O
mundo está repleto de pessoas surdas que conversam; de convivências mudas que
se expressam.
Fala-se
muito sobre nada e dialoga-se em demasia sobre coisa nenhuma, resolvendo-se uma
larga fatia de problemas, que permanecem.
Quando
alguém se te acerque e fale, procura ouvi-lo e registrar-lhe a palavra. Talvez
não tenhas a forma ideal para dar-lhe, em disponhas do que ele espera de ti.
Muitas vezes, ele não aguarda muito e somente fala por falar.
Concede-lhe
atenção e o estimularás, facultando-lhe sentir-se alguém que desperta
interesse.
Se
ele resolve confiar em ti e se desvela, respeita-lhe a problemática e ajuda-o,
caso tenhas como fazê-lo.
Por
tua vez, vence o medo de te revelares. Certamente, não abdicarás da prudência
nem do equilíbrio; no entanto, é saudável dialogar, descerrar painéis escondidos pelo ego ou mascarados para
refletirem imagens irreais.
Na
tua condição de criatura humana frágil, a convivência honesta com outras
pessoas contribuirá eficazmente para a tua harmonização íntima.
Assim,
torna-te compreensivo, paciente, um terapeuta fraternal.
Não
cries estereótipos, nem fixes pessoas a imagens que resultam de momentos.
Todos
estamos em contínuas transformações, e nem sempre se é hoje o que ontem
aparentava-se. Novas experiências e lições vieram juntar-se à pessoa de antes,
qual ocorre contigo. É o inexorável imperativo do progresso em ação.
Compreendendo
o teu próximo e relacionando-te com ele, serás mais bondoso para contigo;
percebendo-lhe a fragilidade, serás mais atencioso para com os teus limites e
buscarás crescer, amando e amando-te mais.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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