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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


domingo, 12 de setembro de 2010

RAIVA II

Raiva e Transtorno Emocional

A raiva tem duas vertentes de procedência: primeira, mais remota, de natureza espiritual, originária em existência pregressa, quando impôs-se onde se encontrava, desenvolvendo sentimentos de opressão e desrespeito alheios, sempre desconsiderados; a segunda, de procedência atual, quando fatores temperamentais, educacionais, socioeconômicos empurram-no à situação penosa geradora de conflitos.

No primeiro caso, existe um conflito ancestral, que se encontra ínsito como culpa, armando-o para constante alerta em mecanismo de autodefesa. O inconsciente impõe-lhe a tese falsa de que o mundo é-lhe hostil e as pessoas encontram-se equipadas de valores para submete-lo ao seu talante.

No segundo caso, origina-se uma especial disposição para a instalação do conflito de insegurança psicológica desencadeador da raiva.

Quando ocorre qualquer fato que não é entendido de imediato, sentindo-se incapaz de autopromover-se ou acreditando-se espezinhado, o complexo de inferioridade empurra-o para as atitudes grotescas e agressivas.

Terapia preventiva – manter-se o equilíbrio possível diante de qualquer acontecimento novo, inesperado, procurando entende-lo antes que permanecer na defensiva, como se as demais pessoas se lhe estivessem agredindo, fossem-lhe adversárias e todo mundo se lhe opusesse.

O acumular das pequenas raivas não liberadas termina por infelicitar o ser, afligindo-o emocionalmente e levando-o a transtornos depressivos, pela falta de objetivo existencial, por desinteresse de prosseguir na luta, fixando-se com revolta, nas ocorrências inditosas em relação a si mesmo.

Parceiros que sobrevivem no fluxo da existência corporal em relação ao outro que desencarnou, acumulam raivas que se tornam ressentimento, por não haverem liberado quando se apresentaram em forma de frustrações e desagrados enquanto na convivência deles. Havendo a morte interrompido o ciclo da experiência física, aquele que permanece no corpo sente-se lesado, por haver sofrido sem necessidade, conforme supõe, por descobrir infidelidades que ignorava, por despertar do letargo que a união lhe impôs, passando a viver de ressentimentos profundos...

Sob outro aspecto, o ego exaltado rememora os momentos felizes e enraivece-se ante o fato da haver sido muito amado e encontrar-se agora a sós, como se a morte houvesse resultado da opção do outro.

Nos suicídios, aqueles que ficam, ao invés de compadecer-se dos infelizes que optaram pela fuga, antes são dominados pela raiva de se sentirem culpados ou não amados, ou não consultados antes do gesto, ruminando mágoas que se acumulam e terminam por intoxica-los freqüentemente.

A raiva envilece o sentimento da criatura humana.

A sua constância responde por problemas do sistema nervoso central, por disfunções de algumas das glândulas de secreção endócrina, por diversos problemas do aparelho digestivo e pelo irregular comportamento psicológico.

Quando isso ocorre, surgem as somatizações que terminam em processos degenerativos da alguns órgãos.

A culpa inconsciente domina grande número dos encarnados.

Liberada pelo inconsciente profundo, o paciente considera que será punido e, quando na ocorre, assume uma das seguintes posturas:

A – autopune-se, negando-se a alegria de viver, fugindo de qualquer recurso que pode torna-lo mais feliz, impedindo-se de relacionamentos afáveis, por acreditar não os merecer;

B- arma-se de agressividade para evitar aproximações ou para considerar-se vítima dos artifícios maléficos da sociedade.

Enquanto o self não seja conscientizado da necessidade de autoconhecimento, mediante o qual ser-lhe-á possível a identificação da culpa nos seus arcanos e proponha-se a auto-estima, o auto-respeito, a auto-consideração, ela vicejará cruel:

disfarçada de ciúme - insegurança e autodesvalorização

de infelicidade – complexo de inferioridade

de inveja – mesquinhez do caráter

de autopunição – tormento masoquista

Tensões desnecessárias invadem o sistema emocional, gerando desgaste improcedente, através do qual mais facilmente instalam-se os distúrbios de comportamento, como fenômeno catártico que não pode mais ser postergado.

A raiva é um sentimento de desajuste da emotividade, que merece contínua vigilância, a fim de que não se transforme em uma segunda natureza na conduta do indivíduo.

Na raiz psicológica do sentimento de raiva existe um tipo qualquer de medo inconsciente que a desencadeia, levando o indivíduo a atacar antes de ser agredido, o que o torna violento e descompensado na emoção.

A insegurança do próprio valor e o temor de ser ultrapassado predispõe à postura armada contra tudo e todos, como se essa fosse a melhor maneira de poupar-se a sofrimentos e desafios perturbadores.

Por conseqüência, os instintos primários predominam orientando as decisões, quando estas deveriam ser controladas pela razão que sempre discerne qual a melhor postura a assumir-se.

Do Livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis









Um comentário:

Deise disse...

Obrigada pelo carinho.
Os ensinamentos do espírito Hammed está revolucionando a minha vida. Estou vivendo uma experiência única...
Amei seu blog. Parabéns!!
Boa semana. Muita paz...