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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 30 de setembro de 2014

JESUS E SOFRIMENTOS III

No episódio do paralítico, que foi descido pelo telhado e posto ao Seu lado, como em outros variados, as duas questões são postas em evidência pelo Mestre.
À pergunta direta: “Tu crês que eu te posso curar?”, o doente respondeu: “Sim”, demonstrando a fé que o dominava, ao mesmo tempo retratando querer recuperar a saúde, tal o esforço empreendido para estar ali.
Movimentara amigos e pessoas solidárias; submetera-se ao desconforto de ser conduzido; tivera aumentadas as dores, e, porque queria conseguiu.
Sensibilizado por tal esforço, Jesus o libertou da doença, de que ele, sem revolta, desejava despojar-se.
Nas tuas dificuldades e dores, abandona a complacência para com elas e toma a segura decisão de querer ser feliz e crer que o conseguirás.
Nada te impede o tentame. Basta que estabeleças, no íntimo, o desejo forte de libertação.
Sacudido pela dúvida, rechaça-a.
Perturbado pelo pessimismo, contempla os triunfadores que lutaram antes de ti.
Não lhes foi diverso o esforço para a vitória.
Sucede que iniciaram o labor sem que o soubesses e agora vês somente o seu resultado.
Ademais, apela para Jesus com firmeza, certo de que a tua rogativa não ficará sem resposta, e abre-te ao influxo da força restauradora, não lhe opondo barreiras.
Se queres a paz e a saúde, e crês na sua imediata conquista, não adieis o teu momento de consegui-las, pois este é agora.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagens: google

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

JESUS E SOFRIMENTOS II

O crer é uma decisão grave, de maturidade emocional e humana.
A crença vive inata no homem, aguardando os estímulos que a façam desabrochar-se, enriquecendo de forças a vida.
Há uma crença automática, natural, herança arquetípica das gerações passadas, que induz à aceitação dos fatos, das ideias e experiências, sem análise racional. E existe aqueloutra, que é resultado da elaboração da lógica, das evidências dos acontecimentos com os quais a razão anui.
Crê-se, portanto, por instinto e por conhecimento experimental.
Quando se quer, despojado de dúvida, a crença no êxito já se encontra no bojo do desejo exteriorizado.
O receio aí não tem guarida, nem as vacilações produzem desconfiança.
A paisagem mental irisa-se de luz e os componentes da infelicidade se diluem sob os raios poderosos da vontade bem dirigida.
Querer e crer conduzem à luta, mediante a decisão de sair da furna sombria para o campo do êxito.
Após o logro feliz, devem prosseguir estes dois valores morais comandando a integridade emocional, para impedir a recidiva.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: google

domingo, 28 de setembro de 2014

JESUS E SOFRIMENTOS I

Quando procurado pelos portadores de enfermidades, Jesus sempre os inquiria se realmente desejavam a saúde, ou criam que Ele os poderia curar.
Era de fundamental importância para o restabelecimento do enfermo a sua segurança íntima sobre estes dois requisitos: querer e crer.
Complementando-se um no outro, tornam-se essenciais para o restabelecimento físico e psíquico do candidato à cura.
O querer em profundidade, sem reservas, altera completamente o quadro psicofísico do indivíduo, que se transfere do estado inarmônico em que se encontra para o de equilíbrio, auxiliando o organismo na restauração dos seus equipamentos danificados.
A doença não é mais do que um sintoma do desarranjo do Espírito, em realidade o portador da mesma.
O ato de querer libera-o dos elementos perniciosos, geradores dos distúrbios que se apresentam na emoção, na mente e no corpo.
Querer é decidir-se, abandonando a acomodação parasitária ou o medo de assumir responsabilidades novas perante a vida, desse modo arrebentando as cadeias da revolta persistente, da autocompaixão, das sombras nas quais o indivíduo se oculta.
Quem quer, investe; e ao fazê-lo, age de forma a colher os resultados almejados.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: google

sábado, 27 de setembro de 2014

SEMPRE COM DEUS III

                Ocorrem, na mesma ordem, as intervenções divinas, quando se opera pelo enobrecimento.
                O plano bem estabelecido, que periga, subitamente conquista uma ajuda imprevisível tornando-se superior investimento de êxito.
O trabalho nobre, que recebeu acurada atenção e periclita no azado instante, é sustentado por insuspeitável socorro, prosseguindo em pauta de benemerência.
O desastre, que se consumava em determinada hora apoia-se em inesperada ocorrência, que impede a derrocada, salvando a situação.
Entrega tua vida a Deus e nEle confia sem reservas.
Produze o melhor, que te seja possível, permitindo-te a alegria de servir incansavelmente.
Nenhum mal que triunfe, sejam quais forem os cuidados de que se revista.
Bem algum que não se possa fazer nas situações danosas.
Quem se entrega a Deus conscientemente, em Deus se move e age, marchado com segurança para Ele.
Na esfera das tuas aspirações superiores, quando o desânimo te ciciar descoroçoamento e abandono da tarefa, em razão das aparentes multiplicadas dificuldades, insiste, contando com o imprevisível, o insuspeitável e o inesperado que virão em teu socorro.
Os que agem mal, embora não os aguardem, não se furtarão à sua intercorrência.
Continua, portanto, contando com Deus, sempre.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

SEMPRE COM DEUS II

                Na aplicação de um projeto bem organizado, com as suas implicações maléficas, no instante de tornar-se realidade, defronta o inesperado que frustra todo ou parte do esforço colocado a serviço das paixões subalternas do homem.
                O inesperado deve ser levado em conta como a ocorrência divina trabalhando pela ordem.
                É certo que sucedem, vezes sem conta, aparentes êxitos em tais acontecimentos inditosos.
                Quando tal ocorre, pode-se retirar proveitosos benefícios, que bem aplicados rendem juros de progresso, de elevação, para aqueles que padecem a penosa injunção.
                Tudo, diante das sábias Leis da Vida, obedece à superior programática, mesmo quando parecem constipações para o mal, porquanto o bom ceifeiro de um mal sempre retira um grande bem.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

SEMPRE COM DEUS I

                As mentes hábeis, que urdem planos perniciosos objetivando fruir êxito em empreendimentos infelizes, por mais cuidados e minudentes programas, não fogem ao imprevisível, exatamente pela impossibilidade de lograrem a perfeição.
                Em razão disso, o imprevisível é a presença divina, surpreendendo a infração.
                Elaboradas ações com minúcias e sofisticação, no instante de serem postas em prática, não se realizam sem a ocorrência do insuspeitável, que na sua expressão surpreendente põe por terra toda uma larga movimentação de forças.
                O insuspeitável pode ser considerado como a interferência divina sempre vigilante.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: Google

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

COBIÇA

O maior dos infortúnios
Na provação dos mortais:
Esquecer o que se tem
Para querer sempre mais.


Fonte: Antologia da Criança – Sabino Batista/Chico Xavier
imagem: google

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O HOMEM NO MUNDO

(J. Herculano Pires)
O Espiritismo é um processo de integração do homem no mundo e não de fuga. Todas as formas de isolamento social e de segregação religiosa são condenadas pela doutrina. Os resíduos do sectarismo religioso, alimentados em varias encarnações, permanecem ainda bastante ativos em alguns adeptos, fazendo-os sonhar com um isolacionismo sectário que atenta contra a
própria essência dos ensinos espíritas. E o fermento velho a que se referiu Jesus, como vemos no Evangelho.
O Cristianismo teve de enfrentar esse mesmo problema em seu desenvolvimento. E, apesar da vitoria das correntes cristãs mais ativas, não foi possível evitar-se a criação de ordens e congregações dedicadas a vida contemplativa, empenhadas na fuga ao mundo para o encontro com Deus. Essa tendência à fuga é característica das religiões orientais. Basta compararmos a vida contemplativa e os ensinos disciplinares de Buda com a vida ativa e os ensinos morais do Cristo, para vermos a diferença entre o espírito oriental e o espírito ocidental nas religiões.
Na mensagem intitulada “O homem no mundo”, constante do capitulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos o seguinte trecho: “Não penseis que, ao vos exortar a prece e a evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística que vos mantenha fora das leis da sociedade. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens. Sacrificai-vos as necessidades e até mesmo as frivolidades de cada dia, mas fazei-o com o sentimento de pureza que as possa purificar”. E no capitulo “A Lei de Sociedade”, de O Livro dos Espíritos, a afirmação e taxativa: “Os homens são feitos para viver em sociedade”.
Os médiuns e doutrinadores espíritas tem uma missão eminentemente social. Para bem cumprir essa missão devem servir-se de todos os meios, os mais eficientes possíveis, de divulgação da doutrina. E foi o próprio Jesus quem ensinou que não devemos esconder a lâmpada embaixo da cama, mas coloca-la no alto, para que ilumine a todos.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

REPRESSÃO II

                Adultos imaturos do ponto de vista espiritual reprimem os impulsos sexuais nas crianças, atribuindo malícia ou precocidade, por desconhecerem que as energias sexuais são forças criativas inerentes aos seres humanos e importantíssimas para seu desenvolvimento psicoemocional.
                Desconhecem ainda que somente pequena parte dessa energia age na atividade sexual propriamente dita. O restante dessa força criativa se generaliza nas manifestações das atividades sociais, intelectuais, físicas, emocionais e espirituais do indivíduo. Ao inibirem um setor, estão comprometendo o todo, quer dizer. Os seres humanos não funcionam por partes separadas, mas num processo de interdependência. Não podemos tocar num elemento sem afetarmos todo o crescimento psicológico em evolução.
                Que se deve pensar das mutilações operadas no corpo do homem. A Deus não pode agradar o que seja inútil e o que for nocivo lhe será sempre desagradável. Deus só é sensível aos sentimentos que elevam para ele a alma. Obedecendo-lhe à lei e não a violando é que podereis forrar-vos ao jugo da vossa matéria terrestre.
                A energia sexual pode trazer satisfações tanto nas atividades afetivas e emocionais quanto em quaisquer das atividades intelectuais, espirituais e orgânicas, proporcionando ao indivíduo uma sensação de bem-estar e facilitando sua criatividade.
                A idéia de sexualidade proposta pela Doutrina Espírita, há mais de cento e quarenta anos, encontra apoio nas modernas teorias psicológicas, leva o indivíduo a uma ótica transcendente do sexo e o faz abandonar essa visão simplista, biológica e materialista a que ele sempre foi relegado.
                Entendemos por mutilação não somente a privação ou a destruição visível de partes do nosso corpo, mas também a ocorrida de forma imperceptível, oculta ou velada.
                Podemos cobrir os impulsos sexuais com o manto da simulação. Substituímo-los por outros, inventamos desculpas e álibis convincentes para ocultá-los de nós mesmos e dos outros; porém, eles não desaparecem.
                As mutilações de qualquer gênero são sempre uma repressão cruel e violenta Às leis naturais da vida; no entanto, todos nós somos convocados a planejar uma vida sexual equilibrada.
                Abstenção imposta gera desequilíbrio, mas a educação, aliada ao controle e à responsabilidade, será sempre a meta segura para o emprego respeitável e nobre das forças sexuais.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: tiagorattes.blogspot.com

domingo, 21 de setembro de 2014

REPRESSÃO I

                Os espíritos transitam por uma escala vastíssima de reencarnações, através dos milênios, ocupando posições ora masculinas ora femininas, o que lhes confere, geralmente, certas características bissexuais. Ser homem ou mulher é uma transitoriedade do mundo físico.
                Além das diversidades biológicas, naturais e inerentes dos corpos masculinos e femininos, encontramos outras tantas nas áreas psíquicas, sociais e reencarnatórias. Todas essas diferenças sofrem as pressões das regras sociais da educação vigente e dos costumes de uma época, juntamente com a ação das glândulas sexuais. Isso nos leva a classificar as atitudes humanas com certas predominâncias, masculinas ou femininas.
                Os espíritos não tem sexo; portanto, em toda personalidade humana existem traços de masculinidade e de feminilidade. Isso não quer dizer que uma mulher com traços masculinos seja anormal, mas sim que existem aspectos sexuais típicos e diferentes em cada criatura.
                Na infância, os pais se encarregam de transmitir às crianças as primeiras noções sobre sexualidade, mas nem sempre guiam seus filhos para um bom entendimento das faculdades genésicas. Em muitas ocasiões, fixam preconceitos na mente infantil, os quais, mais tarde, gerarão diversos desequilíbrios da libido.
                As religiões ortodoxas e controladoras atribuem ao sexo uma proibição divina. Afirmam que todos os seres humanos nascem com o pecado original, ou seja, pelos erros sexuais cometidos por Adão e Eva, considerados como os pais da humanidade, e que todos precisam ser purificados pelo batismo. Colocam ainda a abstenção sexual como condição imprescindível para se atingir a santidade, olvidando-se de que tudo o que existe na natureza foi gerado por Deus e que a sexualidade é parte integrante de nossa criação divina.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: ensinoinfantilnumclique.wordpress.com

sábado, 20 de setembro de 2014

DEVER E TRABALHO

O compromisso de trabalho inclui o dever de associar‐se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.

Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.

Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.

A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.

Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.

Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.

Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.

Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: ulbra-to.br

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

SOBRE A BÍBLIA

               Bíblia vem do termo grego bíblia, cujos significados podem ser tanto pequeno livro como, neste caso mais específico, coleção de livros. Assim, precisamos compreender que a Bíblia Sagrada, é um conjunto de livros que foram reunidos num único volume. Ela é dividida em duas partes: a primeira, denominada Velho Testamento, congrega os textos sagrados do povo hebreu, através dos livros A Lei, Os Profetas e Os Escritos. A Lei é um conjunto dos cinco primeiros livros, escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, também chamados de Pentateuco. Os Profetas são divididos por textos sobre os chamados Profetas Maiores, que são: Josué, Juízes, 1 – 2 Samuel e 1 – 2 Reis; e em Profetas Menores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Ageu, Zacarias e Malaquias. Os Escritos são compostos dos livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e 1 – 2 Crônicas.
                Depois, graças ao surgimento e crescimento do cristianismo no mundo antigo, foram incorporados às Antigas Escrituras os textos que relatavam o nascimento e a vida de Jesus, complementados pelas ações dos apóstolos e discípulos, as cartas dos primeiros lideres e ainda, um livro profético. Trata-se do chamado Novo Testamento, cuja primeira parte seriam os relatos dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João foram apóstolos do Mestre Jesus e testemunhas oculares do que relatam, enquanto Marcos, denominado também como João Marcos, só escreveu depois da crucificação de Jesus, baseado nas lembranças do Apostolo Pedro, e Lucas, dileto discípulo de Paulo de Tarso, baseou-se, principalmente, nas lembranças de Maria, mãe de Jesus.
                Existe ainda o livro Atos dos Apóstolos, que começa com o Pentecostes e segue atento à vida e às viagens de Paulo de Tarso, abrangendo um período de 33 anos após a crucificação de Jesus. Posteriormente, vem as Epístolas, textos doutrinários em forma de cartas, sendo as Paulinas escritas por Paulo para as igrejas recém fundadas e também endereçadas aos discípulos; enquanto que as Universais foram escritas por Tiago, Judas Tadeu, Pedro e João Evangelista. Fecha o Novo Testamento, o Apocalipse de São João, cheio de símbolos e visões proféticas relativas ao final dos tempos.
                Com relação ao Velho Testamento, a Doutrina Espírita divisa a Lei Mosaica, desmembrando-a em seus dois aspectos mais significativos. O primeiro, é o aspecto divino das revelações à Moisés, fruto de sua excepcional mediunidade. O segundo aspecto é a necessidade que o patriarca possuía de disciplinar um povo rude, ignorante, escravo e miscigenado, o que fez com que ele elaborasse um conjunto de leis divinas, para assegurar a paz e a convivência. A divindade se revelou por intermédio dos Dez Mandamentos, que, mais tarde, seriam a base para os direitos humanos em grande parte das civilizações modernas. Este decálogo foi brilhantemente simplificado por Jesus, quando disse que toda a lei e os profetas estariam contidos no axioma: Ama a teu Deus sobre todas as coisas e ao próximo, como a ti mesmo. No outro viés, as leis mosaicas regiam as relações ente os indivíduos do povo judeu, para tornar possível a travessia do deserto e o início da vida na Terra Prometida, Canaã.
                Desta forma, enquanto as leis divinas permanecem imutáveis, as humanas, com o desenvolvimento das civilizações, vão se modificando. Assim, na quase totalidade das nações, na não se apedrejam as mulheres adúlteras, nem se exigem mais o sacrifício de animais para Deus e inúmeros outros ditames de Moisés, cuja aplicação era adequada aos remotos tempos.

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – maio/2014
imagem: altorosario.blogspot.com


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

COLHER E GARGANTA

Cap. IX – Item 2
Imaginemos a língua como sendo a colher do sentimento.
Mentalizemos o ouvido por garganta da alma.
Tudo o que falamos é ingrediente para a digestão espiritual.
Bondade é pão invisível.
Gentileza é água pura.
Otimismo é reconstituinte.
Consolação é analgésico.
Esclarecimento construtivo é vitamina mental.
Paciência é antitóxico.
Perdão é cirurgia reajustante.
Queixa é vinagre.
Censura é pimenta.
Crueldade é veneno.
Calúnia é corrosivo.
Conversa inútil é excedente enfermiço.
Maledicência é comida deteriorada.
Falando, edificamos.
Falando, destruímos.
Falando, ferimos.
Falando, medicamos.
Falando, curamos.
Disse o Divino Mestre: “Bem-aventurados os pacificadores...”
Usemos para com os outros o alimento da paz, porque, estendendo paz aos outros, asseguramos paz a nós mesmos. E, com a paz, conseguiremos possuir espaço e tempo terrestres, em dimensões maiores, para que aprendamos e possamos, realmente, servir.
Hilário Silva

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: querido.com.br

terça-feira, 16 de setembro de 2014

NUVENS

“E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a ele
ouvi.” — (LUCAS, capítulo 9, versículo 35.)

O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte. São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.
Por vezes, desespera-se envenenando as fontes da própria vida.
Desejaria, invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e
luminosas estrelas que lhe embelezassem a noite.
No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.
Conta-nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.
Encontravam-se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz.
Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro.
Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina: “Este é o meu amado Filho, a ele ouvi!”
Manifestava-se a palavra do Céu, na sombra temporária.
A existência terrestre, efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos difíceis.
As penas e os dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: portalhiperon.blogspot.com

domingo, 14 de setembro de 2014

JESUS E INSEGURANÇA III

Jesus ensina como deve o homem lograr a sua evolução psíquica, que deve ser desenvolvida simultaneamente com a orgânica, o que demanda tempo. E por isso, não apresenta receita salvacionista ou simplista, de ocasião. Antes, propõe o amadurecimento pelo esforço constante mediante avanços e recuos para fixar o aprendizado e prosseguir até a meta final.
Saber aguardar, esforçando-se, é uma lei que lhe faculta a vitória.
Desejando segurança na vida, busca Jesus e a Ele confia os teus planos.
Faze a parte que te diz respeito e não desfaleças na conquista dos objetivos que parecem distantes.
Retempera o ânimo e persevera.
A segurança te virá como efeito da paz que te luarizará o coração, servindo de estímulo para todas as tuas futuras conquistas.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: somosfilhosdaluzsementedasestrelas.blogspot.com


sábado, 13 de setembro de 2014

JESUS E INSEGURANÇA II

Compreendendo o primitivismo em que se debatia a humanidade do Seu tempo, Jesus percebeu quão difícil seria a implantação da paz nos corações e quantas lágrimas seriam vertidas, a fim de que tal acontecesse.
Por esta razão, previu as catástrofes e hecatombes que as criaturas desencadeariam, bem como as incontáveis aflições que se imporiam, aprendendo lentamente o respeito pela vida, conforme relata o Seu discípulo no “sermão profético”.
Ofereceu, porém, uma perspectiva de paz, ao afirmar que “aquele que perseverar até o fim, será salvo”.
A salvação, aqui, deve ser tomada como um estado de consciência tranquila, de autodescobrimento, em que o mundo interior assoma, governando os impulsos desordenados e harmonizando o indivíduo.
Salvo está aquele que sabe quem é, o que veio fazer no mundo, como realizá-lo, e, confiante, se entrega à realização do compromisso estabelecido.
A responsabilidade faculta-lhe segurança relativa para o desempenho da atividade a que se vincula.
Cada pessoa tem um compromisso específico na vida e com a vida. Jesus no-lo demonstrou, e o Seu, foi de construção do “reino de Deus” na Terra.
Não se deteve e nunca postergou essa realização.
Da mesma forma, a segurança pessoal e coletiva resulta do grau de comprometimento do indivíduo, bem como do grupo social.
Ele atestou a segurança que o caracterizava em todos os momentos, por estar comprometido sem restrições.
Propunha: “Credes em Deus? Crede também em mim”. “Ide e pregai”; “Tomai sobre vós o meu fardo e aprendei comigo, que sou manso e humilde de coração”.
Inúmeras vezes, o seu comprometimento com a Verdade desvelava-Lhe a segurança que O sustentava na ação.
Sem demonstrar agressividade ou teimosia, a Sua certeza era tranquila, a Sua determinação imbatível.
A segurança do Mestre acalmava aqueles que se Lhe apoiavam, que confiavam nEle.
Sempre tranquilo, irradiava essa segurança, que mimetizava quantos se lhe entregavam, até mesmo diante do martírio que enfrentavam com desassombro.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: sol2611.wordpress.com

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

JESUS E INSEGURANÇA I

Segurança, na Terra, é conquista muito difícil e remota.
Face à condição de ser “planeta de provas e expiações”, o processo evolutivo sempre se apresenta exigindo árduos esforços nas lutas em que todos se devem empenhar.
Igualmente, a constituição somática frágil, sujeita a muitos fatores que a agridem, proporciona estados transitórios de harmonia, alterados por desgastes, desajustes e renovação constante de peças.
Do ponto de vista emocional, as heranças que jazem no Espírito, responsáveis pelo seu crescimento, surgem e ressurgem em forma de angústias e alegrias, que se sucedem, umas às outras, até o momento da libertação.
Além disso, o estágio moral em que transitam os indivíduos não lhes tem permitido liberar-se dos seus instintos agressivos, que os levam às neuroses, às paranóias, às enfermidades mentais, à violência.
Multiplicam-se, em conseqüência, os crimes com celeridade incontrolável, ao tempo em que os mecanismos de repressão igualmente se tornam desumanos, tornando o mundo todo uma imensa arena na qual se digladiam as forças antagônicas em belicosidade incessante, volumosa.
O mercado do sexo, das drogas, dos vícios em geral, vem enlouquecendo as populações, e a insegurança do homem se torna um fenômeno quase normal.
Todos tentam conviver com ela, acostumar-se, quase aguardando a vez de cada um ser agredido.
Instala-se, no íntimo, a desconfiança, e todo um séquito de famanazes a segue, dominando, a pouco e pouco, as paisagens psicológicas do homem.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: www.comexblog.com.br

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

MORRER PARA VIVER III

                Ante Jesus, na cruz da ignomínia, Maria e quantos O amavam, choraram.
                Misturavam-se a saudade e a dor, diante da consumação do adeus corporal, no entanto, logo depois, pleno de vida, Ele volveu ao convívio maternal e ao dos seus amigos, demonstrando a perenidade da Vida.
Confia na ressurreição em triunfo e prepara-te para a alegria da sobrevivência.
O apóstolo Paulo, emocionado, exclamou: - “Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde esta, ó morte, o teu aguilhão?”
E iluminado de Assis, pacificando e confiante, asseverou na sua Oração Simples: - “Porque é morrendo, que nascemos para a vida eterna.”
Teus mortos queridos estão vivos e aguardam o momento em que, terminados os teus compromissos terrenos, marcharás na direção do reencontro feliz e perene.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: carlalindolfo.wordpress.com

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

MORRER PARA VIVER II

                Programa as tuas atividades contando com o fenômeno inexorável da morte.
                Ela te conduzirá ao retorno.
                Necessário preparar-te para essa viagem libertadora.
                Outrossim, considera, também, nas tuas meditações, a possibilidade da partida de quem se te faz querido, antecedendo-te no regresso ao mundo de origem.
                Reencontrarás os que te precederam no rumo da Vida Espiritual.
                Em homenagem a esses afetos que viajaram antes, prossegue no culto do bem, mantendo as tuas doces recordações e revivendo-as em poemas de carinho, programando a continuação do compromisso eterno.
                Se choras, o que é natural, conforta-te com o lenitivo da certeza de que voltarás a conviver com o ser amado.
                Não te deixes abalar ente a perspectiva improvável da sobrevivência.
                Tudo nos fala de vida.
                A glande do carvalho despedaça-se para que surja a árvore que se agigantará a pouco e pouco.
                A lagarta liberta a borboleta, quando se extingue a forma.
                O pólen libera a perpetuidade da espécie.
                Tudo se transforma ante o milagre da morte, que é dádiva da vida.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: robertacarrilho-div.blogspot.com

terça-feira, 9 de setembro de 2014

MORRER PARA VIVER I

“Aquele que crê em mim, já passou da morte para a Vida” – Jesus

                A conjuntura dolorosa da morte, sombreada por aflições que transitam entre as cortinas das lágrimas contínuas, pospõe a realidade da vida, que prossegue, exuberante, quando se interrompem os envoltórios materiais.
                A morte desvela a vida, que se apresenta em plenitude, quando se ultrapassam as barreiras vibratórias de que o corpo constitui impedimento.
                Não te deixes, portanto, dominar pelo estado de revolta em face da presença da morte.
                Evita que a surpresa se te converta em dano profundo, fazendo que desmoronem as construções de esperança, em torno da necessidade de continuar no rumo dos deveres, após a partida do ser querido...
                A vida, na sua profundidade excelsa, se apresenta em etapas; no corpo e fora dele.
                Todos sabemos que o corpo, por mais duradouro, na sua condição biológica, é sempre breve, podendo interromper o seu ciclo com ou sem aviso prévio.
                Por tal razão, não te fixes em demasia nos valores transitórios da matéria.
                Tem em mente que, não obstante a necessidade de realizar um ministério inteligente, durante a experiência corporal, a vida, em si mesma, tem a sua gênese e o seu fanal, além da matéria mais densa.
                A morte merece acuradas reflexões, de que nos não podemos furtar, considerando que a todas as criaturas domina, no processo das transformações inevitáveis.

Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: universalismocristico.com.br


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

ENRIQUECE O TEU DIA

            Cada dia é uma reencarnação simbólica para nós outros, nos círculos de lutas purificadoras da Terra.
            Não te esqueças de semelhante verdade, se desejas realmente preparar o coração para a vida imperecível.
            Cada vez que o sol reaparece no horizonte, é possível melhorar o padrão do próprio entendimento com os familiares, auxiliar ao próximo com mais segurança.
            Hoje é nova oportunidade a fim de renovar-nos, quanto possível, para o infinito bem.


Fonte: Nascer e Renascer – Chico Xavier/André Luiz
imagem: www.fotolog.com

domingo, 7 de setembro de 2014

LUZ PARA TODOS

(Emmanuel)
Estariam os princípios espíritas endereçados a segregação para uso exclusivo daqueles irmãos que carregam provas visíveis no plano material?
Encontramos, com frequência, na Terra quem suponha deva ser a Nova Revelação limitada ao trabalho em favor dos que sofrem a penúria do corpo, sob pena de perder a própria simplicidade.
Entretanto, a fulguração solar será menos luz quando clareia o recôncavo de um vale e o topo de um arranha-céu ao mesmo tempo? E, acaso, a fonte se diminuirá em grandeza por deixar-se canalizar em serviço a cidade grande, após haver saciado a sede aos lares do campo?
Decerto, a mensagem da Vida Maior tem significação mais imediata em auxilio a quantos se vejam no mundo em dificuldades abertas, seja no chão das exigências primarias da natureza ou na sombra das grandes tribulações em que a inconformidade os compele a se tornarem francamente infelizes.
Imperioso, porém, pensar naqueles outros companheiros da humanidade que a vida situou em outros setores.
Não é a face externa da criatura que lhe determina o grau da necessidade espiritual.
Dói-nos ver as mãos que se nos estendem nas ruas, a cata de pão; no entanto, será justo, igualmente, compreender os obstáculos daqueles que se esfalfam em serviço para que haja pão, tanto quanto possível, a mesa de todos.
Aflige-nos registrar os empeços do amigo em profissão singela, cujo salário não lhe satisfaz a todos os requisitos da vida simples, mas não nos será licito esquecer os óbices daqueles que se atormentam na orientação da oficina para que o trabalho não se perturbe ou escasseie.
Magoa-nos surpreender irmãos diversos, acomodados nos palheiros humildes que lhes servem de residência; contudo, não podemos desconhecer os impedimentos daqueles outros que encanecem nas administrações, construindo caminhos ao progresso e traçando horizontes ao reconforto geral.
Sensibiliza-nos o martírio das mães que vagueiam nas vias publicas a busca de socorro para filhinhos padecentes; entretanto, seria injusto desconsiderar o sofrimento daquelas outras que se aniquilam, pouco a pouco, dentro de casa, em posição de incessante sacrifício, para sustentarem os descendentes, de modo a que a dignidade humana possa honrosamente sobreviver.
Reflitamos no conjunto dos problemas humanos e a ninguém deserdemos da verdade e do amor, de vez que em qualquer situação pertencemos todos a Deus e, segundo as nossas necessidades, é natural que Deus nos atenda a cada um.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: www.anjodeluz.net

sábado, 6 de setembro de 2014

REPRESSÃO

                Emoções e sentimentos são simples e primários; são como são, não adianta enfeitá-los ou tentar explicá-los. O desenvolvimento, porém, da nossa maneira de sentir agindo se forma de acordo com nosso grau evolutivo somado à nossa vontade e ao ambiente em que vivemos.
                Ninguém sente emoções somente em determinadas partes do corpo, mas sim em todo o organismo. No entanto, a mesma emoção pode provocar atitudes completamente diversas nas pessoas. Durante uma apresentação teatral ou musical, podemos observar as mais controvertidas emoções na platéia diante das mesmas circunstâncias de estímulo. Os seres humanos são espíritos milenares que vivem temporariamente em corpos transitórios; essa a razão da diversidade de sentimentos.
                Em  caso de falecimento de entes queridos, chorar de modo intenso é uma emoção perfeitamente compreensível. Porém, se aprendemos com adultos preconceituosos que homens nunca devem chorar, reprimimos nossas emoções naturais e passamos a criar barreiras psicológicas em nossa vida íntima. É saudável, pois, em certas circunstâncias, demonstrar tristeza; reprimi-la é doentio.
                Não estamos nos referindo aos comportamentos espetaculares de exibição dramática, mas à necessidade de expressar a dor da separação.
                Muitos escondem suas lágrimas, pois querem demonstrar a seus amigos e familiares que são altamente espiritualizados. Afirmam que o choro é reação anormal de criaturas revoltadas. Na verdade, esse julgamento infeliz é observado nos denominados juízes ideológicos; perderam suas conexões com a sensibilidade.
                Alguns aprenderam que não devemos chorar pelos nossos mortos queridos, pois lhes ensinaram que, enquanto permanecerem derramando lágrimas, seus afetos não ficarão em paz. O verdadeiro problema que se estabelece é a rebeldia e a inconformação perante as Leis da Vida, não as lágrimas que derivam da saudade e do amor que nutrimos pelos seres que partiram.
                Outros reagem ante os funerais de familiares com um entorpecimento emocional, não derramando uma lágrima sequer. Pessoas podem acusá-los de indiferentes e insensíveis, por não conseguirem avaliar o cansaço físico excessivo dessas criaturas naquele momento, pelas noites e noites desgastantes que viveram durante a longa doença do afeto que partiu.
                Outros ainda tomam atitudes de contagem impassível diante da dor, por terem aderido a doutrinas estóicas. Posteriormente, no entanto sentem-se culpados, porque não choraram o quanto queriam chorar.
                Para os que tem fé e aceitam a vida após a morte, a separação é vista de forma temporária, ficando mais fácil para eles superarem os momentos dolorosos do adeus na desencarnação. Sabem que o progresso é inevitável e, por isso, consideram a morte o fim de uma etapa e o início de outra melhor.
                As lágrimas são mensageiras da saudade, são as águas cristalinas do coração, que surgem das profundezas de nossa alma.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: osceticos.blogspot.com

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CHEFIA E SUBALTERNIDADE

Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.

A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.

Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.

Orientar é devotar‐se.

Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.

Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: pt.dreamstime.com

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A CRIANÇA E O ESPIRITISMO II

                Nossos filhos são espíritos! Tal afirmativa é axiomática, ou seja, ninguém a coloca em dúvida. Isso nos leva à reflexão sobre como o Centro Espírita pode auxiliar a nova geração que precisa se transformar e que reencarnou buscando exatamente isso. É importante questionar a eficiência do modelo escolar tradicional. Copiá-lo nas atividades do Centro pode nos conduzir aos mesmos erros. O que realmente é essencial, no ensino e na aprendizagem, é o tipo de relação entre educador e educandos e dos educandos entre si. Não há uma receita, um padrão único, mas, sem dúvida, algumas premissas são fundamentais. A primeira é desligar-se da ideia de que aprendizagem somente ocorre na sala de aula. A segunda é aceitar que temos múltiplas inteligências, o que acaba com a supremacia das atividades lápis-papel em detrimento de outras. A terceira é assumir como um equívoco que há: uma pessoa que educa e outra que é educada. A educação é um processo coletivo e, nessa perspectiva, cada Centro pode ter uma experiência singular de evangelização infantil e, no entanto, com resultados que se assemelham a outros. O intercâmbio e a troca de experiência entre Centros deveriam ser dinamizados.
                O envolvimento dos pais nas atividades de evangelização no Centro é fundamental e as novas concepções de educação precisam ser conhecidas e discutidas. Há muita coisa nova acontecendo no âmbito da educação e antigos educadores também estão sendo revisitados. Filmes vêm registrando discussões de temas recorrente, como, por exemplo, a educação proibida. Enfim, precisamos encarar os novos desafios e não podemos nos acomodar com medo de experimentar novos procedimentos e, sobretudo, não podemos ignorar os riscos que a infância atual enfrenta. Se há algum tempo atrás podíamos alegar ignorância, hoje, graças às novas tecnologias, dispomos de muito conhecimento, facilmente acessado. E, nesse sentido, é importante criar espaços no Centro para acessar e usar o conhecimento disponível, auxiliando os pais na arte de educar as futuras gerações.
 Almir Del Prete
 Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2014
imagem: umolharespirita1.blogspot.com

terça-feira, 2 de setembro de 2014

A CRIANÇA E O ESPIRITISMO I

                A proteção à infância é um requisito fundamental, não apenas para a sobrevivência da humanidade, mas, também, para o aperfeiçoamento da civilização. Há séculos que pensadores de diferentes áreas de conhecimento chamam a atenção para os fiscos a que a criança está exposta. Tais pensadores, como, por exemplo, Léon Denis, realçam a importância de uma educação voltada para o aperfeiçoamento das novas gerações, que sucederiam as atuais nas várias atividades da vida social.
                O que significa proteger a infância? Como isso pode ser realizado? O que o Centro Espírita pode e deve fazer? Essas são questões que exigem reflexão cuidadosa. No capítulo VII, de O Livro dos Espíritos, o item VI, “Da infância”, traz vários apontamentos importantes sobre essa fase do desenvolvimento. Chama à atenção a pergunta 385, na qual Allan Kardec interroga a espiritualidade sobre as modificações que ocorrem no indivíduo, principalmente a partir do final da adolescência. São várias e interessantes as considerações feitas a essa pergunta, contudo, vamos nos deter a um ponto relacionado a este artigo: ... os espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem... Ao aceitarmos tal afirmação, precisamos, com urgência, verificar se as atividades que propiciamos ou permitimos aos nossos filhos podem, de fato, ajudá-los no aperfeiçoamento espiritual.
                Muitas pesquisas vêm relatando o que sucede em um dia típico da vida das crianças. A resposta preocupante na atualidade é o tempo que a criança fica exposta à mídia. Na década de 70, uma criança ficava cerca de duas horas diante da televisão. Hoje, ela permanece quatro horas ou mais vendo TV ou entretida em games nada inocentes. Nesses divertimentos elas são estimuladas à aquisição e ao consumo de diversos produtos comestíveis e utilitários como roupas, calçados, brinquedos, etc.
                Esse é o principal processo para induzir as crianças a se tornarem consumistas quase obcecadas. Qual é o mecanismo indutor? Muito fácil de entender: há uma associação nada sutil entre o produto exposto e um estado da criança. Por exemplo, no caso dos games, a movimentação rápida de personagens, o jogo de cores e sombras, os sons repetitivos, a necessidade de decodificar a cena e responder a ela em fração de segundo, tudo isso produz uma hiperexcitação no cérebro, ou em algumas áreas do cérebro. Tal excitação é suavizada pela interrupção do jogo e pela visão de biscoitos, refrigerantes, barbies, roupas, etc. Produto e logomarca ficam registrados no inconsciente da criança e reaparecem em diferentes situações do cotidiano. Algo semelhante ocorre diante da TV. O resultado desse estilo de vida, para uma boa parte das crianças é bem conhecido: consumismo, diminuição de oportunidades de engajamento em outras atividades e efeitos colaterais do tipo obesidade, diabetes, TDAH, agressividade, risco à drogadição, erotismo infantil e demais mazelas associadas.
 (continua)
 Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2014