Grande, é ainda o número dos ímprobos; que nada
poderão contra a ética da nova geração que surge. Os desonestos irão
desaparecer aos poucos, mas ainda defenderão palmo a palmo os seus obscuros
interesses de poder e tramoias.
Não nos enganemos, haverá, um embate moral
inevitável, desigual da geração degradada e já envelhecida, a cair em
frangalhos, contra o futuro da nova geração de seres audazes e incorruptíveis.
Hoje no Brasil vemos com clareza quem é quem nesse cenário.
Para que haja paz em nosso país, preciso é que
somente a povoem espíritos bons, encarnados e desencarnados. É chegado o tempo
das grandes debandadas dos que praticam o mal pelo mal. Serão excluídos, para
não ocasionarem perturbação e obstáculo ao progresso.
Após a desencarnação, muitos irão expiar em mundos
inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas. A época atual é sem
dúvida de transição; confundem-se os personagens das duas gerações. Assistimos
á partida de uma e à chegada da outra. Têm ideias e pontos de vista opostos as
duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém
sobretudo das disposições intuitivas e inatas, cabendo-lhe (nova geração)
fundar a era do progresso moral.
A nova geração se distingue por coragem, inteligência
e talentos precoces, tem sentimento inato da honestidade. Já os corrompidos
ainda trazem a maldade, a malícia, a mentira. Em face disso tem de ser
expurgados porque são incompatíveis com o império da honradez, da fraternidade
e porque o contato com eles (os corruptos e corruptores) constituirá sempre um
sofrimento para os bons.
Quando o Brasil se achar livre dos desmoralizados, os
homens de bem caminharão sem óbices para o futuro melhor. Opera-se
presentemente um desses movimentos gerais dos tempos que chegaram, destinados a
realizar uma higienização e remodelação moral da sociedade brasileira.
Jorge Hessen
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – dez/2016
imagem: google