Por não compreender bem seu poder interior, apega-se
na afeição do cônjuge, filhos, outros parentes e amigos e, assim, acaba
dependendo completamente dessas pessoas para viver. Em vez do amor, é a
insegurança a fonte principal que o une aos outros; por isso, controla e vigia
em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo.
O inseguro, por não saber que não pode controlar os
atos e atitudes das outras criaturas, cria grandes dificuldades em seus
relacionamentos, gerando, consequentemente, maiores cobranças e barreiras entre
eles.
A hesitação torna-o criatura incapaz de se sentir
bastante firme para agir. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre mais se
certificar das coisas. É excessivamente cauteloso e vigilante; está em
constante sobreaviso e desconfiança de
tudo e de todos, por causa do medo das conseqüências futuras de suas ações do
presente.
Os inseguros desenvolvem muitas vezes uma devoção
mórbida em relação às cuasas e aos ideais, ou se associam a um parceiro forte e
dinâmico para compensar sua necessidade de apoio, consideração e segurança. No
primeiro caso, eles podem assumir diante do mundo a posição de crentes
exaltados, querendo convencer todos de uma verdade que eles mesmos não
acreditam; no segundo, buscam alguém que lhes corresponda ao modelo de seus
genitores, para que, novamente, venham a se nutrir da autoridade, decisão e
firmeza que encontravam nos pais, quando crianças.
Muitos
ainda buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na
posição de autoridade literária, como estratégia emocional, a fim de estimular
em torno de si uma atmosfera de bem informados e, portanto, grandiosos e
seguros.
Angústias
são fragilidades que as criaturas inseguras sentem, a sensação de mal-estar,
por acreditarem que estão constantemente sendo observadas e julgadas e também
pela perpétua situação mental de vulnerabilidade diante do mundo.
Os
inseguros não são assertivos; em outras palavras, não se expressam de modo
direto, claro e honesto. Omitem defesa a seus direitos pessoais por medo e
evitam encontros ou situações em que precisam expor suas crenças, sentimentos e
idéias.
O
título de Senhor de Si Mesmo poderá definir bem a segurança e firmeza de Jesus
Cristo. Seguindo Seus passos, a humanidade alcançará a estabilidade e
serenidade interior que busca há tentos séculos – a conquista dos seres
despertos e amadurecidos do futuro.
Do livro: As Dores da Alma
– Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: drleonardverea.blogspot.com
3 comentários:
As pessoas inseguras necessitam de ajuda, pois nem sempre são aceitas e compreendidas dentro e fora de sua família.
Ótimo texto!
Beijos com carinho.
Amiga Denise, acho que a insegurança
é algo torturante.
Um abraço. Tenhas um dia abençoado.
Penso que insegurança não é uma inabilidade própria dos fracos, mas uma fase pela qual todos passamos em determinadas situações da vida.
E, afinal, a vida apresenta aspectos multi-variados.
Por isso todos nós necessitamos de um apoio que consideremos seguro, uns apelam pra santos, outros pra amuletos, outros ainda para uma fé dogmática, alguns para hierarquia... Assim, muitos são os apoios encontrados.
O Espiritismo nos ensina a confiarmos sempre, quando inserimos nosso esforço próprio na tarefa.
Dessa maneira o auxílio nunca deixa de surgir.
Beijos.
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