O jovem imaturo deslumbrava-se com as constelações
cintilantes no firmamento e planejava conquista-las. Quando os primeiros
momentos de compreensão mais ampla afloraram-lhe à mente, percebeu a
impossibilidade de conseguir as galáxias e achou possível conquistar a
Terra que lhe servia de mãe gentil.
As lutas amadureceram-no e as dificuldades
aumentaram-lhe a visão da realidade, facultando-lhe compreender a
impossibilidade de lograr o anelado e, amando a pátria onde nascera, acreditou
que a poderia conquistar.
Empenhou-se no embate arriscado, ganhou posição
social e poder, porém, a soma de decepções e amarguras fê-lo desistir do
intento e ele pensou em conquistar a comunidade na qual se movimentava.
Injunções políticas favoreceram-no com os cargos
elevados e, quando o destaque parecia havê-lo premiado, as artimanhas da
hostilidade dos grupos beligerantes derrubaram-no.
Mais amadurecido ainda e pensativo, voltou-se para a
família e, enquanto a velhice acercava-se, ele se empenhou em conquistar o clã.
Os interesses díspares no lar e na prole
expulsaram-no, porque ele já pesava na economia domestica, superado, no
conceito dos jovens sonhadores e ambiciosos quanto ele próprio o fora um dia...
Nesse momento ele teve consciência da sua realidade,
e só então entendeu a importância de conquistar-se a si mesmo.
Fonte: Momentos de
Saúde e Consciência – Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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3 comentários:
O protagonista dessa história, inverteu a ordem das coisas. O seu ego sempre falou mais alto e ele almejou conquistar as glórias do mundo, antes de conhecer o seu verdadeiro Eu.
Denise, paz e luz!
Eis uma boa descrição de nossa jornada na Terra.
Quem vê esta sequência pode pensar que há
uma diminuição de amplitude nos projetos.
Mas não é isso, na verdade, é uma adequação.
Vale adequar-se à realidade quando os projetos
estão superdimensionados.
Chama-se a isto bom-senso.
Beijos.
Bela parábola, amiga Denise. Um abraço. Tenhas um fim de semana abençoado
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