(Chico Xavier)
“Nossa reunião publica do dia 4 de setembro de 1972 foi integrada
por grande número de senhoras, sendo precedida por longo diálogo em que algumas
delas formulavam perguntas em torno de crianças em dificuldades, conquanto
filhas de pais ainda vivos na Terra.
“Como agir diante dos pequeninos em tenra infância, sob o impacto
das questões que aparecem na área dos casais desquitados? Como socorrer as
criancinhas abandonadas pelos pais nas mãos abnegadas, entretanto em penúria,
de mães largadas pelos companheiros?
“Que fazer dos pequeninos nascidos de dedicadas mães solteiras em
luta pela própria manutenção? Como agir a mulher diante dos filhinhos necessitados
de proteção e assistência, quando os maridos ou companheiros se fazem alcoólatras
inveterados?
“Indagações quais essas foram feitas em grande número. E os argumentos
alusivos ao assunto foram os mais diversos.
“Ao término da reunião
nosso caro Emmanuel escreveu a mensagem “Palavras as mães”.
Palavras às mães
(Emmanuel)
Se o Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais
difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania da
adversidade.
É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele
próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais
um dia se desvencilhara.
Não lhe condenes, porém, a atitude. Abençoa-o e, quanto possível,
ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas
que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a
a transitório esquecimento dos encargos que abraçou? Quem conseguirá, na Terra,
medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de
compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?
Se foste sentenciada a indiferença e, em muitas ocasiões, até
mesmo a extremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e
carinho, permanece com eles e, esposando o trabalho por escudo de segurança e
tranquilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os
recursos indispensáveis a precisa sustentação.
Natural preserves a própria independência e que não transformes a
maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar
os entes amados, através do apego doentio. Mas enquanto os filhos ainda crianças
te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual
consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a
cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de
sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as
tarefas a que se destinam.
Teus filhos pequeninos!… Recorda que as Leis da Vida aguardam do
homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti;
entretanto, se és mãe, não olvides que a Previdência Divina, com relação ao
homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos
pequeninos te fossem confiados nove meses antes.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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