Tomando
como referência as modalidades emocionais de interação grupal, podemos pensar
como isto se estabelece na conjugalidade.
Nas
interações conjugais há padrões que obedecem à natureza daqueles que se
relacionam. Às vezes, elas se cristalizam num só padrão; em outras
oportunidades se modificam, assumindo outros desempenhos.
Apenas
para efeito didático, situamos três posições básicas como formas de encaixe:
dependência; luta e fuga; união ou abertura.
PRIMEIRA: DEPENDÊNCIA
O
casal apresenta um dos parceiros dominando e o outro, dominado.
Este
formato pode seguir uma vida inteira sem modificações sensíveis, atendendo às
disposições de ambos, que se ajustam nessa modalidade sem queixas e
sofrimentos.
Doutras
vezes, surge o conflito como decorrência da inconformação de um ou de ambos ao
padrão transacional da relação. Alguém desiste de puxar a mala, o peso em que o
outro passa a se configurar, ou então dá-se a insurreição do oprimido, que não
suporta mais ser dominado e busca sua liberdade de expressão, de movimentação,
de gosto, etc. nas duas situações nasce o conflito, devido à desestabilização
da homeostase, do equilíbrio matrimonial.
Surge
a possibilidade da mudança de encaixe, saindo do modelo dominador/dominado para
a inversão de papéis, ou para outra forma mais rica de entrelaçamento afetivo.
Igualmente,
pode advir a separação, caso o casal não consiga articular uma mudança mais
ecológica para atender às necessidades conjugais.
(continua)
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
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