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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 19 de julho de 2011

O AUTO PERDÃO I


            A culpa nos faz sentir uma situação que requer tratamento. A consciência de culpa não seria uma consciência, mas uma pseudoconsciência.
            Quando o indivíduo constata uma ação equivocada, ele tem dois movimentos: ou se fixa na conduta egóica, ou se fixa na conduta essencial consciente. Ação equivocada na abordagem transpessoal significativa todo ato de desamor, cometido contra si mesmo, outras pessoas ou seres, enfim contra a vida.
            Quando cometemos um erro, estamos assumindo uma postura egóica. Essa atitude equivocada pode acontecer por ignorância, ou por desprezo ao que é correto, ao que está em conformidade com os princípios da lei de amor. Toda atitude equivocada, tem a sua conseqüência e sempre arcaremos com ela.
            Vejamos o movimento egóico relativo à culpa e o movimento essencial para nos libertarmos dela.
            Todo movimento egóico tem duas polaridades: uma passiva e outra reativa. Na polaridade passiva, temos o desculpismo e na reativa, o culpismo.
            O processo do culpismo é formado por três atitudes: julgamento, condenação e punição, que pode ser tanto de si mesmo, como dos outros. Diante de um ato equivocado que possa ter cometido, a pessoa se autojulga, considerando a ação errada, por isso se autocondena e, posteriormente, se autopune para sofrer as conseqüências de seu erro. Para alguns, seguindo-se a autopunição, existe uma quarta atitude que é a da autopiedade, por se sentir uma coitada, sofrendo dolorosamente sem perdão. A mesma coisa fazemos com os erros dos outros: os julgamos, condenamos e punimos. Percebamos que este é um processo de pseudoconsciência ou de pseudo-responsabilidade, pois a pessoa não muda em nada o ato praticado com este movimento.
            O processo do desculpismo também é formado por três atitudes: julgamento, justificativa e irresponsabilidade. Diante de uma ato equivocado, a pessoa se autojulga, considerando a ação errada, mas ao invés de se autocondenar, como no processo anterior, entra numa atitude de se autojustificar, buscando culpar outras pessoas, reais ou imaginárias, ou a sociedade, o governo ou até Deus pelo seu equívoco, assumindo uma conduta irresponsável, que a faz fugir do erro praticado, como se isso fosse possível. Da mesma forma, também podemos usar o desculpismo com os outros. Quando percebemos algum comportamento errado nas pessoas, justificamos o erro de forma irresponsável. Normalmente isso acontece com pessoas próximas a nós que dizemos amar, mas que na verdade, envolvemos com pseudo-amor, tornando-nos coniventes com seus erros.
            Percebamos que, com estes dois movimentos, o indivíduo se fixa na conduta egóica, mantendo-se na inércia do erro, numa postura rígida e improdutiva. Ao cultivar a culpa e a desculpa, ele aprofunda o movimento egóico. Esses processos constituem um mecanismo psicológico que atesta a nossa inferioridade, resultado do orgulho e da preguiça. Porque toda modificação, exige um esforço. Quando se cai, exige-se um esforço para se levantar. Todo corpo precisa se esforçar para manter-se de pé. Ficar caído é mais cômodo. Além disso, causa nas pessoas uma comoção. Nesta postura de pseudo-amor, de autopiedade, a criatura recebe migalhas de afetividade. Quem se culpa, não assume a responsabilidade pela condução da sua vida. Constitui-se, num nível profundo, um movimento de fuga. É mais fácil sofrer e se sentir um coitado, do que tomar nas mãos a responsabilidade por construir a própria felicidade, pois isto só acontece com esforço pessoal.
            Quando o indivíduo se culpa pelo equívoco, este processo acaba por inibir o Ser Essencial, formando uma espécie de anel energético em torno dele, impedindo a sua expansão. Com isto, a pessoa impede que os próprios sentimentos egóicos que geraram a culpa, sejam transmutados. Este fato só ocorre através da expansão do Ser Essencial. Isso gera um círculo vicioso, no qual a incidência nos equívocos leva  à culpa, que ampliará as energias do ego, inibindo o Ser Essencial, gerando uma culpa ainda maior.

Do  livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

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Um comentário:

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Denise uma mensagem que muito nos auxilia, realmente das duas formas se culpando ou desculpando Está errado, acredito eu que devemos nos conscientizar do erro, não jogar a culpa em ninguém, assumirmos mas ao invés de nos culparmos tentarmos consertar ou se não dá mais fazer uma analise e realmente tentar mudar a postura para que não cometamos novamente o mesmo erro, penso que seria assim, beijos Luconi