A
culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos.
Encontra-se
insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou
através de complexos mecanismos de autopunição inconsciente.
Suas
raízes podem estar fixadas no pretérito – erros e crimes ocultos que não foram
justiçados- ou em passado próximo, nas ações de extravagância ou da
delinquência.
Geradora
de graves distúrbios, a culpa deve ser liberada, a fim de que os seus danos
desapareçam.
Arrepender-se
de comportamentos equivocados, de práticas mesquinhas, egoísticas e arbitrárias
é perfeitamente normal. A sustentação, porém, do arrependimento, além de ser
inoperante, apenas proporciona prejuízos que respondem por numerosos conflitos
da personalidade.
O
arrependimento tem como finalidade da a perceber a dimensão do delito, do
gravame, de modo que o indivíduo conscientize-se do que praticou, formulando
propósitos de não-reincidência. A permanência na sua análise, a discussão
íntima em torno do que deveria, ou não, ter feito naquela ocasião,
transforma-se em cravo perturbador fincado no painel da consciência.
Há
pessoas que se atormentam com a culpa do que não fizeram, lamentando não haver
fruído tudo quanto o momento passado lhes proporcionou. Outras, amarguram-se
pela utilização indevida ou pelo uso inadequado da oportunidade, todas, no
entanto, prosseguindo em ação negativa.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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