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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

REENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS

Pergunta - A barata é evoluída? Por que ela causa tanta aversão?
Resposta - Partindo do princípio de que todo espírito é criado simples e ignorante e que tudo no universo é relativo, podemos dizer que sim.
            Uma barata é um ser espiritual evoluído, mas não, se compararmos com outros seres espirituais que se encontrem em fases anteriores à sua posição evolutiva.
     Se compararmos uma barata com uma planta ou com uma bactéria, um protozoário, poderíamos dizer que para estes seres ela está em posição semelhante à que nós nos encontramos em relação a ela. Baratas são animais que vivem de restos de dejetos e são transmissoras de doenças. Nós como somos seres espirituais estagiários na fase animal, que ainda possuímos muitas reações instintivas, nos sentimos incomodados com a presença delas, pois o nosso instinto de preservação nos avisa para sermos cuidadosos e nos librarmos de sua presença perigosa.
     Portanto, a aversão é algo que ainda podemos considerar como aceitável em nossa condição atual de animais instintivos.
       Futuramente, quando nos tornarmos seres mais evoluídos e nosso mundo se encontrar em outra fase mais adiantada, não existirão  mais animais ameaçadores e esses instintos desaparecerão.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

INSTINTO E VIRTUDE

(J. Herculano Pires)
          Seria o amor materno uma virtude ou apenas um instinto que tanto se manifesta na Humanidade quanto nos animais? Kardec propôs essa questão aos Espíritos Superiores e podemos encontra-la, com a resposta dada, na pergunta 890 de O Livro dos Espíritos.

Os Espíritos respondem que o amor materno é instinto nos animais e também na criatura humana, mas nos animais é limitado as necessidades de conservação e desenvolvimento da prole, desaparecendo em seguida. E acrescentam: “Na criatura humana persiste por toda a vida e comporta um devotamento e uma abnegação que constituem virtudes, pois sobrevivem a

própria morte, acompanhando o filho além da tumba. Vede que há nele alguma coisa mais do que no animal”.

Nas sessões mediúnicas, quando nos defrontamos com Espíritos endurecidos, vemos quase sempre que eles são socorridos pelas mães que se desvelam no mundo espiritual a ampará-los e desviá-los do erro. E o amor materno acompanhando-os além da tumba. São fatos assim que nos dão a segurança da verdade espírita, pois de Kardec até hoje os princípios doutrinários são confirmados em todas as experiências sérias e bem dirigidas.

Na mensagem de Emmanuel temos também o problema do amor fraterno, que é essencial para a evolução humana. Esse amor, que abrange todas as criaturas, depende da nossa capacidade de superação do egoísmo, de nos elevarmos acima de nós mesmos para podermos perdoar e aceitar os outros. É o caso da esposa abandonada pelo marido que a deixa em dificuldades para criar e educar os filhos. Emmanuel lembra a carga de forças negativas procedentes de existências anteriores e a fragilidade da criatura humana para vencê-las em certas circunstâncias. Daí aconselhar a mulher que não condene o transfuga, para não aumentar essa carga, auxiliando-o a vencê-la com os seus bons pensamentos e sentimentos de amor.

A mãe está biológica e espiritualmente mais ligada aos filhos do que o pai. Nela, portanto, o instinto natural e a virtude moral se conjugam de maneira mais profunda. Grande é a responsabilidade paterna pelos filhos, mas a responsabilidade materna é ainda maior.

 

Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

CRIANÇAS EM DIFICULDADES

(Chico Xavier)
“Nossa reunião publica do dia 4 de setembro de 1972 foi integrada por grande número de senhoras, sendo precedida por longo diálogo em que algumas delas formulavam perguntas em torno de crianças em dificuldades, conquanto filhas de pais ainda vivos na Terra.
“Como agir diante dos pequeninos em tenra infância, sob o impacto das questões que aparecem na área dos casais desquitados? Como socorrer as criancinhas abandonadas pelos pais nas mãos abnegadas, entretanto em penúria, de mães largadas pelos companheiros?
“Que fazer dos pequeninos nascidos de dedicadas mães solteiras em luta pela própria manutenção? Como agir a mulher diante dos filhinhos necessitados de proteção e assistência, quando os maridos ou companheiros se fazem alcoólatras inveterados?
“Indagações quais essas foram feitas em grande número. E os argumentos alusivos ao assunto foram os mais diversos.
 “Ao término da reunião nosso caro Emmanuel escreveu a mensagem “Palavras as mães”.
Palavras às mães
(Emmanuel)
Se o Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania da adversidade.
É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais um dia se desvencilhara.
Não lhe condenes, porém, a atitude. Abençoa-o e, quanto possível, ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou? Quem conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?
Se foste sentenciada a indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo a extremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e carinho, permanece com eles e, esposando o trabalho por escudo de segurança e tranquilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os recursos indispensáveis a precisa sustentação.
Natural preserves a própria independência e que não transformes a maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar os entes amados, através do apego doentio. Mas enquanto os filhos ainda crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as tarefas a que se destinam.
Teus filhos pequeninos!… Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti; entretanto, se és mãe, não olvides que a Previdência Divina, com relação ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

terça-feira, 24 de novembro de 2015

CASAMENTO E CULTURA DO DIÁLOGO II

Deficiências na tentativa de diálogo:
      1-      Transformamos a conversa em monólogo.
Uma boa conversa segue a sabedoria do corpo: dois ouvidos, uma boca e uma cabeça, tendo uma base – o coração. Simbolicamente, devemos ouvir mais do que falar; sempre usar a cabeça, ou seja, a reflexão, a ponderação, o ajuizamento; fazer isso a partir do coração, consagrando, assim, a integração de tudo o que falamos em bases amorosas.
2-      Só tentamos dizer as coisas que sentimos na hora das brigas.
Devemos exercitar o entendimento em cima da crise; todavia, será de boa lembrança reservar tempo à conversação nos momentos de armistício, para tratarmos dos assuntos conflituosos que suscitam as arengas. Falar o que se deve de cabeça quente e conseguindo paz é muito difícil, mas dissolver o nó do desentendimento com a cabeça fria é mais factível e prudente, por ser mais sábio.
3-      Atacamos, transformando a fala em instrumento de esgrima.
A partir das idéias que cada um apresenta pela conversação, o casal constrói um entendimento novo, superando os velhos argumentos que lhe serviram de ponto de partida.
Quando alguém vence no diálogo, o casal perde, porque o diálogo não deve ser uma disputa; antes, a busca de novas possibilidades de encontro.
4-      Achamos que sempre detemos a verdade.
O parceiro que se encastela na sua verdade como a única, em detrimento da do outro, esquece que, no diálogo, a verdade é sempre algo a ser descoberto, elaborado a dois, com base nas antigas verdades de cada um. O ponto de vista é a janela pela qual cada um enxerga o mundo, constituindo a sua verdade naquele momento.
Sempre, entre duas pessoas, há pelo menos quatro verdades: a de cada uma delas, a construída pelo casal e a Verdade. As três primeiras são verdades relativas; só a última é absoluta.
5-      Reprimimos inoportunamente nosso verbo, ante a fala do outro, em falsa atitude de resignação e obediência.
Segundo Kardec, a obediência e a resignação são duas virtudes que operam em nível de razão e sentimento, respectivamente, não sendo, portanto, nocivas à comunicação do casal; antes, são necessárias à construção do diálogo, calculando-se a dose certa de silêncio e fala, a benefício da dupla em interação.
Quando sempre represamos a nossa expressão vocal, apenas adiamos sua inevitável manifestação, que surge, muitas vezes, na hora errada, no lugar inapropriado e num tom indesejável.
6-      Em vez de falar, gritamos, como se o outro sofresse de surdez sensorial.
O grito é uma das formas de defesa imatura de alguém que não sustenta o enfrentamento saudável de idéias, raciocínios e argumentos diferentes; gritar é uma das formas de silenciar o outro, ou de impor suas razões pela força... no grito.
7-      Vomitamos o que represamos, indebitamente, ao longo de meses ou anos.
É melhor esvaziar costumeiramente as demandas internas, evitando o acúmulo sempre perigoso de transbordar em ocasião inadequada e com atitude desproporcional. O hábito de conversar sempre, cotidianamente, evita explosões desnecessárias e nocivas.
8-      Saímos do recinto como crianças desapontadas, quando deveríamos apresentar nosso arrazoado.
Acostumamo-nos a ter nossos caprichos satisfeitos, quando crianças, e daí reagimos emocionalmente de maneira imatura diante de alguém que contrarie e recuse nossas opiniões pessoais.          
9-      Sempre queremos ter razão, e para isso às vezes manipulamos as palavras, a fim de vencermos o outro no debate transformado em competição.
Sofismar representa fragilidade moral com que se pretende compensar a nossa falta de argumentos. Um pouco de humildade faz reconhecer que a opinião ou ação do outro é mais justa, devendo ser mais bem considerada para a felicidade do casal.
10-   Não terminamos um ciclo de debates, ou seja, não conseguimos ir até o fim de uma conversação. Sempre fugimos.
É comum interrompermos a discussão de um assunto por motivos variados, deixando, “ad aeternum”, aquilo que está em pauta, pela metade, aos pedaços, retardando ou evitando encontros genuínos.
Um diálogo fecundo tem começo, meio e fim, ainda eu não se conclua definitivamente o assunto, mas amplia-se a análise com o aprofundamento da compreensão. Mais tarde, cada parceiro pode refletir “de per si” sobre os conteúdos produzidos. E assim, quando ambos retomam o tema, já amadureceram em relação ao assunto discutido.
                Por todo o mencionado, e saudável para a vida comum a cultura do adestramento na arte do diálogo a dois, favorecendo a troca de experiência no cotidiano. E auxiliando, também, no equacionamento de questões espinhosas que surjam exigindo destreza conjugal, de tal modo que não precisemos chamar uma ou duas testemunhas, tampouco a “igreja”, o grupo.

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA 
imagem: google

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CASAMENTO E CULTURA DO DIÁLOGO I

                Dentre as dificuldades na dinâmica conjugal se destaca a carência de comunicação como uma das mais graves. Muito embora seja o ser humano o único animal capaz de articular a palavra, como símbolo mediador do entendimento, falta-lhe esta competência tão indispensável em qualquer interação social, mormente naquela de natureza íntima, como a relação de conjugalidade.
                A nossa ineficiência tem início quando somos crianças e não desenvolvemos a capacidade de expressão verbal; não somos estimulados. Decorre dessa matriz a nossa fragilidade em promovermos uma conversa rica e eficaz, propiciadora de crescimento. É na infância que aprendemos essa arte, que está muito além da técnica vocal, propriamente; so quando as emoções são consideradas pode-se propiciar um diálogo expressivamente maduro. Quando ficamos com buracos em nosso desenvolvimento emocional, torna-se impossível ter competência dialogal na relação com qualquer interlocutor.
                A fala não traz somente som, mas nos traduz as entranhas, revelando nossos conteúdos de vida, entre os quais emoção, razão, sensação, intuição, moral e outros, que são exteriorizados por meio do campo energético que os caracterizam. Nossa voz é tão sui generis eu podemos compará-la a um filme de nós mesmos, revelando quem somos.
                Somos escultores da nossa palavra e edificamos, quando casados, uma obra de arte assinada a dois, que deve ser esculpida com maestria.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

domingo, 22 de novembro de 2015

PRESENTES

O presente é sempre um sinal de afeto e distinção entre a pessoa que oferece e a que recebe.

Sempre aconselhável escolher o presente de acordo com a profissão ou a condição de quem vai recebê‐lo.

Se a sua oferta vem a ser alguma prenda de confecção pessoal, como sejam um quadro ou alguma obra de natureza artística, evite perguntar por ela depois de sua doação ou conduzir pessoas para conhecê‐la, criando embaraços em suas relações afetivas.

Omita o valor ou a importância de sua dádiva, deixando semelhante avaliação ao critério dos outros.

Depois de presentear alguém com o seu testemunho de amizade, é sempre justo silenciar referências sobre o assunto para não constranger essa mesma pessoa a quem supõe obsequiar.

Se você deu um presente e a criatura beneficiada passou a sua dádiva para além do círculo pessoal, felicitando outra criatura, não lance reclamações e sim considere as bênçãos da alegria multiplicadas por sua sementeira de fraternidade e de amor.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: google

sábado, 21 de novembro de 2015

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI II

                Assim como em uma cidade existem hospitais, e nem toda população encontra-se doente e hospitalizada, a humanidade inteira também não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, o homem evolui e sai da Terra para mundos mais felizes quando está curado de suas enfermidades morais.
                É desta forma que existe as diversas categorias de mundos habitados, e nós ainda engatinhamos no progresso da humanidade, tendo a impressão momentânea de que estamos evoluindo e ainda assim existirem tanta misérias. Isso ocorre porque evoluímos intelectualmente, mas moralmente estamos atrasados no progresso. A materialidade, consumismo, a vaidade, o orgulho, o egoísmo ainda estão latentes em nossa vida atual, da qual colheremos consequências avassaladoras para nossa existência.
                Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos fala que a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indicam que ela não é mais um mundo primitivo, porém estes possuem numerosos vícios que indicam uma grande imperfeição moral. O que é o nosso caso na Terra, por isso expiamos e provamos incessantemente em nossa vida os excessos e desvios que causamos na atual existência – maltratamos, ofendemos, caluniamos, traímos, fazemos nosso irmão chorar e sofrer, pensamos somente em satisfazer nossas paixões e prazeres. Somos egoístas em excesso, melindramos em excesso, invejamos em excesso, odiamos em excesso, preguiçosos em excesso, comemos em excesso, alcoolizamos em excesso e vivemos a vida material toda desregrada e excessiva, mais tarde, colheremos as expiações e provas das falta que nós mesmos cometemos, nos tornando escravos de nossas sensações e desejos materiais.
                Jesus também nos disse: “Nunca te deixarei, nem te desampararei” (Paulo – Hebreus 13:5)
                Então trazendo as máximas do Cristo à luz do espiritismo, pedindo para que crêssemos Nele, e de que nunca nos deixaria e desampararia, observamos o Consolador prometido, a doutrina dos espíritos que nos esclarece e consola.
                Estamos colhendo neste mundo ações da qual praticamos, tendo uma oportunidade bendita nesta existência de reparar algumas faltas e mudar nossa conduta, assim a escola do progresso teremos a oportunidade no futuro de habitarmos mundos mais evoluídos, onde o bem predomina e o amor é uma equidade que regula todas as relações sociais, elevando-se a Deus e seguindo suas leis.
                Façamos a nossa lição de casa, e estejamos sempre preparados para fazer o bem, amar o próximo e corrigir nossas mazelas.
                A destruição que parece para nós o fim das coisas, é apenas um meio de leva-las, pela transformação, a um estado mais perfeito, pois tudo morre para renascer sempre.

Juliana P. C. Cuin


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI I

                Ao fazer o prenúncio destas máximas, Jesus deixa um alento, uma esperança enorme no porvir. Pede para que confiemos Nele e abrandemos o nosso coração.
                Desde estas máximas, temos os ensinamentos do Cristo afirmando-nos que não estamos sozinhos no Universo, de que Ele jamais nos abandonaria e ainda, nos sinaliza de que no futuro estaremos providos e amparados em um lugar em que Ele também estará.
                O futuro que Jesus anunciou nesta passagem já é agora? Ele está conosco? Que lugar é este?
                Muitas questões alardeiam o nosso íntimo, e as respostas para tantas perguntas a doutrina espírita vem nos mostrar.
                Podemos afirmar que o futuro que Jesus nos anuncia é este, é agora. Nunca estivemos tão aparelhados intelectualmente e tecnologicamente como acontece hoje. A velocidade das informações e acessibilidade dos indivíduos a estes sistemas nunca foram tão generalizados.
                Porém, ao mesmo tempo que presenciamos esta transformação tecnológica, observamos atrocidades, violências, misérias e degradações humanas, e questionamos muitas vezes onde está a misericórdia Divina.
                Nós que temos a oportunidade do esclarecimento salutar da Doutrina dos Espíritos, jamais podemos questionar os desígnios do Pai celestial: Deus não desampara nenhum de seus filhos.
                Então, quando Jesus afirma que há muitas moradas na casa de meu pai, nos esclarece que nós não somos os únicos a povoar o Universo, portanto existem mundos mais evoluídos do que a Terra.
                Por sermos ainda inferiores, e enxergar as coisas somente com os olhos materiais, acreditamos que Humanidade é somente esta que povoa nosso planeta, o qual habitamos.
                “toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo”. (Ev. S. E.)
                E nós que somos seres dotados de razão, fazemos parte de toda humanidade. O que acontece é que alguns habitam mundos mais evoluídos e outros inferiores, como é o nosso caso na Terra.
                O nosso comportamento mesquinho, individualista, egoísta e orgulhoso leva-nos muitas vzes a pensar que somos os únicos seres do Universo. Um grande engano.
                Habitamos hoje a Terra justamente porque somos inferiores. A Terra é classificada como um mundo de Expiações e Provas. Nestes mundos, a existência é toda material, as paixões e vícios reinam soberanas, a vida moral quase não existe, e o mal predomina.
                Por isso, muitas vezes o homem está exposto a tantas misérias e degradações. Mas, não podemos generalizar a espécie humana como miserável, isso seria uma visão estreita do todo, do conjunto.

Juliana P. C. Cuin


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

PALESTRA DE DIVALDO PEREIRA FRANCO

Divaldo Pereira Franco, orador espírita renomado, com vários livros psicografados, esteve em São José do Rio Preto, nesta terça-feira 17/11.
Na integra palestra proferida por ele no Hospital Bezerra de Menezes, com a presença de mais de 4.000 pessoas, apesar da chuva torrencial que caiu no horário do início do evento.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

NA SAÚDE, NA DOENÇA

Cap. XVII – Item 11
Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.
Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.
O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.
Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.
Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.
Conquanto a existência em torno possa mostrar-se febricitante e turbilhonária, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes, na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.
Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.
Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranqüilizadores ou excitantes de
quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...
Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.
Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.
O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.
Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do Espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.
Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na vontade superior.
André Luiz

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

terça-feira, 17 de novembro de 2015

GUARDAI-VOS

“Estes, porém, dizem mal do que ignoram; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.”  (JUDAS, 10.)

Em todos os lugares, encontramos pessoas sempre dispostas ao comentário desairoso e ingrato relativamente ao que não sabem. Almas levianas e inconstantes, não dominam os movimentos da vida, permanecendo subjugadas pela própria inconsciência.
E são essas justamente aquelas que, em suas manifestações instintivas, se portam, no que sabem, como irracionais. Sua ação particular costuma corromper os assuntos mais sagrados, insultar as intenções mais generosas e ridicularizar os feitos mais nobres.
Guardai-vos das atitudes dos murmuradores irresponsáveis.
Concedeu-nos o Cristo a luz do Evangelho, para que nossa análise não esteja fria e obscura.
O conhecimento com Jesus é a claridade transformadora da vida, conferindo-nos o dom de entender a mensagem viva de cada ser e a significação de cada coisa, no caminho infinito.
Somente os que ajuízam, acerca da ignorância própria, respeitando o domínio das circunstâncias que desconhecem, são capazes de produzir frutos de perfeição com as dádivas de Deus que já possuem.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SOFRIMENTO NO ALÉM-TÚMULO III

                Ninguém pense em morrer para libertar-se, caso não se libere antes do fenômeno de alterações biológicas pelo processo da morte.
                A ilusão que se permitem os indivíduos, conceituando a vida como um acidente biológico, é a grande responsável pelos disparates que lhe engendram dor e sofrimento.
                Somente a conscientização, a verdadeira individuação permitem uma vida saudável, na Terra e além dela, quando ocorrer o fenômeno da  morte, em natural processo final de ciclo biológico.
                Prosseguindo o ser, além da disjunção cadavérica, com a consciência de si mesmo, é natural que permaneçam nele impressas as sensações e emoções amplamente vividas. Como efeito, aquelas que lhe constituíram bênção ou desarmonia predominam com mais vigor, dando curso à vida, embora noutra dimensão.
                Nessa panorâmica ressaltam as impressões grosseiras, de que não quis ou não se pode libertar, gerando sofrimentos correspondentes, qual se permanecesse na esfera física.
                Como é compreensível, as fantasias cultivadas e os desequilíbrios da insensatez geram, na área dos sentimentos, amarguras, que são complementadas pelos complexos resultados da consciência de culpa, em razão dos erros perpetrados e de tudo quanto de positivo ele houvera podido realizar e não logrou fazer.
                A consciência que se apresenta culpada engendra mecanismos de reparação que se transformam em pesadelos de arrependimento desnecessário, assim permanecendo como látego inclemente a impingir-lhe punição.
                O arrependimento deve constituir um despertar da responsabilidade que convida à reconstrução, à renovação, à ação reparadora sem aflição nem desdita.
                O sofrimento no além-túmulo também assume condições chocantes, quando o desencarnado, através da perturbação do após morte, entrega-se às ideoplastias do cotidiano, construindo psiquicamente um clima e uma realidade, nos quais se envolve, que lhe proporcionam o prosseguimento do estado orgânico com as suas difíceis conjunturas, agora em situação diferente, prolongando a ilusão carnal com todos os seus ingredientes perturbadores, que são resultado do apego à matéria, de que se não libertou realmente, apesar do fenômeno biológico da morte.
                É indispensável a libertação dos condicionamentos materiais, disciplinando a mente e a vontade, de modo a adaptar-se de imediato à vida-além-da-vida. Somente assim o sofrimento pode ser evitado, especialmente se a existência corporal fez-se caracterizar pelas ações enobrecidas, atingindo a finalidade precípua da reencarnação, que é a busca da felicidade.
                A educação moral e espiritual do ser é o instrumento seguro para libertá-lo do sofrimento na Terra, como no além-túmulo, facultando-lhe vida em abundância de paz.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sábado, 14 de novembro de 2015

SOFRIMENTO NO ALÉM-TÚMULO II

                Ninguém se evade das consequências dos seus atos, como planta alguma produz diferente fruto da sua própria estrutura fatalista.
                O amor é a grande lei da vida. É o amor que estabelece o critério de justiça com igualdade para todos, respondendo em reação conforme praticada a ação.
                A conduta mental e moral cultivada durante a existência corporal propicia resultados correspondentes, impregnando o ser com os hábitos que se transformam em experiências de libertação ou retenção, consoante a qualidade de que se revestem.
                O prolongamento da  vida após a morte física faz-se com as mesmas características, resultando as  fixações como futuros critérios de comportamento. Porque a mente viciada gera necessidades que não encontram correspondente satisfação, o sofrimento é a presença constante naqueles que se enganaram ou lograram prejudicar os outros.
                Consciências encarceradas na ignorância das leis da vida, quando são chamadas ao sofrimento purificador, entregam-se à rebeldia e buscam fugir da colheita que lhes chega mediante o suicídio horrendo.
                Para a própria desdita, mais dolorosa, encontra a vida que ultrajaram com o gesto desvairado, soando às novas dores a frustração por constatarem-se como indestrutíveis, e as aflições decorrentes do ato praticado, eu produz dilacerações no perispírito que passa então a sofrer males que não conduzia. Além desses, que estão na sua realidade espiritual, as consequências infelizes, tais: a dor dos familiares ou a revolta que neles se instala; o exemplo negativo, que estimula outras futuras defecções; os problemas que recaem sobre os que ficaram, produzindo-lhe sofrimentos inenarráveis, que se arrastam por decênios largos até o momento do retorno à Terra, com as marcas da deserção.
                Noutros casos, buscando fugir às enfermidades degenerativas, outras pessoas recorrem a eutanásia, na ingênua perspectiva do sono eterno sem despertar, quando tudo fala de vida, de atividade, de progresso.
                O letargo que buscam é povoado de pesadelos sombrios e presenças espirituais impiedosas, que lhes invectivam o ato e as atormentam sem descanso.
                A morte, em hipótese alguma, faz cessar o sofrimento, porque, não anulando a consciência, faculta-lhe logicar e vivenciar o prosseguimento das experiências, e porque as percepções pertencem ao espírito, continuam sendo transformadas nas delicadas engrenagens da energia em sensações e emoções. Daí a manifestação do sofrimento corrigindo os erros e conduzindo o infrator à reparação.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SOFRIMENTO NO ALÉM-TÚMULO I

                A culpa assinala a consciência que se abre em chaga viva até a reparação do erro, a recomposição do campo energético agredido. O arrependimento sincero ou os propósitos honestos de reabilitação não bastam para conceder o reequilíbrio no psiquismo e na emoção do delinquente. Por isso, quanto mais esclarecido e lúcido o infrator, tanto maior o grau da sua responsabilidade.
                O erro retém o seu autor nas próprias malhas, que este deve desfazer mediante a correção do que foi praticado. Esse labor faculta dignificação, promovendo o indivíduo.
                Liberado do mal praticado, adquire experiência e abanca, estrada fora, no rumo de novos patamares para a felicidade, sem retentivas na retaguarda.
                Nem mesmo o perdão que a vítima concede ao seu malfeitor libera-o da consciência de culpa. Ajuda-o, naturalmente, a sentir-se melhor consigo próprio e com aquele a quem prejudicou, estimulando-se, ele mesmo, para reparar o dano causado. Mediante a concessão do amor e não o ódio em forma de revide, torna-se-lhe mais factível a vitória, a recuperação moral, assim liberando-se do sofrimento.
                A ilusão da posse, a presença das paixões primitivas, o egoísmo, agasalhados enquanto ao corpo, transferem as chagas que geram para além da sepultura.
                Desde que o homem é espírito e este energia, as suas mazelas permanecem impregnadas, produzindo as ulcerações alucinantes onde quer que este se encontre: no corpo ou fora dele.
                Não provocando real alteração em ninguém, a morte apenas transfere os seres de posição e situação vibratória, mantendo-os conforme são.
                É natural que a troca de indumentária imposta pelo cessar do fenômeno biológico não lhe arranque as estratificações na área da energia, portanto, na sede da consciência.
                O desencarnado desperta além das vibrações moleculares do corpo com as mesmas aptidões, ansiedades, engodos, necessidades cultivadas, boas ou más, voltando a assumir a postura equivalente ao grau de evolução em que estagie.
                As sensações que lhe são predominantes da individualidade permanecem-lhe, quando atrasado, sensual, amante dos prazeres, vinculado aos pensamentos sinistros, licenciosos, egoísticos, fazendo-o experimentar a mesma densidade vibratória que lhe era habitual durante a conjuntura  orgânica. Rematerializa-se e passa a viver como se estivesse encarcerado no corpo somático sofrendo-lhe todos os limites, conjunturas, condicionamentos, doenças, desgastes...  A mente, escrava das sensações, elabora formas ideoplásticas que o aturdem e infelicitam, tornando-lhe o sofrimento de difícil descrição.
                Tenta o contato com os familiares e amigos que ficaram, e eles não se apercebem, o que lhe inflige dores morais superlativas, levando-o à loucura, à agressividade, ao desalento.
                Em alguns momentos esbraveja e exaure-e, entregando-se aos paroxismos do desespero e desmaia, para logo recomeçar, sem termo, até quando brilha na consciência entenebrecida o amor, que o desperta para outro tipo de sofrimento, o do remorso, do arrependimento que o conduz ao renascimento, para recuperação sob os estigmas da cruz que traz insculpida na existência.
                Enquanto não lhe chega esse socorro, une-se em magotes de desesperados, construindo regiões dantescas, onde se homiziam e prosseguem sob o açodar das penas que o automatismo das leis de Deus, neles próprios, como em todos nós inscritas, impõem.
                O sofrimento, nessas regiões, decorre dos atentados perpetrados com a anuência da razão.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

HÁBITO DA SOLIDARIEDADE III

                Apura a tua percepção e verificarás que os lamentos demasiados nem sempre decorrem da enfermidade ou do problema que se tem, mas da necessidade de chamar a atenção, requerendo apoio e amizade.
                Há muita carência, no mundo, sendo, entretanto, a mais grave e urgente, a de afeto, de interesse humano...
                A questão assume tão grave proporção que, não raro, quando alguém se preocupa com outrem e dá-lhe assistência, os sentimentos de um ou de ambos perturbam-se, dando origem a desvios da fraternidade, tombando-se em delíquios morais, que mais agravam as circunstâncias e as dificuldades.
                Mantém o hábito da solidariedade sem exigência ou solicitação alguma.
                Ajuda, portanto, sem vinculação servil, a fim de permaneceres livre, no amor e na ação solidária, crescendo para Deus ao lado do teu próximo necessitado, necessitados que somos quase todos, da divina solidariedade.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

HÁBITO DA SOLIDARIEDADE II

                Fazer ou deixar de fazer o bem é efeito natural da fé que se mantém, definindo-lhe a qualidade, cuja ação se transforma em hábito, que se incorpora à natureza, à personalidade de cada um.
                Quem se não acostuma a doar, nunca dispõe de oportunidade para auxiliar, encontrando motivos injustificáveis para recusar-se.
                Aquele que se aclimata ao trabalho solidário, sempre dispõe de tempo e recursos para fazê-lo.
                Os desocupados e indiferentes estão sempre muito cheios de horas vazias para tentar preencher algum espaço, por isso não dispõem de tempo para nada.
                Vivem extenuados pela inutilidade e pessimismo.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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terça-feira, 10 de novembro de 2015

HÁBITO DA SOLIDARIEDADE I

                Por mais te encontres cansado não te eximas de ser solidário com alguém.
                Talvez o problema do outro, aquele que te procura, seja menor do que o teu.
                Para ele, no entanto, por que se afigura muito grave, assim se faz.
                As tuas experiências de fé dão-te real dimensão de inúmeras ocorrências, e por isto podes ajudar mais com menos desgaste de forças e emoções.
                Quem percorre um trecho de estrada tem condições de apresentar notícias daquele caminho.
                Experiência é rota que cada qual deverá vencer mesmo que a grande esforço.
                A solidariedade, por isso mesmo, é pão de empréstimo, de que sempre o doador necessitará.
                Ninguém a pode prescindir, por mais que se pretenda isolar do convívio com o seu próximo.
                Na vida de todas as criaturas um momento surge em que a solidariedade se faz imperiosa, como socorro salvador.

Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PRECE

Senhor Deus do amor eterno,
Sabemos que nos renovas,
Por meio das grandes provas
Que abalam o coração;
Por isso não te rogamos
Que nos retires da estrada,
Quase sempre atribulada
De acesso à renovação.

Estamos a suplicar-te
Acréscimo de energia
Nas lutas de cada dia
E amparo libertador!
Necessitados de força,
Rogamos-te apoio amigo
Queremos viver contigo
No reino do Eterno Amor.

Maria Dolores


Fonte: mensagem recebida por Chico Xavier em 12/05/1977 em reunião mediúnica.
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domingo, 8 de novembro de 2015

REENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS

Pergunta - Perdi meu cachorrinho e sofri muito. Já havia tido outros animais, mas ele era especial. No dia falei: Não sei o que seria de mim sem ele. Ele faleceu 30 minutos após eu dizer isso. Será possível ele vir a renascer como um ser mais evoluído por ser tão inteligente? Pode ser um humano? É possível?
Resposta - A cada reencarnação voltamos mais evoluídos à nova experiência física. Ficamos melhores, mas como a natureza não dá saltos, frase de Leibniz as mudanças perceptíveis são letas e para um animal reencarnar em outra nova espécie ele precisa completar todo o seu cronograma evolutivo na espécie em que já está, antes de iniciar a experiência em outra mais evoluída. Mesmo assim, existem inúmeras espécies intermediárias entre a fase de caninos e homem, por exemplo, por onde esse espírito deve passar. Essas fases intermediárias ocorrem tanto nesse como em outros mundos e não somente em mundos físicos, mas também espirituais. Para um animal chegar à fase humana, pode levar décadas, séculos ou milênios. Então, é possível que, algum dia, o espírito que habita hoje um corpo animal se torne apto a ocupar um corpo humano, mas isso exige tempo e vivências para aquisição de mais experiência nas fases anteriores à humanidade. O mais provável é que nesse caso ele retorne em um corpo de cão, novamente, e em um lugar onde possa evidenciar todo o seu aprendizado anterior, isto é, em um lar onde haja a possibilidade de demonstrar seu potencial de inteligência. Assim como em relação a tudo nesse mundo físico, o apego excessivo pode ser prejudicial em momentos de separação, como o que ocorreu nesse caso. A amizade é importante, o carinho também, mas não podemos perder de vista que os animais tem existência física finita e sua caminhada evolutiva é independente da nossa. O apego excessivo é prejudicial tanto aos animais quanto ao nosso espírito que não encontra paz enquanto não nos desligamos desse excesso.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
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sábado, 7 de novembro de 2015

CONDIÇÕES DA LIBERDADE

(J. Herculano Pires)
O princípio da liberdade é um anseio natural do homem e constitui o fundamento de todas as realizações duradouras. Sabemos que o homem é, na Terra, entre os seres visíveis que a povoam, o único realmente dotado de livre arbítrio. Mas a liberdade eé condicionada pela responsabilidade, sendo que a responsabilidade, por sua vez, não pode existir sem liberdade.
Estamos diante do que poderíamos chamar a dialética da autonomia. Da interação de liberdade e responsabilidade surge a síntese da independência, tanto em plano individual como no coletivo.
Questão 825 de O Livro dos Espíritos:
“Pergunta: Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar de liberdade absoluta? – Resposta: Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes”. Esse problema foi amplamente analisado por Kardec no estudo “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, publicado em Obras Póstumas. Ali encontramos esta proposição: “Do ponto de
vista do bem social a fraternidade figura em primeira linha, é a base. Sem ela não poderá haver igualdade nem liberdade verdadeiras. A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade é uma consequência das duas”.
Temos assim duas condições sociais para a liberdade, que são os princípios de igualdade e fraternidade, é uma condição moral que é a responsabilidade. A essas condições Emmanuel propõe os corolários da obediência e do serviço. Sem obediência as leis divinas, que nos mandam servir ao próximo por amor, não há liberdade. Por outro lado, a liberdade absoluta não existe, é apenas um sofisma. Vivemos no relativo e não no absoluto.
Mas o que são as leis divinas? Um código de moral escrito? Para o Espiritismo as leis divinas são as próprias leis naturais, criadas por Deus. Existem desde os planos inferiores da Natureza. Os sofistas modernos pedem a liberdade dos instintos animais do homem, mas o Espiritismo nos adverte da existência dos instintos espirituais que constituem as exigências da consciência. E entre esses acentua a presença da lei de adoração que nos impulsiona a todos em direção a Deus.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

HONRARÁS A LIBERDADE

(Emmanuel)
Honrarás a liberdade, não para voltar às brumas do passado em cujos desvarios já nos submergimos muitas vezes, e que te impeliram a tomar novo corpo no plano físico, mas frequentemente para resgatar as consequências infelizes dos atos impensados.
Estimarás a liberdade para cultivar a consciência tranquila pelo exato desempenho dos compromissos que esposaste.
Muitos companheiros da Humanidade se farão ouvir, diante de ti, alinhando teorias brilhantes em se referindo a independência e progresso, quase sempre para justificar o desgovernado predomínio do instinto sobre a razão, como se progresso e independência constituíssem retorno ao primitivismo e a animalidade.
Ouvirás a todos eles com tolerância e bondade, observando, porem, as ciladas que se lhes ocultam sob o luxo verbalistico, a maneira de armadilhas recobertas de flores, e seguirás adiante de coração atento a execução dos encargos que a vida te reservou.
Sabes que a inteligência, quando se propõe desregrar-se no esquecimento dos princípios que lhe ditam comportamento digno, inventa facilmente vocábulos cintilantes, de modo a disfarçar a própria deserção.
Aceitaras o trabalho no grupo doméstico ou na equipe de ação edificante aos quais te vinculas, na produção do bem geral, doando o melhor de ti mesmo em abnegação aos companheiros que te compartilham a experiência, na certeza de que unicamente nas lutas e sacrifícios em que somos obrigados a viver e a conviver, uns a frente dos outros, é que conseguiremos a carta de alforria no cativeiro que nos aprisiona aos resultados menos felizes das existências passadas.
Orarás e vigiarás, segundo os ensinamentos de Jesus, e honraraás a liberdade qual ele mesmo a dignificou, amando aos semelhantes sem exigir o amor alheio e prestando auxilio sem pensar em recebê-lo.
Serás, enfim, livre para obedecer as Leis Divinas e sempre mais livre para ser cada vez mais útil e servir cada vez mais.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PAPÉIS DENTRO DO CASAMENTO III

                Quando não houver encaixes harmoniosos, será problemático, pois conflitos emergirão, desde os mais simples até os mais graves, chegando, em inúmeros casos, a promover a ruptura da interação afetiva.
                Desta feita, pode-se observar variados desencontros tendo em vista não existirem, numa certa circunstância, ressonâncias entre o que um espera do outro, e como o outro corresponde. Daí tem-se:
                - esposa, naquele dia, como filha, busca a figura parental no esposo, e ele se apresenta como homem ansiando união sexual. Caso ela ceda ao sexo, não se sentirá bem, pois é como se estivesse estabelecendo uma relação incestuosa, simbolicamente, com o pai.
                - esposo, em certo momento, como filho, procura o aconchego maternal na esposa, mas esta responde emocionalmente como filha. Instala-se o atrito pela frustração dele em não encontrar o acolhimento que esperava da parceira-mãe.
                Assim, podem se repetir em vários momentos da vida do casal conflitos por falta de entrosamento na dança do casamento, quando desempenham papéis não alinhados como: pai-mulher, homem-mãe, filho-mulher, filho-filha, etc.
                Porém, é lamentável e mais doloroso quando, ao longo da vida, em vez de uma situação eventual, o casal mantém um padrão fixo de convivência numa das disfuncionalidades mencionadas. O conflito e o desgaste progressivo do relacionamento serão inevitáveis.
                Em resumo, o par deve observar os dois pontos fundamentais para constituir uma relação conjugal, conforme preconiza Allan Kardec: a lei divina material, a união sexual, e a lei divina moral, o amor.
                Sem prejuízo das funções essenciais, o casal pode e deve apresentar funções complementares, sincrônica e sinergicamente, quais sejam: pai/filha, filho/mãe, amigo/amiga, companheiro/companheira, etc.
                É necessário haver autopercepção e conhecimento mútuo para a identificação de como anda a interação afetiva com cada parceiro no cotidiano existencial.
                É saudável que ambos criem o hábito de verbalizar claramente como estão emocionalmente seus desejos e expectativas, carências e outros conteúdos emergentes. Isto para que cada um possa ajustar-se criativamente junto ao outro, assumindo o papel que lhe cabe para estabelecer um bom encaixe em cada circunstância de vida – e na vida como um todo – casando-se dia após dia, conforme propõe Emmanuel.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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