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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

HISTÓRIA - Podia Ser Pior

                O médium Filgueiras era espírita de grande serenidade.
                Certa feita, um amigo, que ele não via desde muito, visita-lhe a casa e, depois das saudações habituais, dá notícias do próprio pessimismo.
                Declara-se ausente de toda atividade doutrinária. Continua espírita de convicção, mas afastou-se do trabalho mediúnico, da leitura, das sessões, das preces.
                Inquirido por Filgueiras, começou a explicar-se:
                - Imagine você que minha infelicidade começou quando o meu sócio conseguiu furtar-me quase tudo o que eu possuía. Foi terrível desastre.
                - Mas podia ser pior! – falou Filgueiras, preenchendo a pausa da conversação.
                - Em seguida, estabeleci-me com pequena loja; no entanto, meu único empregado ateou fogo a tudo, após roubar-me.
                - Podia ser pior – atalhou Filgueiras.
                - O azar não ficou aí, pois, quando me viu sem qualquer recurso, a companheira me abandonou, buscando aventuras inconfessáveis.
                - Podia ser pior.
                - Depois disso, minha única filha, aquela que ainda se mantinha ao meu lado, ouviu as insinuações de um homem que a seduziu, desprezando-me com amargas palavras.
                - Podia ser pior.
                - Por fim, meu irmão, a única pessoa que ainda me dispensava proteção e carinho, foi assassinado por um salteador que escapou à cadeia.
                - Mas podia ser pior. – acentuou Filgueiras, calmo.
                O outro sorriu, mal-humorado, e objetou:
                - Ora essa! Que podia ser pior? Dois ladrões me acabam com os negócios, dois malandros me acabem com a família e um assassino me acaba com o único irmão. Que podia ser pior, Filgueiras?
                O prestimoso médium abanou a cabeça e respondeu calmamente:
                - Podia ser pior, sim, meu amigo! Podia ser você o autor de tantos crimes; entretanto, cá está conversando comigo, de consciência purificada e mãos limpas. Sofrer dos outros é, de algum modo, trilhar o caminho em que Jesus transitou, mas fazer sofrer os outros é outra coisa...
                O amigo silenciou e, ao despedir-se, rogou a Filgueiras o benefício de um passe.

Do livro: Almas em Desfile – Waldo Vieira e Chico Xavier/Hilário Silva



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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LIBERTE SUA ALMA


Não se prenda à beleza das formas efêmeras. A for passa breve.

Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo. As correntes de ouro prendem tanto quanto as algemas de bronze.

Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.

Não alimente a avidez da posse. A casa dos numismatas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.

Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual á que surpreende o canário negligente.

Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias. Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.

Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros “cadáveres de vantagens mortas”.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SOFRIMENTO ANIMAL

P: Qual a consequência para as pessoas que maltratam os animais na Espiritualidade?
R: Vivemos neste mundo ainda primitivo e por isso estamos em um estágio atrasado. Faz parte do nosso aprendizado o convívio pacífico com nossos companheiros de viagem evolutiva. Entre estes companheiros estão os animais. Muitas pessoas, por estarem ainda em aprendizado sobre o convívio com estes companheiros não-humanos, os vêem como seres inferiores e por isso mesmo crêem, equivocadamente, ter direitos sobre eles. Alguns não sabem ou não acreditam que sentem dor e sofrem. Outros sabem disso, mas se divertem infringindo-lhes dor. De acordo com a Lei de Igualdade, os animais são tão importantes para Deus quanto nós. Não podemos nos colocar acima deles, a ponto de tê-los como objetos de nosso desfrute. Certamente, aquele que abusa dos animais, maltratando-os e fazendo-os sofrer, terá de acertar suas contas antes de continuar a evoluir. A Justiça da Terra pode não ser eficaz contra os agressores dos animais, mas a Divina não falha. Se formos agressores teremos a oportunidade de encontrar situações para nos redimir do mal que lhes fizemos e somente então prosseguiremos com nossa carreira evolutiva. Não por castigo, pois Deus não castiga ninguém, mas por Misericórdia Divina, que sempre dá oportunidade ao faltoso de expiar seu erro e aprender com ele.

Marcel Benedeti – Site Comunidade Espírita

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

A VIDA SOCIAL DO ADOLESCENTE III

                                    
Os pais sempre desempenharão papel relevante na vida dos filhos, particularmente no momento da sua socialização. Se forem pessoas sociáveis, equilibradas, portadoras de bons relacionamentos humanos, vão-se tornar paradigmas de segurança para os filhos que, igualmente acostumados ao
sentido de harmonia e de felicidade doméstica, elegerão aquelas que lhes sejam semelhantes e formarão o seu grupo dentro dos mesmos padrões familiares, ressalvados os interesses da idade.
Todo jovem aprecia ser amado pelos pais e desfruta essa afetividade com muito maior intensidade do que demonstra, constituindo-lhe segurança, que passa adiante em forma de relacionamento social agradável. Quando o convívio no lar é caracterizado pelos atritos e discussões sem sentido, a sua visão é de que a sociedade padece da mesma hipertrofia de sentimentos, armando-se de forma a evitar-lhe a interferência nos seus interesses e buscas de realização pessoal. Em conseqüência, torna-se hostil à socialização, em virtude das lembranças desagradáveis que conserva do grupo familiar, que passa, na sua imaginação, como sendo semelhante ao meio social que irá enfrentar.
O jovem é convidado, por si mesmo, à demanda de transformar-se em um adulto capaz, que enfrente as situações difíceis com equilíbrio, que inspire confiança, que seja portador de uma auto-imagem positiva. Mesmo quando se torna independente dos progenitores, preserva a satisfação de saber-se amado e acompanhado a distância, tendo a tranqüilidade da certeza que a sua existência não é destituída de sentido humano nem de valor positivo para a sociedade.
Se isso não ocorre, ele faz-se competitivo, desagradável, mesquinho e inseguro, buscando outros equivalentes que passam a agrupar-se em verdadeiras hordas, porque o fenômeno da socialização continua em predominância na sua natureza, somente que, agora, de forma negativa.
A socialização do jovem é um processo de longo curso, que se inicia na infância e deve ser acompanhada com muito interesse e cuidado, a fim de que, na adolescência, esse desenvolvimento não se faça traumático nem desequilibrante.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A VIDA SOCIAL DO ADOLESCENTE II


O desenvolvimento social do jovem é de relevante significado para toda a sua vida, porquanto, aqueles que não conseguem o empreendimento derrapam no uso do álcool, das drogas, na delinquência, como fuga da sua realidade conflitiva. Um grande número de adolescentes, no entanto, que têm dificuldade dessa realização, quando bem direcionados conseguem, embora com esforço, plenificar-se no grupo social. Todos aqueles que ficaram na retaguarda correm o risco de percorrer as trilhas do desequilíbrio, do vício, da criminalidade.
Esse desenvolvimento deve ser acompanhado de uma alta dose de autoconfiança, que começa com a gradual libertação da dependência dos pais, antes encarregados de todas as atitudes e definições, que agora vão sendo direcionadas pelo próprio educando, naturalmente sob a vigilância gentil dos genitores, para que amadureça nas suas aspirações sexuais seguras, na preferência pelos companheiros mais saudáveis e dignos, na identificação do eu profundo, do que quer da vida e como irá conseguir. A vocação começa a aparecer nessa fase, levando o jovem a integrar-se no seu mundo, onde lhe é possível desenvolver o que aspira, sem o constrangimento de atender a uma profissão que foi estabelecida pelos genitores sem que ele tenha qualquer tendência ou afinidade para com a mesma.
A questão da independência do jovem no contexto doméstico, nesse período, não é simples, porque a família dá segurança e compensação, trabalhando, no entanto, embora de forma inconsciente, para que ele perca a oportunidade de definir a personalidade, tornando-se parasita do lar, peso inevitável na economia da sociedade que dele espera esforço e luta para o contínuo crescimento.
Nesse sentido, outra dificuldade consiste na seleção dos amigos, particularmente quando estes se apresentam como modelos pré-fabricados pela mídia: musculosos, exibicionistas, sem aspirações relevantes, sensuais e vazios de significado psicológico, de sentido existencial. Outras vezes, enxameiam aqueles que se impõem pela violência e parecem desfrutar de privilégios conseguidos mediante a prostituição dos valores éticos pelos
comportamentos alienados. Ou ainda através da cultura underground, promíscua e venal, que se faz exibida por líderes de massas, totalmente destituídos de objetivos reais, assumindo posturas e comportamentos exóticos, que chamam a atenção para esconder a ausência de outros requisitos e que conspiram contra o desenvolvimento da própria sociedade.

(continua)

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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domingo, 26 de agosto de 2012

A VIDA SOCIAL DO ADOLESCENTE I


No período da adolescência a vida social gira em torno dos fenômenos de transformação que afetam o comportamento juvenil.
Assim, a preferência do jovem é por outro da mesma faixa etária, os seus jogos são pertinentes às ocorrências que lhe estão sucedendo no dia-a-dia. Há uma abrupta mudança de interesses, e portanto, de companhias, que se tornam imperiosos para a formação e definição da sua personalidade. Não mais ele se compraz nos encantamentos anteriores, nas coleções infantis que lhe eram agradáveis, nem tampouco nas aspirações que antes o mantinham preso ao lar, ao estudo ou aos esportes até então preferidos.
É certo que existem grandes exceções, porém, o normal é a alteração de conduta social, face à necessidade de afirmação da masculinidade ou feminilidade, do descobrimento das ocorrências que o afetam e de como orientar o rumo das aspirações que agora lhe povoam o pensamento.
A sua socialização depende, de alguma forma, de relativa independência dos pais, de ajustamento à maturação sexual e dos relacionamentos cooperativos com os novos amigos que atravessam o mesmo estágio.
Para conseguir esse desafio, o jovem tem necessidade de programar e desenvolver uma forma de filosofia de vida, que o levará à descoberta da própria identidade. Para esse desenvolvimento ele necessita saber quem é e o que deve fazer, de modo que se possa empenhar na realização do novo projeto existencial.
Os pais, por sua vez, não devem impedir esse processo de libertação parcial, contribuindo mesmo para que o jovem encontre aquilo a que aspira, porém de forma indireta, através de diálogos tranquilos e amigos, sem a superioridade habitual característica da idade, facultando mais ampla visão em torno do que pode ser melhor para o desenvolvimento do filho, que deve caminhar independente, libertando-se do cordão umbilical restritivo.
Esse fenômeno é inevitável e qualquer tentativa de restrição resulta em desastre no relacionamento, o que é bastante inconveniente.
Os pais devem compreender que a sua atitude agora é de companheirismo, cuja experiência deve ser posta a serviço do educando de forma gentil e atualizada, porque cada tempo tem as suas próprias exigências, não sendo compatível com o fenômeno do progresso o paralelismo entre o passado e o presente, desde que são muito diferentes as imposições existenciais de cada época.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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sábado, 25 de agosto de 2012

PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

       Um dia, um pobre homem descia da cidade de Jerusalém para uma outra cidade, Jericó, a trinta e três quilômetros daquela capital, no vale do Rio Jordão.
       A estrada era cheia de curvas. Nela havia mui­tos penhascos, em cujas grutas era comum se refu­giarem os salteadores de estradas, que naquele tem­po eram muitos e perigosos.
       O pobre viajante foi assaltado pelos ladrões. Os salteadores usaram de muita maldade, pois, além de roubarem tudo o que o pobre homem trazia, ainda o espancaram com muita violência, deixando-o quase morto no caminho.
       Logo depois do criminoso assalto, passou por aquele mesmo lugar um sacerdote do Templo de Sa­lomão. Esse sacerdote vinha de Jerusalém, onde pos­sivelmente terminara seus serviços religiosos, e se dirigia também para Jericô. Viu o pobre viajante caido na estrada, ferido, meio morto. Não se deteve, porém, para socorrê-lo. Não teve compaixão do pobre ferido, abandonado no chão da estrada. Apesar dos seus conhecimentos da Lei de Deus, era um homem de coração muito frio. Por isso, continuou sua viagem, descendo a montanha, indiferente aos sofri­mentos do infeliz...
       Instantes depois, passa também pelo mesmo lu­gar um levita. Os levitas eram auxiliares do culto religioso do Templo. Esse levita não procedeu melhor do que o sacerdote. Também conhecia a Lei de Deus, mas, na sua alma não havia bondade e ele fez o mesmo que o padre, seu chefe. Viu o ferido e passou de largo.
       Uma terceira pessoa passa pelo mesmo lugar. Era um samaritano, que igualmente vinha de Jeru­salém. Viu também o infeliz ferido da estrada, mas, não procedeu com: o sacerdote e o levita. O bom samaritano desceu do seu animal, aproximou-se do pobre judeu e se encheu de grande compaixão, quan­do o contemplou de perto, com as vestes rasgadas e sangrentas e o corpo ferido pelas pancadas que rece­bera.
Imediatamente, o bondoso samaritano retirou do seu saco de viagem duas pequenas vasilhas. Uma era de vinho, com ele desinfetou as feridas do pobre homem; outra, de azeite, com que lhe aliviou as do­res. Atou-lhe os ferimentos e levantou o desconhe­cido, colocando-o no seu animal. Em seguida, condu­ziu-o para uma estalagem próxima e cuidou dele co­mo carinhoso enfermeiro, durante toda a noite.
Na manhã seguinte, tendo de continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários e recomendou-lhe que cuidasse bem do pobre ferido:
— Tem cuidado com o pobre homem. Se gastares alguma coisa além deste dinheiro que te deixo, eu te pagarei tudo quando voltar.
(Lucas, capítulo 10º, versículos 25 a 37)
                                                           *
O   doutor da lei queria saber quem ele deveria considerar seu próximo, a fim de amar esse mesmo próximo. Mas, Jesus lhe respondeu indiretamente à pergunta, com outra questão: “Quem foi o próximo do homem ferido?” Jesus indagou do doutor da lei quem soube ter amor no coração para o desconhecido pade­cente da estrada. E o doutor, que era um judeu (os judeus odiavam os samaritanos), confessou que foi o samaritano.
“Vai e faze o mesmo” — é a ordem eterna do Mestre. O nosso próximo é qualquer pessoa que esteja em nosso caminho; é qualquer alma neces­sitada de auxílio; é aquele que tem fome, que tem sede, que está desamparado, que está sofrendo na prisão ou no leito de dor...
Imite sempre o Bom Sama­ritano. Esteja sempre pronto para socorrer quem so­fre, como o bondoso samaritano fez, sem qualquer indagação ao necessitado.

(*) O denário era uma moeda romana, em curso na Pales­tina no tempo de Jesus.

Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES

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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

LEI DE ADORAÇÃO - A Prece II


Nem sempre aquilo que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, com vistas à sua felicidade futura. Deus, então, em Sua onisciência e suprema bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
Apesar dessas restrições, longe de ser inútil, a prece é recurso de grande valia, desde que feita com discernimento e seja complementada por nós com os movimentos de alma ou com os esforços exigidos pela vicissitude que no-la tenha inspirado.
Destarte, quando oramos a Deus, rogando-Lhe que nos perdoe uma ação má, é preciso que estejamos efetivamente arrependidos de havê-la praticado e alimentemos o firme propósito de não repeti-la; quando Lhe exoramos que nos livre da sanha de nossos adversários, é indispensável que tomemos a iniciativa de uma reconciliação com eles, ou que, pelo menos, a facilitemos; quando Lhe suplicamos a ajuda para sair de uma dificuldade, é necessário que, em recebendo do alto uma idéia salvadora, nos empenhemos em sua execução da melhor forma possível; quando Lhe pedimos ânimo para vencer determinadas fraquezas, é imperioso que façamos a nossa parte, alijando de nossa mente as cogitações e as lembranças que com elas se relacionem, dando, também, os devidos passos no sentido de desenvolver as virtudes que lhes sejam opostas, e assim por diante.
Agindo de conformidade com a máxima: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”, estejamos certos, haveremos de contar, sempre, com a assistência e o socorro dos prepostos de Deus, de modo a que, mesmo sem derrogar-Lhe as leis, nem frustrar-Lhe os desígnios, sejamos providos daquilo que mais carecemos, quer se trate de remover obstáculos, superar necessidades ou minorar tribulações.

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

LEI DE ADORAÇÃO - A Prece


A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entre em comunicação com o ser a quem se dirige.
                Deve ser feita diretamente a Deus, que é o Senhor da Vida, mas pode, também, ser-Lhe endereçada por intermédio dos bons espíritos, que são so Seus mensageiros e os executores de Sua vontade.
                Três pode ser os objetivos da prece: louvar, pedir e agradecer.
                A louvação consiste em exaltar os atributos da Divindade, não, evidentemente, com o propósito de ser-Lhe agradável, visto que Deus é inacessível à lisonja. Há de traduzir-se por um sentimento espontâneo e puro de admiração por Aquele que, em todas as Suas manifestações, se revela detentor da perfeição absoluta.
                As petições visam a algo que se deseje obter, em benefício próprio ou de outrem. Que é o que se pode pedir? Tudo, desde que não contrarie a Lei de Amor que rege e sustenta a Harmonia Universal.
                Os agradecimentos, obviamente, por todas as bênçãos com que Deus nos felicita a existência, pelos favores recebidos, pelas graças alcançadas, pelas vitórias conseguidas e outras coisas semelhantes.
                O veículo que conduz a prece até ao seu destinatário é o pensamento, o qual se irradia pelo infinito, através de ondulações mentais.
                A eficácia da prece não depende da postura que se adote, das palavras mais ou menos bonitas com que seja formulada, no lugar onde se esteja, nem de horas convencionais. Decorre, isto sim, da humildade e da fé daquele que a emite, a par da sinceridade e veemência que lhe imprima.
                Não se creia, entretanto, que basta orar, mesmo bem, para que os efeitos desejados se façam sentir de imediato e em qualquer circunstância.
                Tal crença seria enganosa.
                A prece não pode anular a Lei de Causa e Efeito, segundo a qual cada um deve colher os resultados do que faz ou deixa de fazer.
                Tão pouco dispensa quem quer que seja do uso das faculdades que possui, nem do trabalho que lhe compete, na busca ou na realização do objetivo pretendido.

(continua)
               
Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris


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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DEPOIS DA MORTE II


Os Que Ficam na Terra Não Podem Ajudar?

                Podem, sim. As atitudes e ações de quem fica, em relação ao desencarnado, influem muito sobre ele.
                Revolta, desespero, angústia pela partida do desencarnado podem repercutir nele de modo triste, desfavorável, deprimente, desanimador.
                É por não entendermos a morte, o seu porquê e os seus efeitos, que agimos assim? Convém, então, estudarmos as informações espirituais quanto à desencarnação, para sabermos como nos comportar ante esse fato inevitável.
                Sentir saudade é natural e, por vezes, não há como evitar o pranto. Mas que não resvalemos para o choro excessivo, exigente e inconformado.
                Ante os que nos antecederam na grande viagem, podemos e devemos:

  • Orar por eles, com resignação e esperança no futuro espiritual;
  • Não guardar objetos e coisas da pessoa que desencarnou, nem os ficar contemplando e acariciando indefinidamente;
  • Ocupar-se de seus deveres e da prática de ações boas, do auxílio ao próximo, em vez de ficar remoendo improdutivamente sua dor e saudade;
  • Procurar fazer o bem que a pessoa desejaria ou deveria ter feito quando estava aqui na Terra.

Podemos Ter Notícias de Quem Desencarnou?

                Podemos rogar a Deus que nos conceda essa bênção, essa misericórdia.
                Se vierem notícias por via mediúnica, analisemos as mensagens e informações recebidas. Condizem com a realidade espiritual e a boa orientação cristã? Em caso afirmativo, agradeçamos a Deus o consolo recebido. Não correspondem á identidade do nosso querido desencarnado? Com tranqüilidade, sem revolta nem desanimar na fé, ignoremos a mensagem recebida.
                Do ponto de vista espiritual, nem sempre é considerado útil e oportuno que tenhamos notícias sobre os desencarnados. Nesse caso, é preciso saber aceitar a ausência de notícias, continuando a confiar na sabedoria e no amor de Deus por todos nós, seus filhos.
                Por vezes, as notícias vêm por meio de sonhos especiais, porque, ao dormir, desdobramo-nos espiritualmente e então podemos encontrar-nos com outros espíritos no plano invisível.

AS MÃES DE CHICO XAVIER
Saulo Gomes (organizador)


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terça-feira, 21 de agosto de 2012

DEPOIS DA MORTE


Após desligar-se do corpo material, o espírito conserva sua individualidade, continua sendo ele mesmo, com seus defeitos e virtudes.
                Sua situação, feliz ou não, na vida espírita será conseqüência da sua existência terrena e de suas obras. Os bons sentem-se felizes e no convívio de amigos; os maus sofrem a conseqüência de seus atos; os medianos experimentam as situações de seu pouco preparo espiritual.
                Através do perispírito conserva a aparência da última encarnação, já que assim se mentaliza. Mais tarde, se o puder e desejar, a modificará.
                Depois da fase de transição, poderá estudar e trabalhar na vida do além e preparar-se para nova existência terrena, a fim de continuar evoluindo.

O Conhecimento Espírita Garante Uma Boa Situação no Além, ao Desencarnarmos?

                O conhecimento espírita ajuda-nos muito a entender a questão da desencarnação e pode fazer com que o espírito, ao desencarnar, compreenda rapidamente o que lhe está acontecendo e saia o que deve fazer para se readaptar melhor ao plano espiritual.        
                Mas não nos assegura uma boa situação no além, se a ela não fizermos jus por nossos pensamentos, sentimentos e atos.
                Somente a prática do bem assegura ao espírito um despertar pacífico e sereno na pátria espiritual.

(continua)

AS MÃES DE CHICO XAVIER
Saulo Gomes (organizador)


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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O HOMEM PSICOLÓGICO MADURO III


        A conquista da razão é relevante, por ser o princí­pio ordenador, responsável pela formação do discer­nimento, que reúne em um só conjunto as diferentes conquistas intelectuais, a fim de que possa utilizar o pensamento de maneira justa, real e compatível com a consciência.
A razão proporciona a superação do fenômeno in­fantil da ilusão, da fantasia, responsável pelo sofri­mento, em se considerando a impermanência e todos os acontecimentos e aspirações físicas.
A mente, no seu contexto e complexidade, resul­ta de duas expressões da sua natureza: o intelecto e a razão, sendo a segunda de formação discursiva e a primeira de caráter intuitivo.
Disso decorrem duas condutas de aprendizagem no que tange ao pensamento e ao seu uso correto.
Pensar acertadamente é uma meta elevada, por­que nem todo ato de pensar corretamente o é, face à interferência dos desejos e supostas necessidades. Assim, a concentração nos objetivos ideais, distingui­dos dos imaginados, leva à correção do pensamento.
Há uma grande variação de níveis de pensamen­to, resultantes das conquistas intelectuais.
Para que ocorra o amadurecimento se torna indis­pensável pensar, exercitando a mente e ampliando-lhe a capacidade de discernir.
Logo se apresenta o desafio do amadurecimento moral, responsável pela superação dos instintos, das sensações grosseiras, imediatistas.
A escala dos valores rompe os limites das conve­niências restritivas e interesseiras, para apoiar-se nos códigos da ética universal, ancestral e perene, que têm, por base, Deus, os seres, a natureza e o próprio indiví­duo, compreendendo-se que o limite da própria liber­dade começa na fronteira do direito alheio, nunca as­pirando para si o que não gostaria de receber de ou­trem...
A maturidade moral liberta, por despedaçar os códigos da hipocrisia e das circunstâncias que facul­tam o desenvolvimento do egoísmo, da vaidade, da autocracia.
Essa realização moral é dinâmica e entusiasta, alargando as possibilidades de crescimento ético, estético e espiritual do ser.
Dois sensos morais surgem no contexto da matu­ração: o convencional — que é o aceito, oportunista e, às vezes, amoral ou imoral, — porque imposto pelas conveniências de cada época, civilização e cultura — e o verdadeiro — que supera os limites ocasionais e so­brepaira legítimo em todas as épocas, qual aquele estatuído no Decálogo e no Sermão da Montanha.
A conquista da maturidade moral verdadeira tor­na-se indispensável para a auto-realização do ser e da sociedade em geral.
Vencida essa etapa, a maturidade social surge naturalmente, porque, autoconhecendo-se e autotra­balhando-se, o homem psicológico torna-se harmôni­co no grupo, é aglutinador, compreensivo, líder natu­ral, proporcionando bem-estar em sua volta e alegria de viver.
O amadurecimento psicológico é imperativo que surge naturalmente, ou por necessidade que se esta­belece no processo da evolução.
O ser imaturo, ambicioso, apaixonado, frustra-se, irrita-se sempre, mata e mata-se, porque o significado da sua vida é o ego perturbador e finito, circular-es­treito e sem metas.
Superar o estado egocêntrico, para tornar-se útil socialmente, caracteriza o rompimento com o círculo familiar da infância e abre-o à comunidade, que é a grande escola da vida.
O indivíduo não pode viver sem relacionamentos, pois que, por contrário, aliena-se.
O seu desenvolvimento deflui dos contatos com a natureza e as criaturas, dos seus inter-relacionamen­tos pessoais, renunciando à liberdade interior, a fim de plenificar-se no grupo.
Com o conflito embutido no comportamento pes­soal, torna-se impossível o relacionamento social. In­dispensável que sejam realizados encontros e experi­ências de grupos, gerando adaptação e convivência salutar com outras pessoas.
Quem lograr a sua consciência individual, supera a violência, a separatividade e, afetuoso, racional, in­tegra o grupo social promovendo-o e desenvolvendo-se cada vez mais, rico de compreensão, fraternidade, amor e paz.
O homem maduro psicologicamente vive a ampli­dão infinita das aspirações do bom, do belo, do verda­deiro, e, esvaído do ego, atinge o self, tornando-se homem integral, ideal, no rumo do infinito.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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domingo, 19 de agosto de 2012

O HOMEM PSICOLÓGICO MADURO II


Certamente, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento ou não da maturidade psicológi­ca, em se considerando as cargas hereditárias na constituição orgânica, na câmara cerebral, na apare­lhagem nervosa e glandular, especialmente nas de secreção endócrina, na constituição do sexo.
Todavia, não podemos ignorar a preponderância do modelo organizador biológico (MOB) ou perispíri­to, responsável pela harmonização dos implementos de que o Espírito se irá utilizar para o seu processo evolutivo no corpo transitório.
Face a isso, cada pessoa é a soma das suas ex­periências transatas, e sua mente é o veículo forma­dor de quanto se lhe torna necessário para o proces­so iluminativo.
Essa percepção, o entendimento desse fator, faz-se relevante em qualquer proposta de psicologia transpessoal, no estudo das causalidades de todos os fenô­menos humanos.
Os velhos paradigmas e modelos sobre o homem cedem passo à introdução do conceito do ser ances­tral, com toda a historiografia das suas reencarnações, que se tornam responsáveis pelo desenvolvimento do eu profundo.
A enunciada cisão entre o eu e o si, atávica, desa­parece quando a análise do perispírito demonstra que a personalidade resulta da experiência de cada eta­pa, mas a individualidade é a soma de todas as reali­zações nas sucessivas reencarnações.
Graças a esses fenômenos, as pressões psicos­sociais — ambiente, educação, lutas e atividades — apa­recem contribuindo, de uma ou de outra forma, para a realização das metas ou reparação delas, em razão dos processos de mérito ou débito de que cada um se faz portador.
Todos nascem ou renascem nos núcleos familiares e sociais de que necessitam para aprimorar-se, e não conforme se assevera tradicionalmente: que me­recem.
As cargas de genes e cromossomas, as condições psicos sociais e econômicas, formam o quadro dos pro­cessos de burilamento moral-espiritual, resultantes da reencarnação caldeadora dos dispositivos individuais para a evolução.
Tal razão prepondera na elucidação das diferenças psicológicas dos indivíduos, mesmo entre os gêmeos uniovulados, defluentes das conquistas anteriores.
A maturidade psicológica tem um curso aciden­tado, feito de sucessos e repetições, por formar um quadro muito complexo na individualidade humana.
A sua primeira fase expressa-se como maturida­de afetiva, quando o ser deixa de ser captativo por fenômeno atávico, para tornar-se ablativo, que é a fa­talidade do processo no qual se encontra.
Da posição receptiva egoísta, profundamente per­turbadora, surge a necessidade de crescer e ampliar o círculo de amigos, na sua condição de animal gregá­rio, surgindo as primeiras expressões do amor.
Expande o sentimento afetivo e compreende que o narcisismo e o egoísmo somente conduzem à auto-destruição, à perturbação.
O amor é a chama que arde atraente, oferecendo claridade e calor, ao tempo que alimenta com paz, face à permuta de energias entre quem ama e aquele que se torna amado.
Desenvolve-se então uma empatia que arranca o ser do seu primitivismo, conduzindo-o à imensa área do progresso, onde a experiência de doação torna-­se enriquecedora, trabalhando pelo olvido do ser em si mesmo com a lembrança constante do seu próxi­mo.
Quem aspira por ser amado mantém-se na imatu­ridade, na dependência psicológica infantil, coerciti­va, ególatra.
A afetividade é o campo central para a batalha entre as diversas paixões de posse e de renúncia, de domínio e abnegação, ensejando a predominância da doação plena.
No amadurecimento afetivo, o ser esplende e su­pera-se.
O próximo passo é o amadurecimento mental, gra­ças à compreensão de que a vida é rica de significa­dos e o seu sentido é a imortalidade.
Com essa identificação alteram-se os interesses, e as paisagens se clareiam ao sol da razão, que con­substancia a fé no homem, na vida e em Deus.
O amadurecimento mental, que se adquire pela emoção e pelo conhecimento que discerne os valores constitutivos da filosofia existencial, amplia as pers­pectivas da realização completadora.
Somente após lograr o amadurecimento afetivo, consegue o mental, por encontrar-se livre dos cons­trangimentos e das pseudonecessidades emocionais.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sábado, 18 de agosto de 2012

O HOMEM PSICOLÓGICO MADURO I


        O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa dife­rentes fases que lhe permitem a estruturação psico­lógico, seu amadurecimento, sua individuação, con­forme Jung.
Ao atingir a idade adulta deve estar em condi­ções de viver as suas responsabilidades e os desafi­os existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acom­panhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro. Em tal caso, o período in­fantil alonga-se e predomina, fazendo-se caracterís­tica de uma personalidade instável, atormentada, in­segura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários mecanismos perturbadores.
O seu processo de amadurecimento psicológico, portanto, pode ser comparado a uma larga gestação, cujo parto doloroso propicia especial plenificação.
Procedente de atavismos agressivos, imantado ainda aos instintos, o ser cresce sob pressões que lhe despertam a necessidade de desabrochar os valores adormecidos, qual semente que se intumesce sob as cargas esmagadoras do solo, a fim de libertar o vege­tal embrionário, que se agigantará através do tempo.
Fatores compressivos e difíceis de liberados, pe­los processos castradores do ambiente, quase sem­pre contribuem para que se prolongue a sua imaturi­dade psicológica.
Do ponto de vista tradicional, apresentam-se os fatores hereditários, psicossociais, econômicos, que colaboram positiva ou negativamente para o desen­volvimento psicológico, quase sempre contribuindo para a preservação do estado de imaturidade.
Graças à sua constituição emocional e orgânica, na vida infantil o ser é egocêntrico, qual animal que não discerne, acreditando que tudo gira em torno do seu universo, tornando-se, em conseqüência, impie­doso, por ser destituído de afetividade ainda não de­senvolvida, que o propele à liberdade excessiva e aos estados caprichosos de comportamento.
Passado esse primeiro período, faz-se ególatra, acumulando tudo e apenas pensando em si, em fati­gante esforço de completar-se, isolando-se socialmen­te dos demais ou considerando as outras pessoas como descartáveis, cujo valor acaba quando desaparece a utilidade, de imediato ignorando-as, desprezando-as...
Em sucessão, apresenta-se introvertido, egoísta, possuindo sem repartir, detentor de coisas, não de paz pessoal.
A imaturidade expressa-se através da preserva­ção dos conflitos, graças aos quais muda de compor­tamento sem liberar-se da injunção causal, que são a frustração, o desconforto moral, a presença da infân­cia. E mesmo quando se apresenta completado, as suas reações prosseguem infantis, destituídas de sen­sibilidade, no tormento de metas sem significado.
Para ele, o sentido da vida permanece adstrito ao círculo estreito da aquisição de coisas e à sujeição de outras pessoas aos seus caprichos. Torna-se ditador impiedoso, sicário implacável, juiz cruel. Proporciona-lhe prazer mórbido a dependência das massas e dos indivíduos particularmente, fruindo, de maneira ma­soquista, do prazer na dor própria ou alheia, desen­volvendo a degenerescência afetiva até o naufrágio fatal...

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

HISTÓRIA - lençol sujo?


Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido: 
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! 
- Está precisando de um sabão novo.
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado. 
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! 
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é.
Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações.
Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo.
Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. 
Lave sua vidraça. 
Abra sua janela.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

LIBERTE SUA ALMA


Não se prenda à beleza das formas efêmeras. A flor passa breve.

Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo. As correntes de ouro prendem tanto quanto as algemas de bronze.

Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.

Não alimente a avidez da posse. A casa dos numismatas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.

Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual á que surpreende o canário negligente.

Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias. Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.

Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros “cadáveres de vantagens mortas”.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SOFRIMENTO DOS ANIMAIS


P: Não consigo entender o porquê do sofrimento dos animais se eles não têm a consciência de seus atos, como nós, os humanos.
R: No Livro dos Espíritos encontramos: “Como pode um espírito que em sua origem é simples e ignorante e sem existência, sem conhecimento de causa ser responsável por essa escolha? - Deus supre a inexperiência traçando-lhe o caminho que deve seguir, como o fazes para uma criança desde o berço. Ele o deixa, pouco a pouco, senhor para escolher, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolva”.
O sofrimento faz parte dos meios de fazer evoluir o Espírito primitivo, que com isso desenvolverá sua consciência. À medida que os Espíritos, na condição animal por exemplo, expandem sua consciência pela dor, expandem também sua condição de desenvolver sentimentos relacionados ao amor ao próximo, tornando-os aptos a entrar em outra faixa evolutiva da Humanidade.
Na verdade, as condições que determinam o sofrimento diminuem à medida que desenvolvemos a consciência e não ao contrário. Na condição humana ainda persiste o sofrimento porque não atingimos o nível ideal de consciência e, quando atingirmos este nível, a dor desaparecerá de nosso meio e somente existirá o que for relativo à ausência da dor e do sofrimento. Sofremos e também os animais porque ainda estamos nos exercitando para desenvolver esta consciência e, posteriormente, a teremos desenvolvido e deixaremos de sofrer.
"O sofrimento, nos animais, é um trabalho de evolução para o princípio de vida que existe neles; adquirem por este modo os primeiros rudimentos de consciência." (Léon Denis)

Marcel Benedeti – Site Comunidade Espírita


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terça-feira, 14 de agosto de 2012

A VIOLÊNCIA NO CORPO E NA MENTE DO ADOLESCENTE III


Nas meninas, o ciclo menstrual surge de uma forma desafiadora e quase sempre causa surpresa, reação prejudicial, quando não estão preparadas, por ignorarem que se trata de um ajustamento fisiológico, ao mesmo tempo símbolo de maturidade sexual.
A desorientação pode deixar sinais negativos no seu comportamento, particularmente sensações físicas dolorosas, rejeição e irritabilidade, na área psicológica, após a menarca.
Outras seqüelas podem ocorrer na pré ou na pós-menstruação, exigindo terapia própria.
Os rapazes, por sua vez, se não esclarecidos, podem ser surpreendidos com os fenômenos sexuais espontâneos, como a ereção incontrolada e as ejaculações desconhecidas.
Nessa fase eles vivem um espaço no qual tudo pode tomar características de manifestação sexual: odor, som, linguagem, lembrança...
Não sabendo ainda como administrar essas manifestações espontâneas do organismo, embaraçam-se e descontrolam-se com relativa facilidade.
Certamente, os jovens da atualidade se encontram muito mais informados do que os outros das gerações passadas, não obstante esses conhecimentos estejam muito distorcidos na mente juvenil, o que perturba aqueles de formação tímida ou portadores de qualquer distúrbio ainda não definido.
A questão da maturação sexual nos jovens não tem período demarcado, podendo ser precoce ou tardia, que resulta em estados de apreensão ou desequilíbrio, insegurança ou audácia, a depender da personalidade, no caso, do Espírito reencarnado com o patrimônio dos méritos e dívidas.
O amadurecimento psicológico faz-se, nessa ocasião, com maior rapidez do que na infância. Há mudanças cognitivas muito fortes, que desempenham um papel crítico para o jovem cuidar das demandas educacionais, sociais, vocacionais, políticas, econômicas, sempre cada dia mais complexas.
As alterações nos relacionamentos, entre pais e filhos, propõem necessidade de maior intercâmbio no lar, a fim de proporcionar um desenvolvimento psicológico saudável, quanto intelectual, equilibrado.
Uma outra questão muito significativa do momento da adolescência é o conflito entre o real e o possível, vivenciado pelo jovem em transição. Ao constatar que o real deixa-lhe muito a desejar, porque se encontra num período de enriquecimento psíquico, torna-se rebelde e transtorna-se, o que não deixa de ser uma característica transitória do seu comportamento.
A harmonia que se deve estabelecer entre o físico e o psíquico, libertando o adolescente da violência existente no seu mundo interior, será conseguida a esforço de trabalho, de orientação, de vivências morais e espirituais, o que demanda tempo e amadurecimento, compreensão e ajuda dos adultos, sem imposições absurdas, geradoras de outras agressões.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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