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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


domingo, 31 de julho de 2011

EM VERDADE

 O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a erguer-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz

sábado, 30 de julho de 2011

CHEGOU O GRANDE DIA


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O blog Conheça o Espiritismo completa hoje seu primeiro ano de vida.
Quero agradecer a todos os amigos que estiveram aqui durante essa semana, deixando seu recadinho. Foi muito grato para mim todas as manifestações de apoio e carinho que vocês me deixaram.
Sou muito grata à doutrina espirita, que me ajudou a ser o que hoje sou. Por ter sido muito ajudada é que resolvi criar esse espaço.
Jesus disse: Dai de graça o que de graça recebeste. E por isso me dedico de coração à esse blog. Do mesmo jeito que fui auxiliada e consolada, quero ajudar e consolar. É uma pequena maneira de praticar a caridade.

Meu carinho a todos os amigos que por aqui passaram e aos que estão chegando.


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PRESENTE DE ANIVERSÁRIO



Mimo de aniversário que ganhei da amiga Maria Selma do blog http://mariaselmadr.blogspot.com/

Agradeço muito pelo presente. Amei.

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

FALTA UM DIA PARA A GRANDE COMEMORAÇÃO

            Dia 30/7 o blog Conheça o Espiritismo faz 1 ano de existência. Estamos muito felizes com essa comemoração, afinal, é com grande empenho que mantemos esse espaço.
            Aos amigos que ajudaram de alguma forma a manter esse cantinho, meus agradecimentos. Ofereço a todos esse selinho comemorativo.
            Muita paz!

Denise


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domingo, 24 de julho de 2011

ENTUSIASMO II

            Entusiasmo espiritual, eis um dos mecanismos pedagógicos para os enfrentamentos e a superação das aflições.
            Entusiasmo é o estímulo jubiloso para a criatura encontrar-se em perfeita sintonia com a Essência Divina, tornando-se-lhe indispensável aplicar os recursos de que dispõe a sua exteriorização.
            A destruição é necessária para que haja a renovação.
            A morte é trânsito para a vida.
            O que ora se destrói, logo se converte em ressurgimento rico de vida.
            Em todas as épocas, esses fenômenos geológicos e climáticos têm ocorrido para a adaptação do mundo terrestre ao programa que lhe está destinado, como sendo mundo de regeneração.
            Nessa perspectiva, ainda por muito tempo ocorrerão tais calamidades que, de alguma forma, em atingindo a criatura humana, contribuirão para o seu desenvolvimento intelecto-moral.
            Há uma ordem transcendental que escapa à observação imediata do transeunte físico, porquanto o mesmo sucede no planeta moral.
            Desperta para a realidade e deixa-te permear pelo entusiasmo do amor e da caridade, alterando o país dos sentimentos ultrapassados.
            Não te permitas o desencanto em relação à vida, Enem te precipites nos abismos das fugas psicológicas, porque a encontrarás onde quer que vás, talvez mais complicada do que deparas neste momento.
            Adota a conduta reta, educa-te mediante as lições iluminativas do evangelho de Jesus, despertando para novos comportamentos.
            És autor do teu futuro, que escreves com as tuas ações atuais, assim como delineaste ontem as ocorrências de hoje.
            Não te permitas o anestésico da ilusão, sempre temporária, porque desertarás inevitavelmente.
            As Soberanas Leis estabeleceram códigos de equilíbrio e de sabedoria que se encontram ao alcance de todos aqueles que se resolvem pela aquisição da plenitude.
            Descobri-las no cotidiano constitui a grande conquista para vivenciá-las com entusiasmo e perfeita integração.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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sábado, 23 de julho de 2011

ENTUSIASMO I


            Sem dúvida, os sofrimentos na sociedade moderna acumulam-se, levando ao desespero indivíduos e coletividades que se vergam ao peso das íntimas aflições que explodem em todas as direções.
            Provações coletivas, efluentes da grande transição que se opera no planeta, ampliam o seu raio de ação, e as tragédias multiplicam-se, assustando os governos e os povos das nações vitimadas, que procuram com avidez recursos monetários para a restauração da ordem e do bem-estar.
            Os índices de criminalidade crescente fazem-se impressionantes, sem que as soluções, aparentemente válidas aplicadas, consigam alcançar o êxito que se pretende.
            Ameaças de contínuos desastres sísmicos, sociais e psicológicos, decorrentes da falência dos valores morais aceitos e aplicados na conduta humana, são apresentadas por especialistas que igualmente acompanham o aquecimento global, que se responsabilizará por transtornos colossais, sem que sejam encontrados os recursos hábeis para impedi-los.
            Nada obstante os enunciados sobre os acontecimentos desastrosos, os seres humanos em sua maioria prosseguem desatentos, correndo com sofreguidão na busca do prazer exaustivo, em fuga espetacular da responsabilidade, procurando evitar o enfrentamento com a consciência.
            A correria desenfreada arrebata as multidões que se entregam à alucinação, logo passam os momentos dos choques emocionais decorrentes das enormes calamidades que abalam o mundo.
            Uma onda imensa de desânimo arrebata uns grupos humanos, enquanto outros se atiram nos fossos do gozo, procurando fruir de todo tipo de sensações imediatas, esquecendo os fenômenos de advertência.
            Dias estes de paradoxos na cultura da Terra!
            Uma pausa de reflexão, no entanto, pode contribuir de maneira eficaz para a equação definitiva dos graves problemas em vigência.
            Nessa análise interna que resulta da tranqüila busca do entendimento das ocorrências do cotidiano, descobre-se qual a real finalidade da existência física na esteira das reencarnações. Assim ocorrendo, o estudioso de si mesmo logo percebe quais as necessidades fundamentais para a sua autorrealização, envidando esforços para alterar o ritmo dos acontecimentos nefastos, dando-lhes outro roteiro.
            Indispensável se torna o trabalho pessoal de despertamento da consciência para alcançar a felicidade, que é o objetivo básico de todas as buscas filosóficas e espirituais que fazem parte do processo evolutivo.
            Nenhuma solução, porém, existe em caráter milagroso para a solução das graves problemáticas que atingem a população da Terra.
            Certamente novos e contínuos cataclismos ocorrerão, em decorrência da estrutura íntima do planeta, que prossegue acomodando as suas placas tectônicas, solidificando os metais em ebulição, corrigindo a inclinação do seu eixo, adaptando-se a uma nova ordem cósmica.
            Esse programa faz parte do processo de sua evolução e ninguém pode modificá-lo, embora consiga, muitas vezes, detectar-lhes as ocorrências.
            A questão de natureza moral é que deve ser alterada, a fim de que a sensatez e o equilíbrio norteiem as existências no rumo da sua imortalidade.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

O JULGAMENTO


Uma lei tão simples em seus princípios quanto admirável em seus efeitos preside à classificação das almas no espaço.
Quanto mais sutis e rarefeitas são as moléculas constitutivas do perispírito tanto mais rápida é a desencarnação, tanto mais vastos são os horizontes que se rasgam ao espírito. Devido ao seu peso fluídico e às suas afinidades, ele se eleva para grupos espirituais que lhe são similares. Sua natureza e seu grau de depuração determinam-lhe nível e classe no meio que lhe é próprio.
O espírito é dotado de liberdade e não estando imobilizado em nenhum ponto, pode, dentro de certos limites, deslocar-se e percorrer os paramos etéreos.
Pode, em qualquer tempo, modificar suas tendências, transformar-se pelo trabalho e pelas provas, e, conseguintemente, elevar-se à vontade na escala dos seres.
É, pois, uma lei natural, análoga às leis da atração e da gravidade, a que fixa a sorte das almas depois da morte. O espírito impuro, acabrunhado pela densidade de seus fluidos materiais, confina-se nas camadas inferiores da atmosfera, enquanto a alma virtuosa, de envoltório depurado e sutil, arremessa-se, alegre, rápida como o pensamento, pelo azul infinito.
É também em si mesmo, em sua própria consciência que o espírito encontra sua recompensa ou seu castigo. Ele é seu próprio juiz. Caído o vestuário de carne, a luz penetra-o e sua alma aparece nua, deixando ver o quadro vivo de seus atos, de suas vontades, de seus desejos. Momento solene, exame cheio de angústia e de desilusão. As recordações despertam em tropel e a vida inteira desenrola-se com seu cortejo de faltas, de fraquezas, de miséria. Da infância à morte, tudo, pensamentos, palavras, ações, tudo sai da sombra, reaparece à luz, anima-se e revive. O ser contempla-se a si mesmo, revê, uma a uma, através dos tempos, suas existências passadas, suas quedas, suas ascensões,suas fases inumeráveis. Conta os estágios franqueados, mede o caminho percorrido, compara o bem e o mal realizados. Do fundo do passado obscuro, surgem, a seu apelo, como outros tantos fantasmas, as formas que vestiu através das vidas sucessivas. Reconhece a causa dos processos executados, das expiações sofridas, o motivo de sua posição atual. Eis para o espírito a hora da verdadeira tortura moral. Essa evocação do passado traz-lhe a sentença temível, a increpação da sua própria consciência, espécie de julgamento de Deus. Por mais lacerante que seja, esse exame é necessário porque pode ser o ponto de partida de resoluções salutares e da reabilitação.
O grau de depuração do espírito, a posição que ocupa no espaço representam a soma de seus progressos realizados e dão a medida do seu valor moral. È nisto que consiste a sentença infalível que lhe decide a sorte, sem apelo. Simplicidade maravilhosa que as instituições humanas não poderiam reproduzir; o princípio de afinidade regula todas as coisas e fixa a cada qual o seu lugar. Nada de julgamento, nada de tribunal, apenas existe a lei imutável executando-se por si própria, pelo jogo natural das forças espirituais e segundo o emprego que delas faz a alma livre e responsável. Todo pensamento tem uma forma, e essa forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em um espelho onde as imagens se gravam por si mesmas. Nosso envoltório fluídico reflete e guarda, como em um registro, todos os fatos da nossa existência. Esse registro está fechado durante a vida, porque a carne é a espessa capa que nos oculta o seu conteúdo. Mas, por ocasião da morte, ele abre-se repentinamente e as suas páginas distendem-se aos nossos olhos.
O espírito desencarnado traz, portanto, em si, visível para todos, seu céu ou seu inferno. A prova irrecusável da sua elevação ou da sua inferioridade está inscrita em seu corpo fluídico.
Para distrair-se dos cuidados, das preocupações morais, o homem tem o trabalho, o estudo, o sono. Para o espírito não há mais esses recursos. Desprendido dos laços corporais, acha-se incessantemente em face do quadro fiel e vivo do seu passado. Assim, os amargores e pesares contínuos, que então decorrem, despertam-lhe, na maior parte dos casos, o desejo de, em breve, tomar um corpo carnal para combater, sofrer e resgatar esse passado acusador.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

PERSONALISMO, A LUPA DO ORGULHO


                Personalismo é como a lupa do orgulho voltada na direção do eu, ampliando, exageradamente, o valor pessoal. Um estado no qual a mente está mais voltada para os apelos do ego em negação aos ditames da consciência.
                O fio condutor de seus nocivos reflexos é a paixão pela importância individual que supomos possuir.
                Sua ação desorganiza o departamento mental da imaginação e projeta a vida as imagens de si mesmo pelas quais nasce o império do eu, encarcerando-nos no automatismo do egoísmo.
                Não vivemos imunes ao personalismo. Ele constrói psiquicamente a identidade pessoal e a participação no meio onde vivemos; o problema é o excesso da importância que conferimos ao eu, perdendo o controle e tornando-se um vício, o vício do amor próprio.
                Ver o mundo pela ótica individual é uma necessidade para aquisição de valor pessoal, contudo, o apego intransigente às próprias concepções, sem abertura para a permuta e ampliação das experiências individuais, é que torna uma questão grave de conduta nas relações junto aos grupos de convivência.
                Por milênios estamos vivendo essa experiência. Hoje, sob as alvíssaras da renovação íntima, assumiu proporções de um grande desafio a ser superado em favor da causa espírita que abraçamos.
                Assevera-se que o serviço em equipe é garantia de sua erradicação, e não podemos discordar, embora tenhamos que assinalar que mesmo nessa circunstância a sanha do personalismo poderá arrasar as melhores sementeiras espirituais, caso não vigiemos suas formas ardilosas de manifestar.
                Alguns exercícios poderão auxiliar-nos na sua identificação, o que será o primeiro passo para um programa reeducativo. Eis uma pequena lista:
- emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores.
- aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista.
- ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre.
- cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os para análise grupal.
- evitar difundir a falha de serviço das realizações pessoais já concretizadas.
- disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações.
- acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada.
- pedir desculpas quando errar.
- ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro.
- aprender a ouvir opiniões para melhor discernir.
- admitir para si os sentimentos de mágoa e inveja.
-ser simples.
- ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender a ser útil.
- esforçar-se para sair do personalismo silencioso, o isolacionismo e a timidez.
- delegar tarefas, mesmo que acredite que outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto nós.
                Como vemos é aprendizado de longa duração que devemos começar com humildade e contínua disposição de autoconhecimento.

Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux


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quarta-feira, 20 de julho de 2011

O AUTO PERDÃO II

                                  
Para nos libertarmos, tanto da culpa, quanto da desculpa, necessitamos cultivar o processo da ação responsável. Ele é fruto da observação amorosa, tanto de nós mesmos, quanto dos outros, pela qual nos responsabilizamos pelos nossos atos. Somente através do amor é que podemos nos libertar da culpa e da tentativa de fugir dela.
            A ação responsável é um processo de autoconsciência composto das seguintes atitudes: responsabilização, arrependimento, auto-análise, aprendizado e reparação.
            Todo ser humano ainda é imperfeito e, por isso, quando for realizar uma ação, sempre terá dois resultados possíveis: o acerto ou o erro. O acerto, dentro da visão transpessoal, será sempre um ato de amor diante da vida. O erro é um ato de desamor, evidente ou oculto. O culpismo é um processo de se tentar substituir um ato de desamor por outro ato de desamor. O desculpismo é a tentativa de substituir o desamor pelo pseudo-amor. Em ambos os movimentos, a conduta é pseudoconsciente e irresponsável.
            A ação responsável é um processo de auto-exame consciente de si mesmo, propiciador do autoperdão. Inicia-se com a autoconsciência, na qual a pessoa irá perceber os seus atos, classificando-os em acertos, quando estiverem em conformidade com a lei do amor e erros, quando forem provenientes do desamor e pseudo-amor. Ao se perceber em erro, ao invés de entrar no julgamento gerador do remorso ineficaz, proveniente da consciência desculpa, ou na tentativa infrutífera de fugir dela, o indivíduo tem uma atitude responsável, não de auto-acusação, mas de perceber que foi ele que cometeu aquele ato e somente ele poderá repará-lo. Após assumir a responsabilidade, segue-se o arrependimento, pois o erro praticado é um ato de desamor, portanto contrário às leis Divinas e, por isso, é necessário se arrepender de tê-lo cometido.
            Após se arrepender, inicia uma auto-análise do erro, buscando examiná-lo, isto é, refletir sobre o motivo pelo qual cometeu aquela ação equivocada, o que o levou a agir com desamor, para poder aprender com o erro. Percebamos, com isso, que o erro faz parte da pedagogia divina, pois, do contrário, Ele teria nos criado perfeitos para não errarmos. Se buscarmos  sempre no erro cometido um aprendizado, estaremos evoluindo, tanto com os acertos, quanto com os erros. No final, o que conta sempre, é a evolução do ser humano na busca da sua iluminação.
            Após buscar aprender com o erro, é necessário iniciar ações de reparação. A ação responsável diante da vida, exige que reparemos o desamor, transformando tais atitudes, em atos de amor. Portanto, o autoperdão não é uma simples anulação do erro, de forma fácil, como muitos pensam, mas uma ação consciente que requer responsabilidade, arrependimento, muita auto-análise, aprendizado e reparação, buscando praticar ações amorosas diante da vida, que vão substituindo o desamor e pseudo-amor, que existem em nós, por amor, transformando as energias egóicas em energias essenciais. Este é o movimento interno que propicia o autoperdão.
            Quem não se perdoa, carrega o fardo pesado da culpa desnecessariamente, como também, se não perdoa os outros, carrega o fardo pesado do ressentimento, da mágoa e do ódio, inutilmente. A vida se trona insuportável. No entanto, se o indivíduo assume a mansuetude e a humildade, poderá se dar oportunidade de refazer o caminho, através do autoperdão.
            “Autoperdão significa dar-se oportunidade de crescimento interior, de reparação dos prejuízos, de aceitação das próprias estruturas, que deverão ser fortalecidas. Graças a essa compreensão, torna-se mais fácil o perdão aos outros, sem discussão dos fatores que geraram o atrito, com olvido do incidente.”
            Somente cultivando o auto-amor é que iremos evoluir, e não odiando a nós mesmos, no processo de culpa. Quem se auto-ama, se enche de felicidade.
            Esta proposta dá trabalho. Ser feliz é trabalhoso, por isso a maioria das pessoas cultiva a culpa e a desculpa. Mas, cedo ou tarde, todos despertaremos para esse mecanismo produtivo de auto-renovação, buscando com o cultivo do amor e da felicidade, auxiliar o universo a crescer.
Do  livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                          


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terça-feira, 19 de julho de 2011

O AUTO PERDÃO I


            A culpa nos faz sentir uma situação que requer tratamento. A consciência de culpa não seria uma consciência, mas uma pseudoconsciência.
            Quando o indivíduo constata uma ação equivocada, ele tem dois movimentos: ou se fixa na conduta egóica, ou se fixa na conduta essencial consciente. Ação equivocada na abordagem transpessoal significativa todo ato de desamor, cometido contra si mesmo, outras pessoas ou seres, enfim contra a vida.
            Quando cometemos um erro, estamos assumindo uma postura egóica. Essa atitude equivocada pode acontecer por ignorância, ou por desprezo ao que é correto, ao que está em conformidade com os princípios da lei de amor. Toda atitude equivocada, tem a sua conseqüência e sempre arcaremos com ela.
            Vejamos o movimento egóico relativo à culpa e o movimento essencial para nos libertarmos dela.
            Todo movimento egóico tem duas polaridades: uma passiva e outra reativa. Na polaridade passiva, temos o desculpismo e na reativa, o culpismo.
            O processo do culpismo é formado por três atitudes: julgamento, condenação e punição, que pode ser tanto de si mesmo, como dos outros. Diante de um ato equivocado que possa ter cometido, a pessoa se autojulga, considerando a ação errada, por isso se autocondena e, posteriormente, se autopune para sofrer as conseqüências de seu erro. Para alguns, seguindo-se a autopunição, existe uma quarta atitude que é a da autopiedade, por se sentir uma coitada, sofrendo dolorosamente sem perdão. A mesma coisa fazemos com os erros dos outros: os julgamos, condenamos e punimos. Percebamos que este é um processo de pseudoconsciência ou de pseudo-responsabilidade, pois a pessoa não muda em nada o ato praticado com este movimento.
            O processo do desculpismo também é formado por três atitudes: julgamento, justificativa e irresponsabilidade. Diante de uma ato equivocado, a pessoa se autojulga, considerando a ação errada, mas ao invés de se autocondenar, como no processo anterior, entra numa atitude de se autojustificar, buscando culpar outras pessoas, reais ou imaginárias, ou a sociedade, o governo ou até Deus pelo seu equívoco, assumindo uma conduta irresponsável, que a faz fugir do erro praticado, como se isso fosse possível. Da mesma forma, também podemos usar o desculpismo com os outros. Quando percebemos algum comportamento errado nas pessoas, justificamos o erro de forma irresponsável. Normalmente isso acontece com pessoas próximas a nós que dizemos amar, mas que na verdade, envolvemos com pseudo-amor, tornando-nos coniventes com seus erros.
            Percebamos que, com estes dois movimentos, o indivíduo se fixa na conduta egóica, mantendo-se na inércia do erro, numa postura rígida e improdutiva. Ao cultivar a culpa e a desculpa, ele aprofunda o movimento egóico. Esses processos constituem um mecanismo psicológico que atesta a nossa inferioridade, resultado do orgulho e da preguiça. Porque toda modificação, exige um esforço. Quando se cai, exige-se um esforço para se levantar. Todo corpo precisa se esforçar para manter-se de pé. Ficar caído é mais cômodo. Além disso, causa nas pessoas uma comoção. Nesta postura de pseudo-amor, de autopiedade, a criatura recebe migalhas de afetividade. Quem se culpa, não assume a responsabilidade pela condução da sua vida. Constitui-se, num nível profundo, um movimento de fuga. É mais fácil sofrer e se sentir um coitado, do que tomar nas mãos a responsabilidade por construir a própria felicidade, pois isto só acontece com esforço pessoal.
            Quando o indivíduo se culpa pelo equívoco, este processo acaba por inibir o Ser Essencial, formando uma espécie de anel energético em torno dele, impedindo a sua expansão. Com isto, a pessoa impede que os próprios sentimentos egóicos que geraram a culpa, sejam transmutados. Este fato só ocorre através da expansão do Ser Essencial. Isso gera um círculo vicioso, no qual a incidência nos equívocos leva  à culpa, que ampliará as energias do ego, inibindo o Ser Essencial, gerando uma culpa ainda maior.

Do  livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

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SELO GANHO DA AMIGA MARIA ALICE



Selinho em comemoração ao prêmio Pena de Ouro ganho pela amiga Maria Alice com a poesia Precisamos. Convido os amigos para visitar seu blog e conhecer sua poesia.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

BLOGAGEM COLETIVA - FASES DA VIDA




MATURIDADE
                Em cada fase dessa blogagem, reflito o q marcou a mesma.Depois de muito pensar, descobri que o mais importante nesta fase foi o aprendizado do auto amor.
                Passei por vários momentos de decisão e mudança:
·         Divórcio
·         Mudança de cidade
·         Mudança de profissão
·         Voltar a estudar.

Divórcio - Passar pelo divórcio é terrível e desgastante, apesar de ter sido conversado e feito todos os acordos de forma tranqüila. Mas é um recomeçar, um redescobrir. Enfim, enfrentar a barra de viver sozinha em um país machista com uma filha pequena e toda a responsabilidade por sua criação. Mas valeu a pena. Depois que tudo passa, descobrimos o quanto somos capazes.

Mudança de cidade – Sempre detestei a cidade onde nasci. Grande, agressiva, onde a gente é um simples número.  Procurei uma cidade com a qual me identificasse. Achei. Fui me organizando e finalmente consegui. Foi outro momento difícil. Sem conhecimento, tendo que descobrir todas as coisas. Mas foi a melhor decisão de minha vida. Deixei de ser um número.

Mudança de profissão – Depois de um passo errado e um prejuízo financeiro, acabei tendo que morar de aluguel e achar uma casa para comprar dentro das minhas possibilidades. Depois de muito procurar, comprei uma casa muito feia e desarrumada.
Mas com potencial para reforma. Levei 2 anos e meio reformando-a.  E foi aí que descobri o quanto gosto de reforma residencial.

Voltar a estudar – Com a experiência da reforma, acabei fazendo outras reformas e senti a necessidade de voltar a estudar para aprender de fato. Prestei as provas e consegui passar. Me empenhei muito no curso, pois era uma coisa da qual gostava muito. E finalmente me formei.





Recomeçar várias etapas foi me dando forças e provando para mim mesma o quanto sou capaz.
Hoje, posso dizer que sou feliz. Consegui me realizar em minha profissão, morar em um lugar que adoro, criar a minha filha sozinha e ter uma casa feita por mim. Não é o máximo!
Ah! Devo dizer que isso não veio acompanhado de bens materiais, mas de conquistas espirituais, paz interior.

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domingo, 17 de julho de 2011

BLOGAGEM COLETIVA - PRIMEIRAS LEITURAS

                Recebi o convite do amigo Abraão para participar hoje da blogagem coletiva em comemoração ao 3º aniversário de seu blog http://abraaosousa.blogspot.com/
                A proposta é falar sobre as primeiras leituras.
                Comecei a me embrenhar no mundo dos livros aos 10 anos, quando conheci os personagens dos livros de Monteiro Lobato. Me apaixonei.

Sitio do Pica Pau Amarelo





                Meu primo possuía toda a coleção dele e um por um fui viajando em suas aventuras.
                Tomei gosto pela coisa e tornei-me sócia de uma biblioteca que havia perto de minha casa. Era freqüentadora assídua. E conheci vários e maravilhosos personagens e suas histórias.
                Os personagens que me marcaram nesse início foram:

                Robinson Crusóe








Tom Sawyer



Ceci e Peri do livro O Guarani




                Desde então, nunca mais parei de ler.



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sábado, 16 de julho de 2011

MEDO

            O medo pode ser definido como um estado psíquico de inquietação constante, agitação ou impaciência diante de um perigo real ou imaginário.
            O medo racional é saudável e necessário em nossa vida. Ele nos protege de nossa impulsividade e de nossos atos irrefletidos.
            No entanto, quando o medo é patológico, torna-se destrutivo e tem como resultado a imobilidade de nossas forças mais íntimas.
            Eis alguns sintomas emocionais de temores que nos complicam a existência:
  • Agitação mental – incapacidade de relaxar e silenciar internamente, sendo preciso reler a mesma página diversas vezes.
  • Pessimismo e insegurança – hesitação pertinaz em face não só das grandes como também da pequenas decisões existenciais.
  • Dissociação mental – esquecimento constante das coisas mais naturais e simples do cotidiano.
  • Agressividade exagerada – irritação contínua com tendência a atacar gratuitamente os outros com ofensas e insultos.
  • Vulnerabilidade – sensação freqüente de melancolia, com choro fácil e atmorfera de perseguição contumaz.
  • Comportamento compulsivo – uso de atos ritualísticos propensos ao perfeccionismo; início de várias atividades ao mesmo tempo, sem término de nenhuma.
  • Aura de fracasso – desculpa por qualquer coisa e sentimento de humilhação constante na frente dos outros.
  • Falta de motivação – crises de perda de interesse pela vida; sensação de desânimo.
  • Mente exaurida – isolação da vida social. A criatura só executa o que é estritamente necessário para a sua manutenção diária.
Não podemos afirmar que todos esses sintomas estão relacionados apenas com o medo, mas, quando algum deles ocorrer, é necessário estarmos alerta, pois o medo pode estar servindo de base às nossas emoções e atitudes perante a vida.
      O temor pode ser um ácido que venha consumir desnecessariamente nossas energias vitais.

UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed    


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sexta-feira, 15 de julho de 2011

DISCIPLINA DA VONTADE

                   
                Essa faculdade de representar um ato que pode ou não ser praticado, como definem os bons dicionaristas, a vontade tem que ser orientada mediante a disciplina mental, trabalhada com exercícios de meditação, através de pensamentos elevados, de forma que gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente do comum.
                Necessariamente são indispensáveis vários recursos que auxiliam a montagem dos equipamentos da vontade, a saber: paciência, perseverança, autoconfiança.
                A paciência ensina que todo trabalho começa, mas não se pode aguardar imediato término, porque, conquistada uma etapa, outra surge desafiadora, já que o ser não cessa de crescer. Somente através de um programa cuidadoso e continuado logra-se alcançar o objetivo que se busca.
                Tranquilamente se processa o trabalho de cada momento, abrindo-se novos horizontes que serão desbravados posteriormente, abandonando-se a pressa e não se permitindo afligir porque não se haja conseguido concluí-lo.
                A paciência é recurso que se treina com a insistência para dar continuidade a qualquer empreendimento, esperando-se que outros fatores, que independem da pessoa, contribuam para os resultados que se espera alcançar.
                Esse mecanismo é todo um resultado de esforço bem direcionado, consistindo no ritmo do trabalho que não deve ser interrompido.
                Lentamente são criados no inconsciente condicionamentos em favor da faculdade de esperar, aquietando as ansiedades perturbadoras e criando um clima de equilíbrio emocional no ser.
                Como qualquer outra conquista, a paciência exige treinamento, constância e fé na capacidade de realizar o trabalho, como requisitos indispensáveis para ser alcançada. Evita exorbitar nas exigências do crescimento íntimo, no começo, elaborando um programa que deve ser aplicado sem saltos, passo a passo, o que contribui para os resultados excelentes, que abrirão oportunidade a outras possibilidades de desenvolvimento pessoal.
                Surge, então, a perseverança como fator imprescindível à disciplina da vontade.
                A perseverança se apresenta como pertinácia, insistência no labor que se está ou se pretende executar, de forma que não se interrompa o curso programado. Mesmo quando os desafi9os se manifestam, a firmeza da decisão pela consciência do que se vai efetuar, faculta maior interesse no processo desenvolvido, propondo levar o projeto até o fim, sem que o desânimo encontre guarida ou trabalhe desfavoravelmente.
                Somente através da perseverança é que se consegue amoldar as ambições aos atos, tornando-os realizáveis, materializando-os, particularmente no que diz respeito àqueles de elevada qualidade moral, que resultam em bênçãos de qualquer natureza em favor do espírito.
                Quando não iniciado no dever, o indivíduo abandona os esforços que deve envidar para atingir as metas que persegue. Afirma-se sem o necessário valor moral para prosseguir, não obstante,quando se direciona para o prazer, para as acomodações que lhe agradam o paladar do comportamento doentio, deixa-se arrastar por eles, deslizando nos resvaladouros da insensatez, escusando-se à luta, porque, embora diga não se estar sentindo bem, apraz-lhe a situação, em mecanismo psicopatológico masoquista.
                É conquista da consciência desperta o esforço para perseverar nos objetivos elevados, que alçam o ser, do parasitismo intelectual e moral, ao campo no qual desabrocham os incontáveis recursos que lhe dormem no mundo íntimo, somente aguardando o despertamento que a sua vontade proponha.
                Como qualquer outro condicionamento, a perseverança decorre da insistência que se impõe o indivíduo, para alcançar os objetivos que o promovem e o dignificam. Ninguém existe sem ela ou incapaz de consegui-la, porque resulta apenas do desejo que se transforma em tentativa e que se realiza em atitude contínua de ação.
                Da conquista da paciência, face à perseverança que a completa, passa-se à autoconfiança, à certeza das possibilidades existentes que podem ser aplicadas em favor dos anseios íntimos. Desaparecem o medo e os mecanismos autopunitivos, auto-afligentes, que são fatores dissolventes do progresso, da evolução do ser.
                Mediante essa conquista, a vontade passa a ser comandada pela mente saudável, que discerne entre o que deve o pode fazer, quais são os objetivos da sua existência na Terra e como amadurecer emocional e psicologicamente, para enfrentar as vicissitudes, as dificuldades, os problemas que fazem parte de todo o desenrolar do crescimento interior.
                Nesse trabalho, a criança psicológica, adormecida no ser e que teima por ser acalentada, cede lugar ao adulto de vontade firme e confiante, que programa os seus atos trabalhando com afinco para conseguir resultados satisfatórios. Nessa empreitada ele não deseja triunfar sobre os outros, conquistar o mundo, tornar-se famoso, conduzir as massas, ser deificado, porque a sua é a luta para conquistar-se, realizar-se interiormente, de cujo esforço virão as outras posses, essas de secundária importância, mas que fazem parte também dos mecanismos existenciais, que constituem o desenvolvimento, o progresso da sociedade, o surgimento das suas lideranças, dos seus astros e construtores do futuro.
                Todo esse empreendimento resulta da vontade disciplinada, que se torna o mais notável instrumento de trabalho para a vitória da existência física do ser pensante na Terra.
                Equipado por esses instrumentos preciosos, começa o novo ciclo de amadurecimento da criatura humana, que agora aspira à conquista do universo, porquanto o seu cosmo íntimo já está sendo controlado.

Do livro: VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES                 
DIVALDO P. FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS


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quinta-feira, 14 de julho de 2011

LINDOS CASOS DE BEZERRA DE MENEZES


Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.
Desesperado - uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida - e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.
Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.
Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.
O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu-se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ALGUMAS DEFINIÇÕES


Benfeitor – é o que ajuda e passa.
Amigo – é o que ampara em silêncio.
Companheiro – é o que colabora sem constranger.
Renovador – é o que se renova para o bem.
Forte – é o que sabe esperar no trabalho pacífico.
Esclarecido – é o que se conhece.
Corajoso – é o que nada teme de si mesmo.
Defensor – é o que coopera sem perturbar.
Eficiente – é o que age em benefício de todos.
Vencedor – é o que vence a si mesmo.

Do livro: Agenda Cristã – Chico Xavier/André Luiz


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segunda-feira, 11 de julho de 2011

AGRESSIVIDADE II

A agressividade é herança cruel do medo ancestral, que remanesce no espírito desde priscas eras.

Não diluído pela segurança psicológica adquirida mediante a fé religiosa, a reflexão, a psicoterapia acadêmica, a oração, domina os recônditos do sentimento e exterioriza-se de forma infeliz na agressividade.

A ausência dos diálogos domésticos saudáveis entre pais, filhos e cônjuges ou parceiros, que se agridem mutuamente, sempre ressentidos, extrapolam do lar em direção à via pública transformada em campo de batalha, seguindo no rumo do local de trabalho, e até aos clubes de recreação em contínuo destrambelho das emoções.

Nesse contubérnio afligente, espíritos irresponsáveis e frívolos aproveitam-se das vibrações deletérias e misturam-se com esses combatentes perturbados, aumentando-lhes a ferocidade e estimulando-lhes os instintos inferiores.

O resultado são os crimes hediondos, asselvajados, estarrecedores, que aumentam o índice de maldade em razão da ingestão de bebidas alcoólicas, de drogas alucinantes e fatais...
A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada pela agressividade e pelo desrespeito moral que assolam sem freio.

Sem dúvida, estudiosos do comportamento, educadores sinceros e devotados, religiosos abnegados, pensadores sensatos e sociólogos lúcidos vêm investindo os seus melhores recursos na construção da nova mentalidade saudável, em tentativas ainda não vitoriosas para a reversão do quadro aparvalhante, confiantes, no entanto, nos resultados futuros.

O progresso moral é lento e exige sacrifícios de todos os cidadãos que aspiram pela felicidade e pela harmonia na Terra.

As respeitáveis contribuições da ciência e da tecnologia, valiosas sob qualquer aspecto consideradas, respondem por muitas modificações das estruturas ultramontanas, suprimindo a ignorância e o primitivismo Nada obstante, também são usadas para o crime de várias denominações, especialmente pelos veículos da mídia: os periódicos, a internet, a televisão, assim como o teatro e o cinema, com a sua complexa penetração nas massas, às vezes usados vergonhosamente e sem nenhum controle, oferecendo campo de vulgaridades e informações que preparam delinqüentes e viciosos...

A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se gravemente enferma, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá no momento próprio oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde após a exaustão pelas dores...

Instala-se, desse modo, lentamente, o período da paz, da brandura, da fraternidade.

Sofrido, o ser humano ver-se-á compelido a fazer a viagem de volta às questões simples e afáveis, à amizade e à ternura, qual filho pródigo de retorno ao lar paterno após as extravagantes experiências que se permitiu.

Que se não demorem esses dias, que dependerão do livre-arbítrio dos indivíduos em particular e da sociedade em geral, embora o progresso seja inevitável, apressando-se ou retardando-se em razão das opções humanas.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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domingo, 10 de julho de 2011

AGRESSIVIDADE I


            Vivem-se na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe terrestre.
            O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do comportamento humano e da convivência social.
            Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.
            A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz.
            As pessoas mal se suportam umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado.
            Explica-se que muitos fatores sociológicos são os responsáveis pelas ocorrências infelizes.
            Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão e a ansiedade como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações agressivas que os armam de violência e de perversidade.
            A cultura e a ética não têm conseguido acalmar os ânimos, deixando que a arrogância e a presunção enganosas tomem conta dos incautos que se lhes submetem docemente.
            Os relacionamentos sem afetividade real, estimulados por interesses nem sempre nobres, tornam-se rápidos, diluindo-se com facilidade, quando não se transformam em antagonismos, em decorrência de alguma negativa que se torna oportuna e é direcionada ao outro.
            A maledicência perversa grassa nos arraiais dos grupos, minando as bases frágeis das amizades superficiais, e, não poucas vezes, transformando-se em calúnias insidiosas. Mesmo entre as pessoas vinculadas às doutrinas religiosas libertadoras que se baseiam no amor e na caridade, no respeito ao próximo e no culto aos deveres morais, o vício infeliz permanece destruidor.
            Armando-se de mau humor, não poucos homens e mulheres externa m o enfado ou os sentimentos controvertidos em que se consomem, dando lugar a situações vexatórias. Em mecanismo de transferência psicológica atiram os conflitos à responsabilidade dos outros, como se estivessem desforçando-se da inveja que experimentam em relação a eles.
            Aumenta assustadoramente a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva.
            Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.
            As autoridades dizem-se atadas a dificuldades quase insuperáveis em razão do suborno, do tráfico de drogas, dos desafios administrativos, da ausência de pessoal habilitado para os enfrentamentos, falhado, quase sempre, nas providências tomadas.
            Permanecem, desse modo, os comportamentos infelizes nos lares, nos educandários, nas vias públicas, no trabalho...
            A agressividade é doença da alma que deve merecer cuidados muito especiais desde a infância, educando-se o iniciante na experiência terrestre, de forma que possa dispor de recursos para vencer a inferioridade moral que traz de existências transatas ou que adquire na convivência doentia da família...

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis




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