O Mestre conhecia as debilidades
morais do homem e sempre se preocupava em alcançá-las, a fim de que as
pretendidas curas alcançassem as matrizes das doenças, onde as mesmas se
originam, erradicando-as, de modo que não voltassem a produzir miasmas e males
perturbadores.
A Sua era uma constante proposta
de renovação de metas, de atitudes, de pensamentos.
Sendo o exemplo máximo, pedia
que O vissem, isto é, que Lhe tomassem a conduta de desapego das paixões
cáusticas e cuidassem de uma só coisa necessária, que é o “reino de Deus”
embutido no coração.
Na busca do mais importante, o
seu encontro elimina o secundário, que deixa de ter valor, para ceder lugar ao
essencial, que é o necessário.
Os homens, porém, na
superficialidade dos seus interesses, anelam apenas pelo imediato, que lhes
satisfaz num momento, deixando-os ansiosos outra vez.
Por imaturidade espiritual,
ceifam a árvore de onde retiram os frutos de hoje, acreditando, com
ingenuidade, que não terão fome amanhã. E quando esta se apresenta novamente,
não têm onde recolher o alimento.
Assim agem os ingratos.
Toldam a água da fonte que os
dessedentou; queimam o trigal que lhes deu o pão; cortam a planta frutífera que
os alimentou; afastam o amigo generoso que os socorreu.
Em contrapartida, vivem a sós,
amesquinhados, em si mesmos por conhecerem o íntimo.
Desconfiados, neurotizam-se;
arbitrários, são desamados; soberbos, passam ignorados.
Não te preocupes com os ingratos
dos teus caminhos de amor.
Prossegue, ofertando luz, sem te
inquietares com a teimosia da treva.
Onde acendas uma lâmpada, a
claridade aí derramará dádivas.
Os teus beneficiários que te
abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti, aprenderão com a vida e
compreenderão, mais tarde, o que fizeram.
Recordarão das tuas atitudes e
buscarão passar adiante o que de ti receberam.
Não é, portanto, importante, o
tratamento que te dêem em retribuição, mas sim, o que prossigas fazendo por
eles.
Fonte: JESUS E ATUALIDADE
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE
ÂNGELIS
imagem: google
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