O encontro de Jesus com o jovem
rico, que se dispôs a segui-lO, reveste-se de extraordinário conteúdo
contemporâneo.
Apesar de cumpridor das
exigências formais da sociedade e da religião, não tinha consciência do
significado da integração da sua existência no ideal fecundo da vida eterna.
Queria o “reino”, desfrutando os
favores do mundo, em forma dos bens que lhe facilitavam a caminhada faustosa.
Anelava por seguir o Amigo e
fruir da Sua companhia, sem contribuir com nada.
Ter mais, sem despojar-se de
algo, era o seu intento.
O Mestre, que o conhecia em
profundidade, estabeleceu como requisito fundamental, que ele vendesse
tudo quanto possuía, desse-o aos pobres e o seguisse.
A vida é feita de intercâmbios,
de trocas e permutas.
“Se dá a quem tem e se tira de
quem não tem”, daquele que é avaro e nunca reparte o excesso que, para ele, não
é nada, no entanto, para os demais, é tudo.
O moço era rico e gozador, mas
não era feliz, pois que lhe faltava algo: a solidariedade que pacifica as
ansiedades do coração.
Talvez ele se pudesse libertar
dos bens materiais; todavia, não estava acostumado aos limites da
escassez, ao equilíbrio da falta, a uma posição menos vistosa, destituída do brilho
enganoso da fatuidade e da bajulação.
Renunciar aos tesouros seria um
passo na direção da renúncia de si mesmo, e isto era-lhe demasiado.
Favorecido pela abundância,
receou a carência.
Renunciou, então, ao permanente,
e perdeu-se na vacuidade.
Fonte: JESUS E
ATUALIDADE
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE
ÂNGELIS
imagem: glademirstocco.blogspot.com
2 comentários:
Cara Denise, grato p/ vista e cometário. Fineza entrar em contato c/: redacaocpibr@ymail.com Abrçs. Roy Lacerda.
"A vida é feita de intercâmbio".
Ai de quem não atenta para essa verdade.
Como disse Cartola: "O mundo é um moinho", e, cedo
ou tarde, há de ser moído também.
E não é somente intercâmbio de valores materiais,
sentimentos e emoções são, na verdade, ayé mais
importantes.
Beijos.
Postar um comentário