A transitoriedade assume a sua
preponderância apenas enquanto vige a existência corporal de grande
significação para estruturar a sobrevivência feliz, delineando as atividades
futuras a ressurgirem como culpa-castigo,
tranquilidade-prêmio, que governam e estatuem os destinos humanos.
A consciência, não se aniquilando através da morte, aprimora-se
mediante experiências extrafísicas, que lhe dilatam o campo de aquisição de
recursos capazes de elucidar os enigmas
da genialidade e da demência, da lucidez e da idiotia congênitos.
Este inter-relacionamento entre o homem e os Espíritos
desenvolve-lhe os sentidos extrafísicos, proporcionando-lhe um desdobramento
paranormal, no qual a mediunidade lhe propicia uma vivência real nas duas
esferas vibratórias onde a vida se apresenta.
Portador dessa percepção, embora habitualmente embotada,
agiganta-se-lhe a área de sensibilidade psíquica ao educá-la, como se lhe
entorpece e turbam outros campos mentais, se a desconsidera ou se não dá conta
da sua existência. O complexo homem é de natureza transcendental, corporificando-se
na forma física e dissociando-se através da morte, sem surgir de um para outro
momento ao acaso ou desintegrar-se sob o capricho de uma fatalidade nefasta,
destruidora.
A única forma de demonstrar e confirmar a imortalidade da
alma é mediante a sua comunicabilidade, o que oferece consolações e esperanças
inimagináveis, por outro lado facultando ao ser humano lutar com estoicismo
graças à meta que o aguarda à frente, enquanto a consumpção, além de desnaturar
a vida, retira-lhe todo o sentido, o significado, em razão da sua brevidade,
isto sem nos referirmos aos desenlaces precoces, aos natimortos...
A vida vem aplicando milhões de anos no seu aperfeiçoamento
e complexidades, não se podendo evolar ao capricho da desoxigenação cerebral.
Com esta certeza esmaece o pavor da morte, desarticula-se
a neurose disto advinda, abrindo um leque de perspectivas positivas para o
bem-estar durante a existência física, prelúdio da espiritual para onde se
ruma inexoravelmente. Os planos agora já não se limitam nas balizas próximas
impeditivas, antes se dilatam encorajadores, no prosseguimento da evolução.
Deste modo, as controvérsias sobre a sobrevivência vão
cedendo lugar à afirmação da vida, especialmente agora, quando se desdobram as
terapias alternativas na área da saúde, que recorrem às memórias do passado,
aos substratos da mente precedente ao corpo, mediante as quais o continuum da consciência não sofre interrupção
com a morte orgânica nem surge com o seu renascimento.
A vida predomina, prevalece em toda parte, sempre e vitoriosa.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: www.ossegredosdoarcano.info
2 comentários:
Estou tão sumida de toda a blogosfera por absoluta falta de tempo e um pouco de desânimo também. As postagens do Arca são programadas. Excelente postagem. Beijos.
Aos poucos a vida nos vai ensinando,
e os recalcitrantes, cedo ou tarde, também aprenderão.
E com a mediunidade. que é patrimônio de todos,
desenvolvendo-se em cada um,
não restarão mais dúvidas.
Beijos
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