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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O PERDÃO E O CIÚME

                Ciúme, palavra que tem origem no latim Zelumen ou do grego Zelus, traduzido para o português Zelo, significa “querer o bem do outro, pelo outro, para o outro”. O ciúme é erroneamente interpretado como prova de amor.
                O ciumento, por causa da baixa autoestima, se acha inferior à pessoa amada podendo perdê-la e tem a impressão de que foi excluído da relação, passando a ter uma sensação permanente de angústia, instabilidade, insegurança, vivendo em constante estado de tensão, com medo de ser traído, abandonado ou os dois ao mesmo tempo. Com isso, começa a   vasculhar bolsas, bolsos, agendas, celulares, passa a seguir ou manda alguém seguir o outro. É o momento de buscar ajuda.
                Do ponto de vista psicológico, o ciúme é conhecido como “síndrome de Otelo”. O ciumento ou ciumenta passa a agredir fisicamente chegando a cometer homicídios passionais, suicídio ou os dois, tornando-se um perigo para si ou para pessoa que diz amar.
                Do ponto de vista psiquiátrico ou neuropsiquiátrico é um tipo de disritmia cerebral. O ciúme não é um sentimento que leva a uma relação apetitosa, é um sofrimento para quem o sente e para quem é objeto desse ciúme. Quando ele surge na vida do casal, é o momento de parar e conversar sobre a relação. Deve ser encarado como um sintoma, um sinal amarelo e não uma prova de amor.
                Os doutores Ana Freud, Heinz Hartman e Erik Erison, da corrente da Psicologia do ego, afirmam que se deve resolver os problemas de frente.
                Maslow propõe uma existência saudável, com boa alimentação, exercícios físicos, atividade de voluntariado, pois isso eleva a autoestima e amadurece a forma de encarar o amor ao próximo, que passa a ser como o perfume, ou seja, você deixa o aroma e passa, não se consegue reter o indivíduo mas o bem que ele faz a você e você a ele.
                Existe ciúme entre irmãos, amigos, chefe e subordinado, professor e aluno, colegas de trabalho, mas aquele que mais conhecemos é na vida conjugal. É uma herança da Idade Média a mentalidade de posse entre os nubentes. Ela é capaz de tornar o relacionamento um verdadeiro inferno.
                O ciúme, quanto mais intenso, mais perigoso se torna por isso é importante se proceder a uma autoanálise, ou seja, analisar a relação com o próximo pois quem ama liberta. O amor deve ser incondicional, a exemplo de Jesus que nunca exigiu nada de nós para nos amar. “Amai ao próximo como a ti mesmo”, disse-nos Ele.
                Se você ama ao próximo mais do que a si mesmo, você não o ama, você almeja possuí-lo e isso é ciúme. A maior referência de amor é o amor a si próprio. Nos crimes passionais é comum o parceiro suicidar-se após assassinar o “seu amor”.
                O raciocínio do homicida passional é: “se ele ou ela não pode ser meu, também não será de mais ninguém. Matei por amor”. Será possível frase mais dicotômica que esta? Portanto, devemos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.


Do livro: Terapêutica do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google

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