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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 31 de março de 2017

MATURIDADE E CONSCIÊNCIA I

                A consciência atinge a plena conquista, quando o ser amadurece no seu processo psicológico de evolução. Esse amadurecimento é o resultado de um contínuo esforço em favor do autoconhecimento e da coragem para enfrentar-se, trabalhando com esforço íntimo as limitações e os processos infantis que nele ainda predominam.
                Não sabendo superar as frustrações, fixa-as no inconsciente e torna-se sua vítima, fugindo para os mecanismos da irresponsabilidade toda vez que se vê a braços com dificuldades e enfrentamentos.
                A imaturidade psicológica nãos se restringe ao período de desenvolvimento da infância, e sim, às várias fases da vida, considerando-se que a aprendizagem e o crescimento não cessam nunca, tornando-se uma constante até o momento da individuação, no qual o espírito comanda a matéria e o psíquico mantém-se em harmonia com o físico.
                Não seja de estranhar que indivíduos adultos mantenham comportamentos infantis e que jovens apresentem-se com equilibrada maturidade.
                Naturalmente, o espírito é o agente da vida e dele procedem os valores que são ou não considerados durante a existência corporal.
                O mecanismo para o amadurecimento psicológico do ser expressa-se de maneira natural, aguardando que a vontade e o contínuo esforço, para o reconhecimento das debilidades físicas, emocionais e outras, facultem o ânimo para corrigi-las e superá-las.
                As funções psíquicas, que Jung classificou em número de quatro – sensorial, sentimental, intelectual e intuitiva – devem construir um todo harmônico, sem predominância de alguma em detrimento de outra, proporcionando o amadurecimento, portanto, a plena realização da consciência.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis      
imagem: google 

quinta-feira, 30 de março de 2017

NA LAVOURA MEDIÚNICA II

                Se és médium, desatrela-te dos impedimentos de qualquer natureza, que te retenham no pórtico da lavoura mediúnica.
                Se experimentas os sintomas que caracterizam a faculdade abençoada, não tergiverses ante o labor a ser atendido.
                Libera-te das injunções da dúvida e submete-te a um programa disciplinante de aformoseamento moral e educação mediúnica.
                Estuda a Doutrina Espírita e estuda-te.
                Exercita a vivência evangélica e pauta as ideias e aspirações na diretriz cristã.
                Confia no tempo e não te atormentes pelos efeitos apressados.
                Sintoniza com o bem, a fim de que os espíritos nobres se afeiçoem ao teu esforço.
                Afervora-te à vida interior, cultivando a reflexão e a prece de modo que te possas abstrair, quando necessário, da turbulência e da perturbação, sem alarde, mantendo equilíbrio psíquico.
                Trabalha, na mediunidade e pelo bem de todos quanto possas, tornando-te medianeiro constante da esperança e da paz, do otimismo e da saúde a próprio e a benefício de todos.
                Defrontarás dificuldades na lavoura mediúnica.
                Se, porém, venceres aqueles problemas que se encontram em ti mesmo, superarás os outros, que se te afigurarão de menor gravidade e significado.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quarta-feira, 29 de março de 2017

NA LAVOURA MEDIÚNICA I

                Na lavoura da mediunidade, o trabalho de aprimoramento moral do homem é de capital importância.
                Terreno em desprezo, dá vitória à erva daninha.
                Solo sem trato é prejuízo na economia da agricultura.
                Cada médium revela, na aplicação das forças psíquicas, o estado da própria evolução.
                Em razão disso, a grande variedade de médiuns é decorrência da larga faixa moral em que transitam os homens.
                Aprimorem-se o caráter moral e os valores culturais do servidor e defrontaremos resultados superiores, no serviço mediúnico.
                A faculdade medianímica, como outra qualquer, é neutra, em si mesma.
                A direção que se lhe dá torna-a dignificada como perniciosa.
                Variando de intensidade, de indivíduo para indivíduo, tem as suas raízes no espírito, onde se fixam as necessidades evolutivas do ser.
                Inata, desenvolve-se por criteriosos processos de educação e disciplina, dirigidos para os valores morais, mediante o exercício a que se deve submeter.
                A mediunidade é inerente ao homem como o cociente intelectual, aguardando correspondente aprimoramento.
                Possui-se mediunidade ou não se dispõe de mais amplos recursos medianímicos.

Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

terça-feira, 28 de março de 2017

OS VENCEDORES

                Sejam quais forem as tribulações em que te encontres...
                Se tens a estrela da confiança sob as nuvens pesadas do sofrimento...
                Diante de conflitos que te pareçam calamidades, arrasando-te a vida...
                À frente de provas que mais se te figuram conspirações das trevas aniquilando-te o Ser...
                Se incompreensões de criaturas queridas te colocaram em labirintos de pranto...
                Quando te venha a ideia de que tudo te falta, ainda mesmo os recursos indispensáveis à própria subsistência...
                Ante a presença da morte, ao subtrair-te a presença de pessoas queridas...
                Nas enfermidades que te segreguem nos tratamentos difíceis e dolorosos...
                No centro de problemas que se te revelem insolúveis...
                Quando os seres amados se entreguem à descrença, ridicularizando-te a fé...
                Ante as lutas da vida, quando o mundo te imponha ao espírito o gosto amargo da solidão e da derrota...
                Ergue o pensamento a Deus e confia em Deus, porque Deus não te abandona e tomará tuas aflições e tuas lágrimas para alimentar com elas a luz da esperança, porque, quase sempre, é com a luz da esperança dos aparentemente vencidos que estão sempre agindo e servindo na construção do Mundo Melhor.


Fonte: Momentos de Ouro – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

segunda-feira, 27 de março de 2017

SOFRIMENTO ANIMAL

Pergunta - Hoje em dia existem programas de televisão que promovem os rodeios. Eu acredito que há uma tendência de maior consciência em relação aos animais. Esses programas não estariam numa tendência contrária à que a humanidade está entrando agora?
Resposta - Quando viemos para esse planeta como espíritos renegados de Capela e passamos a ser habitantes terrestres, trouxemos conosco alguma consciência da irmandade co os animais. Por isso os egípcios os respeitavam tanto e os protegiam da ação do homem sobre eles. Com o passar do tempo essa consciência foi se diluindo entre os habitantes mais antigos do orbe que também eram muito primitivos, e essa visão mais amiga sobre os animais foi se perdendo. Com o decorrer do tempo aquela consciência se perdeu de vez e passamos a trata-los como seres que não passariam de objetos para nosso proveito. Deixaram lentamente de ser adorados da Antiguidade para se tornarem ignorados e maltratados na atualidade. Por julgarem serem esses animais insensíveis e que somente existem para nos servir, não se sentem incomodados em fazer deles o que quiserem e ainda transformam essa diversão em um meio de arrecadar mais e mais dinheiro que enriquece pessoas que os exploram.
            Vivemos uma época de transição em que nosso mundo está tentando entrar em outra categoria, a de mundo de regeneração, em que o ódio deverá ser aos poucos eliminado. Faz parte dessa transição estarmos expostos a todo tipo de situações de escolha que nos farão direcionar nosso futuro entre os seres que usufruirão desse mundo mais evoluído ou daquele outro menos evoluído eu de encontra naquela condição que estávamos quando os capelinos aqui chegaram. As cartas estão, todas, sore a mesa e cada qual faz sua escolha entre agir em função do que considera o bem ou do que considera o mal. A grande maioria está querendo optar pelo que nos parece ser o melhor, as há os que preferem o que nos parece ser o mal e esses é que estão indo pela contramão da história. Eles encontrarão mais adiante a deportação a outros mundos inferiores, como ocorreu em Capela.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

sábado, 25 de março de 2017

O PERDÃO NAS TRÊS DIMENSÕES DA ALMA III

                A terceira dimensão é atingida por pouquíssimas pessoas. É a que Kierkegaard chama de “dimensão religiosa”. Nessa fase, nós vivemos o dever com prazer, ou seja, temos prazer em servir, nos felicitamos em tornar o outro feliz.
                Exemplos de pessoas que vivem sua vida inteira nessa dimensão são raros. Podemos citar alguns: Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, embora existam muitos heróis anônimos que dedicam a existência, esquecendo de si mesmos e servindo aos outros.
                Como já dissemos, São Vicente de Paulo diz: “É possível avaliar o nível moral de uma pessoa pelo seu desinteresse pessoal”. Traduzindo, quanto mais interesseiro é o indivíduo, menor é o seu nível moral.
                Apesar da dimensão religiosa estar tão distante de nós, é necessário que saibamos que existem pessoas nessa dimensão e que, com mudança de paradigmas, entenderemos melhor porque elas optam por este caminho e encontram prazer em cumprir o dever de fazer outrem feliz.


Do livro: Terapêutica do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google

sexta-feira, 24 de março de 2017

O PERDÃO NAS TRÊS DIMENSÕES DA ALMA II

                A segunda, de acordo com Kierkegaard, é a “dimensão ética” que representa momentos em que, matematicamente, proporcionamos o nosso prazer ao dever. É a dimensão do conflito, da falta de paz espiritual.
                Dois terços dos seres humanos vivem nessa dimensão e é nela que estão presentes a culpa, o remorso, a mágoa, os ressentimentos, etc. nessa mesma dimensão gozamos os nossos prazeres mas agimos sobre os auspícios da nossa consciência ativa ou dormente.
                Quando a nossa consciência está dormente, durante a decisão experimentamos os sentimentos de raiva, mágoa, culpa, etc. É uma dimensão de muitos conflitos íntimos, o que leva á várias doenças da alma humana como depressão, ansiedade, TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo – pânico, etc. O nosso desafio é encontrar o equilíbrio na razão matemática: prazer com dever.


Do livro: Terapêutica do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google

quinta-feira, 23 de março de 2017

O PERDÃO NAS TRÊS DIMENSÕES DE ALMA I

                Durante a nossa vida imortal vivemos em dimensões diferentes, que definem nosso nível psicológico, espiritual e moral. O filósofo Soren Kierkegaard afirma que os seres humanos passam por três dimensões, durante a sua existência na Terra.
                A primeira é o que o filósofo chama de “dimensão estética”, dimensão da forma. Para ele, são momentos em que buscamos a satisfação dos nossos prazeres sem analisar as conseqüências deles na vida dos outros.
                Ambicionamos subir de cargo em uma empresa e para isso prejudicamos nossos colegas de trabalho. Às vezes provocamos a perda do seu emprego, alegando que não é problema nosso serem eles incompetentes ou displicentes com relação as suas obrigações.
                Buscamos o prazer sexual, traindo nossos parceiros ou parceiras, sem analisarmos as conseqüências dessas atitudes que resultam em muita dor para eles e, consequentemente, para nós também. Daí resulta o enfraquecimento de uma relação permanente ou mesmo o seu rompimento.
                Trabalhamos horas e horas para acumular bens esquecendo-nos que nosso maior patrimônio está dentro de nosso lar, a esposa, o marido, os filhos, tesouros esses que necessitam dos nossos cuidados até porque os filhos crescem muito rápido.
                Enfim, vivemos como hedonistas, dionisíacos, baconistas em busca do prazer pelo prazer fazendo disto a finalidade da vida sem analisar suas consequências.


Do livro: Terapêutica do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google

quarta-feira, 22 de março de 2017

DOADORES DO SUOR

Espírito: AURA CELESTE.
Todos os dias surgem, aqui e ali, os que procuram doadores.
Devedores da fiança terrena buscam doadores de empréstimos nos institutos
amoedados.
Adeptos desses ou daquele partido político buscam doadores de cargos públicos.
Estudantes buscam doadores de instrução na esfera universitária.
Mulheres buscam doadores de elegância no campo da moda.
Artistas buscam doadores de inspiração.
Por toda a parte, há doadores.
Doadores de providências, de recursos, de idéias, de estímulos, de sangue, de olhos, de informações, de palavras.
E Jesus também, caminha na Terra procurando certa categoria de doadores difíceis de encontrar, - os doadores de suor, que trabalham desinteressadamente na construção do seu reino de luz.
Irmãos, o Divino Amigo nos bate às portas do coração, pedindo serviço...
Sigamos adiante, guardando a felicidade de sermos com Ele os doadores de suor.


Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
imagem: google

terça-feira, 21 de março de 2017

DESPERTAMENTO

ANDRÉ LUIZ
Busquemos, sim meus amigos, ouvir a palavra daqueles que nos antecederam na ascensão à Vida Superior, mas, antes disso; comuniquemo-nos com os “mortos da Terra”, adensando a assembleia de ouvintes, à frente da mensagem da vida imortal.
Acordemos, com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que adormeceram na jornada e guardam o coração rígido ou indiferente.
Levantemos aqueles que transformaram a existência em cemitério de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo, os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo esterilizante; os que converteram os bens do mundo em adornos frios e inúteis, os que transformaram o jardim em que respiram num túmulo florido e os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando o alheio infortúnio, porque há mais morte no caminho humano que no próprio sepulcro, para onde dirigis, procurando a revelação da verdade.
Estendamos braços vivos e corações ardentes aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade ou no altar efêmero de fantasiosas prerrogativas.
A terra espera por nós.
Trabalhemos, acordando os nossos irmãos do cotidiano, na renovação substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem, porque a própria natureza é luz triunfante e todos somos herdeiros da Vida Universal.


Da Obra “UApostilas da VidaU” -Espírito: André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 20 de março de 2017

GUERRA SANTA POR UM PEDAÇO DO CÉU

                Em época em que a liberdade religiosa é pregada aos quatro ventos nos países laicos, ainda existe uma grande resistência por parte de alguns pseudo religiosos que acreditam que o deus deles é melhor, ou que a religião que a servem é a única porta de entrada para o “céu”, e que todas as demais levam ao infortúnio e pecado em vida, e ao “inferno” no desencarne.
                As disputas pelos credos – muitas vezes são camufladas e, em outras tantas, são expostas publicamente nas mídias impressas e televisivas -, já geraram guerras e ceifaram a vida de milhões de inocentes no mundo todo. Ainda assim, tem quem faça parte do exército implacável, que acredita que vale qualquer preço para angariar mais ovelhas para o pastoreio do Cristo. Acreditam que o simples fato de trazerem alguém para a sua religião, pode gerar a tão sonhada salvação. Ora, mas como isso pode ser possível se a salvação é individual, como prega a Bíblia?
                Essa é a questão primordial que deveria ser colocada em pauta nos meios religiosos e nas discussões acerca do tema. Esquecer de olhar a sua própria vida e, querer mudar a conduta do próximo, é como tapar os olhos e andar rumo ao despenhadeiro, é queda na certa! Em Mateus 7:5, o recado é bem claro: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás de tirar o argueiro do olho do teu irmão”. Deus e Jesus não são representados por construções ou placas de igreja ou de centro espírita. Eles são a personificação do amor, fraternidade, paz, união, humildade e boa vontade, lições que precisam ser seguidas. De acordo com Lucas 6:43-44, “não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto, cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas”.
                Que a regeneração do  mundo traga para o ser humano o entendimento de que ninguém deixará de viver provas e expiações na Terra, ou gozará de boa vida no plano espiritual por conta da sua doutrina, mas pelas suas ações e trabalho no bem.

Renata Girodo

Fonte: Jornal Verdade e Vida – nov/2015
imagem: google

terça-feira, 14 de março de 2017

CARIDADE E VOCÊ

Cap. XVI – Item 9
Acredita você que só a caridade pode salvar o mundo; entretanto, não se demore na posição de comentarista.
Não nos diga que é pobre e incapaz de contribuir na campanha renovadora da sublime virtude.
Senão vejamos.
Se você destinar a quantia correspondente a um refrigerante ou um aperitivo em cinco doses, segundo os seus hábitos, aos serviços de qualquer hospital, no fim de um mês haverá mais decisiva medicação para certo doente.
Se você renunciar ao cinema de uma vez em cada cinco, endereçando o dinheiro respectivo a uma creche, ao término de duas ou três semanas, a instituição contará com mais leite em favor das crianças necessitadas.
Se você suprimir um maço de cigarros em cada cinco de seu uso particular, dedicando o fruto dessa renúncia a uma casa erguida para os irmãos distanciados do conforto doméstico, em breve tempo o agasalho devido a eles será mais rico.
Se você economizar as peças do vestuário, guardando a importância equivalente a uma delas em cada cinco, para socorro ao próximo menos feliz, no fim de um ano disporá você mesmo de recursos suficientes para vestir alguém que a nudez ameaça.
Não espere pela bondade dos outros.
Lembre-se daquela que você mesmo pode fazer.
É possível que você nos responda que o supérfluo é seu próprio suor, que não nos cabe opinar em seu caminho e que o copo e o filme, o fumo e a moda são movimentados à sua custa.
Você naturalmente está certo na afirmativa e não seremos nós quem lhe contestará semelhante direito.
A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros, para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
Todavia, nosso lembrete é apenas uma sugestão aos companheiros que acreditam na força da caridade e só ganhará realmente algum valor se houver algum laço entre a caridade e você.
André Luiz

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

Estarei afastada da blogosfera até segunda-feira (20). E então retornaremos com força total. 

segunda-feira, 13 de março de 2017

OPORTUNIDADE

“Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo está pronto.” — (JOÃO 7:6)

O mau trabalhador está sempre queixoso. Quando não atribui sua falta aos
instrumentos em mão, lamenta a chuva, não tolera o calor, amaldiçoa a geada e o vento.
Esse é um cego de aproveitamento difícil, porquanto somente enxerga o lado arestoso das situações.
O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias. Não depende das estações. Planta com o mesmo entusiasmo as frutas do frio e do calor. É amigo da Natureza, aproveita-lhe as lições, tem bom ânimo, encontra na aspereza da semeadura e no júbilo da colheita igual contentamento.
Nesse sentido, a lição do Mestre reveste-se de maravilhosa significação.
No torvelinho das incompreensões do mundo, não devemos aguardar o reino
do Cristo como realização imediata, mas a oportunidade dos homens é permanente para a colaboração perfeita no Evangelho, a fim de edificá-lo.
Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram
para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e agora...

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

sábado, 11 de março de 2017

CULPA E CONSCIÊNCIA II

                Seja o que for que fizeste ou deixaste de fazer, a recordação, em culpa, daquele instante, de maneira alguma ajudará-te-á.
                Não poderás apagar o erro, lamentando-o, por mais te demores nesta atitude, tampouco experimentarás recompensa reter-te na lembrança do que poderias ter feito e deixaste de realizar. A aparente compensação que experimentes, enquanto assim permaneça, é neurótica, pois que voltarás às mesmas reminiscências que se transformarão em cáustico mental no futuro.
                Tudo quanto invistas para anular o passado, removê-lo ou deixa-lo à margem, será inútil.
                O que está feito ou aquilo que ficou para realizar, constituem experiências para futuras condutas.
                Águas passadas não movem moinhos – afirma o brocardo popular com sabedoria.
                As lembranças negativas entropecem o entusiasmo para as ações edificantes, únicas portadoras de esperança para a liberação da culpa.
                Há pequenas culpas que resultam da educação deficiente, neurótica, do lar, igualmente perturbadoras, mas de pequena monta.
                A existência terrena é toda uma oportunidade para enriquecimento contínuo.
                Cada instante é ensejo de nova ação propiciadora de crescimento, de conhecimento, de conquista. Saber utilizá-lo é desafio para a criatura que anela por novas realizações.
                Desse modo, quem se detém nas sombrias paisagens da culpa ainda não descobriu a consciência da própria responsabilidade perante a vida, negando-se à bênção da libertação.
                De alguma forma, quem cultiva culpa não deseja libertar-se, em tal postura comprazendo-se irresponsavelmente.
                Sai da forma do arrependimento e age de maneira correta, edificante.
                Reabilita-te do erro, através de ações novas que representam o teu atual estado de alma.
                Detém a conda dos efeitos perniciosos com a diluição deles nas novas fronteiras do bem.
                A soma das tuas ações positivas quitará o débito moral que contraíste perante a Divina Consciência, porquanto o importante não é a quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si mesma em relação à harmonia universal.
                Como consequência, a culpa deve ser superada mediante ações positivas, reabilitadoras, que resultarão dos pensamentos íntimos enobrecedores.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis      
imagem: google 

sexta-feira, 10 de março de 2017

CULPA E CONSCIÊNCIA I

                A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos.
                Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou através de complexos mecanismos de autopunição inconsciente.
                Suas raízes podem estar fixadas no pretérito – erros e crimes ocultos que não foram justiçados- ou em passado próximo, nas ações de extravagância ou da delinquência.
                Geradora de graves distúrbios, a culpa deve ser liberada, a fim de que os seus danos desapareçam.
                Arrepender-se de comportamentos equivocados, de práticas mesquinhas, egoísticas e arbitrárias é perfeitamente normal. A sustentação, porém, do arrependimento, além de ser inoperante, apenas proporciona prejuízos que respondem por numerosos conflitos da personalidade.
                O arrependimento tem como finalidade da a perceber a dimensão do delito, do gravame, de modo que o indivíduo conscientize-se do que praticou, formulando propósitos de não-reincidência. A permanência na sua análise, a discussão íntima em torno do que deveria, ou não, ter feito naquela ocasião, transforma-se em cravo perturbador fincado no painel da consciência.
                Há pessoas que se atormentam com a culpa do que não fizeram, lamentando não haver fruído tudo quanto o momento passado lhes proporcionou. Outras, amarguram-se pela utilização indevida ou pelo uso inadequado da oportunidade, todas, no entanto, prosseguindo em ação negativa.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis      
imagem: google 

quinta-feira, 9 de março de 2017

TEM CORAGEM II

                Recorre, nas situações diversas, aos recursos positivos de que dispões, e aguarda os resultados dessa atitude.
                Jesus é sempre o exemplo.
                Poderia haver liberado todos os enfermos que encontrou pela senda; mas não o fez.
                Se quisesse, teria modificado as ocorrências infelizes, que o levaram às supremas humilhações e à cruz; todavia, sequer o intentou.
                Conferiria fortuna à pobreza, à mole esfaimada que O buscava, continuamente; todavia, não se preocupou com essa alternativa.
                Elegeria para o Seu labor somente homens que O compreendessem e Lhe fossem fiéis, sem temores, nem fraquezas; porém optou pelo grupo de que se cercou.
                Modificaria as estruturas sociais e culturais da Sua época; sem embargo, viveu em toda a plenitude, demonstrando a importância primacial da experiência interior e não dos valores externos, transitórios.
                Apresentar-se-ia em triunfo social, submetendo o reizete que Lhe decidiu a sorte; apesar disso, facultou-se viver sob as condições do momento em plena aridez de sentimentos e escassez de amor entre as criaturas...
                Jesus, no entanto, conhecia as razões fundamentais de todos os problemas humanos e a metodologia lenta da evolução, identificava que a emulação pela dor é mais significativa e escutada do que a do amor, sempre preterido; sabia do valor das conquistas superiores do espírito, em detrimento das falazes aquisições que se deterioram no túmulo e dissociam os tesouros da alma.
                Tem, portanto, coragem e faze como Ele, ante dificuldades e problemas que passarão, armando-te hoje de esperança para o teu amanhã venturoso.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quarta-feira, 8 de março de 2017

TEM CORAGEM I

                Nas contingências afligentes do cotidiano e ao largo das horas que parecem estacionadas sob a injunção de dores íntimas, extenuantes, que se prolongam, não te deixes extremunhar, nem te arrebentes em blasfêmias alucinadas, com que mais complicarás a situação.
                Tempestade alguma, devastadora quão demorada, que não cesse.
                Alegria nenhuma, repletada de bênçãos e glórias, que se não acabe.
                A saúde perfeita passa; a juventude louçã desaparece; o sorriso largo termina; a algaravia de festa silencia...
                Da mesma forma, o aguilhão do infortúnio se arrebenta; a enfermidade se extingue; a miséria muda de lugar; a morte abre as portas da vida em triunfo...
                Tudo quanto sucede ao homem constitui-lhe preciosos acervo, que o acompanhará na condição de tesouro que poderá investir, conforme as circunstâncias que lhe cumpre enfrentar, no processo da evolução.
                Os que aspiram a fortunas alegam, intimamente, que se as possuíssem, mudariam a situação dos que sofrem escassez. No entanto, os grandes magnatas que açambarcam o poder e usufruem da abundância, alucinam-se com os bens, enregelando os sentimentos em relação ao próximo...
                Quantos anelam pela saúde, afirmam, no silêncio do coração, as disposições de aplicá-la a benefício geral, não obstante, os que a desfrutam, quase sempre malbaratam-na nos excessos e leviandades com que a comprometem, desastrados...
                O bem deve ser feito como e onde cada qual se encontre.
                Em razão disso, as situações e acontecimentos de que se não é responsável, no momento, devem ser enfrentados com serenidade e moderação de atos, por fazerem parte do contexto da vida, a que cada criatura se vincula.
                A vida são o conteúdo superior que dela se deve extrair e a forma levada com que se pode retirar-lhe os benefícios.
                Um dia sucede a outro, conduzindo as experiências de que se reveste, formando um todo de valores, que programam as futuras injunções para o ser.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

terça-feira, 7 de março de 2017

DEUS

Passei tanto tempo te procurando.
Não sabia onde estavas, olhava para o infinito, não Te via.
E pensava comigo mesmo, será que Tu existes?
Não me contentava na busca e prosseguia,
Tentava Te encontrar nas religiões e nos templos.
Tu também não estavas.
Te busquei através dos sacerdotes e pastores,
Também não Te encontrei.
Senti-me só, vazio, desesperado e descri.
Na descrença Te ofendi.
E na ofensa tropecei,
E no tropeço caí,
E na queda senti-me fraco,
Fraco procurei socorro
No socorro encontrei amigos
Nos amigos encontrei carinho
No carinho eu vi nascer o amor
Com amor eu vi um mundo novo
E no mundo novo resolvi viver
O que recebi, resolvi doar
Doando alguma coisa muito recebi
E em recebendo senti-me feliz
E ao ser feliz, encontrei a paz
E tendo paz foi que enxerguei
Que dentro de mim é que Ti estavas
E sem procurar-Te
Foi que Te encontrei.

imagem: google

segunda-feira, 6 de março de 2017

SOFRIMENTO ANIMAL

Pergunta - Nos rodeios, os animais sofrem muito para nossa diversão. Como isso é visto pela espiritualidade?
Resposta - Os seres humanos são o pináculo da evolução, em osso planeta, mas ainda não são o maior exemplo de benevolência e compaixão. Apesar de toda a nossa caminhada evolutiva até chegarmos aqui, não foi suficiente para nos sensibilizar quanto ao sofrimento que impomos aos animais, muitas vezes para nossa diversão. Nós somos um dos poucos animais que matam e ferem outros para divertir-se e não para saciar a fome do corpo. Nós nos divertimos assistindo a outros seres e sofrimento como se, de algum modo, ver a dor e o sofrimento alheio e de animais, que não podem se defender, nos fizesse algum bem. Esse comportamento não tem nada a ver com instintos, pois isso não é um comportamento comum no mundo animal, é bastante típico dos humanos. Então nos vêm à mente as perguntas: Seremos nós, seres racionais, mesmo? Será que em função de nossa racionalidade não deveríamos deixar de nos divertir com o sofrimento dos outros? Será que somos realmente tão evoluídos assim? Seríamos bons exemplos aos animais que aprendem conosco?
            A espiritualidade tem muito trabalho na tentativa de amenizar o sofrimento provocado por nós nos animais, portanto não é algo aprovado pela espiritualidade superior. Os seres de baixa vibração querem que isso continue assim porque se nutrem das energias desprendidas durante os momentos de sofrimento desses animais. Se há algum grupo que percebe vantagens nisso, são os seres da escuridão, que influenciam os humanos encarnados para continuarem a maltratar os animais e continuar com a produção dessas energias de medo e dor com as quais se “beneficiam”. A cada apresentação desses animais de rodeios para divertir o público, comparecem mais desencarnados da escuridão do que encarnados que absorvem energias das pessoas presentes e dos animais que sofrem. Apresentações como essas são verdadeiros espetáculos de horrores; deveríamos prestar mais atenção e abandonar essas práticas perniciosas não somente aos animais, mas também aos espectadores.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
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sábado, 4 de março de 2017

O PERDÃO COMO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO II

                Disse Joanna de Ângelis: “O amor é a administração dos impulsos”. Para administração destes impulsos se faz necessário a relação direta com o nosso próximo, percebendo os impulsos dele e controlando o nosso.
                Se o outro e diz uma palavra agressiva, percebo as perdas que isto provoca e não revido, ou melhor, abençôo-o para que ele perceba que é melhor abençoar do que amaldiçoar. Talvez eu não consiga na primeira tentativa. Devo insistir na intenção e perceberei que, da próxima vez, meu objetivo será alcançado em parte, até atingir o total controle dos impulsos.
                Na verdade, viver no reino dos céus é manter-se equilibrado pois experimentamos momentos felizes na Terra. Normalmente basta uma contrariedade para perdermos completamente a paz e a harmonia em que estávamos anteriormente.
                Eis aí o nosso desafio na busca de nós mesmos, o que só encontraremos na relação com o outro. É importante lembrar as palavras de Jesus: “Amai ao próximo como a ti mesmo, toda a lei e os profetas estão aí resumidas.”


Do livro: Terapêutica do Perdão – Aloísio Silva
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sexta-feira, 3 de março de 2017

DOADORES DO SUOR

Espírito: AURA CELESTE.
Todos os dias surgem, aqui e ali, os que procuram doadores.
Devedores da fiança terrena buscam doadores de empréstimos nos institutos amoedados.
Adeptos desses ou daquele partido político buscam doadores de cargos públicos.
Estudantes buscam doadores de instrução na esfera universitária.
Mulheres buscam doadores de elegância no campo da moda.
Artistas buscam doadores de inspiração.
Por toda a parte, há doadores.
Doadores de providências, de recursos, de ideias, de estímulos, de sangue, de olhos, de informações, de palavras.
E Jesus também, caminha na Terra procurando certa categoria de doadores difíceis de encontrar, - os doadores de suor, que trabalham desinteressadamente na construção do seu reino de luz.
Irmãos, o Divino Amigo nos bate às portas do coração, pedindo serviço...
Sigamos adiante, guardando a felicidade de sermos com Ele os doadores de suor.


Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
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quinta-feira, 2 de março de 2017

COMECEMOS DE NÓS MESMOS

Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.
Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
Propaga a fé, suportando os revezes de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável e quem te observar crescerá em otimismo e confiança.
Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e amparando sem reclamar, e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.
Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.
As boas obras começam de nós mesmos.
Educaremos, educando-nos.
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.
Que o Espírito de Cristo nos infunda a decisão de realizar o autoaprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito do Cristo.
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.
Sigamos ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos a perseverança com a luz da ressurreição.


Da Obra “UApostilas da VidaU” -Espírito: André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier.
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quarta-feira, 1 de março de 2017

A GERAÇÃO NOVA

Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem.

Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso.

Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundo inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalente a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substitui-los-ão Espíritos melhores, que farão reinar em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclisma que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como deve acontecer, com a única, mas capital diferença, de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhe são peculiares.

Têm idéias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém, sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior.

Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme, enfim, o apego a tudo que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem que ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contato com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor, que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperam que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.

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É muito simples o modo por que se opera a transformação, sendo, como se vê, todo ele de ordem moral, sem se afastar em nada das leis da Natureza.

Sejam os que componham a nova geração Espíritos melhores, ou Espíritos antigos que se melhoraram, o resultado é o mesmo. Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições naturais, os Espíritos encarnados formam duas categorias: de um lado, os retardatários, que partem; de outro, os progressistas, que chegam. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.

Por estarem muitos, apesar de suas imperfeições, maduros para a transformação, é que muitos partem, a fim de apenas se retemperarem em fonte mais pura. Enquanto se conservassem no mesmo meio e sob as mesmas influências, persistiriam nas suas opiniões e nas suas maneiras de apreciar as coisas. Uma estada no mundo dos Espíritos bastará para lhes descerrar os olhos, por isso que aí vêem o que não podiam ver na Terra. O incrédulo, o fanático, o absolutista, poderão, conseguintemente, voltar com idéias inatas de fé, tolerância e liberdade. Ao regressarem, acharão mudadas as coisas e experimentarão a influência do novo meio em que houverem nascido. Longe de se oporem às novas idéias, constituir-se-ão seus auxiliares.

A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são com freqüência os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira.

Ana Maria Teodoro Massuci
‘A Gênese’ – Allan Kardec.

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