.”
Muitas vezes, minha própria mãe, zelosa de nosso nome, chamava-me a brios, indicando-me providências.
Amigos segredavam-me anedotas irreverentes com sentido indireto.
Lutas enormes do sentimento ditavam-me desesperados conflitos.
Acabou-se em casa a alegria espontânea.
Debalde, a companheira se inocentava, alertando-me o coração; entretanto, densas trevas possuíam-me o raciocínio, induzindo-me a criar assombrosos quadros em torno de faltas inexistentes.
Como se eu fora puro, exigia pureza em minha mulher. Qual se fosse santo, reclamava-lhe santidade.
Deplorável cegueira humana!
Foi assim que, numa tarde inesquecível para o remorso que me vergasta, tilintou o telefone, buscando-me para aviso.
Três horas da tarde...
Anuncia-me alguém ao cérebro atormentado que um estranho se achava em meu aposento íntimo.
Desvairado, tomei de um revólver e busquei minha casa.
Sem barulho, penetrei nossa câmara e, de olhos embaciados no desespero, vi Marina curvada, ao lado de um homem que se curvava igualmente a dois passos de nosso leito.
Não tive dúvida e alvejei-os, agoniado... Vi-lhes o sangue a misturar-se, enquanto me deitavam olhares de imensa angústia, e porque não pudesse, eu mesmo, resistir a tamanha desdita, estilhacei meu crânio, com bala certa, caindo, logo após, para acordar no túmulo, agarrado a meu corpo, mazelento e fedentinoso, que servia de engorda a vermes famintos.
Em vão busquei desvencilhar-me do arcabouço de lama, a emparedar-me na sombra.
Gargalhadas irônicas de Espíritos infelizes cercavam-me a prisão.
Descrever minha pena é tarefa impossível no vocabulário dos homens, porque o verbo dos homens não tem bastante força para pintar o inferno que brame dentro da alma.
Por muito tempo, amarguei meu cálice de aflição e pavor, até que mãos amigas me afastaram, por fim, do cárcere de lodo.
Vim, então, a saber que Marina, sem culpa, fora sacrificada em minhas mãos de louco.
Esposa abnegada e inocente que era, simplesmente pedira a um companheiro da vizinhança consertasse, em nosso quarto humilde, a tomada elétrica desajustada, a fim de passar a roupa que me era precisa para o dia seguinte.
Transido de vergonha e enojado de mim, antes de suplicar perdão às minhas pobres vítimas, implorei, humilhado, a prova que me espera...
E é assim que, falando às almas descuidadas que cultivam na Terra o vício da calúnia, venho dizer a todas, na condição de um réu, que para me curar da própria insensatez roguei ao Pai Celeste e me foi concedida a bênção de meio século de doença e martírio, luta e flagelação na dor de um corpo cego.
Júlio

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
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sábado, 14 de maio de 2016

DINHEIRO

“Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO 6:10)

Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto, contribuindo para que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a efigie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às convenções construtivas. Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida. Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.
O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mau uso de semelhantes recursos materiais, porquanto é pela obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.
O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhe deres e ai de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniquidade!

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
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sexta-feira, 13 de maio de 2016

INSATISFAÇÃO E UTOPIAS II

                Aprofunda-te no autoconhecimento, redescobrindo-te.
                És conforme te elaboraste na sucessão do tempo.
                As tuas matrizes encontram-se no passado espiritual que não mais alcançarás. Entretanto, mediante novos comportamentos alterarás o ritmo e as ocorrências da vida.
                Examina-te e tem a coragem de enfrentar como te encontras, elaborando paradigmas e propostas reais que conseguirás alcançar.
                A fuga de ti mesmo não leva a lugar algum, porquanto jamais te dissociarás da tua realidade.
                Inicia um programa de autovalorização analisando os fatos, conforme mereçam, ou não, consideração.
                A nada, a ninguém culpes pelo que consideras insucessos.
                A pessoa irresponsável, quando não se esforça para alterar o que pode ser modificado, transfere a responsabilidade para as circunstâncias que acredita más, para as pessoas, ou culpa-se a si mesma, preferindo a queixa e a comiseração ao esforço profícuo. O tempo, o lugar, a sociedade, o governo, a inveja alheia, a competição malsã, a má sorte ou a fraqueza são os ingredientes para justificar a acomodação, o falso sofrimento de que se diz objeto.
                Ruma na direção das estrelas.
                Impõe novos conceitos à vida e trabalha por vivenciá-los de forma edificante.
                Quem tem piedade de si mesmo, nega-se a receber ajuda do seu próximo.
                O insatisfeito, além de ingrato, é rebelde e preguiçoso, que prefere as sombras da reclamação e do atraso, às claridades do progresso libertador.
                Não te permitas utopias existenciais, partindo para a conquista de realizações legítimas.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis  
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