O
casamento exige competências variadas para que se estabeleça e se mantenha.
Para tanto, é importante perceber a existência de uma dança entre os parceiros;
quanto mais ampla em sua flexibilidade, maior será a possibilidade de sucesso e
felicidade conjugal.
Ao
lado da lei de amor, há uma função também fundamental que caracteriza o
matrimônio – a de natureza sexual – configurando, desse modo, uma união
conjugal.
Contudo,
podem coexistir outros papéis, secundariamente, dentro da dinâmica do
acasalamento, e que precisam ser considerados e avaliados, a fim de se perceber
o quanto a interação está em harmonia e cresce consolidando-se.
Trazendo
cada um a sua história biográfica e espiritual, deve-se considerar a presença
de alguns movimentos que falam de várias necessidades passadas e atuais, e que
se manifestam nas nossas relações, inclusive dentro do casamento, por meio de
papéis como, no parceiro, o de pai, filho, amigo, companheiro, etc, e, do mesmo
modo, na parceira, o de mãe, filha, amiga, companheira, etc.
Assim,
é possível detectar vários encaixes funcionais entre a dupla, quando os papéis
não colidem entre si e respeitam a conjugalidade, não a excluindo.
Desse
modo, pode-se ter, por exemplo, dentro da amorosidade entre um esposo e uma
esposa, além da posição básica conjugal homem/mulher, o desempenho de outros
papéis em perfeita harmonia nas interações: pai/filha, filho/mãe, amigo/amiga,
etc.
Portanto,
pode o esposo adoecer e, alquebrado como uma criança, buscar a esposa que,
prontamente, o atende como uma mãe; pode a mulher ter um achaque emocional no
trabalho, e chegar ao lar ansiando pelo pai protetor, e o esposo a acolhe nessa
posição, como um pai o faria.
Muitas
vezes, o esposo carente vai em direção à esposa procurando uma amiga
confidente, e ela lhe corresponde; doutra feita, é a esposa querendo ouvir um
amigo conselheiro, telefona para o esposo que, receptivo, a atende como um
amigo.
Em
algumas circunstâncias, o cônjuge encontra, no seu par, o profissional para uma
permuta de idéias, e trocam experiências fecundas e enriquecedoras como
companheiros profissionais.
Além
desses episódios circunstanciais, o casal pode manter um padrão fixo de
funcionamento ao longo de toda uma vida com posições bem definidas, em regime
adequado de suplementação.
Assim
sendo, há parceiros que assumem a vida inteira a atitude afetiva no encaixe de
homem/mulher somente, ou seja, experimentam apenas a interação relativa à união
sexual, embasados pelo vínculo amoroso. É um bailado funcional, porém estreito.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
2 comentários:
Olá Denise. Quando leio esses textos, sinto saudade da época em que fazia os meus primeiros estudos da doutrina espírita. Bjs.
Amiga Querida..
Por vezes me pego a pensar no grande mistério que
existe entre a terra e o céu.
Quantas vezes me sinto triste nessa incerteza ,
que aparentemente existe entre a vida e a morte.
Amiga..
Como pode alguém pedir perdão e dizer que a partida esta breve,
que tipo de sentimento a pessoa sente num momento desse.
Estou muito triste a 4 dias perdi uma pessoa da família
e isso aconteceu.
Amada confesso a você para mim não foi a primeira pessoa
a fazer isso pedir perdão sentindo a partida.
Li muito sobre isso durante anos mas
ainda me parece um grande mistério.
Gosto e aprecio ler seu blog tentando
através dos seu email estar em permanente contato contigo...
Um pouco abalada ainda me despeço deixando um beijo carinho e agradecendo sua amizade.
Evanir.
Postar um comentário