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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

MAU HUMOR

            Se o mau humor te envolve à maneira de sombra sufocante, procura examinar-lhe as origens a fim de eu possas liquidá-lo, tão imediatamente quanto possível.
            Caso alguma dívida te preocupe, não será com aspereza que conseguirás os recursos preciosos, de modo a resgatá-la.
            Doença quando aparece, solicita remédio e não intolerância para curar-se.
            Contratempos em família não se desfazem com frases vinagrosas.
            Se pretendes adquirir companheiros e colaboradores, a irritação é um antigo processo de perder amizades.
            Lembra-se de que ninguém consegue algo realizar sem os outros e de que os outros não são culpados por nossas indisposições e insucessos.
            Ninguém sabe até hoje onde termina o mau humor e começa a enfermidade.
            Não se sabe de ninguém até agora que o azedume tenha auxiliado.
            Se você deseja livrar-se dessa máscara destruidora, cultiva a paciência e aprende a sorrir.


Fonte: Calma – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA

                O jovem imaturo deslumbrava-se com as constelações cintilantes no firmamento e planejava conquista-las. Quando os primeiros momentos de compreensão mais ampla afloraram-lhe à mente, percebeu a impossibilidade de conseguir as galáxias e achou possível conquistar a Terra  que lhe servia de mãe gentil.
                As lutas amadureceram-no e as dificuldades aumentaram-lhe a visão da realidade, facultando-lhe compreender a impossibilidade de lograr o anelado e, amando a pátria onde nascera, acreditou que a poderia conquistar.
                Empenhou-se no embate arriscado, ganhou posição social e poder, porém, a soma de decepções e amarguras fê-lo desistir do intento e ele pensou em conquistar a comunidade na qual se movimentava.
                Injunções políticas favoreceram-no com os cargos elevados e, quando o destaque parecia havê-lo premiado, as artimanhas da hostilidade dos grupos beligerantes derrubaram-no.
                Mais amadurecido ainda e pensativo, voltou-se para a família e, enquanto a velhice acercava-se, ele se empenhou em conquistar o clã.
                Os interesses díspares no lar e na prole expulsaram-no, porque ele já pesava na economia domestica, superado, no conceito dos jovens sonhadores e ambiciosos quanto ele próprio o fora um dia...
                Nesse momento ele teve consciência da sua realidade, e só então entendeu a importância de conquistar-se a si mesmo.


Fonte: Momentos de Saúde e Consciência – Divaldo P. Franco/Joanna de  Ângelis
imagem: google

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

NO TREM DOS ESTUDANTES

(J. Herculano Pires)
Emmanuel coloca o problema da desvinculação afetiva em dois planos: o do afastamento de pessoas queridas que se retiram do lar e o da partida para “outros e novos níveis de espaço e tempo”. Em ambos os casos rompe-se o vinculo da convivência. Em ambos os casos há sofrimento moral de parte a parte. O assunto e tratado no item 9 do capitulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, e ali encontramos o seguinte aviso aos que sofrem: “As grandes provas são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus”.
O desastre do Trem dos Estudantes, em 8 de junho de 1972, entre Suzano e Jundiapeba, inclui-se no capitulo das provas coletivas. Além dos mortos e feridos, estão sofrendo essa prova os familiares duramente atingidos, os amigos e colegas das vítimas. A tragédia caiu sobre verdadeira multidão. Estamos em face de um processo de desvinculação em massa. Quantos lares enlutados pela perda de entes queridos, quantos corações dilacerados, quantos espíritos aturdidos pela brutalidade da ocorrência!
O que mais impressiona e o número de jovens que tiveram sua vida bruscamente cortada, quando a caminho das escolas superiores que cursavam em Mogi das Cruzes. Tudo isso parece aterrador, desnorteante, como se estivéssemos num mundo caótico, sem ordem, sem lei, sem Deus. Não obstante, o Universo nos responde com a ordem absoluta das suas leis que tudo regem, desde a relva humilde na Terra até as constelações gigantescas no infinito.
Nada acontece por acaso. Tudo resulta da lei de causa e efeito. E todo efeito tem um sentido: o da evolução. Todos somos Espíritos faltosos e sofremos as provas que pedimos antes de encarnar. Temos dívidas coletivas a resgatar. Mas além do resgate espera-nos a liberdade, a paz, o progresso. Os jovens que morreram foram poupados de sofrimentos futuros numa vida em que a doença, a velhice e a morte são o salário de todos nós.
Transferidos para a Vida Maior, que realmente corresponde as suas necessidade e a sua natureza, são todos eles seres espirituais e não materiais. Agora precisam da compreensão dos pais, dos irmãos, dos amigos e colegas que deixaram na Terra.
Precisam de paz, de preces, de bons pensamentos, das vibrações de sincera amizade para se recuperarem em Espírito.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

terça-feira, 28 de outubro de 2014

DESVINCULAÇÃO

(Emmanuel)
Para muitos companheiros na Terra a desvinculação no campo afetivo é prova difícil.
Desligamento do grupo familiar, distância da convivência.
Hora da diferenciação de alguém perante outro alguém.
Se te vês num momento assim, na posição de quem pode libertar associados de ideal e de afinidade, não hesites no bem por fazer.
Aqueles que anseiam por independência e mudança, depois de te compartilharem a vida, são pedintes de tranquilidade e renovação. Não precisam tanto de teu ouro e assistência, nome e prestigio. Rogam-te; acima de tudo, escoras de tolerância e bondade, a fim de que te possam deixar sem que o espinheiro da mágoa te nasça no coração.
Medita naqueles que, um dia, igualmente largaste para tomar embarcações outras, diferentes do navio em que se te localizava a área doméstica, de modo a te fazeres ao mar profundo e vasto da experiência terrestre.
Familiares que te amavam a presença e amigos que te disputavam a companhia se viram, de instante para outro, apartados de ti por efeito de tuas próprias deliberações.
Assim nos expressamos porque frequentemente a harmonia na desvinculação depende daqueles que já amadureceram na vida física, aos quais se pede amparo e segurança, auxilio e aprovação.
Se alguém ao teu lado te solicita o cancelamento de compromissos e deveres assumidos para contigo, concede a paz a quem necessita de paz a fim de atender a impositivos da vida em outros setores de evolução.
Realmente desejas que os descendentes se garantam para a felicidade, não queres que os filhos bem-amados atravessem tribulações e enganos que te amarguraram a infância ou a juventude; habituas-te a desaprovar as resoluções de amigos que se afastam para caminhos que já sabes estarem encharcados de lágrimas, nem concordas em que os entes queridos venham a
transitar por estradas que já trilhaste entre pedras e aflições; entretanto, por mais nos doa ao coração, muitos daqueles que mais amamos chegaram a Terra exatamente para isso.
Diante dos companheiros que se te distânciam da convivência ou que te dizem adeus para te reencontrarem mais tarde, em outros e novos níveis de espaço e tempo, não lastimes nem condenes.
Bendize e auxilia sempre.
Os que partem ou se te separam da estrada, no dia-a-dia, esperam de ti, sobretudo, o patrocínio do amor e o refúgio da benção.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DEPRESSÃO

                Em muitas circunstâncias, podemos considerar a depressão como natural período de transição. São tempos de mudança e crescimento, épocas de tristeza que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de evolução.
                Os fenômenos naturais da vida sucedem, organizados, em ciclos determinados. Os períodos de troca dos antigos conceitos por outros tantos mais novos e melhores para o nosso momento atual fazem parte desse ciclo natural da consciência humana. Porque somos também natureza; possuímos as estações da alegria, do entusiasmo, da moderação e do desânimo, assim como as da primavera, do verão, do outono e do inverno.
                Aprendendo com a natureza entre as observações das leis que regem os ecossistemas, é que deixaremos as atmosferas cinzentas da depressão passar para focarmo-nos nos dias de sol e de alegria, que voltarão a brilhar.
                Por sermos parte desse grandioso espetáculo da natureza e possuirmos a capacidade de entendê-lo racionalmente, é que deveríamos ser os primeiros a considerar a sagrada naturalidade que há em nós, bem como a perceber, conscientemente, seu processo atuando em nossa intimidade.
                A seguir, algumas conexões entre as leis ou regras de funcionamento dos ecossistemas, que nos ensinarão a regular nosso ritmo de vida para não voltarmos aos velhos padrões de pensamentos depressivos:
1 – Na diversidade de novos conhecimentos filosóficos, religiosos ou científicos e na análise de diversos modos de definir a realidade das coisas é que aumentaremos a capacidade de auto-regular-nos emocionalmente para restabelecermos um novo equilíbrio existencial.
2 – Na interdependência da vida social, mas nunca no isolamento, é que extrairemos as experiências de que necessitamos para sair do marasmo, pois é nas relações de permuta constante na vida coletiva que aprenderemos que tudo está relacionado com tudo. Devemos descobrir nossas similaridades com toda a obra da Criação. Ninguém será feliz sozinho, pois o homem é apenas uma parcela dessa grande sinfonia da evolução da vida na Terra.
3 – na reciclagem de todos os elementos que as experiências da vida nos oferecem, o reaproveitamento deverá ser feito indistintamente, tanto para os que chamamos bons quanto para os que consideramos maus. Alegria e tristeza são nossos companheiros de viagem, estão sempre nos ensinando algo na caminhada evolucional. Tudo tem seu próprio valor e lugar na existência; por isso, não devemos tentar afastar de forma irrefletida as nuvens negras que impedem, momentaneamente que a luz nos alcance. A vida na Terra ainda é um jogo de luzes e sombras. Tudo na vida tem um fim utilitário para crescermos integralmente.
                A reflexão atenta a esses apontamentos permite-nos entender melhor nossos ciclos depressivos, recolhendo assim as abençoadas sementes de arte de viver.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google

domingo, 26 de outubro de 2014

NOS COMPROMISSOS DE TRABALHO

Nunca se envergonhe, nem se lamente de servir.
                                    
Enriquecer o trabalho profissional, adquirindo conhecimentos novos, é simples dever.

Colabore com as chefias através da obrigação retamente cumprida, sem mobilizar expedientes de adulação.

Em hipótese alguma diminuir ou desvalorizar o esforço dos colegas.

Jamais fingir enfermidades ou acidentes, principalmente no intuito de se beneficiar das leis de proteção ou do amparo das instituições securitárias, porque a vida costuma cobrar caro semelhantes mentiras.

Nunca atribua unicamente a você o sucesso dessa ou daquela tarefa, compreendendo que em todo trabalho há que considerar o espírito de equipe.

Sabotar o trabalho será sempre deteriorar o nosso próprio interesse.

Aceitar a desordem ou estimulá‐la, é patrocinar o próprio desequilíbrio.

Você possui inúmeros recursos de promover‐se ou de melhorar a própria área de ação, sem recorrer a desrespeito, perturbação, azedume ou rebeldia.

Em matéria de remuneração, recorde: quem trabalha deve receber, mas igualmente quem recebe deve trabalhar.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: google

sábado, 25 de outubro de 2014

ESPÍRITAS: AO CAMINHO!

                Pouco tempo após a crucificação de Jesus, relacionado ao apóstolo Tiago. Conta-se que, certo dia, o discípulo encontrava-se meditativo e acabrunhado, por discordar das tarefas exercidas por Pedro, na Casa do Caminho, até que, num dado instante, vive uma maravilhosa e fascinante experiência. Tiago divisa, ao longo do caminho, o vulto de Jesus se aproximando. Com as energias redobradas pela magnífica visão, experimenta um júbilo indescritível e acredita que o Mestre vinha ao seu encontro. Postou-se ao largo da estrada e, ansioso, aguardou que o Mestre o interpelasse. Ledo engano. Percebeu que o Celeste Amigo não deteria seus passos silenciosos e demonstrava que estava a caminho. O encontro com Tiago não era o objetivo de sua caminhada. Quando percebeu isso, o apóstolo, atônito, o interpelou: “Senhor”. E obteve como resposta: “Tiago, eu vou à Casa do Caminho, ajudar Pedro”. Duas situações, uma mesma consideração. Não basta conhecer o evangelho de Jesus. Ele pouco valerá se não estiver acompanhado de ações, de obras. Como Tiago, precisamos entender que o imperativo da doutrina cristã é o serviço desinteressado aos semelhantes, e, de imediato, precisamos os pôr a caminho e acompanhar o Mestre, demonstrando com nossas atitudes que compreendemos a grandeza dos seus ensinamentos.
                Por intermédio de seu acurado processo de Codificação, Allan Kardec aponta a necessidade de não apenas sorvermos os ensinamentos, mas buscarmos interpretar, em Espírito e Verdade, a mensagem augusta do meigo rabi da Galiléia. O tempo urge, as horas passam, e devemos preocupar-nos com as tarefas que nos foram confiadas, com o campo que temos de arar e semear. Para tanto, nos secundam valorosos tarefeiros do Plano Espiritual, que se põem na seara a nos fortalecer para o trabalho. Não há tempo para tolas discussões. O momento é de trabalho. Tem gente que acha que espiritismo é só doutrina, só estudos. Outros ficam querendo saber quem é Emmanuel ou André Luiz hoje. Muitos companheiros chegam até a defender a extinção dos serviços assistenciais das entidades espíritas nas comunidades carentes, sob a alegação de que não devemos praticar o assistencialismo, quando na verdade as Instituições praticam, além das atividades de assistência social, também a de promoção humana.
                Que pena! Não entendem que Jesus também está nos dizendo: “Ide e anunciai o Evangelho. Lancem-se ao trabalho, pois o mundo reclama caridade para com todos”. Na época dos tablets e smartphones, das ressonâncias magnéticas e da cirurgias robóticas, ainda jornadeia o fantasma da fome dizimando milhões de irmãos. Sabemos que é o nosso orgulho que tem condenado homens, mulheres e crianças à miséria e prostituição, multiplicando antros de criminalidade e grassando desespero. Por isso, não há tempo para se lançar pérolas aos porcos. Na medida do talento de cada um, na proporção das nossas possibilidades, precisamos seguir o caminho do Mestre e socorrer os famintos e acender a chama da fé nos corações angustiados, honrando, assim, as luminosas tarefas que nos identificam como modernos apóstolos de Jesus.
                “Tiago, eu vou à Casa do Caminho”. Entendamos a advertência do Mestre. Frequentemos as nossas reuniões de estudo. Vamos nos debruçar sobre o Pentateuco espírita, vamos reler as obras de André Luiz; vamos relembrar os ensinamentos de Emmanuel e de tantos outros. Sim, é preciso estudar, pesquisar, indagar, refletir, em síntese, analisar as mensagens e estabelecer, entre nós, a conversa franca sobre nossas dúvidas, identificando os possíveis enganos e omissões em que, por vezes, temos permanecido. Entretanto, sejamos o colo da mão para os filhos tristes e desesperançados. Não esperemos Cristo no caminho para um simples bate-papo. Sigamos ao seu lado, no bom combate, dissolvendo a névoa da ignorância com o fulgor da Luz Divina. As vitórias no caminho são conquistadas com suor e lágrimas que derramamos pelos outros. Emmanuel, através de Chico Xavier, nos adverte que “o nome de Jesus está empenhado em nossas mãos”.

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – julho/2014
imagem: google

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O ESPIRITISMO PERGUNTA

Cap. I – Item 9
Meu irmão, não te permitas impressionar apenas com as alterações que convulsionam hoje todas as frentes de trabalho e descobrimentos na Terra.
Olha para dentro de ti mesmo e mentaliza o futuro.
O teu corpo físico define a atualidade do teu corpo espiritual.
Já viveste, quanto nós mesmos, vidas incontáveis e trazes, no bojo do espírito, as conquistas alcançadas em longo percurso de experiências na ronda de milênios.
Tua mente já possui, nas criptas da memória, recursos enciclopédicos da cultura de todos os grandes centros do Planeta.
Teu perispírito já se revestiu com porções da matéria de todos os continentes.
Tuas irradiações, através das roupas que te serviram, já marcaram todos os salões da aristocracia e todos os círculos de penúria do plano terrestre.
Tua figura já integrou os quadros do poder e da subalternidade em todas as nações.
Tuas energias genésicas e afetivas já plasmaram corpos na configuração morfológica de todas as raças.
Teus sentidos já foram arrebatados ao torvelinho de todas as diversões.
Tua voz já expressou o bem e o mal em todos os idiomas.
Teu coração já pulsou ao ritmo de todas as paixões.
Teus olhos já se deslumbraram diante de todos os espetáculos conhecidos, das trevas do horrível às magnificências do belo.
Teus ouvidos já registraram todos os tipos de sons e linguagens existentes no mundo.
Teus pulmões já respiraram o ar de todos os climas.
Teu paladar já se banqueteou abusivamente nos acepipes de todos os povos.
Tuas mãos já retiveram e dissiparam fortunas, constituídas por todos os padrões da moeda humana.
Tua pele, em cores diversas, já foi beijada pelo Sol de todas as latitudes.
Tua emoção já passou por todos os transes possíveis de renascimentos e mortes.
Eis por que o Espiritismo te pergunta:
– Não julgas que já é tempo de renovar?
Sem renovação, que vale a vida humana?
Se fosse para continuares repetindo aquilo que já foste e o que fizeste, não terias necessidade de novo corpo e de nova existência – prosseguirias de alma jungida à matéria gasta da encarnação precedente, enfeitando um jardim de cadáveres.
Vives novamente na carne para o burilamento de teu espírito.
A reencarnação é o caminho da Grande Luz.
Ama e trabalha. Trabalha e serve.
Perante o bem, quase sempre, temos sido somente constantes na inconstância e fiéis à infidelidade, esquecidos de que tudo se transforma, com exceção da necessidade de transformar.
Militão Pacheco

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CRIANÇAS DOENTES

Cap. VIII – Item 3
Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e, com razão, te orgulhas dessa pérola viva. Os dedos lembram flores desabrochando, os olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos recordam estrigas de luz e a boca assemelha-se a concha nacarada em que os teus beijos de ternura desfalecem de amor.
Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam à Terra, como lírios contundidos pelo granizo do sofrimento.
Para muitos deles, o dia claro ainda vem muito longe...
São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros mutilados, esmolando socorro em recantos sombrios da floresta do mundo... Às vezes, parecem anjos pregados na cruz de um corpo paralítico ou mostram no olhar a profunda tristeza da mente anuviada de densas trevas.
Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens não se inquietem; contudo, Deus, que é a Bondade Perfeita, no-los confia hoje, para que a vida, amanhã, se levante mais bela.
Diante, pois, do teu filhinho quinhoado de reconforto, pensa neles!... São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências passadas, mendigando entendimento e carinho, a fim de que se desfaçam dos débitos contraídos consigo mesmos...
Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez que, por agora, sabem tão-somente padecer e chorar.
Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...
E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha de serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou a carícia do talco, perceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve a alma no perfume da gratidão e na melodia da bênção.
Meimei

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

terça-feira, 21 de outubro de 2014

COMER E BEBER

        “Então, começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença e tens ensinado nas nossas ruas.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 13, versículo 26.)

O versículo de Lucas, aqui anotado, refere-se ao pai de família que cerrou a porta aos filhos ingratos.
O quadro reflete a situação dos religiosos de todos os matizes que apenas falaram, em demasia, reportando-se ao nome de Jesus. No dia da análise minuciosa, quando a morte abre, de novo, a porta espiritual, eis que dirão haver “comido e bebido” na presença do Mestre, cujos ensinamentos conheceram e disseminaram nas ruas.
Comeram e beberam apenas. Aproveitaram-se dos recursos egoisticamente. Comeram e acreditaram com a fé intelectual. Beberam e transmitiram o que haviam aprendido de outrem.
Assimilar a lição na existência própria não lhes interessava a mente inconstante.
Conheceram o Mestre, é verdade, mas não o revelaram em seus corações. Também Jesus conhecia Deus; no entanto, não se limitou a afirmar a
realidade dessas relações. Viveu o amor ao Pai, junto dos homens. Ensinando   a verdade, entregou-se à redenção humana, sem cogitar de recompensa.
Entendeu as criaturas antes que essas o entendessem, concedeu-nos supremo
favor com a sua vinda, deu-se em holocausto para que aprendêssemos a ciência do bem.
Não bastará crer intelectualmente em Jesus. É necessário aplicá-lo a nós próprios.
O homem deve cultivar a meditação no círculo dos problemas que o preocupam cada dia. Os irracionais também comem e bebem. Contudo, os filhos das nações nascem na Terra para uma vida mais alta.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

JESUS E INGRATIDÃO III

O Mestre conhecia as debilidades morais do homem e sempre se preocupava em alcançá-las, a fim de que as pretendidas curas alcançassem as matrizes das doenças, onde as mesmas se originam, erradicando-as, de modo que não voltassem a produzir miasmas e males perturbadores.
A Sua era uma constante proposta de renovação de metas, de atitudes, de pensamentos.
Sendo o exemplo máximo, pedia que O vissem, isto é, que Lhe tomassem a conduta de desapego das paixões cáusticas e cuidassem de uma só coisa necessária, que é o “reino de Deus” embutido no coração.
Na busca do mais importante, o seu encontro elimina o secundário, que deixa de ter valor, para ceder lugar ao essencial, que é o necessário.
Os homens, porém, na superficialidade dos seus interesses, anelam apenas pelo imediato, que lhes satisfaz num momento, deixando-os ansiosos outra vez.
Por imaturidade espiritual, ceifam a árvore de onde retiram os frutos de hoje, acreditando, com ingenuidade, que não terão fome amanhã. E quando esta se apresenta novamente, não têm onde recolher o alimento.
Assim agem os ingratos.
Toldam a água da fonte que os dessedentou; queimam o trigal que lhes deu o pão; cortam a planta frutífera que os alimentou; afastam o amigo generoso que os socorreu.
Em contrapartida, vivem a sós, amesquinhados, em si mesmos por conhecerem o íntimo.
Desconfiados, neurotizam-se; arbitrários, são desamados; soberbos, passam ignorados.
Não te preocupes com os ingratos dos teus caminhos de amor.
Prossegue, ofertando luz, sem te inquietares com a teimosia da treva.
Onde acendas uma lâmpada, a claridade aí derramará dádivas.
Os teus beneficiários que te abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti, aprenderão com a vida e compreenderão, mais tarde, o que fizeram.
Recordarão das tuas atitudes e buscarão passar adiante o que de ti receberam.
Não é, portanto, importante, o tratamento que te dêem em retribuição, mas sim, o que prossigas fazendo por eles.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: google

domingo, 19 de outubro de 2014

JESUS E INGRATIDÃO II

Jesus sempre admoestava os ingratos que lhe cruzavam o caminho.
Nunca lhe faltaram no ministério estes infelizes.
No admirável fenômeno de cura orgânica dos dez leprosos, patenteiam-se a ingratidão dos beneficiados e a interrogação do Mestre, diante daquele que havia retornado para agradecer: “Onde estão os outros? Não foram dez os curados?”
Nove se haviam ido, apressados, para o gozo e a algaravia, recuperados por fora, sem liberação da doença interna, que desapareceria somente a partir do momento em que fossem agradecer, modificando-se psicológica e moralmente.
Na tragédia do Calvário, não se encontrava presente nenhum dos que foram beneficiados pelas Suas mãos, e estes haviam sido muitos.
Ele iluminara olhos apagados; abrira ouvidos moucos; ofertara som aos lábios silenciosos; equilíbrio a mentes tresvariadas; movimentos a membros mortos; vida a catalépticos; recuperação orgânica a portadores de males inumeráveis e, no entanto, ficou esquecido por todos eles. Não obstante o bem que receberam, fugindo do reconhecimento, os ingratos viram-se diante de si mesmos, das consciências molestadas pelos remorsos, tornando a enfermar e morrendo, pois que deste fenômeno biológico ninguém escapa.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: google

sábado, 18 de outubro de 2014

JESUS E INGRATIDÃO I

Os sentimentos de amor, justiça, caridade e gratidão são inerentes à natureza humana, herdeira natural do bom, do nobre, do belo. Todavia, porque ainda se demora em crescimento de valores, mais vinculada atavicamente aos instintos primitivos, não se manifestam essas qualidades, que devem ser cultivadas com esforço até que se expressem por automatismos defluentes da sua elevação interior.
Em razão disso, são mais comuns as manifestações agressivas, as rebeldias, as ingratidões que aturdem, mantendo um clima mental e emocional belicoso entre os homens.
A ingratidão, que é desapreço, apresenta-se como grave imperfeição da alma, que deve ser corrigida.
O ingrato é enfermo que se combure nas chamas do orgulho mal dissimulado, da insatisfação perversa. A si todos os direitos e méritos se atribui, negando ao benfeitor a mínima consideração, nenhum reconhecimento.
Olvidando-se, rapidamente, do bem que lhe foi dispensado, silencia-o, mesmo quando não pensa que o recebido não passou de um dever para com ele, insuficiente para o seu grau de importância.
A ingratidão é chaga moral purulenta no indivíduo, que debilita o organismo social onde se encontra.
Assim, os ingratos são numerosos, sempre soberbos, e auto-suficientes, em dependência mórbida, porém, dos sacrifícios dos outros.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

OBSESSÃO E JESUS III

                Na condição de Terapeuta Divino prescreveu Jesus, contra os flagelos da obsessão: “Fazer ao próximo somente o que desejar que este lhe faça”, porquanto, assim procedendo, o amor que nos dedicamos a nós mesmos, automaticamente se dilatará em relação ao nosso próximo, desfazendo as matrizes do mal que ainda se demoram fixadas em mjitos dos seres que pululam em torno da Terra, ao mesmo tempo auxiliando-os a despertarem para o bem e para a felicidade.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

terça-feira, 14 de outubro de 2014

OBSESSÃO E JESUS II

                A ação do pensamento otimista e sadiamente operante; o labor fraternal de solidariedade; a preocupação edificante em favor do próximo; os serviços humílimos ou grandiosos a benefício dos outros; o interesse honesto pelo bem-estar alheio constituem a terapia preventiva quanto curadora contra a obsessão.
                A prece – o hábito de orar -, gerando um clima de paz; a leitura elevada, que cria clichês psíquicos superiores; a meditação em torno das questões enobrecedoras da vida; o diálogo edificante impedem qualquer intercâmbio perturbante, verdadeiros antídotos que se fazem à obsessão, por constituírem meios de elevação vibratória na qual não vigem as interferências maléficas, as parasitoses e as vampirizações prejudiciais que somente tem curso em faixas mentais semelhantes.
                Ademais, o exercício de tais métodos libera qualquer tombado nas malhas apertadas da alienação obsessiva de perniciosos efeitos na Terra...


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A OBSESSÃO E JESUS I

                A ideia enfermiça, sem contornos definidos alcança os painéis mentais, sutilmente.
                Aceita, desenvolve características, apresenta-se com maior riqueza de detalhes, estabelece o contato através do qual se originam as penosas fixações, lamentáveis quão pernciosas...
                Se recusada, apaga-se em névoa diluente para repetir-se com maior intensidade até alcançar correspondente vibratório na mente receptora, que passa, a largo prazo, a submenter-se ao impositivo que termina por dominar...
                A obsessão é enfermidade generalizada, que grassa ente os homens, em decorrência do comércio psíquico, infeliz quão desesperador.
                Desde que o agente obsessivo é persistente no plano negativo a que se afervora, este muda de técnica toda vez que repudiado, mantendo rigoroso cerco em torno de quem lhe padece a influência, até dobrar a vontade resistente, caso esta não se fortaleça nos valores morais e espirituais que constituem defesa e vitalidade contra essa terrível chaga devastadora.
                Mentes viciadas com mais facilidade aceitam as sugestões morbíficas que lhes são insufladas dentro do campo em que melhor se expressam: desconfiança, ciúme, ódio, desvario sexual, dependência alcoólica ou toxicomana, gula, maledicência...
                Temperamentos arrediaos, suspeitosos, são mais acessíveis em razão de melhor agasalharem as induções equivalentes, que se lhes associam em forma de perfeita sintonia.
                Caracteres violentos, apaixonados, mais fortemente se fazem maleáveis em decorrência do espírito rebelde que nesse corpo habita, dissimulando as chispas que lhes acendem as labaredas do incêndio interior, a exteriorizar-se como fogaréis destruidores...
                Personalidades ociosas são mais susceptíveis em razão da ente vazia sempre acolher o que lhe apraz, deixando-se conduzir pela personalidade dos seus afins desencarnados.
                Desnecessário reafirmar que, não apenas além-da-morte, se encontram os perturbadores, desde que a obsessão campeia, igualmente, entre os transeuntes do corpo, obedecendo ao mesmo processo de sintonia mental, por cultivo das mesmas paixões inferiores.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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domingo, 12 de outubro de 2014

PAZ

Quem colhe o prêmio da paz
Na mais alta recompensa
É a pessoa que se cala
Quando recebe uma ofensa.


Fonte: Antologia da Criança – Sebastião Rios/Chico Xavier
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sábado, 11 de outubro de 2014

ASSIM OS FIZEMOS

(J. Herculano Pires)
Os familiares desagradáveis são hoje o que deles fizemos ontem. Nada acontece por acaso, sem razão, em nossas vidas.
Por isso diz Emmanuel: “Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser”. Nesta própria existência terrena isso acontece com frequência. Ao nos tornarmos adultos não suportamos as
peraltices das crianças, sem nos lembrarmos das que também já fizemos quando crianças. Ao nos enriquecermos não toleramos os peditórios ou a incapacidade dos parentes pobres, esquecidos do que fazíamos quando necessitados. Ao nos ilustrarmos não suportamos nos outros a ignorância em que ontem vivíamos.
Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes os deseducamos a gritos e pancadas. Mas quando eles crescem não suportamos o seu comportamento desrespeitoso, pelo qual somos responsáveis. Não os corrigimos em criança nem os ajudamos na adolescência, mas os fizemos desorientados e depois não os toleramos. Nas vidas sucessivas, através das reencarnações, procedemos também dessa maneira. E quando eles voltam ao nosso convívio não queremos aceitar e muito menos corrigir os seus defeitos.
Na verdade, se não os aceitarmos hoje como são, teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos com os companheiros “enquanto estivermos a caminho com eles”. A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Usando o livre arbítrio podemos rejeitá-los hoje, mas a contabilidade divina anotará o nosso débito para depois, com os acréscimos legais.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

FAMILIARES PROBLEMAS

(Emmanuel)
Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.
Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nos mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas
da evolução.
É provável tenhamos dado um passo a frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxilio, não para fuga.
Atentos ao principio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dividas ou delongar compromissos.
O divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam a beira da delinquência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
Reflete, porém, que a existência na Terra e um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

DEPRESSÃO III

                Possíveis trajetórias da depressão: diante de um sentimento de dor, fatalmente experimentamos emoções, ou seja, reações energéticas provenientes dos instintos naturais. São denominadas emoções básicas, conhecidas comumente como medo e raiva. Essas reações energéticas nascem como impulso de defesa para nos proteger da ameaça de dor que uma agressão pode nos causar. Se a emoção for de raiva, o organismo enfrenta a fonte da dor; quando é de medo, contorna e foge do perigo. Ambas aceleram o sistema nervoso simpático e, consequentemente, a glândula supra-renal para que produza energia suficiente para a luta ou para a fuga. Se essas emoções forem julgada moralmente como negativas, elas poderão ser transformadas em sentimento de culpa, levando-nos a uma auto-condenação. Quando reprimidas, quer dizer, quando não expressadas convenientemente nem aceitas, nós as negamos, distorcendo os fatos, para não tomarmos consciência. Tanto a repressão sistemática quanto os compulsivos julgamentos negativos dessas emoções naturais geram a depressão.
                Não são simplesmente as privações pueris, as distribuições de esmolas e o ato de bater no peito que transformarão o íntimo de nossas almas. Para verdadeiramente repararmos nossas faltas, é preciso, acima de tudo, que façamos uma viagem interior, mediante uma crescente consciência, para identificar os atos e acontecimentos incorretos que praticamos/vivenciamos e associá-los com os sentimentos e as emoções que os influenciaram. A partir daí, equilibrá-los.
                Reparar nossas faltas com nós mesmo e com os outros é a fórmula feliz de evitar o sofrimento.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DEPRESSÃO II

                Há em nós um mecanismo psicológico regulado pelo nosso grau evolutivo, que assimila os fatos ou os ensinamentos de acordo com nossas conquistas nas áreas da percepção e do entendimento. Nossa incapacidade para absorver certos aspectos da vida deve-se a causas situadas nas profundezas da nossa consciência, que está em constante aprendizado e ascensão espiritual. Portanto, não devemos nos culpar por fatos negativos do passado, pois tudo o que fizemos estava ao nível de nossa compreensão à época em que eles ocorreram.
                Poderemos ir resgatando as nossas faltas, reparando-as. Mas, não creiais que as resgateis mediante algumas privações pueris, ou distribuindo em esmolas o que possuirdes. Deus não dá valor a um arrependimento estéril, sempre fácil e que apenas custa o esforço de bater no peito, mas sim reavaliando antigas emoções e resgatando sentimentos passados, a fim de transformá-los para melhor. Desse modo, reconquistamos a perdida postura interior de vida própria e promovemos a modificação de nossas atitudes equivocadas perante as pessoas.
                Emoções não são erradas ou pecaminosas, elas não são os atos em si, pois raiva é muito diferente de cometer uma brutalidade.
                Para repararmos, é preciso saber lidar com nossas emoções; não devemos nos censurar por senti-las, mas sim julgar a decisão do que faremos com elas. Advertimos, porém, que não estamos sugerindo que as emoções devam controlar nossas comportamentos. Ao contrário, acreditamos que, se não permitirmos senti-las, não saberemos como tê-las sob nosso controle.
                Admitindo-as e submetendo-as ao nosso código de valores éticos, ao nosso intelecto e à nossa razão, saberemos comandá-las convenientemente, pois o resultado da repressão de nossas reações emocionais será uma progressiva tendência a estados depressivos.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

DEPRESSÃO I

                Reparação é o ato de compensar ou ressarcir prejuízos que causamos, não apenas aos outros mas também a nós mesmos, através de posturas inadequadas e injustas.
                Necessitamos reparar as atitudes desonestas que tivemos perante nós mesmos, para ressarcir-nos dos abalos que promovemos contra nossas próprias convicções e para compensar-nos da deslealdade com nosso modo de ser e com nossos valores íntimos.
                Devemo-nos conscientizar do quanto estivemos abrindo mão de nossos sentimentos, pensamentos, emoções e necessidades em favor de algum, somente para receber aprovação e consideração.
                Quantas vezes asfixiamos e negamos nossas emoções diante de acontecimentos que nos machucaram profundamente. Relegar essa parte de nós e ignorá-la pode se tornar um tanto desagradável e destrutivo em nossas vidas.
                Viver o direito de sentirmos nossas emoções equivale a ser honestos com nós mesmos. Elas nos ajudam no processo de autodescobrimento e estão vinculadas a estruturas importantes de nossa vida mental, como os pensamentos cognitivos e as nossas intuições.
                O hábito de rejeitarmos, frequentemente, as energias emocionais fará com que percamos a capacidade de sentir corretamente, e, sem a interpretação dos sentimentos, não poderemos promover a reparação de nossas faltas.
                Para repará-las, é necessário termos a liberdade de sentir o que sentimos e de vifer segundo nossas próprias emoções.
                Para resgatar nossas faltas conosco e com os outros, é imperioso, antes de tudo, desbloquear nossa consciência para que possamos ter um real entendimento do que e como estamos fazendo as coisas em nossa vida.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

EM TORNO DA PROFISSÃO

A sua profissão é privilégio e aprendizado.

Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de bênçãos.

O seu cliente, em qualquer situação, é semelhante à árvore que produz, em seu favor, respondendo sempre na pauta do tratamento que recebe.

Toda tarefa corretamente exercida é degrau de promoção.

Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe haja concedido, você está colocando o seu retrato espiritual.

Se você busca melhorarse, melhorando o seu trabalho, guarde a certeza de que o trabalho lhe dará vida melhor.

O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pela qual você se decide a servir.

Ninguém procura ninguém para adquirir condenação ou azedume.

Sempre que alguém se queixe de alguém, está criando empecilhos na própria estrada para o sucesso.

Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
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