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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 21 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS II

   
SEGUNDA: LUTA E FUGA
                Aqui se configura uma relação competitiva, na qual os parceiros disputam a hegemonia do comando no relacionamento.
                Desse modo, disputam quem é mais bonito; quem tem melhor remuneração financeira; quem está mais sarado fisicamente; quem é melhor médium, etc, chegando até ao debate sobre quem é mais amado pelos filhos, parentes, amigos. Brigam por pontos de vistas, princípios de vida, valores culturais, competências profissionais ou outros motivos, gastando farta quantidade de energia na busca de se sobreporem um ao outro, em interminável guerra.
                Às vezes, essa disputa é tácita; em outras, e declarada. Algumas ocorrências se setorizam, quando os parceiros mandam em certas áreas; outras vezes, se generalizam para todos os campos da relação.
                O casal pode manter esse jeito de funcionamento a vida inteira, com o ônus decorrente desse modelo de padrão interativo. Contudo, pode também transformar a relação conjugal em “cãojugal”, quando o relacionamento se ressente pelo aporte excessivo de tempo e energia que é gasto no confronto desnecessário.
                Vivem a dinâmica do jogo de pingue-pongue, em que alguém vai vencendo à custa da fragilidade do outro, que passa a ser explorado em suas deficiências.
                No casamento, este jogo pode ser perverso, caso a dupla chegue à exaustão. Esquece-se de que se alguém vence na conjugalidade, o acasalamento perde e o matrimônio tende a morrer. Aquele que perde se retira pela separação formalizada, ou vai saindo aos poucos, utilizando-se de expedientes inconsciente, tais como doenças graves, viagens a trabalho, interesse por outra pessoa, carga de trabalho extra.
                Há também a possibilidade de um redirecionamento do curso da relação, quando o casal abre espaços, progressivamente, à união de esforços no rumo da cumplicidade, evoluindo, portanto, para uma conjugação mais solidária, de melhor qualidade e mudando o padrão de transação emocional.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

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