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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


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sexta-feira, 7 de abril de 2017

BARRAGEM

Espírito: EMMANUEL.
Quanto mais se adianta a civilização, mais extensos se fazem os processos de controle em todos os distritos da atividade humana.
O trânsito obedece a sinais previamente estudados.
Comutadores alteram a direção da corrente elétrica.
Automóveis usam freios altamente sensíveis.
Locomotivas correm sobre linhas condicionadas.
Simples engenhos de utilidade doméstica funcionam guardados por implementos protetores.
Em toda parte, surgem sistemas de cautela e defesa evitando perturbações e desastres.
Semelhantes apontamentos induzem-nos a aceitar o imperativo de governo à força mental, cujo destempero não somente inutiliza as melhores oportunidades daqueles que a transfiguraram em rebenque magnético da revolta, mas também azeda os ânimos, em torno, urtigando-lhes o caminho.
Cólera é sempre porta aberta ao domínio da obsessão.
Consultemos as penitenciárias, onde jazem segregados milhares de companheiros que lhe caíram sob as marteladas destruidoras: entrevistemos os suicidas, degredados em regiões de arrependimento e regeneração além-túmulo; ouçamos muitos daqueles que largaram inesperadamente o corpo físico ou foram colhidos pela morte obscura e escutemos grande parte dos alienados mentais que vagueiam em casas de tratamento e repouso, quais mutilados do espírito, relegados à periferia da vida e encontraremos a explosão arrasadora da cólera na gênese de todos os suplícios que lhe garroteiam a alma...
Consideramos tudo isso e toda vez que a irritação nos acene de longe, ofereçamos de pronto à inundação dos pensamentos de agressividade e revide, violência e desespero, um anteparo silencioso com a barragem da prece.


Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
imagem: google

quarta-feira, 5 de abril de 2017

NEM SEMPRE O SILÊNCIO É UMA PRECE

                É comum encontrarmos nas casas espíritas a indicação, por meio de placas e cartazes, de que “O silêncio é uma prece”, porém, sem discordar da importância do silêncio, podemos estar na mais profunda angústia ou perturbação, embora estejamos quietos.
                Mesmo no habitual convite para que todos entrem em oração no início das palestras, o fato de todos ficarem em silêncio e de olhos fechados não quer dizer que estejam todos em oração.
                O silêncio pode esconder muitas faces da alma humana, enganando aos que apenas veem a aparência e julgam que ela traduza a intimidade do espírito.
                A frase correta seria: “Aproveite o silêncio, fazendo uma prece”, afinal, orar é colocar o silêncio em ação, numa atividade ampliada pela quietude das distrações humanas.
                Encontramos em O Livro dos Médiuns uma observação que qualifica o silêncio: “Recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os espíritos; união de todos os assistentes, pelo pensamento, ao apelo feito aos espíritos que sejam evocados”.
                Novamente, é importante compreender que eles não falam de um silêncio qualquer, mas de “recolhimento e silêncio respeitoso”, ou seja, de qualificar o ato de silenciar, utilizando da quietude para impulsionar nosso pensamento para onde desejamos.
                Na mesma obra já citada, na questão 332, ainda com referência ao silêncio, lemos: “Sendo o recolhimento e a comunhão dos pensamentos as condições essenciais a toda reunião séria, fácil é de compreender que o número excessivo dos assistentes constitui uma das causas mais contrarias à homogeneidade. Não há, é certo, nenhum limite absoluto para esse número e bem se concebe que cem pessoas, suficientemente concentradas e atentas, estarão em melhore condições do que estariam dez, se distraídas e bulhentas”.
                Muitas observações podem ser colhidas desta contribuição, mas todas indicam que o silêncio é neutro e pode ser utilizado para ascender em direção às alturas do bem , ou algemar nas estâncias sombrias dos objetivos fúteis.
                Quando aprendemos a buscar a paz no silêncio, obtemos o primeiro passo para a convivência conosco mesmo, lembrando o poeta Mario Quintana: “O excesso de gente me impede de ver as pessoas”, assim o silêncio é importante para aprendermos a nos abster das ilusões das multidões, dando um pouco de tempo a nós mesmos.
                Aproveitar do ambiente da casa espírita para silenciar e refletir, fugindo dos excessos das conversas fúteis, é sinal de inteligência, mas que deve estar a serviço do bem próprio, visando à elevação geral.
                O silêncio é certamente importante, mas que não basta isoladamente. É necessário ser conduzido, pelo pensamento, onde se deseja repousar. Afinal, silêncio ociosos vai para onde ele quer, nos levando para onde não queremos ir.
                São inúmeras as oportunidades em que podemos colher do Evangelho, situações onde Jesus se isolava para orar, cultivando a eloquência do silêncio elevado.
                Mergulhe no silêncio sempre que puder, mas que ele tenha objetivo e finalidade útil.

Roosevelt A. Tiago

Fonte: Jornal Verdade e Vida – nov/2015
imagem: google

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

RECURSOS DA ORAÇÃO II

                Por mais te sintas pleno, não percas o hábito da oração, a fim de te manteres equilibrado.
                Atravessando dificuldades ou enfrentando provas rudes e expiações, recorre-lhe ao concurso, e constatarás os benefícios que te advirão.
                Para manter o ritmo de trabalho e conservar o ideal, ela é o meio mais eficaz, de ação duradoura, de que podes dispor com facilidade. Não somente te preservará as forças morais e espirituais, como atrairá a presença dos Bons Espíritos, que se fazem instrumentos de Deus para a solução de muitos problemas humanos.
                Dá prosseguimento à oração, utilizando-te da ação digna, que te manterá psiquicamente no mesmo elevado clima.
                Quem ora, renova-se e ilumina-se, pois acende claridades íntimas que se exteriorizam mediante vibrações especiais.
                Quando consigas experimentar o bem-estar e a alegria que se derivam da oração, buscá-la-ás com frequência, tornando-se-te linguagem de comunicação com a Vida Estuante.
                Envolto nas suas irradiações, diluirás todo mal que se te acerque, beneficiando os maus que de ti se aproximem.
                De tal maneira te sentirás, que passarás a orar constantemente, tornando tua existência um estado de prece.
                Recorre à oração em todos os momentos da vida. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e sem recursos, no êxito e no fracasso, ora confiante na resposta divina.
                Orando, elevar-te-ás, e na energia de prece receberás tudo quanto se tornará necessário para prosseguires lutando e lograres a vitória.
                A criatura busca Deus pela oração e Ele responde-lhe mediante a intuição do que fazer, de como fazer e para que, fazendo, seja feliz.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis      
imagem: google 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

RECURSOS DA ORAÇÃO I

                A oração é o recurso mirífico mais acessível para permitir à criatura a comunicação com o Criador.
                Ponte invisível de energias sutis, faculta a união da alma com o Genitor Divino, por cujo meio ela haure as forças e a inspiração para os cometimentos difíceis da existência.
                Não altera o campo de lutas, nem impede os testemunhos que favorecem a evolução. Entretanto, brinda resistências para os embates, encorajando e vitalizando sempre.
                Amplia a visão da realidade, ao tempo em que robustece o entusiasmo de quem se lhe entrega.
                Modifica a compreensão e o modo de encarar-se os acontecimentos, produzindo sintonia com o Divino Pensamento, que tudo governa.
                Quem ora, supera tensões e penetra-se de paz.
                A oração cria as condições e as circunstâncias para a meditação, que projeta o psiquismo nas esferas elevadas, assim equilibrando a saúde e as aspirações, por melhor orientar o sentido da existência e a programática da reencarnação.
                Ela prepara o santo, sustenta o herói, inspira o pesquisador, mantém a vida, enquanto projeta luz nas paisagens em sombra ou enevoadas, que se apresentam ameaçadoras.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis  
imagem: google      

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PRECE

Senhor Deus do amor eterno,
Sabemos que nos renovas,
Por meio das grandes provas
Que abalam o coração;
Por isso não te rogamos
Que nos retires da estrada,
Quase sempre atribulada
De acesso à renovação.

Estamos a suplicar-te
Acréscimo de energia
Nas lutas de cada dia
E amparo libertador!
Necessitados de força,
Rogamos-te apoio amigo
Queremos viver contigo
No reino do Eterno Amor.

Maria Dolores


Fonte: mensagem recebida por Chico Xavier em 12/05/1977 em reunião mediúnica.
imagem: google

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CONSULTAS

“E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” — (JOÃO 8:5)

Várias vezes o espírito de má fé cercou o Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o ridicularizasse. A palavra dEle, porém, era sempre firme, incontestável, cheia de sabor divino.
Referimo-nos ao fato para considerar que semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o gesto e o exemplo do Mestre.
Os ensinamentos e atos de Jesus constituem lições espontâneas para todas as questões da vida.
O homem costuma gastar grandes patrimônios financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.
Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e profundas, gratuitamente.
Basta que a alma procure a oração, o equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.
Frequentemente, surgem casos inesperados, problemas de solução difícil.
Não ignora o homem o que os costumes e as tradições mandam resolver, de
certo modo; no entanto, é indispensável que o aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:
— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?
E a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A POESIA PERDIDA

Cap. VI – Item 4
O consolador é a onipresença de Jesus na Terra.
Ao influxo da Benemerência Celeste, ele asserena os gestos impensados das criaturas que gemem esporeadas pelas provações; aplaca os gritos blasfemos que se elevam de muitas bocas com requintes insaciáveis de orgulho; recompõe os rostos incendidos pelo fogo de multifárias paixões e soergue os proscritos do remorso que se escondem nas dores devoradoras, desmemoriados na retificação que o destino lhes retraça.
O Consolador Prometido!...
Sursum corda!
Res, non verba!...
Seguindo-lhe os ditames, jamais desfeches o alvo em mira, pois os olhos voltívolos não podem fixar os painéis vislumbrados nos cimos.
Recorda que todas as cenas humanas têm seus bastidores espirituais.
Se vives em ânsia de paz interior, sustém o império sobre ti mesmo.
Espaneja em ti a carusma dos preconceitos que te dançam na mente, qual poeira de sombra, entenebrecendo-te a razão.
Recoloque os ideais com novas tintas de alegria, esperança e coragem, no combate aos erros bastas vezes milenares.
Estende um pensamento bom aos cépticos transviados no dédalo das indagações contraditórias, ferretoados no duelo interior da dúvida.
Foge à voz bramidora da censura para que os teus lábios festejem os ouvidos alheios com expressões de conselho e acentos de consolo.
Borda a palavra com doçura e repete mansamente a própria benção quando a tua voz se perca entre os clamores dos que passam a vociferar rebeldia e avançam espavoridos por veredas em chamas.
Socorre a mães desditosas, cujos filhinhos doentes vertem lágrimas a se transmutarem nos livores macilentos da morte.
Afaga, ao calor das frases de fraternidade revigoradora, as têmporas encanecidas e latejantes que te suplicam algum óbolo de carinho.
Desfaze o véu do pranto de agonia de quem chora às ocultas, no sarcófago das trevas de si mesmo.
Derrama preces confortativas entre os peregrinos da morte que não se resguardaram para a Grande Viagem e carreiam o coração em atropelos, de espanto a espanto, ante a perpetuidade da vida.
Em toda estrada vicejam alfombras de sorrisos e chovem lágrimas de aflição, mas o amor, com o Cristo-Jesus, recupera a poesia perdida ao longo do nosso caminho, pois só ele transforma o miasma em perfume, o incêndio em luz, o espinho em flor, o deserto em jardim e a queda em ascensão.
Manuel Quintão

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

terça-feira, 14 de outubro de 2014

OBSESSÃO E JESUS II

                A ação do pensamento otimista e sadiamente operante; o labor fraternal de solidariedade; a preocupação edificante em favor do próximo; os serviços humílimos ou grandiosos a benefício dos outros; o interesse honesto pelo bem-estar alheio constituem a terapia preventiva quanto curadora contra a obsessão.
                A prece – o hábito de orar -, gerando um clima de paz; a leitura elevada, que cria clichês psíquicos superiores; a meditação em torno das questões enobrecedoras da vida; o diálogo edificante impedem qualquer intercâmbio perturbante, verdadeiros antídotos que se fazem à obsessão, por constituírem meios de elevação vibratória na qual não vigem as interferências maléficas, as parasitoses e as vampirizações prejudiciais que somente tem curso em faixas mentais semelhantes.
                Ademais, o exercício de tais métodos libera qualquer tombado nas malhas apertadas da alienação obsessiva de perniciosos efeitos na Terra...


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

AÇÃO DA PRECE

Cap. XXV – Item 7
Você é o lavrador.
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem,
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a notícia.
Você age.
O outro conta.
Auxilie quanto puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Você é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está nos outros.
André Luiz

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: larmensageirosdemaria.blogspot.com

segunda-feira, 30 de junho de 2014

ABASTECIMENTO DA VITALIDADE II

                Se a oração faz o homem mais forte diante das tentações, nos auxilia também no processo de eliminarmos a tentação da queixa. Sem falarmos na presença de espíritos amigos, que passam a nos envolver quando estamos comprometidos com o conteúdo da oração.
                Sobre a eficiência da prece, alguém poderia contestar se ela teria a condição de modificar nossas dificuldades e a resposta é muito objetiva, afinal, a oração não muda as coisas. Nós é que ficamos diferentes diante dos problemas e, desta forma, orar constantemente e, de preferência sem a necessidade de horários programados mas em todo momento possível, nos proporciona a manutenção de um estado favorável ao abandono da queixa.
                Nada muda a nossa parte de dedicação como afirma um lúcido provérbio africano: Enquanto ora, vá fazendo! Ou seja, uma coisa não substitui a outra. A função de eliminação da lamentação é trabalho do homem e Deus não nos dará este benefício de presente.
                Embora nossa ligação com Deus através da oração se processe de forma vertical, a vivência dela se dá e parâmetros horizontais, em meio aos nossos semelhantes e as situações que envolvem nossa vida.
                Lembremos que seja falando a Deus, aos nossos próximos ou a sós, estabelecer uma educação verbal é fundamental.


Do livro: Terapia Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: larmensageirosdemaria.blogspot.com

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

AMOR DE SERVIR E CORAGEM DE SUPORTAR


Socorrer através da prece também é caridade.
“fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que constitui a lei e os profetas”. (Mateus, 7:12)
Toda criatura, sem exceção, está no curso da Lei do Progresso, daí Jesus afirmar que não se perderia nenhuma das ovelhas que o Pai Lhe confiara.
Isabel de França e Lamennais fazem um discurso muito forte no capítulo onze, do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que nos leva a graves e profundas reflexões, principalmente no mundo de hoje, onde a violência e a criminalidade campeiam. Falam da caridade para com os criminosos, quando tantas vozes se elevam em favor da pena de morte. Realmente é preciso reunir muita coragem para suportar o testemunho de cenas tão escabrosas, quando chegamos mesmo a imaginar como conseguem certas criaturas descer tanto!
Ora, claro está que a comiseração não se acumplicia com a impunidade. Faz-se necessário isolar da convivência social o ser que não consegue manter-se nos patamares razoáveis da civilidade. Mas, nem por isso, esses réprobos estão definitiva e irremediavelmente condenados, vez que o perdão divino, revestido pela misericórdia do Pai alcançá-los-á no momento em que se arrependerem (e esse momento fatalmente chegará, mais cedo ou mais tarde). Depois do arrependimento, a Lei de Causa e Efeito se encarregará das fases seguintes que podem levar séculos: expiação e regeneração.
O episódio da mulher flagrada em adultério é significativo: Quem pode atirar a primeira pedra? Hoje como ontem, ninguém!
Isabel argumenta: Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra Sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois eles não conhecem Deus como O conheceis, e muito menos lhes será pedido que a vós.
Não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgências para as faltas em que, sem cessar, incorreis.
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade. Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser tal espécie, a morte que lhe infligem”. Não é assim que vos compete falar. Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria Ele, se visse junto de Si um desses desgraçado? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra.
Conclama Albino Teixeira: “Um pensamento de simpatia e de amor para os nossos irmãos que se recuperam! Muitos são chamados criminosos, mas, em verdade, foram doentes. Sofriam desequilíbrios da Alma, que se lhes encravavam no ser, quais moléstias ocultas. Praticaram delitos sim; acreditaram-se em regime de exceção, quando o orgulho lhes assoprava a mentira; renderam-se às tentações e foram pilhados na armadilha do mal. Não lhes fites o desacerto! Enfermos graves da Alma, todos nos fomos ontem e ainda hoje não vencemos todos os desafios.
Rende, pois, graças a Deus, se já podes prestar auxílio, porque, se chegaste ao grau de restauração em que te encontras, é que alguém caminhou pacientemente contigo, com bastante amor para servir-te e bastante coragem para suportar-te”

Rogério Coelho

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado nº 27 – julho/2012


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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

LEI DE ADORAÇÃO - A Prece II


Nem sempre aquilo que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, com vistas à sua felicidade futura. Deus, então, em Sua onisciência e suprema bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
Apesar dessas restrições, longe de ser inútil, a prece é recurso de grande valia, desde que feita com discernimento e seja complementada por nós com os movimentos de alma ou com os esforços exigidos pela vicissitude que no-la tenha inspirado.
Destarte, quando oramos a Deus, rogando-Lhe que nos perdoe uma ação má, é preciso que estejamos efetivamente arrependidos de havê-la praticado e alimentemos o firme propósito de não repeti-la; quando Lhe exoramos que nos livre da sanha de nossos adversários, é indispensável que tomemos a iniciativa de uma reconciliação com eles, ou que, pelo menos, a facilitemos; quando Lhe suplicamos a ajuda para sair de uma dificuldade, é necessário que, em recebendo do alto uma idéia salvadora, nos empenhemos em sua execução da melhor forma possível; quando Lhe pedimos ânimo para vencer determinadas fraquezas, é imperioso que façamos a nossa parte, alijando de nossa mente as cogitações e as lembranças que com elas se relacionem, dando, também, os devidos passos no sentido de desenvolver as virtudes que lhes sejam opostas, e assim por diante.
Agindo de conformidade com a máxima: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”, estejamos certos, haveremos de contar, sempre, com a assistência e o socorro dos prepostos de Deus, de modo a que, mesmo sem derrogar-Lhe as leis, nem frustrar-Lhe os desígnios, sejamos providos daquilo que mais carecemos, quer se trate de remover obstáculos, superar necessidades ou minorar tribulações.

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

LEI DE ADORAÇÃO - A Prece


A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entre em comunicação com o ser a quem se dirige.
                Deve ser feita diretamente a Deus, que é o Senhor da Vida, mas pode, também, ser-Lhe endereçada por intermédio dos bons espíritos, que são so Seus mensageiros e os executores de Sua vontade.
                Três pode ser os objetivos da prece: louvar, pedir e agradecer.
                A louvação consiste em exaltar os atributos da Divindade, não, evidentemente, com o propósito de ser-Lhe agradável, visto que Deus é inacessível à lisonja. Há de traduzir-se por um sentimento espontâneo e puro de admiração por Aquele que, em todas as Suas manifestações, se revela detentor da perfeição absoluta.
                As petições visam a algo que se deseje obter, em benefício próprio ou de outrem. Que é o que se pode pedir? Tudo, desde que não contrarie a Lei de Amor que rege e sustenta a Harmonia Universal.
                Os agradecimentos, obviamente, por todas as bênçãos com que Deus nos felicita a existência, pelos favores recebidos, pelas graças alcançadas, pelas vitórias conseguidas e outras coisas semelhantes.
                O veículo que conduz a prece até ao seu destinatário é o pensamento, o qual se irradia pelo infinito, através de ondulações mentais.
                A eficácia da prece não depende da postura que se adote, das palavras mais ou menos bonitas com que seja formulada, no lugar onde se esteja, nem de horas convencionais. Decorre, isto sim, da humildade e da fé daquele que a emite, a par da sinceridade e veemência que lhe imprima.
                Não se creia, entretanto, que basta orar, mesmo bem, para que os efeitos desejados se façam sentir de imediato e em qualquer circunstância.
                Tal crença seria enganosa.
                A prece não pode anular a Lei de Causa e Efeito, segundo a qual cada um deve colher os resultados do que faz ou deixa de fazer.
                Tão pouco dispensa quem quer que seja do uso das faculdades que possui, nem do trabalho que lhe compete, na busca ou na realização do objetivo pretendido.

(continua)
               
Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris


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terça-feira, 1 de maio de 2012

A PRECE III


A prece feita em comum é um feixe de vontades, de pensamentos, raios, harmonias e perfumes que se dirige mais poderosamente ao seu alvo. Pode adquirir uma força irresistível, uma força capaz de agitar, de abalar as massas fluídicas. Que alavanca poderosa para a alma entusiasta, que dá ao seu impulso tudo quanto há de grandioso, de puro e de elevado em si!
                A prece é o pensamento inclinado para o bem, é o fio luminoso que liga os mundos obscuros aos mundos divinos, os espíritos encarnados às almas livres e radiantes. Desdenhá-la seria desprezar a única força que nos arranca ao conflito das paixões e dos interesses, que nos transporta acima das coisas transitórias e nos une ao que é fixo, permanente e imutável no universo. Em vez de repelirmos a prece, por causa dos abusos ridículos e odiosos de que foi objeto, não será melhor nos utilizarmos dela com critério e medida? É com recolhimento e sinceridade, é com sentimento que se deve orar. Evitemos as fórmulas banais usadas em certos meios. Nessas espécies de exercícios espirituais, apenas a nossa boca se move, pois a alma conserva-se muda. No fim de cada dia, antes de nos entregarmos ao repouso, perscrutemos a nós mesmos, examinemos cuidadosamente as nossas ações. Saibamos condenar o que for mau, a fim de o evitarmos, e louvemos o que houvermos feito de bom e útil. Solicitemos da Sabedoria Suprema que nos ajude a realizar em nós e ao nosso redor a beleza moral e perfeita. Longe das coisas mundanas, elevemos os nossos pensamentos. Que nossa alma se eleve, alegre e amorosa, para o Eterno. Ela descerá então dessas alturas com tesouros de paciência e de coragem, que tornarão fácil o cumprimento dos seus deveres e da sua tarefa de aperfeiçoamento.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

A PRECE II


Logo que uma pedra fende as águas, vê-se-lhes a superfície vibrar em ondulações concêntricas. Assim também o fluido universal vibra pelas nossas preces e pelos nossos pensamentos, com a diferença de que as vibrações das águas são limitadas, enquanto as do fluido universal se sucedem ao infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, assim como nós o estamos na atmosfera terrestre. Daí resulta que o nosso pensamento, quando é atuado por grande força de impulsão, por uma vontade perseverante, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica se estabelece entre umas e outras e permite que os espíritos elevados nos influenciem e respondam aos nossos chamados, mesmo que estejam nas profundezas do espaço.
                Também sucede o mesmo com todas as almas sofredoras. A prece opera nelas qual magnetização a distância. Penetra através dos fluídos espessos e sombrios que envolvem os espíritos infelizes; atenua suas mágoas e tristezas. É a flecha luminosa, a flecha de ouro rasgando as trevas. É a vibração harmônica que dilata e faz rejubilar-se a alma oprimida. Quanta consolação para esses espíritos ao sentirem que não estão abandonados, quando vêem seres humanos interessando-se ainda por sua sorte! Se pudéssemos avaliar o efeito produzido por uma prece ardente, por uma vontade generosa e enérgica sobre os desgraçados, os nossos votos seriam muitas vezes a favor dos deserdados, dos abandonados do espaço, desses em quem ninguém pensa e que estão mergulhados em sombrio desânimo.
                Orar pelos espíritos infelizes, orar com compaixão, com amor, é uma das mais eficazes formas de caridade. Todos podem exercê-la, todos podem facilitar o desprendimento das almas, abreviar o tempo da perturbação por que elas passam depois da morte, atuando por um impulso caloroso do pensamento, por uma lembrança benévola e afetuosa. A prece facilita a desagregação corporal, ajuda o espírito a libertar-se dos fluidos grosseiros que o ligam á matéria. Sob a influência das ondulações magnéticas projetadas por uma vontade poderosa, o torpor cessa, o espírito se reconhece e assenhoreia-se de si próprio.
                A prece por outrem, pelos nossos parentes, pelos infortunados e enfermos, quando feita com sentimentos sinceros e ardente fé, pode também produzir efeitos salutares. Mesmo quando as leis do destino lhe sejam um obstáculo, quando a provação deva ser cumprida até ao fim, a prece não é inútil. Os fluidos benéficos que traz em si acumulam-se para, no momento da morte, recaírem sobre o perispírito do ser amado.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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domingo, 29 de abril de 2012

A PRECE I

                A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil muitas vezes fecunda. É, por excelência, o refúgio dos aflitos, dos corações magoados.
                A prece é uma elevação acima de todas as coisas terrestres, um ardente apelo às potências superiores, um impulso, um vôo para as regiões que não são perturbadas pelos murmúrios, pelas agitações do mundo material, e onde o ser bebe as inspirações que lhe são necessárias. Quanto maior for seu alcance, tanto mais sincero é seu apelo, tanto mais distintas e esclarecidas se revelam as harmonias, as vozes, as belezas dos mundos superiores.
                Nos colóquios da alma com a Potência Suprema a linguagem não deve ser preparada ou organizada com antecedência; sobretudo, não deve ser uma fórmula, cujo tamanho é proporcional ao seu importe monetário, pois isso seria uma profanação e quase um sacrilégio. A linguagem da prece deve variar segundo as necessidades, segundo o estado do espírito humano. É um grito, um lamento, uma efusão, um cântico de amor, um manifesto de adoração, ou um exame de seus atos, um inventário moral que se faz sob a vista de Deus, ou ainda um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido para o céu.
                Não há horas para a prece. Sem dúvida é conveniente elevar-se o coração a Deus no começo e no fim do dia. Mas, se não vês sentirdes motivados, não oreis; é melhor não fazer nenhuma prece do que orar somente com os lábios. Em compensação, quando sentirdes vossa alma enternecida, agitada por um sentimento profundo, pelo espetáculo do infinito, deveis fazer a prece.
                Seria um erro julgar que tudo podemos obter pela prece, que sua eficácia implique em desviar as provações inerentes à vida. A lei de imutável justiça não se curva aos nossos caprichos. Os males que desejaríamos afastar de nós são, muitas vezes, a condição necessária do nosso progresso. Se fossem suprimidos, o efeito disso seria tornar estéril a nossa vida.
                Na prece que diariamente dirige ao Eterno, o sábio não pede que o seu destino seja feliz; não deseja que a dor, as decepções, os reveses lhe sejam afastados. Não! O que ele implora é o conhecimento da Lei para poder melhor cumpri-la; o que ele solicita é o auxílio do Altíssimo, o socorro dos espíritos benévolos, a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons espíritos respondem ao seu apelo. Não procuram desviar o curso da justiça ou entravar a execução dos decretos divinos. Sensíveis aos sofrimentos humanos, que conheceram e suportaram, eles trazem a seus irmãos da Terra a inspiração que os sustém contra as influências materiais; favorecem esses nobres e salutares pensamentos, esses impulsos do coração que, levando-os para altas regiões, os libertam das tentações e das armadilhas da carne. A prece do sábio, feita com recolhimento profundo, isolada de toda preocupação egoísta, desperta essa intuição do dever, esse superior sentimento do verdadeiro, do bem e do justo, que o guiam através das dificuldades da existência e o mantém em comunicação íntima com a grande harmonia universal.
                Podemos pedir apoio e socorro nas ocasiões de angústia, mas somente Deus pode saber o que é mais conveniente para nós e, na falta daquilo que lhe pedimos, enviar-nos-á proteção fluídica e resignação.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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