Muito antes da valiosa contribuição dos psiquiatras e
psicólogos humanistas e transpessoais, que colocaram a alma como base dos
fenômenos humanos, a Psicologia espírita demonstrou que, sem uma visão
espiritual da existência física, a própria vida permaneceria sem sentido ou
significado.
O reducionismo, em Psicologia, torna o ser humano um
amontoado de células sob o comando do sistema nervoso central, vitimado pelos
fatores da hereditariedade e pelos caprichos aberrantes do acaso.
A saúde e a doença, a felicidade e a desdita, a
genialidade e as patologias mentais, limitadoras e cruéis, não passam de
ocorrências estúpidas da eventualidade genética.
Assim considerado, o ser humano começaria na
concepção e anular-se-ia na morte, um período muito breve para o trabalho no
qual a natureza aplicou mais de dois bilhões de anos, aglutinando e aprimorando
moléculas que se transformaram em um código biológico fatalista.
Por outro lado, a engenharia genética atual,
aliando-se à Biologia molecular, começa a detectar a energia como fator causal
para a construção do indivíduo, que passa a ser herdeiro de si mesmo, nos
avançados processos das experiências da evolução.
Os conceitos materialistas, desse modo, aferrados ao
mecanismo fatalista, cedem lugar a uma concepção espiritualista para a criatura
humana, libertando-a das paixões animais e dos atavismos que ainda lhe são
predominantes.
Inegavelmente, Freud e Jung ensejaram uma visão mais
profunda do ser humano com a descoberta e estudo do inconsciente, assim como
dos arquétipos, respectivamente, que permitiram a diversos dos seus discípulos
penetrarem a sonda da investigação nos alicerces da mente, constatando a realidade
do espírito, como explicação para os comportamentos variados dos diferentes
indivíduos que, procedentes da mesma árvore genética, apresentam-se fisiológica
e psicologicamente opostos, bem e maldotados, com equipamentos de saúde e de
desconserto.
Não nos atrevemos a negar os fatores hereditários,
sociais e familiares na formação da personalidade da criança. No entanto,
adimos que eles decorrem de necessidades da evolução, que impõem a reencarnação
no lugar adequado, entre aqueles que propiciam os recursos compatíveis para o
trabalho de autoiluminação, de crescimento interior.
O lar exerce, sem qualquer dúvida, como ocorre com o
ambiente social, significativa influência no ser, cujo ônus será o equilíbrio
ou a desordem moral, a harmonia física ou psíquica correspondente ao estágio
evolutivo no qual se encontra.
AUTODESCOBRIMENTO: UMA
BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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