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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 30 de julho de 2014

ANIVERSÁRIO - 4 ANOS

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Hoje o blog Conheça o Espiritismo completa mais um ano de existência. São 4 anos com postagens sobre a doutrina espírita, buscando auxiliar, consolar, produzir conhecimento. 
Durante esse tempo, procuramos textos esclarecedores, pois quando compreendemos os ensinamentos de Jesus e a grandeza de Deus, nos tornamos mais resignados, compreensivos, buscando vencer nossas imperfeições. E fazendo isso iremos nos melhorando, o que nos leva à conquista da felicidade.
Se queremos um mundo melhor, temos que começar por nós mesmos, sendo exemplo do homem de bem, como consta do Evangelho Segundo o Espiritismo.
A todos os amigos os meus agradecimentos por mais um ano juntos, estudando e crescendo. Que possamos cada vez mais ampliar nossos horizontes e nossas amizades. Muita paz!

terça-feira, 29 de julho de 2014

INSEGURANÇA


              A insegurança traz como características psicológicas os mais variados tipos de medo, como o e amar, o da mudança, o de cometer erros, o da solidão, o de se pronunciar e o de se desobrigar. O inseguro não confia no seu valor pessoal, desacredita suas habilidades e desconfia de usa possibilidade de enfrentar as ocorrências da vida, o que o impulsiona a uma fatal tendência de se apoiar nos outros.
                Por não compreender bem seu poder interior, apega-se na afeição do cônjuge, filhos, outros parentes e amigos e, assim, acaba dependendo completamente dessas pessoas para viver. Em vez do amor, é a insegurança a fonte principal que o une aos outros; por isso, controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo.
                O inseguro, por não saber que não pode controlar os atos e atitudes das outras criaturas, cria grandes dificuldades em seus relacionamentos, gerando, consequentemente, maiores cobranças e barreiras entre eles.
                A hesitação torna-o criatura incapaz de se sentir bastante firme para agir. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre mais se certificar das coisas. É excessivamente cauteloso e vigilante; está em constante sobreaviso e desconfiança  de tudo e de todos, por causa do medo das conseqüências futuras de suas ações do presente.
                Os inseguros desenvolvem muitas vezes uma devoção mórbida em relação às cuasas e aos ideais, ou se associam a um parceiro forte e dinâmico para compensar sua necessidade de apoio, consideração e segurança. No primeiro caso, eles podem assumir diante do mundo a posição de crentes exaltados, querendo convencer todos de uma verdade que eles mesmos não acreditam; no segundo, buscam alguém que lhes corresponda ao modelo de seus genitores, para que, novamente, venham a se nutrir da autoridade, decisão e firmeza que encontravam nos pais, quando crianças.
Muitos ainda buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade literária, como estratégia emocional, a fim de estimular em torno de si uma atmosfera de bem informados e, portanto, grandiosos e seguros.
Angústias são fragilidades que as criaturas inseguras sentem, a sensação de mal-estar, por acreditarem que estão constantemente sendo observadas e julgadas e também pela perpétua situação mental de vulnerabilidade diante do mundo.
Os inseguros não são assertivos; em outras palavras, não se expressam de modo direto, claro e honesto. Omitem defesa a seus direitos pessoais por medo e evitam encontros ou situações em que precisam expor suas crenças, sentimentos e idéias.
O título de Senhor de Si Mesmo poderá definir bem a segurança e firmeza de Jesus Cristo. Seguindo Seus passos, a humanidade alcançará a estabilidade e serenidade interior que busca há tentos séculos – a conquista dos seres despertos e amadurecidos do futuro.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: drleonardverea.blogspot.com

segunda-feira, 28 de julho de 2014

ANTE OS PEQUENINOS

A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.

Não existe criança ‐ nem uma só ‐ que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento.

Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o cérebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando‐se, por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala ou faz.

A mente infantil dar‐nos‐á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.

Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar‐se.

Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.

A criança é um capítulo especial no livro do seu dia‐a‐dia.

Não tente transfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guardados, porque são eles espíritos eternos, como acontece a nós, e chegará o dia em que despedaçarão perante você mesmo quaisquer amarras de ilusão.

Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou de formação inconveniente, não estabeleça censura, reconhecendo que o serviço de reeducação dele, na essência, pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.

Se veio a sofrer algum prejuízo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: blogevangelizacao.blogspot.com

domingo, 27 de julho de 2014

ESPÍRITOS ENTRE NÓS

                É milenar a crença na imortalidade da alma. A crença nos espíritos consta no passado da Terra. Vemos comunicações dos espíritos desde as mais remotas histórias. No antigo Egito era tão comum que, em libertando o povo hebreu da escravidão, Moisés proibiu as comunicações que eram banalizadas, por qualquer motivo, o que tolhia o desenvolvimento da consciência.
                Na escala espírita, em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, de modo didático, classificou os espíritos baseando-se em sue grau de evolução, nas qualidades que adquiriram e nas perfeições que carregam. Temos aqueles em que há predomínio da matéria sobre o espírito, que têm propensão para o mal, ignorância; seres imperfeitos, alguns não essencialmente maus, mas ignorantes do bem, na base da escala, a terceira ordem. Na segunda ordem vemos os bons espíritos, que têm o desejo do bem, e na primeira ordem, no topo da escala, os espíritos puros, aqueles que á alcançaram a perfeição. Kardec esmiúça bem esse assunto nas questões 100 a 112 de O Livro dos Espíritos.
                Quem costuma fazer auto análise e se conhece em profundidade pode ter uma ideia de que tipo de espírito encarnado existe aqui na Terra, baseado nessa escala proposta por Kardec. Sabemos que os espíritos estão por toda parte. Nossos sentidos obtusos não nos permitem vê-los, a menos que sejamos médiuns videntes. Na questão 567 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se os espíritos costumam imiscuir-se em nossos prazeres e ocupações e a resposta é que, quando os espíritos são vulgares, sim. Diz ainda que esses espíritos nos rodeiam constantemente e, com frequência, tomam parte ativa no que fazemos, de conformidade com sua natureza.
                Espíritos imperfeitos, alguns gostam de brincar, de assustar, em sua infância espiritual. Não é de estranhar, então, que os discípulos de Jesus tivessem pensado que era um fantasma que caminhava sobre as águas e tivessem medo naquele momento. Eram na sua maioria médiuns e estavam aprendendo com Jesus. Dia chegaria em que não temeriam nem mesmo a própria morte, quando o conhecimento estivesse consolidado neles, a ponto de, posteriormente, o apóstolo João, familiarizado com as comunicações com os espíritos e com a natureza deles, deixar o ensinamento para os cristãos: “Não creiais em todos os espíritos, vede antes se eles são de Deus.”
                Pedro usou este critério quando Jesus disse “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”, ele respondeu: “Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas.” E Jesus respondeu: “Vem.” Ele foi e caminhou, até que sentiu medo e começou a afundar sendo alvo por Jesus.
                Essa passagem é interessante. O medo nos prejudica e nos faz mal; quando é excessivo nos faz decair. Prudência é necessário. Nem medo destruidor, nem atitudes tão destemidas que se tornem prejudiciais. Não aos extremos. Sim ao equilíbrio.
                A crença na imortalidade da alma está impressa na compreensão das pessoas. E o fato de os espíritos se comunicarem com os homens, também.
                Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”, disse Jesus. Esclarecidos, o medo desapareceu da mente dos discípulos. Busquemos nos esclarecer, aprender, fortalecer nossa fé. Tenhamos bom ânimo e a firme convicção de que o amor divino nos ampara sempre, dando-nos a calma necessária para passarmos as experiências da Terra com serenidade, embora, muitas vezes, com os sofrimentos que nos educam os sentimentos.
 Jane Martins Vilela
 Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2014
imagem: desvendandoalenda.blogspot.com

sábado, 26 de julho de 2014

EM PLENA ERA NOVA

Cap. XVIII – Item 9                 
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável.
Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Eurípedes Barsanulfo

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: peronpoemas.blogspot.com

sexta-feira, 25 de julho de 2014

CONTENTAR-SE

“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.” — Paulo. (FILIPENSES, capítulo 4, versículo 11.)

A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas na Terra.
A vida simples, condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.
Pedem-se a Deus absurdos estranhos. Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das aquisições indispensáveis.
O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias.
Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução própria e atira-se a aventuras de conseqüências imprevisíveis, em face do seu futuro infinito.
Se já compreendes tuas responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.
Estarás, acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: www.terceiromilenioonline.com.br

quinta-feira, 24 de julho de 2014

JESUS E POSSES III

Possuis, como bens atormentantes, ao lado das moedas, propriedades, títulos, semoventes, as paixões e caprichos deles decorrentes.
Almejas paz e afeição, felicidade e auto-realização; entretanto, quando se te apresenta o ensejo, recalcitras e avalias o montante daquilo que deves doar em troca, optando por prosseguir conforme te encontras.
Queres, porém não estás seguro da opção que deves fazer, da contribuição a brindar, do teu esforço pela libertação.
Somente é feliz aquele que é livre.
Só existe felicidade em quem se encontrou com a verdade, absorveu-a e tomou-a como norma de conduta.
No redemoinho das tuas querelas e conveniências, se desejas vida nova e harmônica, ouve Jesus: “Despoja-te de tudo, dá aos outros o que seja útil e segue-me” — propõe Ele.
Desnudado, estarás fecundado pela luz; portanto, livre e feliz.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: www.artedechocar.com

terça-feira, 22 de julho de 2014

JESUS E POSSES II

O encontro de Jesus com o jovem rico, que se dispôs a segui-lO, reveste-se de extraordinário conteúdo contemporâneo.
Apesar de cumpridor das exigências formais da sociedade e da religião, não tinha consciência do significado da integração da sua existência no ideal fecundo da vida eterna.
Queria o “reino”, desfrutando os favores do mundo, em forma dos bens que lhe facilitavam a caminhada faustosa.
Anelava por seguir o Amigo e fruir da Sua companhia, sem contribuir com nada.
Ter mais, sem despojar-se de algo, era o seu intento.
O Mestre, que o conhecia em profundidade, estabeleceu como requisito fundamental, que ele vendesse tudo quanto possuía, desse-o aos pobres e o seguisse.
A vida é feita de intercâmbios, de trocas e permutas.
“Se dá a quem tem e se tira de quem não tem”, daquele que é avaro e nunca reparte o excesso que, para ele, não é nada, no entanto, para os demais, é tudo.
O moço era rico e gozador, mas não era feliz, pois que lhe faltava algo: a solidariedade que pacifica as ansiedades do coração.
Talvez ele se pudesse libertar dos bens materiais; todavia, não estava acostumado aos limites da escassez, ao equilíbrio da falta, a uma posição menos vistosa, destituída do brilho enganoso da fatuidade e da bajulação.
Renunciar aos tesouros seria um passo na direção da renúncia de si mesmo, e isto era-lhe demasiado.
Favorecido pela abundância, receou a carência.
Renunciou, então, ao permanente, e perdeu-se na vacuidade.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: glademirstocco.blogspot.com

segunda-feira, 21 de julho de 2014

JESUS E POSSES I

O apego aos bens materiais torna-se uma jaula que aprisiona o possuidor distraído, que passa a pertencer àquilo que supõe possuir.
Causa aflição, pelo medo de perder o que acumula; pela ânsia de aumentar o volume dos recursos; pela circunstância de ter que deixá-los ante a iminência da morte sempre presente na vida.
Desvaria, porque intoxica de orgulho e prepotência a criatura, que se crê merecedora de privilégios e excepcionais deferências, que a não impedem de enfermar-se, neurotizar-se, padecer de solidão e morrer como todas as demais.
Enrijece os sentimentos, que perdem a tônica da solidariedade, da compaixão e da caridade, olvidando-se dos outros para pensar apenas em si.
Faz pressupor que nasceu para ser servido, abandonando o espírito de serviço que dignifica e favorece o progresso.
O possuidor que não se interessa por repartir os valores, oferecendo dignas oportunidades de trabalho, é escravo que mais se envilece, quanto mais se prende às posses.
Rico é todo aquele que doa, assim espalhando os recursos, que se multiplicam em diversas mãos em benefício geral.
O rico verdadeiro é investidor consciente, que não paralisa o crescimento da sociedade, antes amplia sua área de realizações.
Sabe que é mordomo transitório e não dono permanente, devendo prestar contas, oportunamente, dos valores que lhe foram confiados.
Verdadeiramente, o homem nada possui. Nem a si mesmo ou à sua vida, tornando-se usuário de tudo quanto lhe chega e passa. A descoberta de tal realidade harmoniza-o interiormente e com tudo quanto é temporário, em trânsito para o que é de sabor eterno, que é a sua espiritualização.
No século desfruta, mas não retém. Na Vida permanece, mas não abusa.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: professorantonioneves.blogspot.com

sábado, 19 de julho de 2014

O MODELO ORGANIZADOR BIOLÓGICO

      O homem é, deste modo, um conjunto de elementos que se ajustam e interpenetram, a fim de condensar-se em uma estrutura biológica, assim formado pelo Espírito — ser eterno, preexistente e sobrevivente ao corpo somático —, o perispíri­to — também chamado modelo organizador biológico, que é o “princípio intermediário, substância semimaterial que ser­ve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o germe, o perisperma e a casca” — e o corpo — que é o envoltório material.
Estes elementos mantêm um inter-relacionamento profun­do com os respectivos planos do Universo.
O perispírito, também denominado corpo astral, é cons­tituído de vários tipos de fluidos (energia) ou de matéria hi­perfísica, sendo o laço que une o Espírito ao corpo somático.
De importância máxima no complexo humano, é o mo­derno Modelo organizador biológico, que se encarrega de plasmar no corpo físico as necessidades morais evolutivas, através dos genes e cromossomos, pois que, indestrutível, eteriza-se e se purifica durante os processos reencarnatórios elevados.
Pode-se dizer, que ele é o esboço, o modelo, a forma em que se desenvolve o corpo físico. E na sua intimidade ener­gética que se agregam as células, que se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o funcionamento. Nele se expressam as manifestações da vida, durante o corpo físico e depois, por facultar o intercâmbio de natureza espiritual. É o condutor da energia que estabelece a duração da vida física, bem como e responsável pela memória das existências passadas que ar­quiva nas telas sutis do inconsciente atual, facultando lampe­jos ou recordações esporádicas das existências já vividas.
O filósofo escocês Woodsworth estudando-o, disse que é o Mediador plástico “através do qual passa a torrente de ma­téria fluente que destrói e reconstrói incessantemente o orga­nismo vivo.”
Na sua estrutura de energia se localizam os distúrbios nervosos, que se transferem para o campo biológico e que procedem dos compromissos negativos das reencarnações passadas.
Igualmente ele responde pelas doenças congênitas, em razão das distonias morais que conduz de uma para outra vida. Por isso mesmo, trata-se de um organismo vivo e pul­sante, sendo constituído por trilhões de corpos unicelulares rarefeitos, muito sensíveis, que imprimem nas suas intrinca­das peças as atividades morais do Espírito, assinalando-as nos órgãos correspondentes quando das futuras reencarna­ções.
Veículo sutil e organizador, é o encarregado de fixar no organismo os traumas emocionais como as aspirações da be­leza, da arte, da cultura, plasmando nos sentimentos as ten­dências e as possibilidades de realizá-las.
Graças à sua interpenetração nas moléculas que constitu­em o corpo, exterioriza, através deste, os fenômenos emocio­nais — carmas —, positivos ou não, que procedem do passado do indivíduo e se impõem como mecanismos necessários à evolução.
Comandado pelo Espírito mediante automatismos nas fai­xas menos evoluídas da Vida, pode ser dirigido conscientemente, desde que se encontre liberado dos impositivos dos resgates dolorosos, no processo da aprendizagem compulsó­ria.
Quanto mais o homem se espiritualiza, domando as más inclinações e canalizando as forças para as aspirações de eno­brecimento e sublimação, mais sutis são as suas possibilida­des plasmadoras, dando gênese a corpos sadios, emocional e moralmente, em razão do agente causal estar liberado das aflições e limites purificadores.
O amadurecimento psicológico proporciona ao indivíduo utilizar-se das aquisições morais, mentais e culturais para estimular-lhe os núcleos fomentadores de vida, alterando sem­pre para melhor a própria estrutura física e psíquica pelo irra­diar de energias saudáveis, reconstruindo o organismo e uti­lizando-o com sabedoria para fruir da paz e da alegria de vi­ver.


Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: www.fatonews.com.br

sexta-feira, 18 de julho de 2014

DONATIVO DO CORAÇÃO

Seja a tua palavra clarão que ampare, chama que aquece, apoio que escore e bálsamo que restaura.
Sempre que te disponhas a sair de ti mesmo para o labor da beneficência, não olvides o donativo da coragem!
Auxilia ao próximo por todos os meios corretos ao teu alcance, mas, acima de tudo, ampara o companheiro de qualquer condição ou de qualquer procedência, a sentir-se positivamente nosso irmão, tão necessitado quanto nós da paciência e do socorro de Deus.


Fonte: Brilhe Vossa Luz – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: renatopr.wordpress.com

quinta-feira, 17 de julho de 2014

VOCÊ ESTÁ EM TRATAMENTO II

                Diversas vezes somos conduzidos a viver situações que julgamos serem injustas e, diante de nossa consciência atual, não encontramos motivos que justificasse a necessidade de experimentarmos esta prova ou expiação, contudo, a ideia de que todos na Terra ou em qualquer canto do universo que não esteja em considerável situação de adiantamento moral e espiritual está, desta forma, em tratamento. Afinal, se o mal não é permanente em nós e caminhamos para bani-lo dos nossos valores e condicionamentos, vemos a vida como uma grande terapia. Paulatinamente vamos promovendo em nós a profilaxia da alma, controlando a infecção da revolta, combatendo o vírus da maldade, a bactéria da ignorância e por aí vai até que um dia, recebemos de nossa própria consciência a tão esperada alta médica, ou neste caso, espiritual.
                Contudo, enquanto não recebemos alta e prosseguimos internados no educandário terreno, estamos em tratamento.
                Assim como não temos competência para discutir com o médico o diagnóstico sobre nosso caso, devemos menos ainda discutir, ou melhor, contrariar a vida em suas imposições de experiências reparadoras.
                Dificilmente uma injeção ou um remédio amargo parece justo, no máximo reconhecemos sua eficácia depois de sermos submetidos a ele. Na vida, ocorre o mesmo. Muitas vezes os processos de correção espiritual parecem injustos e desnecessários mas, um dia, depois de nossa alta, poderemos avaliar com precisão a necessidade do remédio educativo. Desta forma, diante das contrariedades que surgirem em sua vida, não se queixe, segue trabalhado, afinal, estamos em tratamento.


Do livro: Terapia Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: www.torange-pt.com

quarta-feira, 16 de julho de 2014

VOCÊ ESTÁ EM TRATAMENTO I

                Nenhum processo terapêutico  é fácil, por isso, ou estamos profundamente comprometidos com ele ou não teremos êxito.
                Como prosseguir sem nos deixarmos abater? Bem, pensando nisso, você deve embutir em sua vida uma expressão que deixa claro nossa condição na Terra: “Estamos em tratamento!”
                Todos nós aqui estamos para progredir e crescer e, desta forma, podemos afirmar que nos encontramos, enquanto na condição transitória da encarnação, em pleno tratamento.
                Cultivar este pensamento pode nos auxiliar muito, mesmo em nossa relação íntima, afinal, quando você estiver para explodir e precisar de um motivo para resistir, diga a você mesmo: “Estou em tratamento!”
                Esta é a resposta para inúmeras questões que envolvem nossa vida.
                E assim que devemos nos sentir se temos que promover nossa reforma de valores pessoais, se estamos aprendendo a conviver, se temos que aprender a amar, se vivemos em processo constante de domínio de nossas tendências equivocadas, ora, estamos em tratamento.
                Esta resposta deve ser empregada mesmo quando somos expostos a uma determinada dificuldade e nutrimos a impressão de que tudo nos acontece. A resposta é: estamos em tratamento!


Do livro: Terapia Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: www2.uol.com.br

segunda-feira, 14 de julho de 2014

PERDA DE ENTES QUERIDOS II

                A dor da perda, contudo, está radicada na incompreensão a seu respeito ou na apreensão que a precede e a acompanha. Eliminando-se esses fatores, os indivíduos verão a morte como um  momento de renovação inerente à natureza. Inquestionavelmente, é um período que antecede o reencontro dos atuais e dos antigos amores.
                São compreensíveis as lamentações e os pesares, o pranto e os suspiros, pois o ser humano passa por processos psicológicos de adaptação e de reajuste às perdas da vida. Os pesares e os murmúrios fazem parte da sequência de fatos interiores, que são provimentos mentais gradativos e difíceis, através dos quais as criaturas passam a aceitar lentamente a ausência – mesmo convictas de sua temporalidade – das pessoas que partiram.
                Uma das mais importantes funções da tristeza é a de propiciar um ajustamento íntimo, para que a criatura replaneje ou recomece uma nova etapa vivencial. É importante identificarmos nossa tristeza e sua função de momento; jamais devemos, no entanto, identificar-nos com ela em si.
                “Não, não é verdade! Não pode estar acontecendo!”, “Isso deve ser um horrível pesadelo que vai acabar!” são expressões comumente usadas como negação. São reações costumeiras diante de perdas desesperadoras. A recusa em admitir os fatos e as circunstâncias que os determinaram é uma forma de defesa habitual nas situações devastadoras com nossos entes queridos. É necessária a bênção do tempo para que a alma elabore novamente um ajustamento mental e reúna forças para compreender a privação e a real extensão promovida pela dor.
                Alguns choram em voz alta; outros, porém, ficam sentados em silêncio. O isolamento transitório pode ser considerado também como uma outra forma psicológica de defesa para suportar esses transes dolorosos. A atenção destes se fixa unicamente no falecimento da pessoa querida, não se permitindo fazer contato com outras pessoas, a fim de que o sentimento de tristeza não aperte ainda mais seu coração, ou para evitar sejam evocadas com maior intensidade as lembranças queridas. Dessa forma, a criatura abranda o impacto da perda, fazendo um retraimento introspectivo.
                O Criador da Vida fez com que a natureza se mantivesse num eterno reciclar de experiências e energias, numa constante mudança de formas e ritmos, em nossa viagem maravilhosa de conhecimentos através da imortalidade.
                Quando nossa visão se liga em nossa pura essência, vamos além de todas as coisas diminutas e insignificantes, fazendo com que nosso discernimento se amplie numa imensa lucidez diante de nossa jornada evolutiva.
                Não existe perda, não existe morte, assim garantiram os Espíritos Amigos a Kardec “o que chamais destruição não passa de uma transformação”.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: chicoxavier.spaceblog.com.br

domingo, 13 de julho de 2014

PERDA DE ENTES QUERIDOS I

                “Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”
                Nascer e morrer fazem parte de um fenômeno comum e necessário. Tudo nasce, tudo se desenvolve, mas tudo se definha. Sempre há um tempo de partir.
                A morte na Terra é o término de uma existência física, é a passagem do ser infinito para uma nova forma existencial. Ela é um interlúdio, ou seja, um intervalo entre as diversas transformações da vida, a fim de que a renovação e a aprendizagem se estabeleçam nas almas, ao longo da eternidade.
                Morrer não é uma perda fatal, não é um mal, é um essencial processo de harmonização da natureza. Durante quanto tempo lamentaremos o passamento de um ser amado? Dependerá de como estamos preparados para isso, de que modo ocorreu a morte, de como era a nossa história pessoal com ele. No entanto, a perda de um ente querido é universalmente causa de tristezas e de lágrimas, em qualquer rincão do planeta, mas a forma como demonstramos esses nossos sentimentos e emoções está intimamente moldada ao nosso grau evolutivo. O conjunto de conhecimentos adquiridos, ou seja, o acervo cultural, espiritual e intelectual que possuímos, é de fundamental importância em nossa maneira de expressar essa perda.
                Por isso, devemos entender e respeitar as múltiplas reações emocionais manifestadas no luto, pois acontecem de conformidade com as estruturas psicossociais que caracterizam cada indivíduo, levando sempre em conta suas diferentes nacionalidades, crenças e costumes peculiares.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: www.amormariano.com.br

sábado, 12 de julho de 2014

ANTAGONISTAS

O adversário em quem você julga encontrar um modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão.

Reconheçamos o fato de que, muitas vezes, a pessoa se nos torna indigna simplesmente por não nos adotar os pontos de vista.

Nunca despreze o opositor, por mais ínfimo que pareça.

Respeitemos o inimigo, porque é possível seja ele portador de verdades que ainda desconhecemos, até mesmo em relação a nós.

Se alguém feriu a você, perdoe imediatamente, frustrando o mal no nascedouro.

A crítica dos outros só poderá trazer‐lhe prejuízo se você consentir.

A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros.

O adversário, antes de tudo, deve ser entendido por irmão que se caracteriza por opiniões diferentes das nossas.

Deixe os outros viverem a sua própria vida e eles deixarão você viver a existência de sua própria escolha.

Quanto mais avança, a ciência médica mais compreende que o ódio em forma de vingança, condenação, ressentimento, inveja ou hostilidade está na raiz de numerosas doenças e que o único remédio eficaz contra semelhantes calamidades da alma é o específico do perdão no veículo do amor.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: www.nicolasortiz.com.uy

sexta-feira, 11 de julho de 2014

LIBERAÇÃO DA MACONHA: AVANÇO OU RETROCESSO MORAL DO PLANETA?

                A revista VEJA, de 13 de novembro de 2013, traz uma reportagem sobre a liberação da maconha em muitos estados americanos. Vejamos: “A maconha é a substância ilícita mais popular do mundo. O número total de usuários chega a 200 milhões – o equivalente à população brasileira. O impacto da Cannabis na saúde humana é bem conhecido. O uso frequente da droga aumenta o risco de uma pessoa sofrer esquizofrenia, depressão, ansiedade e perda de memória, além de haver indícios de que esteja relacionada a diversos tipos de câncer.
                Metade das pessoas que fumam a maconha regularmente sente que ela atrapalha sua vida profissional e social. Mesmo admitindo esses efeitos negativos, as autoridades de muitos estados americanos e de países como o Uruguai tornaram legais sua produção, comercialização e uso. A justificativa para trazer à luz do sol toda a cadeia produtiva da maconha foi a de que essa medida tornaria o narcotráfico desnecessário e, assim, se daria um fim aos crimes associados àquela atividade. No ano passado, os eleitores dos estados do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, compraram essa tese e aprovaram em referendo a legalização do uso recreativo da maconha. A partir de 2014, quem tiver mais de 21 anos de idade poderá comprar cigarros, refrigerantes, concentrados, chás, barrinhas, biscoitos, bombons, limonadas e balas – tudo feito com maconha.”
                A primeira dúvida que surge é como se dosa o uso recreativo da maconha? Qual a dose que para uma pessoa é recreativa e para outra não? Quem assumiria a venda da Cannabis? O que se fazer para evitar que a legalização não crie um tráfico legalizado quando um usuário não se sentir satisfeito com a tal dose recreativa?
                Em um outro trecho da reportagem, encontramos alguns efeitos nocivos da maconha: eleva em 2,5 vezes o risco de câncer de pulmão; em 5 vezes o risco de um ataque cardíaco na primeira hora após o uso; em 2 vezes a probabilidade de câncer de testículo; em 4 vezes a incidência de câncer de cérebro em crianças cuja mãe fumou durante a gravidez. Se acharam pouco, prestem atenção nesses outros números: a maconha aumenta em 3,5 vezes a probabilidade de esquizofrenia; em 2 vezes a incidência de depressão; em 5 vezes os transtornos de ansiedade e em 4,2 vezes a fobia social. Além disso, reduz a capacidade de concentração em 40% dos usuários; em 60%, a memória de curto prazo e, em 8 pontos, o QI do usuário.
                Pergunto: a legalização modificaria todos esses efeitos deletérios mencionados? De que maneira? A tal de dose recreativa seria menos maléfica? De que forma? Apenas afastando o traficante e ficando com a mesma causa – Cannabis – de todos esses males?
                Mas vamos à resposta ao título desse artigo: não, a humanidade não está regredindo. Os espíritos não estão retrocedendo co essas decisões. Pelo menos aqueles que á atingiram algum esclarecimento. Então, o que ocorre para que se chague à aprovação dessa legalização? Sabemos que mais de vinte bilhões de espíritos estão vinculados à psicosfera da Terra. Sabemos também como demonstram os números que a população dos encarnados está aumentando. Da mesma forma conhecemos que a maioria dos espíritos vinculados à escola da Terra é de pouca evolução. A população de encarnados aumenta à custa de espíritos com essa pouca evolução. Em sendo maioria, pelo menos por enquanto, exercem a devida pressão para que seus objetivos inferiores sejam alcançados. A legalização da maconha é um deles.
                A aprovação da lei do direito ao aborto por qualquer motivo é outro. E assim vamos caminhando. O mal ainda é buscado pela maioria que até mesmo luta por ele; se compraz com ele. A ele se entrega de corpo e de alma, como diz o ditado. A entrega do corpo origina os males acima descritos. A entrega da alma tem consequências que podem ser mencionadas nas sessões mediúnicas através dos diversos tipos de tortura moral que sofrem na dimensão espiritual da existência. Apesar de tudo, o livre-arbítrio permanece para que os responsáveis não possam fugir à responsabilidade de suas escolhas. A codificação espírita permanece intocável, irrepreensível. Como nos ensina a resposta da questão 118 de o Livro dos Espíritos, o espírito fica com o conhecimento das provas pelas quais passa como consequência da colheita obrigatória da livre semeadura realizada. Semear Cannabis no solo da terra e na consciência do espírito jamais proporcionará uma boa colheita, mesmo quando a legislação dos homens assim permitir.
 Wellington Balbo
 Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2014
imagem: www.planetadroga.com.br

quinta-feira, 10 de julho de 2014

MÉDIUNS E MEDIUNIDADES

Cap. XXVI – Item 10
No falso pressuposto de que haja médiuns e mediunidades mais importantes entre si, recordemos o velho apólogo que Menênio Agripa contou ao povo amotinado de Roma, a fim de sossegar-lhe o espírito em discórdia.
“Se o cérebro, por reter a ideação fulgurante, desprezasse o estômago ocupado na tarefa obscura da digestão, a cabeça não conseguiria pensar; se os olhos, por refletirem a luz, declarassem guerra aos intestinos por serem eles vasos seletores de resíduos, decerto que, a breve tempo, a retina seria espelho morto nas trevas, e se o tronco, por sentir-se guindado a pequena altura, condenasse os pés por viverem ao contato do solo, rolaria o corpo sem equilíbrio.”
E, de nossa parte, ousaríamos acrescentar à antiga fábula que tudo, no campo da sequência da natureza, é solidariedade e cooperação.
Se os braços desaparecerem, os pés se fazem mais ágeis; em sobrevindo a surdez, acusa o olhar penetração mais intensa; se a visão surge apagada, o tacto mais amplamente se desenvolve; se o baço é extirpado, a medula óssea trabalha com mais afinco, de modo a satisfazer as necessidades do sangue.
Qual acontece no mundo orgânico, a Doutrina Espírita é um grande corpo de revelações e de bênçãos, no qual cada médium possui tarefa específica.
Esse esclarece...
Aquele consola...
Outro pensa feridas...
Aquele outro anula perturbações...
Esse incorpora sofredores angustiados...
Aquele transmite elucidações de instrutores devotados à grande beneficência...
Outro recebe a palavra construtiva...
Aquele outro se incumbe da mensagem santificante...
Como é fácil observar, o passe curativo é irmão da prece confortadora, a desobsessão é o reverso da iluminação espiritual e o verbo fulgente da praça pública é outra face do livro que o silêncio abençoa.
Em nossa esfera de serviço, portanto, já que prescindimos do profissionalismo religioso, não existem médiuns-pastores, médiuns-gerentes, médiuns-líderes ou médiuns-diretores, porquanto a cada qual de nós cabe uma parte do grande apostolado de redenção que nos foi atribuído pela Espiritualidade Maior.
E se todos nós, em conjunto, temos um mentor a procurar e a ouvir de maneira especialíssima, no plano da consciência e no santuário do coração, esse Mentor é Nosso Senhor Jesus Cristo – o Sol do Amor Eterno – a cuja luz, no grande dia de nossos mais
altos ajustamentos, deveremos revelar em nós mesmos a divina essência da Sua lição divina: – ”A cada qual por suas obras”
Cairbar Schutel

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: www.redeamigoespirita.com.br

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ESCRITORES

“Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com vestes compridas.”
Jesus. (MARCOS 12:38)

As letras do mundo sempre estiveram cheias de “escribas que gostam de andar com vestes compridas”.
Jesus referia-se não só aos intelectuais ambiciosos, mas também aos escritores excêntricos que, a pretexto de novidade, envenenam os espíritos com as suas concepções doentias, oriundas da excessiva preocupação de originalidade.
É preciso fugir aos que matam a vida simples.
O tóxico intelectual costuma arruinar numerosas existências.
Há livros cuja função útil é a de manter aceso o archote da vigilância nas almas de caráter solidificado nos ideais mais nobres da vida. Ainda agora, quando atravessamos tempos perturbados e difíceis para o homem, o mercado de idéias apresenta-se repleto de artigos deteriorados, pedindo a intervenção dos postos de “higiene espiritual”.
Podereis alimentar o corpo com substâncias apodrecidas?
Vossa alma, igualmente, não poderá nutrir-se de ideais inferiores, na base da irreligião, do desrespeito, da desordem, da indisciplina.
Observai os modelos de decadência intelectual e refleti com sinceridade na paz que desejais intimamente, Isso constituirá um auxílio forte, em favor da
extinção dos desvios da inteligência.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: abresc.grupohn.com.br

domingo, 6 de julho de 2014

JESUS E REVOLUÇÃO III

É certo que, beneficiados, quase todos que Lhe receberam a claridade libertadora foram adiante, a sós, por eleição pessoal.
Muitos, se não a quase totalidade, foram ingratos; outros tantos recaíram nas redes em que se amolentaram na indolência; diversos O acusaram, inconscientes e inadvertidos. Todos, porém, sem exceção, não ficaram indenes ao Seu magnetismo, à Sua afabilidade, ao Seu poder.
Revolucionário por excelência, estabelecia a luta de dentro para fora: a morte do homem velho e o nascimento do homem novo.
Oferecia a contribuição do primeiro passo. Os demais pertenciam ao candidato, que os deveria dar.
A obra era geral; a ação de cada um, que lhe cabia realizar.
Seguindo à frente, aplainava a estrada.
Os inimigos estavam no foro íntimo dos combatentes.
Ele sabia, também, que o esforço era árduo e só a perseverança, o tempo e o trabalho levariam à vitória. Assim, não se irritava, e nunca se impacientava.
Se desejas, realmente, a cura dos teus males, deixa-te auscultar por este sublime psicoterapeuta.
Segue-Lhe as instruções. Revoluciona-te, rompendo com o comodismo, a autoflagelação, a autopiedade, o passado sombrio.
Renasce de dentro de ti.
Se queres o triunfo real, sai a campo e luta. Abre-te ao amor e ama sem esperar resposta.
Não estás sozinho na batalha.
Ao teu lado outros combatentes aguardam apoio, qual ocorre contigo.
Descobre-os e une-te a eles, sabendo, porém que a tua será a revolução com Jesus e não contra o mundo, a humanidade ou a vida.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: espiritismoirradialuz.blogspot.com

sábado, 5 de julho de 2014

JESUS E REVOLUÇÃO II

Era com os sofredores, porém, que Ele mantinha a mais correta psicoterapia de que se tem conhecimento.
Não recorria aos sonhos dos seus pacientes, para descobrir-lhes o inconsciente, os seus arquivos, as suas sombras psicológicas.
Não administrava os medicamentos usuais ou outros de complicadas fórmulas.
Não transferia para os seus familiares o peso da culpa, da hereditariedade, dos fatores sócio-econômicos.
Não fazia que somatizassem os fenômenos desgastantes, mediante acusações de qualquer procedência.
Amava-os, transmitindo-lhes segurança e auxiliando-os a redescobrirem as potencialidades latentes, abandonadas.
Despertava neles uma visão nova da existência, amparando-os naquele instante, não porém impedindo que prosseguissem conforme o desejassem.
Jamais se lhes impôs.
Era buscado por todos, sem os procurar, porque o êxito de qualquer empreendimento depende do seu realizador. Os fatores circunstanciais são-lhe o campo, o espaço onde agirá.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 4 de julho de 2014

JESUS E REVOLUÇÃO

Jesus sempre agiu na condição de psicólogo profundo.
Não importava o revestimento, a aparência com que se Lhe apresentavam as pessoas ou estas se referiam às suas doenças, aos seus sentimentos.
Quando verbaliza o que lhe vai no íntimo, o homem invariavelmente escamoteia, no envoltório das palavras, o que desejaria dizer.
Há mesmo, de forma inconsciente, um terrível pavor para alguém desnudar-se perante si próprio, e não menor diante de outrem.
Por sua vez, são poucas as pessoas que sabem escutar, ver, compreender.
O sorriso de simpatia de um momento transforma-se em esgar noutro instante e a gentileza transmuda-se em agressividade.
Além disso, o ouvinte capta a projeção do narrador, adaptando a informação à própria problemática; o entendimento de que é capaz, ao seu campo de conflitos.
Jesus, por ser o Homem Integral, límpido na Sua transparência efetiva, penetrava os arcanos mais profundos do indivíduo, desconhecidos para si mesmo, que se debatia na superfície dos efeitos sem lograr remontar às suas causas.
Seus diálogos eram rápidos e diretos.
Não se utilizava de circunlóquios, nem de evasões.
Quando recorria a parábolas ou apresentava contra-interrogações aos fariseus e hipócritas, usava de uma técnica sem paralelo, mediante a qual o farsante se descobria nas suas próprias palavras.
Assim o fez, repetidas vezes, inclusive com o sacerdote que Lhe indagara quem era o seu próximo, narrando-lhe a parábola do “Bom samaritano” e obrigando-o, pela lógica, à conclusão. Igualmente, aplicou o método com aqueles que Lhe inquiriram se era lícito pagar-se o imposto, pedindo-lhes uma moeda e indagando-lhes de quem era a efígie nela esculpida.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: marisalobo.blogspot.com