Quando
não houver encaixes harmoniosos, será problemático, pois conflitos emergirão,
desde os mais simples até os mais graves, chegando, em inúmeros casos, a
promover a ruptura da interação afetiva.
Desta
feita, pode-se observar variados desencontros tendo em vista não existirem,
numa certa circunstância, ressonâncias entre o que um espera do outro, e como o
outro corresponde. Daí tem-se:
-
esposa, naquele dia, como filha, busca a figura parental no esposo, e ele se
apresenta como homem ansiando união sexual. Caso ela ceda ao sexo, não se
sentirá bem, pois é como se estivesse estabelecendo uma relação incestuosa,
simbolicamente, com o pai.
-
esposo, em certo momento, como filho, procura o aconchego maternal na esposa,
mas esta responde emocionalmente como filha. Instala-se o atrito pela
frustração dele em não encontrar o acolhimento que esperava da parceira-mãe.
Assim,
podem se repetir em vários momentos da vida do casal conflitos por falta de
entrosamento na dança do casamento, quando desempenham papéis não alinhados
como: pai-mulher, homem-mãe, filho-mulher, filho-filha, etc.
Porém,
é lamentável e mais doloroso quando, ao longo da vida, em vez de uma situação
eventual, o casal mantém um padrão fixo de convivência numa das
disfuncionalidades mencionadas. O conflito e o desgaste progressivo do
relacionamento serão inevitáveis.
Em
resumo, o par deve observar os dois pontos fundamentais para constituir uma
relação conjugal, conforme preconiza Allan Kardec: a lei divina material, a
união sexual, e a lei divina moral, o amor.
Sem
prejuízo das funções essenciais, o casal pode e deve apresentar funções
complementares, sincrônica e sinergicamente, quais sejam: pai/filha, filho/mãe,
amigo/amiga, companheiro/companheira, etc.
É
necessário haver autopercepção e conhecimento mútuo para a identificação de
como anda a interação afetiva com cada parceiro no cotidiano existencial.
É
saudável que ambos criem o hábito de verbalizar claramente como estão
emocionalmente seus desejos e expectativas, carências e outros conteúdos
emergentes. Isto para que cada um possa ajustar-se criativamente junto ao
outro, assumindo o papel que lhe cabe para estabelecer um bom encaixe em cada
circunstância de vida – e na vida como um todo – casando-se dia após dia,
conforme propõe Emmanuel.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
Um comentário:
Gracias Deniss por dejar tu cariñoso comentario en mi blog..Tu blog es muy lindo y tiene unas entradas muy interesantes
Besitos mi niña
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