De
outro jeito mais profundo, o casal amoroso pode seguir um padrão duplo de
associação homem/mulher e pai/filha; aqui, além da comunhão sexual, o esposo
desenvolve as funções da figura paterna quando a esposa apresenta demandas de
filha. Situação similar se dá no padrão homem/mulher e filho/mãe.
Ainda
de modo mais amplo, os consortes podem apresentar triplas transações
emocionais: homem/mulher; pai/filho e filho/mãe. Neste tipo de interação, além
da sexualidade presente, o esposo assume as funções de um pai junto à esposa,
quando demonstra conteúdos da filha que carrega internamente;. Bem como o
parceiro pode encontrar apoio para as carências do filho que traz dentro de si,
perante a esposa que se revela maternal, acolhendo-o.
Nos
casais de maior envergadura, a dança pode apresentar transações mais complexas
e abrangentes: homem/mulher, pai/filha, filho/mãe, amigo/amiga, etc. estes
consortes exibem uma coreografia amorosa magnífica, agregando muito papéis em
sua interação afetiva, traduzindo boa flexibilidade agenciadora de
enriquecimento conjugal.
Mesmo
que estejam presentes vários papéis, é importante frisar que o casal,
habitualmente, estará disfuncional quando a função de conjugalidade
(homem/mulher) de forma duradoura for excluída da relação amorosa sem motivo
justo.
É
verdade que há situações específicas em que o casal, a despeito do amor
recíproco, se vê impedido, ou prescinde da união sexual propriamente dita: são
casais cuja enfermidade alcançou um dos membros da relação, inviabilizando a
cópula; são pessoas em idade avançada, em que a permuta da energia sexual se
faz estritamente de forma psicoemocional; é um parceiro com doenças sexualmente
transmissíveis e incuráveis, o que motiva o casal a optar pela abstinência
sexual numa família já constituída; é um traumatismo com lesão neurológica,
comprometendo a ereção; são espíritos de escol em tarefas especializadas na
dita. Enfim, são ocorrências de exceção que justificam uma vida matrimonial com
comunhão sexual exclusivamente psíquica.
É
importante dizer que, à luz da reencarnação, um homem pode ser um espírito com
muitas conquistas na feminilidade e, além de esposo, ser capaz de desempenhar
papéis feminis perante a esposa, acolhendo-a, por exemplo, de forma maternal
nas suas demandas como uma filha ansiando pela mãe.
Igualmente,
pode ser dito a uma mulher cujo espírito traga grande bagagem viril
assegurando-lhe competência para, além de esposa, desempenhar papéis masculinos
junto ao esposo, quando essa necessidade se apresentar.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
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