Nossos
filhos são espíritos! Tal afirmativa é axiomática, ou seja, ninguém a coloca em
dúvida. Isso nos leva à reflexão sobre como o Centro Espírita pode auxiliar a
nova geração que precisa se transformar e que reencarnou buscando exatamente
isso. É importante questionar a eficiência do modelo escolar tradicional.
Copiá-lo nas atividades do Centro pode nos conduzir aos mesmos erros. O que
realmente é essencial, no ensino e na aprendizagem, é o tipo de relação entre
educador e educandos e dos educandos entre si. Não há uma receita, um padrão
único, mas, sem dúvida, algumas premissas são fundamentais. A primeira é
desligar-se da ideia de que aprendizagem somente ocorre na sala de aula. A
segunda é aceitar que temos múltiplas inteligências, o que acaba com a supremacia
das atividades lápis-papel em detrimento de outras. A terceira é assumir como
um equívoco que há: uma pessoa que educa e outra que é educada. A educação é um
processo coletivo e, nessa perspectiva, cada Centro pode ter uma experiência
singular de evangelização infantil e, no entanto, com resultados que se
assemelham a outros. O intercâmbio e a troca de experiência entre Centros
deveriam ser dinamizados.
O
envolvimento dos pais nas atividades de evangelização no Centro é fundamental e
as novas concepções de educação precisam ser conhecidas e discutidas. Há muita
coisa nova acontecendo no âmbito da educação e antigos educadores também estão
sendo revisitados. Filmes vêm registrando discussões de temas recorrente, como,
por exemplo, a educação proibida. Enfim, precisamos encarar os novos desafios e
não podemos nos acomodar com medo de experimentar novos procedimentos e,
sobretudo, não podemos ignorar os riscos que a infância atual enfrenta. Se há
algum tempo atrás podíamos alegar ignorância, hoje, graças às novas
tecnologias, dispomos de muito conhecimento, facilmente acessado. E, nesse
sentido, é importante criar espaços no Centro para acessar e usar o
conhecimento disponível, auxiliando os pais na arte de educar as futuras
gerações.
imagem: umolharespirita1.blogspot.com
Um comentário:
Transferir os métodos da escola tradicional
para o centro espírita não deve contribuir
muito para a formação de um adulto consciente.
Muito menos copiar a "escola dominical" americana,
que deve ser (não conheço) memorização
de trechos bíblicos.
Também não é boa a tradicional catequese católica,
que não enfatiza a essência, mas o aparato exterior.
No Espiritismo temos que valorizar a
'ideia interna', a essência das coisas, e não
memorizar textos ou rituais.
Beijos.
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