A
ideia enfermiça, sem contornos definidos alcança os painéis mentais,
sutilmente.
Aceita,
desenvolve características, apresenta-se com maior riqueza de detalhes,
estabelece o contato através do qual se originam as penosas fixações,
lamentáveis quão pernciosas...
Se
recusada, apaga-se em névoa diluente para repetir-se com maior intensidade até
alcançar correspondente vibratório na mente receptora, que passa, a largo
prazo, a submenter-se ao impositivo que termina por dominar...
A
obsessão é enfermidade generalizada, que grassa ente os homens, em decorrência
do comércio psíquico, infeliz quão desesperador.
Desde
que o agente obsessivo é persistente no plano negativo a que se afervora, este
muda de técnica toda vez que repudiado, mantendo rigoroso cerco em torno de
quem lhe padece a influência, até dobrar a vontade resistente, caso esta não se
fortaleça nos valores morais e espirituais que constituem defesa e vitalidade
contra essa terrível chaga devastadora.
Mentes
viciadas com mais facilidade aceitam as sugestões morbíficas que lhes são
insufladas dentro do campo em que melhor se expressam: desconfiança, ciúme,
ódio, desvario sexual, dependência alcoólica ou toxicomana, gula, maledicência...
Temperamentos
arrediaos, suspeitosos, são mais acessíveis em razão de melhor agasalharem as
induções equivalentes, que se lhes associam em forma de perfeita sintonia.
Caracteres
violentos, apaixonados, mais fortemente se fazem maleáveis em decorrência do
espírito rebelde que nesse corpo habita, dissimulando as chispas que lhes
acendem as labaredas do incêndio interior, a exteriorizar-se como fogaréis
destruidores...
Personalidades
ociosas são mais susceptíveis em razão da ente vazia sempre acolher o que lhe
apraz, deixando-se conduzir pela personalidade dos seus afins desencarnados.
Desnecessário
reafirmar que, não apenas além-da-morte, se encontram os perturbadores, desde
que a obsessão campeia, igualmente, entre os transeuntes do corpo, obedecendo
ao mesmo processo de sintonia mental, por cultivo das mesmas paixões
inferiores.
Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
imagem: google
Um comentário:
Obsessão lembra depressão.
Se depressão fosse o único valor de medida de
obsessão, eu estaria livre dela. Desafortunadamente, não é.
Muitas são as variantes em que os obsessores
se encaminham para perturbar os incautos encarnados.
Ainda bem que podemos sempre apelar para a oração.
Beijos.
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