Todos
os animais possuem livre-arbítrio, isto é, tem liberdade de escolher, mas sua
liberdade é restrita ao seu meio de sobrevivência. As escolhas que fazem estão
relacionadas a fatos e consequências imediatas ligadas à vida material. Uma
ameba, um ser unicelular, pode escolher absorver uma determinada substância
nutritiva ou outra. Um predador pode escolher entre uma e outra presa; uma
presa pode escolher escapar do predador usando um ou outro método de fuga; um
cão pode escolher entre comer uma ou outra ração que tenha preferência; um
cavalo ou um muar escolhe entre empacar ou trabalhar; e assim por diante, mas à
medida que exercitam seus potenciais intelectuais podem fazer escolhas cada vez
mais complexas, como foi o caso de uma cadelinha africana que, tendo encontrado
uma criança recém-nascida, abandonada na estrada, escolheu arrastá-la até onde
estavam seus filhotes e a amamentou até ser salva por pessoas que a
encontraram. Em outro caso, uma cadelinha de porte pequeno escolheu arriscar a
própria vida para salvar a de seu dono, um senhor de 80 anos, que foi atacado
por outro cão maior. Ela o defendeu contra um animal maior, indo contra sua
natureza instintiva de sobrevivência que diz a ela para se afastar de um animal
que a ponha em risco de morte. Dellanne conta o caso de um cão que, notando que
alguém se afogava, escapou de sua coleira e saltou dentro do lago para salvar a
criança em perigo.
Para
tomarem as decisões que os animais desses exemplos tomaram, não podemos dizer
que foram meramente atos instintivos, pois foram ações que contrariam seu
instinto de sobrevivência. Foram atos pensados e conscientes.
Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google
Um comentário:
Gosto de ler tudo que Marcel Benedeti escreve , Bela mensagem.
Um abraço. Élys
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